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Instituto de Tecnologia

ESTRUTURA DOS POLÍMEROS

Introdução à Ciência dos Materiais


Prof. Dr. Bernardo Borges Pompeu Neto

Aluna: Ingrid Monique Oliveira Teles

Belém - PA
ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO
1. Introdução
2. Moléculas de Hidrocarboneto
3. Definições
4. Macromoléculas
5. Polimerização
6. Peso Molecular
7. Forma Molecular
8. Configurações Moleculares
9. Estrutura Molecular
10. Classificação dos Polímeros
11. Copolímeros
12. Cristalinidade em polímeros
INTRODUÇÃO- CLASSIFICAÇÃO DOS POLÍMEROS
Polímeros Naturais: derivados de plantas e
animais
Madeira,borracha, algodão, lã, couro, seda,
proteína, enzima, amidos e celulose.

Celulose

Polímeros Sintéticos: sintetizados a


Proteína
partir de moléculas orgânicas pequenas

Plásticos, borrachas e materiais fibrosos.

Propriedades podem ser controladas


Moléculas de Hidrocarboneto
Muito polímeros são orgânicos e formados por moléculas
de Hidrocarbonetos;
Cada átomo de C tem 4 hidrogênios e- que podem estabelecer ligações
atômicas com átomos vizinhos e cada H tem 1carbono - na mesma
condição.

Ligações insaturadas
Ligações saturadas
etileno

metano etano propano


Ex.: Moléculas parafínicas
acetileno
1. Definições


Moléculas Poliméricas (Macromoléculas): Os polímeros são
constituídos por muitas unidades ou segmentos repetidos, que são
chamados meros.

Monômero: Molécula constituída por um único mero.

Polímero: Macromolécula constituída por vários meros.

Polimerização: Reações químicas intermoleculares pelas quais os
monômeros são ligados na forma de meros, a estrutura molecular da
cadeia.
Macromoléculas

Paulo Emílio Valadão de Miranda |


Professor Titular UFRJ
Polimerização
É o processo pelo qual os monômeros são ligados uns aos outros para gerar longas cadeias compostas
por unidades repetidas. Os mecanismos de polimerização podem ser classificados em: adição e
condensação.

l
Polimerização por Condensação (ou reações por estágios)
l
Consiste na formação de polímeros através das reações químicas intermoleculares que ocorrem
passo a passo e que podem envolver mais do que uma espécie de monômero. Existe geralmente um
subproduto com baixo peso molecular, tal como água, que é eliminado ou condensado;
l
Na polimerização por condensação são necessárias moléculas que possuam dois ou mais grupos
funcionais.

Etileno glicol Ácido adípico


1º Etapa: Separação do
Hidroxila Carboxila
elementos dos grupos funcionais;
2º Etapa: Separação do
elementos de baixo pes
molecular e formação do
polímeros.

Poliéster
Polimerização por Adição
l
Também chamada de polimerização por reação em cadeia, é um processo pelo qual as unidades
monoméricas são unidas, uma de cada vez, de modo semelhante a uma cadeia para formar uma
macromolécula linear.

1) Iniciação: formação de sítio reativo a Etileno


partir de uma espécie iniciadora radical
reativo (ou catalisadora) e monômero.

2) Propagação da reação: crescimento linear da


molécula.

3) Terminação da reação: desativação do


sítio reativo

Ex.: Polipropileno, cloreto de polivinila e poliestireno.


Peso Molecular
Peso Molecular (Peso da cadeia)

l
Quanto maior o peso molecular, maior o ponto de fusão ou amolecimento.

l
Até 100 g/mol são líquidos ou gases a 25ºC

l
De 100 g/mol a 1000 g/mol são sólidos pastosos a 25ºC (ex: cera parafínica)

l
De 10.000 g/mol a 40.000 g/mol são sólidos a 25ºC
Peso Molecular
Um polímero é constituído de longas cadeias de tamanhos não uniforme. Nele existe uma quantidade (i)
de cadeias com massas molares iguais (Mi).
Massa Molar numérica média:
Mn = peso molecular médio pelo número de moléculas;
Mi = peso molecular médio da faixa de tamanhos i;
xi = fração do número total das cadeias que se encontram
dentro da faixa de tamanhos correspondentes.

