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Introdução
No presente trabalho em grupo, ir-se-á fazer uma à alteração do relevo nas diferentes
regiões climáticas, onde por sua vez, vai se falar das regiões intertropicais, regiões
temperadas e regiões frias.

Objectivo
O presente trabalho tem como objectivo conhecer as alterações do relevo nas diferentes
regiões climáticas distinguir em termos de localização as regiões climáticas e identificar
os domínios que nelas existem.
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Alteração do relevo nas diferentes regiões climáticas


As diferentes formas de relevo existentes no nosso planeta são da acção conjunta de
agentes internos e externos. Um dos agentes externos mais importantes é o clima, com
os seus inúmeros elementos (temperatura, precipitação, vento).
O relevo da terra não é uniforme. Esta heterogeneidade deve-se, em grande parte, à
acção dos agentes erosivos atmosféricos. Conforme as características climáticas, a
superfície terrestre é submetida a tipos de alteração diferenciados, que culminam na
constituição de formas de relevo únicas.

Regiões intertropicais
As regiões intertropicais, as mais quentes do planeta, apresentam vários domínios
morfoclimáticos: o domínio equatorial, o domínio tropical e o domínio árido.

No domínio equatorial, a permanência de calor e humidade determina a existência de


um sistema morfogenético dominado pelas alterações físico-químicas e bioquímica As
acções de meteorização química combinam os efeitos da dissolução, da hidratação e
sobretudo dahidrólise. Esta degradação das rochas e do solo é acentuada pela
decomposição dos seres vivos, originando a laterização, isto é, a formação de uma
crosta rochosa composta por nutrientes do solo (como ferro e alumínio), devido ao
excesso de chuva. O desgaste destas crostas é realizado lentamente, sob a forma de
desagregações granulares, descamações e exfoliações ao longo das diáclases curvas.
Uma vez meteorizados, os fragmentos rochosos sofrem uma rápida alteração.

Entre os processos morfogenéticos também se destacam os movimentos de massa,


principalmente os que acontecem nas vertentes.Os deslizamentos e os fluxos de lamas
são frequentes, pois a grande quantidade de água precipitada infiltra-se até atingir uma
camada impermeável de rocha, transportando encosta abaixo toda a camada rochosa
superficial.

Os rios desempenham uma importante função no processo erosivo, especialmente no


transporte de sedimentos, graças ao seu elevado e constante caudal.

Nas regiões de clima equatorial, as formas de relevo mais comuns são as extensas
planícies de alteração, entrecortadas por ‘‘meias laranjas’’(colinas arredondadas, com
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perfil convexo, de grande declive na base) e‘‘pães-de-açúcar’’ (domos rochosos


resultantes de intrusões graníticas expostas, que têm vertentes abruptas, onde ocorre
interessante, em virtude do processo de dissolução da calcite, observando-se cúpulas,
dolinas intersectadas (depressões circulares geralmente ocupadas por água), torreões e
pináculos.

O domínio tropical (com uma estação húmida e outra seca), ocupa cerca de 20% da
superfície da Terra, em conjunto com o domínio equatorial.

Apesar da existência de uma estação seca, os processos mecânicos de meteorização não


suplantam os processos bioquímicos. É a estação seca, através da intensa evaporação,
que permite a cristalização e consolidação de sais metálicos libertados pela alteração
bioquímica desencadeada na estação húmida. Desta forma, formam-se couraças (de teor
ferruginoso), que dificultam a agricultura e o desenvolvimento da vegetação. Somente
nos solos não encouraçados é que os processos morfogenéticos mecânicos podem entrar
em acção de forma mais evidente. No entanto, mesmo assim, o denso manto de
gramíneas oferece grande protecção ao solo e as rochas em relação aos agentes
erosivos.

As primeiras chuvas da estação húmida protagonizam um dos principais processos


morfogenéticos mecânicos: a erosão pluvial. Nas áreas mais planas, cobertas por
vegetação, essencialmente laminar, transportando as partículas rochosas sem formar
canais definidos. Nas vertentes não encouraçadas ocorre a erosão por sulcos ou ravinas,
que é mais violenta e aproveita as fendas de dessecação para conseguir desprender
grandes blocos do manto de alteração.

A hidratação das argilas, favorecida pela erosão pluvial, causa movimentos de massa
(deslizamentos e fluxos de lama). Porém, os principais agentes de transporte são os rios.
Embora sejam menos caudalosos que os cursos de água do domínio equatorial, o seu
poder de desgaste aumenta, devido à proporção de partículas rochosas provenientes das
couraças ferruginosas. Na estação seca, o vento exerce uma significativa acção de
desgaste e transporte nos solos sem vegetação .
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As formas de relevo do domínio tropical são variadas, muitas delas herdadasperíodos


temporais anteriores. Contudo, há algumas das mas especificas deste domínio
morfoclimático: as planaltos encouraçados que se designam bowal, as escarpas e as
pediplanícies (áreas planasformadas no sopé de elevações),

As regiões de clima desértico quente, que se estendem por cerca de 31% da superfície
terrestre, são caracterizadas por grandes amplitudes térmicas diurnas, precipitação
reduzida e evapotranspiração elevadas.

