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DO NORTE
Nova Cruz – RN
2015
HERMANO GOMES DE FARIAS JUNIOR
JOELSON BARBOSA DA SILVA
Nova Cruz – RN
2015
HERMANO GOMES DE FARIAS JUNIOR
JOELSON BARBOSA DA SILVA
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Rochele Kaline Reis de Medeiros, M.Sc. - Presidente
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
______________________________________________________________
Felipe Luiz Neves Bezerra de Melo, M.Sc.- Examinador
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
Este trabalho é dedicado a todos os nossos familiares e amigos, a
todos que nos apoiaram e aos técnicos administrativos do IFRN -
Campus Nova Cruz, que contribuíram para a efetuação dele.
HERMANO GOMES DE FARIAS JUNIOR
Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado forças para lutar pelos meus
objetivos, inclusive a realização desta pesquisa.
Sou grato a minha família, em especial a minha vó, Severina André, que sempre fez o
possível e o impossível para eu chegar até onde cheguei por nunca me abandonar e sempre me
incentivar na minha vida acadêmica. Aos meus amigos, antigos e novos por todos os bons
momentos de alegria e troca de conhecimentos.
Gostaria de agradecer a Euclenes Medeiros, assistente social do IFRN- Campus Nova
Cruz, que me deu a oportunidade de ingressar no programa de iniciação profissional,
programa este que colaborou positivamente em meu desempenho acadêmico e também a
conhecer um pouco mais do ambiente interno do IFRN, despertando ainda mais o meu
interesse em realizar esta pesquisa.
Não tenho palavras para agradecer aos meus supervisores de setor, Manoel Targino e
Simone Sena, que sempre me incentivaram e sempre compreenderam as vezes que precisei
me ausentar. É claro que não posso esquecer-me da minha colega de trabalho, Camila Justino,
menina de ouro que sempre me motivou e em momento algum desacreditou de mim.
Sou imensamente grato a minha orientadora Rochele Reis, por toda assistência, seus
ensinamentos maravilhosos, apoio, dedicação, motivação e por sempre ser uma orientadora
presente.
Agradeço a oportunidade de ter estudado em uma instituição reconhecidíssima como o
IFRN, onde há um corpo docente altamente qualificado e uma estrutura excelente.
Agradeço a coordenação de gestão de pessoas do instituto, que colaboraram com todas
as informações necessárias.
Meu muito obrigado aos mestres excelentes, por todos os ensinamentos passados, todo
o empenho e dedicação para formar profissionais qualificados. Sou grato também aos colegas
de curso pelos ensinamentos trocados e pelo tempo de convivência.
Não poderia deixar de agradecer aos técnicos administrativos pela receptividade e
interesse em colaborar com a presente pesquisa.
JOELSON BARBOSA DA SILVA
Agradeço em primeiro lugar a Deus, pelo dom da vida. Pelas oportunidades de evoluir
a cada queda e aprender com cada erro. Pela oportunidade de usufruir das coisas boas e dos
momentos que a vida tem me proporcionado. Pelo discernimento a mim concedido, essencial
para findar esse curso e ter focado nesse trabalho.
Quero agradecer a minha mãe, Ednalva Barbosa, não só pelo apoio mas por ser meu
espelho, por ser uma amiga, irmã e cúmplice. Por ser uma guerreira que sozinha, conseguiu
me tornar a pessoa que sou hoje, mente aberta, persistente e sonhador e a minha avó Alzira
Barbosa, que sempre me ajudou.
Deixo meus sinceros agradecimentos a professora e orientadora Rochele Reis, pela
paciência, disponibilidade, atenção e dedicação junto a nós orientandos, para elaboração dessa
pesquisa.
Não poderia deixar de agradecer a professora Tatiane Almeida, por ter se mostrado
além de professora, uma incrível amiga durante todo esse período de aulas.
Agradeço ao professor Felipe Neves, membro da banca examinadora, pela
disponibilidade, atenção e pelo acompanhamento nesse presente trabalho.
Agradeço aos mestres do IFRN, aos quais, transmitiram-me ensinamentos e valores
que levarei para sempre comigo.
