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Cursos Extra (Damásio) - 1
Cursos Extra (Damásio) - 1
1. Sucessão do cônjuge
Art. 1603 - "A sucessão legítima defere-se na seguinte ordem: I - aos descendentes; II -
aos ascendentes; III - ao cônjuge; IV - aos colaterais".
Regra básica no CC/16: havendo alguém na linha de cima, ninguém na linha de baixo
herda. Não havendo ascendente, chama-se o descendente. Não havendo ascendente e nem
descendente, chama-se o cônjuge. Não havendo nenhum dos 3 (asc., desc. e cônjuge), chama-
se o colateral.
Mas no CC/16 o cônjuge tinha o usufruto vidual (o "usufruto da viúva"). Significa que o
cônjuge supérstite teria direito real de usufruto DA QUARTA PARTE DA HERANçA, caso
houvesse filhos.
No CC/02
Poderá morar no imóvel: (i) até morrer; ou (ii) até renunciar ao direito real de habitação.
a. Concorrência do viúvo com descendentes: aqui, a lei impõe alguns requisitos. É que
a lei traz uma predileção a que o descendente herde. Assim, até para privilegiá-lo, diz que o
viúvo só herdará se preencher tais requisitos. E quais são os requisitos para que o viúvo herde
em concorrência com descendentes?
Participação final nos aquestos: aplica-se a mesma regra da comunhão parcial. A viúva
só herda nos bens particulares; nos comuns, não herda - só recebe em meação.
Separação obrigatória de bens (art. 1641): regime imposto pela lei nas hipóteses desse
artigo. Nesse caso, o viúvo não herda, caso concorra com descendentes.
(i) Viúvo herda como se fosse filho (ex: 2 filhos e a viúva; a herança será dividida por 3, e
a viúva terá 33%. Se forem 9 filhos e a viúva, a herança divide por 10, e a viúva terá 10%. Salvo
se ela for ascendente de todos os filhos - observar a regra abaixo)
(ii) Se for ascendente de todos os filhos, terá direito no mínimo a 25% da herança (Por
exemplo: 9 filhos, e a viúva é a mãe de todos eles: ela herdará 25% e os outros 75% dividirão os
9 filhos).
(iii) Se não for ascendente de todos os filhos, aí volta para a primeira regra (herdará o
mesmo que um filho - no caso de 9 filhos, sendo ela mãe de apenas 4, a herança divide em 10, e
ela herda 10%).
Visto que o viúvo sempre herdará em concorrência com ascendentes, resta saber
QUANTO herdará.
(i) Viúva em concorrência com pai e mãe: terá 1/3 da herança (tirando eventual meação
que já tenha recebido na partilha de bens).
(ii) Viúva em concorrência com qualquer outra combinação de ascendentes (ex: avô e
avó): receberá metade da herança (tirando a meação que já tenha recebido), e a outra metade
caberá aos ascendentes todos.
O colateral só será chamado quando não houver, assim, nem ascendente, nem
descendente e nem cônjuge.
3. Cônjuge sozinho.
4. Colateral.
Sucessão do colateral:
Regras:
a. O grau mais próximo exclui o mais remoto, salvo em um único caso de representação.
Mas há a única exceção: A morre e deixa um irmão, B. O irmão C já era morto, mas
deixou D e E, seus filhos, ambos sobrinhos de A.
b. Irmão bilateral (filho de mesmo pai e mesma mãe) herda do irmão morto, mas em
dobro do que o irmão unilateral (filho apenas do pai ou apenas da mãe). Aqui não se trata de
discriminação entre os filhos! Pq quem herda é irmão do morto, e não filho do morto.
A lei especifica que o regime de bens da união estável será o regime de bens da
comunhão parcial.
O 1790 diz que o companheiro participará da sucessão do outro quanto aos bens
adquiridos onerosamente na constância da união estável.
Assim, o convivente receberá, com a morte do outro, metade dos bens comunicáveis em
meação. Só será chamado a herdar, dos bens do convivente falecido, a parcela que sobrou, da
meação dos bens comuns, para o próprioo falecido. Disputará, obviamente, dessa parcela, com
os demais sucessores.
Por exemplo: 2 filhos comuns e mais a convivente sobrevivente: receberá 1/3 (33%).
Mas 1/3 do quê? Apenas da parcela que seria da meação do morto (metade dos bens
COMUNICÁVEIS da união estável) Receberá 1/3 dessa metade dos comunicáveis, portanto. Os
2/3 restantes serão dos filhos. Os bens particulares do convivente falecido serão apenas dos
filhos.
A esposa (no casamento) viúva recebia 1/3 só nos bens particulares. A convivente herda
só nos bens meados.
b. Filho exclusivo do morto: o convivente herda como se fosse meio filho. Ou seja, o filho
exclusivo do morto herdará o dobro do convivente.
c. Outros parentes sucessíveis: terá direito a uma cota fixa de 1/3 dos bens cabíveis em
meação ao companheiro morto. Os outros 2/3 serão dos parentes, assim como TODOS os bens
particulares do morto serão dos parentes.
Quanto se fala em parente sucessível, pode ser qualquer um. Pode ser o tio-avô do
morto, por exemplo. A convivente levará apenas 1/3 do que cabia em meação ao morto, e o tio-
avô levará 2/3 da meação do morto, além de todos os bens particulares.
Não. A convivente sobrevivente é "salva" pelo artigo 1844. Este dispositivo diz que o
Município só é chamado a herdar quando não houver cônjuge ou companheiro sobrevivente.
Assim, só nesse caso a convivente herdará nos bens particulares do companheiro falecido.
E sendo inconstitucional, qual a solução que se dá? O convivente deveria herdar igual
ao cônjuge. Mas isso é doutrina, não é texto de lei. O texto frio da lei diz que o convivente herda
pelo 1790.