Os sistemas morfogenéticos das regiões áridas revelam um predomínio da meteorização


mecânica, devido aos extremos climáticos e à insuficiente protecção exercida pela
vegetação. As fortes amplitudes térmicas denunciam o fenómeno da termoclastia, no
entanto a gelifracção é mais efectiva, especialmente durante as noites de Inverno
fragmentação das rochas devido à cristalização de sais minerais (haloclastia) é
particularmente intensa junto ao litoral e em depressões. Em solos calcários, a
dissolução da calcite é notória. Contudo, as acções físico-químicas e bioquímicas nestes
meios são lentas e embrionárias.

Embora à primeira vista pareça paradoxal, a água da chuva ocupa um papel fundamental
no conjunto de processos morfogenéticos dos domínios áridos. A escorrência (erosão
laminar ou por sulcos), decorrente da precipitação excepcional, desempenha uma
importante acção de desgaste e transporte, ao gerar movimentos de massa
particularmente violentos (correntes de lama). O caracter descontínuo destas destruições
limita os efeitos. Na realidade, a erosão no domínio árido opera lentamente.

O vento apresenta-se como outro agente erosivo a ter em conta nestes ambientes
desérticos. Aproveitando a ausência de vegetação e a disponibilidade de grandes
quantidades de material rochoso solto, o vento transporta em suspensão muitas
partículas, que fortalecem a sua acção de desgaste sobre as formações rochosas. Em
virtude de determinadas situações atmosféricas (diferenças acentuadas de pressão de ar),
alguns ventos locais autenticas tempestade de areia, capazes de alterar a paisagem.
Embora a deflação seja importante, o seu efeito mãos impressionante é a acumulação de
areias sob a forma de dunas.
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Entre as formas de relevo do domínio árido, salientam-se: o reg(deserto rochoso,


composto por blocos angulosos, que o vento deixou a descoberto), os
inselbergsou“montes-ilhas” (maciços rochosos, de vertentes abruptas, que se destacam
na aplanada), osknits(depósitos de vertente que se originam no sopé dos inselbergs), as
as depressões fechadas (muitas vezes ocupadas por lagos com elevada salinidade,para
onde circulam os cursos de água temporários), as dunas, oerg(deserto arenoso,
constituídos por dunas, que foi formado pela acção do vento), osyardangs(cristas
rochosas paralelas alinhadas de acordo com a direcção dos ventos dominantes), blocos
pedunculados ( rochas em forma de cogumelo, constituídas por corrosão) e os
ventifactos (blocos ou formações rochosas originadas pelo desgaste eólico, de forma
curva ou quase aplanada, apresentam no topo de elevações).

Regiões temperadas
As regiões temperadas, pautadas pela moderação das suas manifestações climáticas,
compreendem cerca de 20% da superfície terrestre, pare além de se apresentarem como
as áreas mais humanizadas, isto é, as mais sujeitas à acção antrópica.

O domínio morfoclimático temperado apresenta grande diversidade. Nas regiões de


clima temperado de influência mediterrânica operam processos morfogenéticos
idênticos aos que ocorrem nas regiões do domínio árido. Já nas regiões de clima
temperado de ocorrem influência continental surgem com frequência os processos de
gelifracção, típicos dos ambientes mais frios. A podzolizaçaoétambémaqui muito
intensa, principalmente nas grandes florestas de coníferas, cuja lenta decomposição de
matéria orgânica torna os solos ácidos, favorecendo a meteorização bioquímica das
rochas. Finalmente, nas regiões de clima temperado e influência marítima são visíveis
processos aos que têm lugar nas regiões de domínio equatorial, em virtude da elevada
humidade, como é o caso da hidrólise.

Os materiais de vertentes são deslocados por reptação. Apenas nas vertentes de maior
declive é que se verificam os resultantes movimentos de massa. Porém, o transporte de
materiais rochosos desgastados é realizado principalmente pelos rios, que são o
principal agente erosivo destas regiões. De uma maneira geral, os cursos de água
possuem caudais elevados, o que lhes confere uma efectiva capacidade de desgaste e de
transporte. Mesmo nas regiões mais secas (de clima mediterrânico), os rios embora
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menos caudalosos, revelam um carácter torrencial. O vento não evidencia uma acção
relevante, devido ao predomínio de vegetação.

Não existem formas de relevo típicas neste domínio morfoclimático: as que existem são
herdadas de períodos antigos, quando aquelas regiões estavam sujeitas a outros sistemas
morfogenéticos.Nãoobstante, os leitos dos rios são a principal expressão do relevo
destas regiões, com os seus meandros(curvas acentuadas do leito)e as suas planícies
aluviais (extensas áreas aplanadas, constituídas por sedimentos fluviais). São de realçar
ainda as “chaminés de fada”,que se formam a partir de depósitos detríticos pouco
coerente e muito diversificados em tamanho. A acção da chuva provoca uma erosão
diferencial: os materiais mais finos são erodidos inicialmente,enquanto que os materiais
volumosos e mais rígidos são poupados ao trabalho de desgaste das águas de
escorrência. Contudo, a erosão não afecta os materiais situados por baixo dos grandes
blocos de rochas, pois encontram-se protegidos pelas rochas superiores.

