Você está na página 1de 1

O contexto desta passagem tem a ver com uma pergunta concreta que os

discípulos fazem a Jesus no verso 3


O assunto é se a resposta que Jesus dá para eles a partir do verso 4 se refere a
coisas futuras o que já foram cumpridas.
Alguns crentes afirmam que tudo o que Jesus fala já foi cumprido no ano 70
quando Jerusalém foi invadida. Eu concordo com aqueles que acreditam que o
que Jesus falou tem aspectos que ainda vão se cumprir.
Existe um paralelismo muito forte entre este capítulo e o capítulo 6 de
Apocalipses (falso Cristo 6:2, guerra 6:3-4, fome 6:5-6, morte 6:7-8, morte dos
santos 6:9-11), pelo qual, se a profecia trazida por Joao é para o futuro então o
que Jesus fala também deve ser interpretado como ainda no futuro.
Muitos entendem que este texto ensina que o evangelho deve ser pregado no
mundo inteiro antes de que Cristo possa voltar.
Se entendemos que o contexto deste verso é o tempo de tribulação no futuro,
então não podemos tirar esse verso do contexto para disser que Jesus não
voltará (arrebatamento) até que o evangelho seja pregado a todas as nações,
nem para ensinar que a Igreja pode “apressar a vinda de Cristo” fazendo um
esforço em levar o evangelho a todas as nações.
A salvação do homem sempre foi “por graça mediante a fé”, mas em diferentes
épocas a mensagem era diferente. O evangelho pregado por João Batista e por
Jesus no começo do seu ministério consistia na proclamação do estabelecimento
do Reino do Messias na terra. Aqueles que se arrependessem e cressem seriam
salvos. Hoje é pregado o evangelho da cruz de Cristo, que fala de Cristo como
nosso substituto quem foi morto e ressuscitou para que todo aquele que nele crê
não pereça.
Na tribulação o evangelho do reino será pregado a todo o mundo. A tarefa que
hoje parece inacabável para a Igreja, será feita de forma eficiente e sobrenatural
pelas duas testemunhas e pelos 144.000 “selados” dos que Joao fala no
Apocalipses.

Você também pode gostar