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Álgebra Linear e Geometria Analítica II
Curso: Matemática
2 de Março de 2007
(versão 1.1)
Conteúdo
Notas Prévias ii
4 Formas canónicas 29
Referências bibliográ…cas 30
i
Notas Prévias
1
apesar de se encontrar em permanente actualização, aceitam-se e agradecem-se sugestões,
comentários e correcções, de preferência, enviados para psemiao@ualg.pt.
ii
Notações e terminologia
; o conjunto vazio
N = f0; 1; 2; 3; g o conjunto dos números naturais
Z =f ; 2; 1; 0; 1; 2; g o conjunto dos números inteiros
n o
Q = xy 2 R : x 2 Z ^ y 2 Z n f0g o conjunto dos números racionais
R o conjunto dos números reais
C o conjunto dos números complexos
X>0 := fx 2 X : x > 0g
X 0 := fx 2 X : x 0g
X6=0 := fx 2 X : x 6= 0g = X n f0g
R 0 := fx 2 R : x 0g = [0; +1[,
representa o conjunto dos números reais não negativos, enquanto que o conjunto
R6=0 := fx 2 R : x 6= 0g = R n f0g ,
iii
1. Espaços vectoriais quociente
A4B := (A [ B) n (A \ B) ,
0A := ; e 1A := A,
a) K0 K é um espaço vectorial.
b) Em particular, conclua que, Q R, Q C e R C são espaços vectoriais.
i) F 6= ;,
ii) 8x; y 2 V : x; y 2 F ) x + y 2 F ,
iii) 8 2 K 8x 2 V : x 2 F ) x 2 F .
a) o conjunto
KA := ff 2 Rel (A K) : f é aplicaçãog
é um corpo.
b) KA é um espaço vectorial sobre K, se de…nirmos as operações:
supp (f ) := fa 2 A : f (a) 6= 0g
veri…ca o seguinte:
1
1) supp (f + g) supp (f ) [ supp (g).
2) 8 2 K6=0 supp ( f ) = supp (f ).
d) o conjunto
A
K := f 2 KA : card (supp (f )) < @0
é um subespaço vectorial de KA .
a) A := f 2 RI : f 2 C(I; R) .
b) B := f 2 RI : f 2 Di (I; R) .
c) C := f 2 RR : f é uma função par .
d) D := f 2 RR : f é uma função ímpar .
e) E := f 2 RR : f é uma função limitada .
f) F := f 2 RR : f (x) = 0 = fc0 g.
g) G := f 2 RR : f (k) = f (k 0 ), sendo k; k 0 2 R …xos .
h) H := f 2 R[a;b] : f (a) = f (b) .
i) I := fA 2 Mn n (K) : AM = M A, sendo M 2 Mn n (K) …xag.
j) J := fA 2 Mn n (K) : det(A) = 0g.
k) K := fA 2 Mn n (K) : det(A) 6= 0g.
l) L := fA 2 Mn n (K) : 9B 2 Mn n (K) ABA = Ag.
m) M := fA 2 Mn n (K) : A2 = Ag.
n) N := fA 2 Mn n (K) : A = At g.
o) O := fA 2 Mn n (K) : A = At g.
n t
o
p) P := A 2 Mn n (K) : A = A .
q) Q := (an )n 2 KN : a1 = 0 .
r) R := (an )n 2 KN : an 2 N K .
s) S := (an )n 2 RN : 8n 2 N 3 can 1 + dan 2 = 0 ^ c; d 2 R6=0 .
t) T := Lim(RN ) = (an )n 2 RN : (an )n é uma sucessão limitada .
2
u) U := (an )n 2 Lim(RN ) : 8n 2 N an = an 2 .
1.1.8) Sejam K V um espaço vectorial e (Fi )i2I uma família de subespaços vectoriais
de V . Mostre que:
T
a) Fi v V .
i2I
Pw
b) Fi v V .
i2I
a) (F \ G) + (F \ H) F \ (G + H).
b) F + (G \ H) (F + G) \ (F + H). Tem-se a igualdade se F G.