Regiões frias
Nas regiões de clima frios, que ocupam cerca de 28%da superfície da Terra, podemos
distinguir dois domínios morfoclimáticos: o domínio glaciar e o domínio periglaciar.

Odomínio glaciar (coincidente com as regiões polares) é caracterizado por temperaturas


muito baixas e precipitação escasse. Estende-se por cerca de 10% da superfície
continental do planeta. Predominamos processos de meteorização mecânica associados
à acção dos glaciares (massas de gelo extensas e espessas que se deslocam lentamente
sobre a superfície terrestre). Estes actuam sobre a superfície dos continentes, quer no
arrancamento das rochas (abrasão), quer no transporte dos detritos arrancados.

A maior parte das formas de relevo observáveis no domínio glaciar resultam de


processos de cumulação, destacando-se as moreias e os blocos erráticos (grandes blocos
rochosos transportados pelos glaciares, que possuem uma litologia diferente das rochas
subjacentes).Em determinados lugares, no seio de glaciares, alguns cumes de montanhas
não se encontram por gelo ou neve, designando-se nunataks.Paraalém disso, algumas
formas de relevo são visíveis apos o recuo dos glaciares: é o caso dos vales em U(vales
glaciários), das kame(depósitos de areia e cascalho com uma forma cónica) e dos
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fiordes(antigos vales glaciários que foram invadidos pelo mar, devido a sua transgressão
marinha).

O domínio periglaciar ocupa 18% da superfície terrestre, nas regiões em torno do


domínio glaciar. Embora as temperaturas ainda sejam reduzidas, existe uma época no
ano cujos valores ultrapassamos 0 ºC, o que promove o degelo.

Do ponto de vista morfodinâmico, este domínio caracteriza-se pela acção da água,


comandada pela alternância gelo-degelo. A gelifracçãoé um dos processos de
meteorização mecânica mais activos nestas regiões. Durante o período de degelo, a água
infiltra-se por entre as fendas das rochas, provocando a sua fragmentação no longo
Inverno, em virtude da solidificação da água acarretar um aumento de volume. A
dissolução dos calcários é também um processo químico relevante nestas regiões.

O transporte dos elementos rochosos moveis e dos produtos da gelifracçaão é


assegurado pelas águas superficiais e pelo vento, antecedidas pela crioturbação e pela
gelifluxão. A crioturbação consiste na na deslocação de materiais sob o efeito da
solidificação e fusão da água contida nas formações superficiais. A gelifluxãoé um tipo
de solifluxão que ocorre ao longo das vertentes, sob superfícies congeladas, o que
favorece o movimento dos materiais rochosos.

As principais formas de relevo resultantes destes processos morfológicos resumem-se às


vertentes, de diversas configurações consoante o processo mecânico de meteorização
dominante, e respectivos depósitos e às vastas planícies (associadas a lagos, pântanos
turfeiras). Os fundos dos vales apresentam nomeadamente, planos, porque os cursos de
água não têm capacidade para transportar os sedimentos que deslizam pelas vertentes.
São também comuns as escombreiras de gravidade e os cones e taludes de detritos.
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Conclusão
No fim do trabalho, o grupo constatou que as diferentes formas de relevo existentes no
nosso planeta são, são o resultado da acção conjunta de agentes internos e externos.um
dos agentes mais importantes é o clima, com os seus inúmeros elementos (temperatura,
precipitação, vento etc).

O grupo constatou também que o relevo da Terra não é uniforme. Esta heterogeneidade
deve-se em grande parte, à acção dos agentes erosivos atmosféricos. Conforme as
características climáticas, a superfície terrestre é submetida a tipos de alteração
diferenciados, que culminam na construção de formas de relevo únicas.

Nas regiões intertropicais, as mais quentes do planeta, apresentam vários domínios


morfoclimaticos: o domínio equatorial, o domínio tropical e o domínio árido. As regiões
temperadas, pautadas pela moderação das sua manifestações climáticas, compreendem
cerca de 20% da superfície terrestre, para além de se apresentarem como as áreas mais
humanizadas, ou seja, as mais sujeitas à acção antrópica. E apresentam o domínio
morfoclimatico temperado. Nas regiões de clima frios, que ocupam cerca da 28% da
superfície da Terra, podemos distinguir dois domínios morfoclimaticos: o domínio
glaciar e o domínio periglaciar.
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Bibliografia

https://www.escolademoz.com/2018/09/alteracao-do-relevo-nas-diferentes.
https:/html/colegiomoz.blogspot.com/2018/09/alteracoes-do-relevo-nas-diferentes.html

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