Agradeço ao meu grupo de amigas, uma família que o IFRN me deu de presente. Sou
grato por não me deixarem desistir nos momentos de fraqueza e por sempre acreditarem em
mim. Sem vocês, Amanda Maria, Francieli Ferreira, Jayanne Cândido, Júlia Nathália, Juliane
Kelly, Mayara Senna e Ranielly Barbosa, eu não teria chegado aonde cheguei e minhas tardes
teriam sido as mais tediosas e sem graça. Somos um exemplo de amizade sincera, duradoura e
pura.
Agradeço também a todos que colaboraram com nossa pesquisa de forma direta e
indireta. Sem vocês, nosso trabalho não poderia ter sido concretizado.
Obrigado ao IFRN por ter me acolhido tão bem e ter me proporcionado um ensino de
qualidade ao longo desses meses. Levarei comigo lições e ensinamentos de dentro da sala de
aula para toda a minha vida.
“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”.
Cora Coralina.
RESUMO
Este artigo aborda o tema clima organizacional. O clima organizacional é formado e sentido
pelos colaboradores, é o ambiente de convivência dentro de uma organização e pode ter
interferência direta no andamento das atividades produzidas e no comportamento dos
funcionários. O objetivo do estudo foi o de conhecer como está o clima organizacional entre
os técnicos administrativos do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio
Grande do Norte, Campus de Nova Cruz. Para tal foi desenvolvida uma pesquisa classificada
como estudo de caso, realizada de modo censitário com os 38 técnicos administrativos
presentes no campus. Para a realização da coleta de dados foi utilizado um questionário
adaptado do modelo de instrumento de pesquisa de clima organizacional de Luz (2003). Os
resultados indicaram que os servidores estão satisfeitos com as chefias do setor (89%), com os
benefícios (63%), com o relacionamento com os colegas (53%), com o gosto pelo trabalho
(95%), com as condições de trabalho (55%) e com a cooperação entre setores considerada
quase sempre satisfatória (79%). Entretanto, Os técnicos se mostraram insatisfeitos com as
normas da instituição (55%) e com a quantidade exagerada de trabalho (34%). Desta forma, o
estudo permite concluir que o clima organizacional entre os técnicos administrativos do
IFRN, Campus de Nova Cruz está bom segundo a classificação de Luz (2003); favorável de
acordo com a de Chiavenato (2006) e Tranquilo no entender de Matos, Matos e Almeida
(2007). Sugerindo que os gestores do IFRN- Campus Nova Cruz são adeptos de boas práticas
para com seus colaboradores, tornando o clima entre os técnicos da escola bom, favorável e
tranquilo.
This article show the topic organizational climate. The organizational climate is formed and
felt for contributors, is living environment inside of the organization and may have direct
interference in the progress of activities made for the workers and the their way to act. The
objective study was to know the organizational climate among the administrative technicians
of Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia of Rio Grande do Norte, Campus from
Nova Cruz. For this was a research classified as case study, carried out in census with the 38
administrative technicians present in the Campus. To carry out the data collection a
questionnaire adapted form instrument model of search about organizational climate by Luz
(2003). The results indicated that the serves were satisfied for the industry leadership (89%),
With the benefits(63%), for the relationship coworkers (53%), for the desirability to work
(95%), for the working conditions (55%), for the collaboration between sectors often
considered satisfactory (79%). However, the technicians not appeared to agree for the rules
mode for the institute (55%), for the exaggerated amount of activities (34%). Thus, the study
concludes about the organizational climate between the administrative technicians of IFRN -
Campus from Nova Cruz is good according to the classification of Luz (2003); favorable
according to the Chiavenato (2006) and Calm in view of Matos, Matos and Almeida (2007).
Suggesting that the managers of the IFRN- Campus Nova Cruz are adept at good practices to
their employees becoming the climate between technicians of school nice one, favorable and
Calm.
