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CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
por
elaborado por
Vinicius Martins de Oliveira Estivalett
Comissão Examinadora
Aos meus pais, Marta e João, pelo carinho, compreensão e suporte durante a jornada
da minha graduação.
Ao meu orientador, Prof. José Mario Doleys Soares, símbolo do magistério exercido
com dedicação e retidão profissional. Pelas conversas que fizeram possível a existência do
presente trabalho e as opiniões sinceras que o levaram ao formato final.
À Eng. Bárbara Maier Rossatto, pela amizade e paciência nas trocas de materiais e
opiniões do decorrer da composição desse trabalho.
Aos demais membros do corpo docente da Universidade Federal de Santa Maria, pelos
conhecimentos transmitidos nesses anos de graduação, pela paciência e amizade que me
dispensaram.
Aos colegas e amigos, verdadeiros companheiros de jornada, pela amizade,
companheirismo e paciência, sempre prontos a consolar, ajudar e apoiar nas mais diversas
situações que passamos juntos nesses anos de graduação.
Porque a natureza é infinitamente variável, os
aspectos geológicos da nossa profissão nos
asseguram que nunca haverá dois trabalhos
exatamente iguais. Por isso, nós nunca precisamos
temer que a nossa profissão se torne rotineira ou
maçante. Se assim for, podemos ter a certeza de que
não a estamos praticando adequadamente.
(R. B. Peck)
RESUMO
Tabela 1 - Anexo A da NBR 6484: Tabela dos estados de compacidade e de consistência .... 35
Tabela 2 - Valor de segundo Tergazhi (apud Araújo, 2013)............................................... 36
Tabela 3 - Valor de segundo Décourt (apud Araújo, 2013) ................................................ 36
Tabela 4 – Parâmetros adimensionais do método de Matlock e Reese .................................... 41
Tabela 5 – Parâmetros físicos do concreto aos 210 dias .......................................................... 43
Tabela 6 – Características geométricas da estaca E1 ............................................................... 43
Sumário
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 10
1.1. JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 14
1.2. OBJETIVOS .............................................................................................................. 15
1.2.1. Objetivo Geral .................................................................................................... 15
1.2.2. Objetivos Específicos ......................................................................................... 15
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................... 16
2.1.1. Estacas em solos coesivos .................................................................................. 19
2.1.2. Estacas em Solos Não-Coesivos ......................................................................... 23
2.2. MÉTODOS DE ANÁLISE DISPONÍVEIS .............................................................. 26
2.2.1. Abordagem viga de fundação ............................................................................. 28
2.2.2. Abordagem de meio contínuo ............................................................................ 32
2.3. COEFICIENTE E MÓDULO DE REAÇÃO HORIZONTAIS ................................ 33
2.4. PRINCIPAIS MÉTODOS PARA SOLOS DO TIPO .............................. 37
2.4.1. Solução analítica de Miche ................................................................................. 37
2.4.2. Método de Davisson e Robinson ........................................................................ 38
2.4.3. Método de Matlock e Reese ............................................................................... 40
3. METODOLOGIA ........................................................................................................... 41
3.1. DADOS UTILIZADOS A PARTIR DO EXPERIMENTO DE SOUZA (2006) .... 42
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 44
4.1. SOLUÇÃO DE MICHE ............................................................................................ 44
4.2. MÉTODO DE DAVISSON E ROBINSON .............................................................. 46
4.3. MÉTODO DE MATLOCK E REESE....................................................................... 48
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 53
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 54
10
1. INTRODUÇÃO
Campos (2015) define estacas como elementos estruturais esbeltos, comparadas com
o bloco, cravadas ou perfuradas no solo, cuja finalidade é transmitir as cargas a pontos
resistentes do solo por meio de sua extremidade inferior (resistência de ponta) ou do
atrito lateral estaca-solo (resistência do fuste). Definição esta que coaduna com a
estabelecida no item 3.8 da NBR 6122 (ABNT, 2010), a qual completa que sua
execução pode ser feita por equipamentos ou ferramentas.