Massa molar ponderada média:

Mp = peso molecular médio pelo


peso;
wi = fração em peso das
moléculas dentro do mesmo
intervalo de tamanhos.
Peso Molecular
Forma Molecular

Macromolécula contendo espirais,


torções e dobras aleatórias, produzidas
por torção e rotações das ligações da
cadeia em três dimensões

Confere ao polímero característica elástica Modelo Tridimensional do Polietileno


Forma Molecular

Representações esquemáticas de como a forma da cadeia do polímero é influenciada


pelo posicionamento dos átomos de carbono na cadeia principal (círculos cinza). Para (a), o
átomo mais à direita pode localizar-se em qualquer posição sobre o círculo tracejado, assim
subtender um ângulo de 109° com a ligação entre os outros dois átomos. Segmentos de
cadeia em linha reta e retorcidos são gerados quando os átomos na cadeia principal estão
posicionados  como em (b) e (c), respectivamente.
Forma Molecular
Representação esquemática de uma única cadeia de molécula
polimérica, com numerosas contorções e dobramentos aleatórias,
produzidas por rotações das ligações entre os átomos na cadeia.

Confere ao polímero característica elástica


Configurações Moleculares
Em reações de polimerização, tal como ocorre na Química
Orgânica em geral, o encadeamento das unidades monoméricas
pode ser feito na forma regular cabeça-cauda, ou na forma
cabeça-cabeça ,cauda-cauda, ou mista.
Isomerismo
Compostos hidrocarbonetos com uma mesma composição podem
possuir arranjos atômicos diferentes, um fenômeno conhecido por
isomerismo. Por exemplo, existem dois isômeros para o butano:

butano isobutano
Isomerismo Geométrico
Outras configurações importantes da cadeia, ou isômeros geométricos, são possíveis dentro das
unidades mero que possuem uma dupla ligação entre átomos de carbono na cadeia. Ligado
a cada um dos átomos de carbono que participam da dupla ligação encontra-se um único
átomo ou radical ligado através de uma ligação simples, que pode estar localizado em um
dos lados da cadeia ou no seu lado oposto.

Cis Trans

cis-poli-isopreno trans-poli-isopreno
ESTEREOISOMERISMO
O estereoisomerismo representa o caso em que os átomos estão ligados uns aos outros na
mesma ordem ("cabeça-a-cauda"), porém diferem em seu arranjo espacial.
No polímero isotático todos os grupos R estão localizados no mesmo lado da cadeia polimérica.

EX: polipropileno - PP isotático


ESTEREOISOMERISMO
O estereoisomerismo representa o caso em que os átomos estão ligados uns aos outros na
mesma ordem ("cabeça-a-cauda"), porém diferem em seu arranjo espacial.

Em uma configuração sindiotática, os grupos R encontram-se em lados alternados da cadeia.

EX: poliestireno sindiotático


ESTEREOISOMERISMO
O estereoisomerismo representa o caso em que os átomos estão ligados uns aos outros na
mesma ordem ("cabeça-a-cauda"), porém diferem em seu arranjo espacial.

No caso de um posicionamento aleatório, usa-se o termo configuração atática.