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 9
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 31
ANEXO A ................................................................................................................................ 35
9
1 INTRODUÇÃO
O assunto clima organizacional é o tema a ser abordado neste trabalho. O clima pode
ser entendido como a qualidade do ambiente da empresa, notada pelos seus membros como
sendo agradável ou não. Em uma empresa, o conjunto de propriedades mensuráveis do
ambiente de trabalho percebido, direta ou indiretamente pelos indivíduos que trabalham neste
local se denomina clima organizacional (CHIAVENATO, 2006; FERNANDES e ROSA,
2013).
Os acontecimentos que envolvem o contexto organizacional, nos seus diversos
ambientes, são percebidos pelos funcionários e podem ser absorvidos de maneira positiva ou
negativa, permitindo que eles se sintam mais à vontade no ambiente que atuam, podendo
assim, desenvolver melhor suas atividades, com maior eficiência. Por outro lado, esta
percepção poderá torná-los insatisfeitos em sua própria profissão, podendo gerar uma má
atuação em suas funções e na pior das hipóteses, ocasionar conflitos interpessoais com os
demais membros da empresa.
O clima não pode ser visto ou tocado, porém, é possível senti-lo. Cada indivíduo pode
perceber o clima de uma empresa de modo diferente, já que algumas pessoas são mais
sensíveis que as outras para perceberem os aspectos do local de trabalho, o que pode ser uma
característica negativa para um, pode ser o contrário para outro. O clima organizacional pode
gerar influência na motivação dos funcionários, no desempenho humano e na satisfação dos
membros da empresa.( MATOS, MATOS e ALMEIDA 2007).
O estudo do clima organizacional permite indicar o grau de satisfação dos membros de
uma empresa. Nesta perspectiva o objetivo desta pesquisa é conhecer como está o clima
organizacional entre os técnicos administrativos do Instituto Federal de Educação Ciência e
Tecnologia do Rio Grande do Norte, Campus de Nova Cruz.
Fundado em 2009, o Campus de Nova Cruz do IFRN, Possui cerca de 800 alunos e 42
Técnicos Administrativos, atuando nos 18 setores do campus. Oferece atualmente os cursos
de Administração, Informática e Química nas modalidades integrada e subsequente e está
previsto para o ano de 2015 a criação do curso de Graduação em Processos Químicos.
O desenvolvimento de um artigo científico sobre esta temática justifica-se no tipo de
contribuição que os resultados podem gerar para a organização. Na medida em que se permite
conhecer as percepções dos servidores a respeito da realidade interna, identificando pontos
positivos e negativos permitindo identificar os fatores de satisfação e insatisfação no trabalho.
10
É importante haver uma pesquisa de clima, pois a organização deve atentar por
construir e manter uma imagem positiva, esta imagem deve ser construída internamente,
considerando que a insatisfação de um colaborador pode afetar a organização no alcance dos
resultados.
A viabilidade da pesquisa foi verificada no acesso aos dados necessários para
desenvolvimento do artigo e os custos para elaboração deste estudo também se tornam baixos
demandando poucos recursos para o seu desenvolvimento.
Tendo em vista que o IFRN possui uma estrutura física que busca oferecer conforto
tanto aos alunos quanto aos servidores, nota-se que há também um certo entrosamento entre
os colaboradores, permitindo supor que possuem laços de amizade e interação nas relações
interpessoais. O questionamento que pode ser feito reside na investigação se a estrutura
oferecida pela instituição, a estabilidade própria do serviço público federal e os laços
construídos estão favorecendo ou não o clima organizacional existente entre os técnicos.
Neste contexto, o fio condutor que norteou esta pesquisa buscou responder a seguinte questão:
Como está o clima organizacional entre os técnicos administrativos do IFRN – Campus Nova
Cruz?
11
Perceber o clima organizacional se torna mais fácil do que encontrar suas fontes
causadoras, por tratar-se de algo intangível e que varia de concepções pessoais, é a atmosfera
ambiental que existe dentro de uma organização. Curiosamente, o clima pode ser mais
perceptível do que seus fatores , ele pode ser comparado a um perfume, pois percebemos os
seus efeitos, mesmo sem compreender seus ingredientes. (MATOS, MATOS e ALMEIDA,
2007), Com esse entendimento é possível notar que o clima pode ser composto de diversos
fatores emocionais ou não, sendo mais fácil notar os seus efeitos ao invés de detectar seus
pontos causadores.