Ainda segundo Hachich (2006), as fundações por estacas tiveram sua capacidade de
carga procurada, desde o principio do século XX, primeiramente por teorias sem
sucesso como as de Stern (1908) e de Dörr (1922). Do ponto de vista estático, Terzaghi
estendeu seu raciocínio já desenvolvido para fundações profundas, agrupando seus
fatores sob a designação de resistência de ponta e resistência de atrito lateral. Do ponto
de vista dinâmico, desde há muito tempo tentou obtê-la usando dados de cravação e
parâmetros baseados na teoria do choque newtoniano, chegando às chamadas fórmulas
de estacas, com destaque para as antigas de Eytelwein (1820) e Sanders (1850).
Ainda sobre o quesito funcionalidade, salienta Velloso (2010), que toda fundação
sofre deslocamentos verticais (recalques), horizontais e rotacionais em função das
solicitações a que é submetida. Esses deslocamentos dependem do solo e da estrutura,
isto é, resultam da interação solo-estrutura. Quando os valores desses deslocamentos
ultrapassam certos limites, poder-se-á dizer se chegou ao colapso da estrutura pelo
surgimento de esforços para os quais a estrutura não se encontra dimensionada. Pode-se
12
então, dizer que os deslocamentos, conforma a sua magnitude, terão uma influencia
sobre a estrutura, que vai desde o surgimento de esforços não previstos até o colapso.
Tal fato deve ser sempre levado em conta, pois ainda segundo Velloso (2010), em
toda obra de engenharia há certo “risco”, ou seja, probabilidade de um insucesso. Nas
obras de terra e fundações, como decorrência, sobretudo, da natureza do material com
que se trabalha – o solo, esse risco é sensivelmente maior que nas demais especialidades
da engenharia civil. Ainda segundo o autor, Casagrande (1965) agrupa os fatores
constituintes do chamado “risco calculado”: o uso de um conhecimento imperfeito,
orientado pelo bom senso e pela experiência, para estimar as variações prováveis de
todas as quantidades que entram na solução de um problema; e a decisão com base em
uma margem de segurança adequada, ou grau de risco, levando em conta fatores
econômicos e a magnitude das perdas que resultariam de um colapso.
Os incontáveis avanços tecnológicos evidenciados nos últimos anos, quer seja nos
materiais ou técnicas construtivas, se apresentam como ferramentas disponíveis para
execução de obras de construção civil de grande porte. Por condicionantes de natureza
geológica e geotécnica muitas vezes essas obras de elevadas dimensões veem a utilizar
fundações profundas do tipo estaca.
As estacas são comumente utilizadas para transferir forças verticais (sentido axial)
provenientes principalmente da gravidade (como o peso da superestrutura). Exemplos
de estruturas em que estacas são utilizadas como elementos de fundação são prédios
altos, pontes, plataformas de extração de petróleo, torres de transmissão, barragens e
estruturas de contenção de solo. Entretanto, não são apenas forças axiais que as estacas
suportam, Sob ação de esforços horizontais, a seção estaca é submetida a esforços de
momentos fletores, e esforços cisalhantes, os quais tornam o dimensionamento da seção
estrutural como um importante fator, conforme (Viggiani, Mandolini e Russo apud
Born, 2015).Na verdade, algumas estruturas (plataformas de exploração de petróleo,
muros de contenção de solo, cais e molhes) têm como função principal de suas estacas a
transferências de tensões horizontais para o solo (Huang, 2011).
Velloso (2010) salienta que um aspecto fundamental no estudo das estacas
carregadas transversalmente é a reação do solo, ou seja, como o terreno resiste à ação da
estaca, sendo este um problema de considerável complexidade. Sabe-se que essa reação
depende da natureza do solo e do nível do carregamento (uma vez que o solo é um
material não linear), do tipo de solicitação (estática, cíclica etc.) e da forma e dimensão
13
da estaca. Ao se imaginar uma estaca vertical submetida a uma força horizontal aplicada
acima da superfície do terreno, à medida que esta força cresce, os deslocamentos
horizontais da estaca e a correspondente reação do solo crescem, ate atingir a ruptura do
solo, supondo obviamente que a estaca resista às solicitações fletoras que aparecem.
Ações de vento são a origem mais comum de esforços horizontais (e/ou momentos)
que estacas devem resistir. A outra causa principal de esforço lateral são as atividades
sísmicas. Nestas, as movimentações horizontais do solo geram forças laterais que
devem ser resistidas pelas estacas da fundação. Dependendo do tipo de estrutura em
questão, os carregamentos laterais podem ter diferentes causas: para prédios altos e
torres de transmissão, a ação de vento é a causa primária; para plataformas do tipo off-
shore, cais e molhes, as forças horizontais são causadas pela ação das ondas; já nas
cabeceiras de pontes e piers, as forças horizontais derivam do trafego, vento e
movimentação térmica.