3
1.2. Espaço gerado por um conjunto
1.2.1) Sejam K V um espaço vectorial e X; Y V . Mostre que:
a) hXi + hY i = hX [ Y i.
b) h;i = f0V g.
c) hXi = X , X v V . Em particular, conclua que, tem-se o seguinte:
1) hf0V gi = f0V g.
2) hV i = V .
P
n
d) hXi = i xi 2V : i 2 K, xi 2 X, n 2 N6=0 .
i=1
e) X Y ) hXi hY i.
f) X Y hXi ) hXi = hY i.
g) hhXii = hXi.
4
p p p
a) o sistema de vectores 3+ 2; 1 + 2 ; 7; 1 + 2 2 é linearmente
dependente em R R2 .
p p p
b) o sistema de vectores 3 + 2; 1 + 2 ; 7; 1 + 2 2 é linearmente
independente em Q R2 .
c) o sistema de vectores ((1 i; i) ; (2; 1 + i)) é linearmente dependente
em C C2 .
d) o sistema de vectores ((1 i; i) ; (2; 1 + i)) é linearmente indepen-
dente em R C2 .
5
1.3. Produtos e somas directas
1.3.1) Sejam K V um espaço vectorial e A; B V . Mostre que:
a) A + B = B + A.
b) (A + B) + C = A + (B + C).
c) A + f0V g = f0V g + A = A.
d) A + V = V + A = V .
e) Se 0V 2 A \ B ) A [ B A + B.
a) Mostre que F + F = F .
b) Em que condições, F está em soma directa com ele próprio, i.e., F F =
F.
1.3.4) Seja (Vi )i2I uma família de espaços vectoriais sobre o corpo K. Considere o
produto cartesiano i2I Vi munido das operações:
a) V f0W g v V W.
6
b) f0V g W vV W.
c) V W = (V f0W g) (f0V g W ).
7
1.4. Relações de equivalência e congruência
1.4.1) Sejam K V um espaço vectorial e F v V . Mostre que:
a) A relação binária
x Fy :() x y2F
é uma relação de equivalência em V .
b) F é uma relação de congruência em V .
c) as seguintes condições são equivalentes:
1) x y 2 F .
2) x 2 [y]F .
3) y 2 [x]F .
a) Se F G então F G.
b) f0V g F.
c) F V.
a) Em R R2 , a relação
b) Em R R3 , a relação
c) Em R R2 [x], a relação
d) Em R R2 [x], a relação
e) Em R M2 2 (R), a relação
f) Em R M2 2 (R), a relação
8
g) Em R M2 2 (R), a relação
h) Em K Mn n (K), a relação
F := (x; y; z) 2 R3 : 2x + 3y + 4z = 0 .
1.4.8) Mostre que a relação de isomor…smo entre espaços vectoriais sobre o mesmo
corpo é uma relação de equivalência na classe própria de todos os espaços
vectoriais.
9
1.5. Espaços quociente
1.5.1) Considere o espaço quociente V = . Mostre que, as classes de congruência
interpretadas como subconjuntos de V veri…cam o seguinte:
a) se a família de vectores
é linearmente independente em V =F .
[1] ; [x] ; 1 + x2 .
10
f) Em R R2 [x] =F , onde F := hf1 x; 1 2x2 gi a família
[1] ; [1 + x] ; x + x2 .
([ 1] ; [2x]) .
1.5.6) Em cada espaço vectorial seguinte, determine uma base que inclua os vec-
tores da família dada:
11
b) Sendo G := hf[(0; 0; 0; 1)]F ; [(1; 0; 0; 0)]F gi, determine o espaço com-
plementar de G em R4 =F .
c) Determine G \ H, onde H := hf[(0; 1; 0; 0)]F ; [(0; 0; 1; 0)]F gi.