O clima organizacional não é concebido literalmente pela organização, porém ele
existe de forma atuante e resultante dos fatores internos, tais como as decisões que são
tomadas pela administração e a forma como as pessoas são administradas pelos seus
superiores. Estes fatores influenciam na forma como os servidores notam a empresa,
determinando assim seu comportamento no trabalho (STEPANSKI e COSTA, 2012;
MARQUES, 2009). Em outras palavras, o clima não é criado pela empresa, porém é uma
parte dela, criada pelo convívio de diferentes pessoas com diferentes perfis, cada uma delas
possui uma capacidade de percepção distinta, alguns fatores podem ser absorvidos por alguns
colaboradores de modo positivo ou negativo e para outros os mesmos fatores podem ter um
sentido contrario ou até mesmo não significarem nada.
O Clima resulta de um estado de espírito que atinge os colaboradores da organização
podendo vir a influenciar o comportamento destes mesmos, impactando em aspectos que
acarretam a motivação do capital humano da empresa, deste modo existe uma necessidade de
ser medido, visando à busca por melhorias na produtividade e resultados na instituição, uma
vez que o clima afeta o comportamento coletivo dos servidores (WEBBER, 2012; BORGES e
ZIMAT, 2011).
A empresa deve proporcionar um clima agradável, permitindo que seus funcionários
sintam-se motivados a realizarem suas atividades, proporcionando uma colaboração mutua
entre colegas, é importante que haja satisfação naquilo que se faz. Um funcionário satisfeito e
motivado tende a contribuir para um clima agradável, estará apto a realizar suas funções com
mais fervor e prazer, melhorando a qualidade dos produtos e serviços prestados. Um clima
agradável acarreta na diminuição do índice de turnover1, tendo em vista que as pessoas
procuram ambientes tranquilos (FERNANDES e ROSA, 2013; CAMPOS e SOUZA, 2011;
1
O termo “turnover” também é conhecido como “rotatividade” e traduz, na verdade, o percentual de substituição
que uma empresa possui e serve como indicador de saúde organizacional, ou seja, o giro entre entradas e saídas
de uma empresa.
13
ideia de que conflitos podem afetar o andamento de uma instituição, tornando o ambiente não
tão favorável para a convivência e interação dos colaboradores.
Diferentes aspectos da cultura são manifestados dentro do clima da empresa e podem
apresentar aspectos proveitosos ou não, tendo em vista este fato, deve-se procurar conhecer e
avaliar o clima da organização, pelo fato de auxiliar na tomada de decisão. “a cultura vai
influenciando no comportamento da organização, o que pode ser percebido no seu clima, por
isso, é importante que as organizações façam uso de ferramentas para estudo dessa variação.
Assim, a pesquisa de clima pode auxiliar na tomada de decisões dos gestores.” (CORREIO,
CORREIO e CORREIO, 2012, p.9).
Para Bezerra (2011), bons relacionamentos interpessoais tornam o ambiente de
amizade, integração e confiança mais forte dentro de uma empresa. Uma maior clareza na
comunicação e a adoção de uma liderança eficaz influenciam de forma positiva, colaborando
para a construção de um clima organizacional agradável e gerando comprometimento por
parte dos funcionários. Assim podendo ser dito que o clima de uma empresa se torna
satisfatório na medida em que seja constituído por um relacionamento proveitoso entre
colegas de trabalho.
As pessoas são influenciadas por fatores externos e internos, que podem afetar direta
ou indiretamente no clima organizacional, como fatores externos pode-se dar como exemplo:
convivência familiar, política, economia e saúde, e como fatores internos: Ambiente de
trabalho, cultura organizacional, remuneração e segurança no ambiente de trabalho
(CORREIO, CORREIO e CORREIO, 2012; BISPO, 2006), tendo em vista tais fatores pode-
se dizer que o clima sofre modificações de acordo com eles e que é necessário um meio de
sanar tais problemas.