As barragens, por sua vez, devem suportar pressões de água que transferem essas
forças horizontais para as estacas de fundação. No caso de estruturas de suporte de
massas de solo, o papel principal das estacas é resistir às forças laterais causadas pelas
pressões laterais exercidas por detrás da parede de contenção. Algumas vezes, as estacas
estão instaladas em encostas, locais de movimentos lentos de terra, com a finalidade de
resistir ao movimento. Nestes casos, as estacas são submetidas apenas às forças laterais.
Estacas podem ser utilizadas para apoiar escavações abertas; neste caso em questão
também não há força axial e o papel principal das estacas é para resistir às forças
laterais. Nos exemplos acima, existem alguns casos em que as cargas horizontais
externas agem a cabeça da estaca (isto é, na secção de topo da estaca). Esse
carregamento convencionou-se chamar ativo (Fleming et al., 1992, Reese e Van Impe,
2001). Exemplos comuns desse tipo são cargas laterais (e momentos) transmitidos para
a estaca provenientes de superestruturas como edifícios, pontes e plataformas offshore.
Por vezes, a força horizontal aplicada atua de uma forma distribuída ao longo de uma
parte da estaca; esse carregamento é denominado carregamento passivo. Podem ser
dadas como exemplos de carregamento passivo as cargas atuando em estacas devido ao
movimento das encostas ou em estacas de apoio a escavações abertas. Há casos em que
as cargas horizontais externas são mínimas ou mesmo inexistentes; mesmo assim,
muitas vezes, existem momentos externos por causa de excentricidades acidentais
causadas por defeitos de construção (por exemplo, construções fora de prumo),
permitindo que cargas axiais induzam momentos. Assim, ainda que a priori contra
14
sensuais, na maioria dos casos as estacas são sim submetidas a cargas laterais.
Consequentemente, a análise adequada das estacas submetidas a carregamentos
transversais é de fundamental importância para a profissão de engenharia geotécnica e
civil.
1.1.JUSTIFICATIVA
são definidas por métodos usuais da geotecnia, entre algumas razões, pelo estado do
solo ser variável dada a complexa formação geológica, não podendo os modelos
constitutivos clássicos oferecer uma boa aproximação de sua natureza.
Logo, o presente trabalho se justifica pela necessidade de se avaliar os principais
métodos usuais de previsão de deflexão em estacas, analisando se seus modelos e suas
simplificações são capazes de gerar valores estimados correspondentes a valores obtidos
em ensaio de estacas carregadas transversalmente em campo.
1.2.OBJETIVOS
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Figura 3 – Distribuição da tensão do solo ao redor da estaca antes e após deflexão lateral
Se a estaca for relativamente curta e de diâmetro grande, ela não irá curvar-se
muito, tentando a antes rotacionar ou transladar-se. Define Born (2015) que em geral,
no caso de estacas consideradas com topo livre, se o momento máximo que estaca
estiver submetida (devido ao carregamento imposto) for inferior ao momento de
plastificação do elemento estrutural, esta tem comportamento rígido, caso contrário, terá
comportamento flexível, com o surgimento de uma rótula de plastificação no ponto de
maior momento. Usualmente, não é comum o caso de topo livre, geralmente a estaca
está conectada a um bloco, o qual impede totalmente ou parcialmente a rotação,
enquanto permite deslocamento horizontal. Tais estacas são denominadas estacas
rígidas.
Del Pino Júnior (2003) dedica especial atenção aos diferentes comportamentos
apresentados pelas estacas carregadas transversalmente em solos puramente granulares
e puramente coesivos. A provável distribuição de resistência máxima em solos
puramente coesivos é apresentada na Figura 6:
20
oriundo dos efeitos de separação e escorregamento entre solo e estaca; e por fim o
comportamento não linear da própria estaca, motivada pela plastificação e pela
fissuração (nas estacas de concreto armado).
tipos e posições de cargas foram obtidas por Biot (1937) e Hetényi (1946)
(Salgado,2008).
elástico até um certo valor de deflexão da estaca, e perfeitamente plástico para além
desse valor.
nenhuma é conhecida a priori, iterações são necessários para obter seus valores
corretos) e soluções para a equação diferencial decorrente são obtidos pelo método das
diferenças finitas (Figura 21). Com o desenvolvimento do método de elementos finitos,
este tem tomado lugar do método das diferenças finitas em muitos cálculos envolvendo
a abordagem de reação do subleito ou o método das curvas p-y (Sassi, 2011).