F := 1 + x2 + x3 ; 3 2x x2 + x3 ; 2 x + x3
12
1.5.14) Considere no espaço vectorial R R3 [x] a relação de…nida por:
a0 + a1 x + a2 x 2 + a3 x 3 b0 + b1 x + b2 x2 + b3 x3 :, a0 a1 = b0 b1 ^a3 = b3 .
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1.6. Teoremas de isomor…smos
1.6.1) Considerem-se os espaços vectoriais reais R3 , R4 e f 2 Mor(R4 ; R3 ) de…nida
por f (x; y; z; w) = (y x; x + z; x + w) e o sistema de vectores (x1 ; x2 ) :=
([( 3; 3; 0; )] ; [(1; 1; 0; 1)]) em R4 = Ker(f ). Determine:
Determine:
a) Determine Ker (f ).
b) Determine uma aplicação linear fe 2 Mor( R3F[x] ; R4 ) tal que fe = f,
onde é a sobrejecção canónica de R3 [x] em R3 [x] =F .
14
c) Veri…que se fe 2 Inj( R3F[x] ; R4 ).
d) Veri…que se fe 2 Surj( R3F[x] ; R4 ).
e) Determine f ! (F ).
R3 [x] R4
f) Determine um subespaço G v R3 [x] tal que G = f ! (F )
.
a) G=F v V =F .
V =F V
b) G=F = G
.
F +G G
1.6.6) Sejam K V um espaço vectorial e F; G v V . Mostre que F = F \G
.
15
2. Espaço dual e bidual
a) 2 Mor V; VF .
b) 2 Surj V; VF .
p1 (x + y) = x e p2 (x + y) = y.
16
b) Determine Ker(f ).
c) Determine Im(f ).
d) Dos resultados que conhece, como explica que, tendo os espaços a
mesma dimensão, f não possa ser um isomor…smo?
a) Mostre que os espaços são isomorfos se, e só se, têm a mesma dimensão
…nita.
(Sugestão: Fixando uma base (ei )i=1;:::;n em V e uma base (vi )i=1;:::;n
em W , construa uma aplicação de V em W tal que se tenha para todo
o i, f (ei ) = vi e mostre que f é um isomor…smo).
b) Conclua que, qualquer espaço vectorial K V de dimensão …nita n é iso-
morfo a Kn .
f (x; y; z) = (x + y; x z; y + z) ,
g (1; 0; 0) = (1; 1; 1) , g (0; 1; 0) = ( 1; 1; 1) e g (0; 0; 1) = (2; 1; 0) .
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2.1.12) Considere o espaço vectorial real R4 e o endomor…smo f : R4 ! R4 de…nido
por:
f (x; y; z; w) = (x y; x + y; z w; z + w)
e as bases de R4 :
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2.2. Espaço dual
2.2.1) Sejam K V um espaço vectorial de dimensão 3 e (ei )i=1;2;3 uma base desse
espaço.
2.2.2) Em cada espaço vectorial seguinte, determine, as bases duais das seguintes
bases:
a) Em R R3 :
1) ((1; 0; 0) ; (0; 1; 0) ; (0; 0; 1)).
2) ((1; 0; 0) ; (1; 1; 0) ; (1; 1; 1)).
3) ((1; 0; 1) ; ( 1; 1; 0) ; (0; 1; 1)).
b) Em R R3 [x]:
1) (1; x; x2 ; x3 ).
2) (1 x; 2 + x + x2 ; x2 + x3 ; 2x3 ).
3) (2; 1 x; 1 + x2 ; x3 ).
c) Em C C2 :
1) ((1; 0) ; (0; i)).
2) ((1; 1) ; (0; 2i)).
3) ((2i 1; 1) ; (3i; 2)).
d) Em R M2 2 (R):
1) (E11 ; E12 ; E21 ; E22 ), onde Eij são os vectores da base canónica.
1 1 2 0 0 0 1 0
2) ; ; ; .
0 0 0 1 0 1 0 0
1 0 0 3 0 0 0 0
3) ; ; ; .