De acordo com Fernandes e Rosa (2013), as organizações devem procurar reconhecer
os esforços de todos os colaboradores, elogiar por um trabalho realizado corretamente e
buscar melhorar o relacionamento entre chefes e subordinados. Dito em outras palavras, um
funcionário que recebe elogios pelo desempenho de um trabalho bem feito tende a se sentir
reconhecido.
O stress é conhecido como uma das mais conhecidas doenças das organizações atuais,
na maioria das vezes é causado pela insatisfação com a instituição, assim como diversos
outros fatores emocionais são descobertos geralmente nos consultórios médicos, que acaba
sendo uma espécie de ouvidoria, em que as pessoas vão para desabafar e expor as diversas
situações vividas na organização (BORGES e ZIMAT, 2011; COELHO, 2004). Este fato
15
pode ser consequência de uma gestão que não procura saber como anda o clima de sua
empresa, e expõe seus servidores a uma série de ocasiões frustrantes, gerando assim uma
infelicidade no ambiente de trabalho.
Sendo gerado pelo convívio diário, o clima tem seus pontos positivos e negativos, pelo
fato de interferir nas relações interpessoais dos funcionários, atribuindo a ele conflitos e
motivações presentes no ambiente de uma empresa. O clima pode ser agradável de modo que
disponibilize uma boa relação no ambiente empresarial, ocasionando um bom desempenho
nas atividades rotineiras. Pode também gerar um desconforto tornando-se desagradável ou até
mesmo insustentável para o funcionário que não se sente em harmonia com seu local de
trabalho, sendo assim insatisfatório.
A predominância da alegria, participação, confiança, motivação e satisfação na
empresa pode gerar um clima propicio e estável, já conflitos interpessoais, com o chefe ou até
mesmo problemas pessoais ocasionados pelo convívio familiar pode acarretar em um clima
desproporcional, que é capaz de afetar no rendimento dos colaboradores.
O clima pode ser bom, prejudicado ou ruim. É definido bom o clima que nele haja
uma predominância de atitudes e ações positivas que tornam o ambiente mais acolhedor e
favorável, é denominado prejudicado ou ruim o clima em que as variáveis organizacionais
afetam de maneira negativa o humor de uma boa parte dos funcionários, gerando tensões
explicitas, discórdias, rivalidades e conflitos (LUZ, 2003). Fortes indicadores de um clima
favorável é a motivação e o orgulho de fazer parte daquela organização, em contra partida o
turnover é um relevante indicador de um clima prejudicado ou ruim.
De acordo com Chiavenato (2006), o clima organizacional pode ser: favorável,
desfavorável. O clima é favorável a medida que possa proporcionar satisfação das
necessidades pessoais dos colaboradores, produzindo assim a elevação da moral interna, ele é
desfavorável a partir do momento em que proporciona constantes frustrações das
necessidades. O ser humano tem necessidades a serem realizadas, quando um ambiente de
trabalho não proporciona a realização destas, ocorre uma certa divergência entre o
comportamento pessoal, que de maneira direta ou indireta afeta o ambiente da organização.
Matos, Matos e Almeida (2007) Definem o clima em desumano, desagradável e
tranquilo. Diante disto, um ambiente com excessiva importância da tecnologia acarreta a um
16
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Uma pesquisa de clima pode ser conduzida tanto através da adoção de questionários
quanto de entrevistas. Para a realização desta pesquisa optou-se pela utilização de
questionário. De acordo com Luz (2003) Questionários são mais aceitos pelos sujeitos da
pesquisa, pois conserva o anonimato, permite uma aplicação mais ampla além de possuir um
custo baixo.
Quanto aos meios a pesquisa classifica-se como estudo de caso, pois descreve o caso
específico ou situação específica do IFRN procurando conhecer como está o clima
organizacional entre os técnicos do IFRN – Campus Nova Cruz. No entender de Gil (2010), o
estudo de caso proporciona de uma forma mais ampla e detalhada o conhecimento de um caso
único.