Estrutura Molecular

Linear
Ramificado

Em rede

Ligações Cruzadas

Unidade mero
Polímeros Lineares: As unidades mero são unidas
ponta a ponta em cadeias únicas. Grande
quantidade de ligações de Van der Waals entre as
cadeias.
Ex: Polietileno, PVC, Poliestireno,
Polimetilmetacrilato Poliamidas (Nylon)
Polímeros ramificados: Cadeias de ramificações
laterais encontram-se conectadas as cadeias
principais.
Diminuição da densidade do polímero.
Ex: Polietileno, PVC, Poliestireno,
Polimetilmetacrilato Poliamidas (Nylon), mas com
baixa densidade
Polímeros com ligações cruzadas: As cadeias
lineares estão unidas umas as outras em várias
posições através de ligações covalentes.
Ex: Borrachas vulcanizadas onde as ligações
cruzadas são causadas pelo aditivo (“S” enxofre).
Polímeros de rede: Possuem 3 ligações covalente
ativas formando redes tridimensionais.
Ex: Polímeros termofixos- Baquelite, resina epóxi,
etc.
Classificação dos Polímeros
Termoplásticos

Necessitam de calor para serem moldados (amolecem quando aquecidos e
endurecem quando são resfriados);

Processo reversíveis e que podem ser repetidos (transformação física), ou seja, são
recicláveis;

Materiais moles e dúcteis;

Polímeros com cadeias lineares e ramificados (com força de interação relativamente
fracas);

Maior utilização industrial (70% em peso da quantidade total de plásticos)

Ex.: Polietileno (PE), Polipropileno (PP), Poli(cloreto de vinila) PVC, poli(metacrilato de metila) (PMMA),
Poliestireno (PS).
Classificação dos Polímeros
Termofixos

São permanentemente duros e não amolecem quando aquecidos devido as
ligações cruzadas covalentes entre as cadeias.

Cadeias com alta densidade de ligações cruzadas (covalentes);

Ligações entre as cadeias impedem o movimento rotacional e vibracional da cadeia
em alta temperatura;

Permanecem rígidos com o aumento da temperatura;

Temperatura excessiva promoverá o rompimento das ligações cruzadas e a
degradação do polímero, ou seja, polímeros termofixos não são recicláveis;

Ex.: Adesivos, tintas, resina fenólica (baquelite), resina epóxi, resinas de poliéster, embutimento de
amostras metalográficas.
Copolímeros

Homopolímero: polímero derivado de apenas uma espécie de
monômero.

Copolímero: polímero derivado de duas ou mais espécies de monômero

17/06/201
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Cristalinidade em Polímeros

l
Diferentes dos metais e cerâmicos,
é um empacotamento de cadeias
moleculares.

l
Em geral são parcialmente
cristalinos

l
Parte Cristalina- Com ordem

l
Parte Amorfa- Sem ordem.

Arranjo de cadeias moleculares em uma célula


unitária para o polietileno
Cristalinidade em Polímeros

l
Quanto mais simples a cadeia, maior a
cristalinidade; Região com alta cristalinidad

Região amorfa
l
Maior a cristalinidade- Maior a
densidade;

l
Maior a cristalinidade- Maior a
resistência mecânica;

l
Maior a cristalinidade- Maior a
resistência ao calor (ao amolecimento)

l
Maior a cristalinidade- Maior a
resistência à degradação (dissolução).
O grau de cristalinidade é definido
por:
Taxa de resfriamento durante a solidificação: tempo é necessário para as cadeias se
moverem e se alinharem em uma estrutura cristalina;

Complexidade do mero: quanto mais complexo o mero, menos cristalino o polímero;

Configuração da cadeia: polímero lineares cristalizam com facilidade, ramificações


inibem a cristalização, polímeros em rede são quase totalmente amorfos e são
possíveis vários graus de cristalinidade para polímeros com ligações cruzadas.

Copolimerização: se os meros se arranjam mais regularmente, são mais fáceis de


cristalizar. Ex: Copolímeros em bloco e alternados cristalizam mais facilmente que os
aleatórios ou por enxerto.

Quanto mais cristalino, maior a densidade, a resistência mecânica, a resistência à


dissolução e ao amolecimento pelo calor.
7. Referências Bibliográficas

CALLISTER, W. D. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 7. Ed., Rio de Janeiro: Livros Técnicos,
2002. 882 p
OBRIGADA!

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