0 0 1 0 1 0 0 1
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2.3. Aplicações duais
2.3.1) Para cada uma das aplicações lineares seguintes, determine, a imagem de
f 2 Mor(R3 ; R) de…nida por f (x; y; z) = x 2y z, da aplicação linear dual
de:
2.3.2) Para cada uma das aplicações lineares seguintes, determine, a imagem de
f 2 Mor(R2 [x] ; R) de…nida por f (a0 + a1 x + a2 x2 ) = a0 a1 + 2a2 , da
aplicação linear dual de:
g a0 + a1 x + a2 x2 = 2a0 a1 + a1 x + 3a2 x2 .
2.3.3) Para cada uma das aplicações lineares seguintes, determine, a imagem de f 2
a b
Mor(M2 2 (R); R2 ) de…nida por f = (a b; c d), da aplicação
c d
linear dual de:
a b a b 0
a) g 2 Mor(M2 2 (R); M2 2 (R)) de…nida por g = .
c d 0 c d
a b a b
b) g 2 Mor(M2 2 (R); M2 2 (R)) de…nida por g = .
c d 0 d
a b a b c
c) g 2 Mor(M2 2 (R); M2 2 (R)) de…nida por g = .
c d 0 d c
e1 := (1; 1; 0) , e2 := (0; 1; 2) e e3 := ( 1; 0; 1) .
Determine:
20
2.3.5) Considere no espaço vectorial real R2 [x] os vectores:
e1 := 1 2x , e2 := x + 2x2 e e3 := 1 + x2 .
Determine:
c) Determine g (f ).
X 0 := ff 2 V : 8x 2 X, f (x) = 0g .
Mostre que:
a) X 0 é um subespaço vectorial de V .
b) Se F G, então G0 F 0.
c) (F + G)0 = F 0 \ G0 .
d) (F \ G)0 = F 0 + G0 .
Mostre que:
21
a) 0 Y é um subespaço vectorial de V .
b) Se F G, então 0 G 0
F.
0
c) (F + G) = 0 F \ 0 G.
0
d) (F \ G) = 0 F + 0 G.
F := (x; y; z; w) 2 R4 : x + y + z + w = 0 .
Determine:
a) dim(F ).
b) dim(F 0 ).
c) F 0 .
d) uma base de F 0 .
Determine:
a) dim(F ).
b) dim(F 0 ).
22
c) F 0 .
d) uma base de F 0 .
2.3.14) Considere no espaço vectorial real R3 [x] o subespaço F gerado pelos vectores:
Determine:
a) dim(F ).
b) dim(F 0 ).
c) F 0 .
d) uma base de F 0 .
23
2.4. Endomor…smos idempotentes
2.4.1) Sejam K V um espaço vectorial e p1 ; p2 2 End(V ) tais que p1 ; p2 2 Idem(End(V ))
(i.e., para cada i, p2i = pi ). Mostre que:
24
3. Aplicações bilineares, semilineares
e sesquilineares
25
3.1.5) Considere o espaço vectorial C C2 e a aplicação f : C2 C2 ! C de…nida
por:
P
n P
n
a) f xi ; y = f (xi ; y).
i=1 i=1
!
P
m P
m
b) f x; yj = f (x; yj ).
j=1 j=1
!
P
n P
m P
n P
m
c) f xi ; yj = f (xi ; yj ).
i=1 j=1 i=1 j=1
26
3.1.10) Mostre que a aplicação h :NK N
K ! K de…nida por
X
n
h ((xi )i ; (yi )i ) = xi y i
i=1
é um produto interno em N K.
27
3.2. Aplicações semilineares e sesquilineares
3.2.1) Considere o espaço vectorial e a aplicação f : C ! C de…nida por f (z) = z,
onde z é o conjugado de z.
Mostre que:
28
4. Formas canónicas
29
Bibliografia
[4] R. Kaye and R. Wilson. Linear Algebra. Oxford University Press, 1998.
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