Para Gil (2008) questionários são técnicas de investigação constituídas por questões
com o intuito de coletar informações sobre conhecimentos, crenças, sentimentos, valores,
interesses, expectativas e etc.
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Ao analisar o gráfico 2, que trata da faixa etária, nota-se que há uma grande maioria de
técnicos com idades entre 25 e 30 anos, repesentando 34% dos números, seguidos de 26%
com idades entre entre 20 e 25 anos, 24% entre 30 e 35 anos e os demais, somando 16%,
apresentam idades de 35 a 45 anos ou mais.
Gráfico 2 – Faixa etária
O gráfico 3 mostra o estado civil dos funcionarios, onde em sua grande maioria, 55%
deles estão solteiros, 42% casados e em sua minoria, 3% divorciados.
Nesta perspectiva, os dados apontam para o seguinte perfil dos técnicos do IFRN -
Campus Nova Cruz: São homens (58%), com idades entre 25 e 30 anos (34%), solteiros
(55%), possuem curso superior completo (50%), recebem de 3 a 10 salários mínimos (84%) e
possuem de 1 a 2 anos de trabalho no IFRN, (45%).
É possível constatar que grande parte dos questionados estão satisfeitos com a chefia
de seus setores, representando 89% de satisfação, enquanto 11% mostram-se insatisfeitos com
seus supervisores. Tais fatores interferem diretamente no clima e no desempenho de suas
respectivas atividades.
Gráfico 7 – Salário compatível com aqueles pagos nas demais empresas para o
mesmo trabalho
Tanto para Correio, Correio e Correio (2012) quanto para Bispo (2006), as pessoas
sofrem influências dos ambientes internos e externos de uma empresa, mediante tal
informação a remuneração é apresentada como um aspecto interno que pode afetar o clima.
Com o exposto gráfico 8, pode-se afirmar, que de acordo com os dados obtidos, 63%
dos funcionários estão quase sempre satisfeitos com os benefícios oferecidos, 18% se
mostraram sempre satisfeitos, 16% raramente e 3% nunca estão satisfeitos.
Os gestores necessitam colaborar para que haja a satisfação das necessidades dos
servidores. Concordando com o entendimento de Chiavenato (2006) que lembra o fato das
pessoas terem necessidades que precisam ser atendidas, uma vez que estas não são realizadas
25
pode ocorrer uma certa divergência entre o comportamento pessoal, que pode ter impacto
direto ou indireto na empresa.
O gráfico 9 mostra que há quase sempre insatisfação com as normas disciplinares do
Instituto, representando uma grande margem de 55% dos funcionários parcialmente
insatisfeitos e 5% alegaram estarem totalmente insatifeitos. Já 16% deles afirmam que as
normas são raramente insatisfatórias, 13% nunca estão insatisfeitos com as regras e 11% se
mostraram sem opinião.
A insatisfação pode afetar até mesmo a integridade do servidor, por isto o gestor deve
contribuir para a motivação dos seus colaboradores, mantê-los satisfeitos e permitir com que
sintam-se instigados a colaborar junto com seus colegas (FERNANDES e ROSA, 2013;
BEZERRA, 2011).
De acordo com os dados levantados e o exposto gráfico 10, 53% dos funcionários
entrevistados alegam terem quase sempre um bom relacionamento com os demais colegas e
47% deles afirmaram possuirem sempre um bom relacionamento. Bom relacionamento é
essencial entre colaboradores de uma mesma organização, tornando o ambiente mais
agradável e fraternal, assim também podendo facilitar para um clima bom.
Bezerra (2011) entende que um bom relacionamento interpessoal permite que haja
amizade, integração e confiança mais presente dentro de uma empresa assim permitindo uma
colaboração na construção de um clima agradável.
O gráfico 11 mostra que 42% dos técnicos possuem quase sempre uma carga horária
diária adequada, 29% deles alegam ter sempre um horário adequado enquanto 16% raramente
e 13% não possuem a carga horária correta.
Seguindo a ideia dos autores Fernandes e Rosa (2013); Campos e Souza (2011);
Valeriano, Talamini e Oliveira, (2011). Quando se faz aqulilo que gosta, tende-se a
desempenha-lo com mais vigor e amor.
No gráfico 13 pode-se observar que 45% dos funcionáris do IFRN são elogiados
quando fazem seu trabalho bem feito e com exatidão, 37% deles, afirmam raramenete
receberem algum tipo de elogio, 8% nunca receberam, 5% dizem sempre receber e outros 5%
não esboçaram opinião diante desse aspecto.
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Fazendo-se presente mais uma vez as ideias de Correio, Correio e Correio (2012) e
Bispo (2006), agora apontando a segurança no trabalho como mais um dos aspectos do
ambiente interno que influenciam os servidores de uma organização.
No gráfico 15, tem-se em vista que 29% dos funcionários nunca foram punidos, 26%
raramente são punidos de alguma forma, outros 26% não tem opinião, 11% sempre são
punidos, quando necessário e 8% quase sempre levam algum tipo de punição.
28
No gráfico 17, é possível compreender que 79% dos funcionários quase sempre estão
satisfeitos com relacionamento e cooperação entre os setores. 13% sempre estão satisfeitos
com esse fator e 8% mostram-se raramente.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CAMPOS, Frederico Augusto Ferreira Goduardo; SOUZA, Marta Alves de. O impacto do
clima organizacional na produtividade: um estudo de caso numa agência bancária. Revista
Científica do Departamento de Ciências Jurídicas, Políticas e Gerenciais do UNI-BH,
vol. 4, n. 1, julho, 2011.
COELHO, Cristina Lúcia Maia. Clima organizacional e stress numa empresa de comércio
varejista. Revista Psicologia: Organizações e Trabalho, v.4,n.1,p.11-36, janeiro/junho,
2004.
FERNANDES, João André Tavares; ROSA, Cintia Resende da. O clima organizacional: um
conceito motivador para redução do Turnover, 2013. Disponível em:
<www.eumed.net/ce/2013/turnover.html.>. Acesso em: 26 out. 2014.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. 2. Reimpressão. São
Paulo: Atlas, 2009.
33
MARTINS, Maria do Carmo Fernandes; OLIVEIRA, Beatriz de; SILVA, Carliene Freitas da;
PEREIRA, Keila Cristina; SOUSA, Marília Rabelo de. Construção e validação de uma escala
de medida de clima organizacional. Revista Psicologia: Organizações e Trabalho,
v.4,n.1,p.37-60, janeiro/junho, 2004.
MATOS, José Gilvomar R.; MATOS, Rosa Maria B.; ALMEIDA, Josimar Ribeiro de.
Análise do ambiente corporativo: do caos organizado ao planejamento estratégico das
organizações. Rio de Janeiro: E-papers, 2007. Disponível em:
<http://books.google.com.br/books?id=dOjjvV1m7k0C&printsec=frontcover&hl=pt-
BR#v=onepage&q&f=false>. Acesso em: 21 nov. 2014.
ROSSO, Fabrízio. Gestão ou indigestão de pessoas?. São Paulo: Edições Loyola, 2003.
Disponível em: <http://books.google.com.br/books?id=mfY6yaV-
478C&printsec=frontcover&hl=pt-BR#v=onepage&q&f=false>. Acesso em: 20 nov. 2014.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo:
Cortez, 2007.
ANEXO A
36
Esta pesquisa tem como finalidade embasar o nosso trabalho de conclusão de curso em
Administração que objetiva conhecer como está o clima organizacional entre os Tec.
Administrativos do IFRN – Campus Nova Cruz. Portanto, sua participação é fundamental.
Agradecemos a sua colaboração.
Lembre-se: Não é necessário identificar-se.
2) O seu salário é compatível com aqueles pagos nas demais empresas para o mesmo
trabalho? ( ) Sim ( ) Não
10) Você é punido de alguma forma quando realiza seu trabalho de forma inadequada
ou não cumpre alguma regra da empresa?
1.( ) Sempre 2. ( )Quase sempre 3.( ) Raramente 4.( ) Nunca 5.( ) Não tenho opinião