Atualmente, o método das curvas p-y é o método mais utilizado para o cálculo
de deflexão de estacas lentamente carregadas e também muito utilizado para a análise
de grupos de estacas com resultados satisfatórios.
aplicando uma integral de contorno para obter a deflexão da estaca. No entanto, este
método é menos popular do que o método das curvas P-y, mais provável, porque os
passos de análise envolvidos são relativamente mais trabalhosos. A análise elástica foi
estendida para explicar a não linearidade do solo em uma forma aproximada, assumindo
o solo como um meio perfeitamente elástico. Hoje, o método de análise baseado na
abordagem de meio contínuo mais versátil disponível é método dos elementos finitos. O
método pode levar em conta a interação tridimensional, e hipóteses de solo elástico e
não linear podem ser simulados, necessitando como dados de entrada as constantes
elásticas (por exemplo, módulo de Young e coeficiente de Poisson) ou as relações
constitutivas não lineares apropriadas. São utilizadas diferentes formas do método dos
elementos finitos (por exemplo, análise bidimensional, análise tridimensional,
elementos finitos, juntamente com séries de Fourier, elementos finitos, juntamente com
o método das diferenças finitas, e de elementos finitos com subestruturação) para
analisar estacas carregadas transversalmente. No entanto, estes métodos são raramente
utilizados na pratica porque ou as análises envolvem matemática de elevada
complexidade e não fornecem passos simples e práticos para a obtenção de deflexão da
estaca ou os métodos são aplicáveis apenas aos solos tomados como linearmente
elásticos, que não representam a realidade dos problemas práticos. Além disso, alguns
métodos híbridos, utilizando a abordagem de meio contínuo em consonância com as
curvas p-y, têm sido utilizados para modelar grupos de estacas.
⁄
34
Índice de resistência à
Solo Designação
Penetração (N)
≤4 Fofa (o)
5a8 Pouco compacta (o)
Medianamente compacta
Areias ou siltes arenosos 9 a 18
(o)
19 a 40 Compacta (o)
>40 Muito compacta (o)
≤2 Muito mole
3a5 Mole
Argilas ou siltes argilosos 6 a 10 Média
11 a 19 Rija
>19 Dura
Fonte: NBR 6484:2001
Tergazhi (apud Araújo, 2013) aponta valores de para areias para diferentes
graus de compacidade conforme Tabela 2:
36
Valor de (MN/m³)
Compacidade da areia Seca Submersa
Areia fofa 2,5 1,5
Areia medianamente 7,0 4,5
compacta
Areia compacta 18,0 11,0
Fonte: Araújo (2013)
Valor de (MN/m³)
Compacidade da areia Seca Submersa
Areia fofa 2,6 1,5
Areia medianamente 8,0 5,0
compacta
Areia compacta 20,0 12,5
Fonte: Araújo (2013)
Alonso (2012) aponta que, na realidade, K e , bem como sua variação com a
profundidade, são de difícil previsão, pois os mesmos dependem de vários fatores além
da própria natureza do solo que rodeia a estaca. Entretanto, ainda afirma que conforme
Terzaghi, os erros na avaliação desses valores têm pouca influencia nos cálculos dos
momentos, pois a equação para sua determinação engloba uma raiz quarta, no caso de K
constante, ou uma raiz quinta, no caso de .
concluem que, no caso de areias, o comportamento da estaca é comandado pelo solo que
ocorre até a profundidade , em que:
√ ⁄
√ ⁄
sendo considerada como estaca longa a estaca com comprimento maior que 4T ou 4R,
conforme o solo no qual esta imersa.
⁄ ⁄
z/T
0 2,435 -1,623 0 1 0 1,623 -1,750 1 0 0
0,1 2,273 -1,618 0,100 0,989 -0,227 1,453 -1,650 1 -0,007 -0,145
0,2 2,112 -1,603 0,198 0,956 -0,422 1,293 -1,550 0,999 -0,028 -0,259
0,3 1,952 -1,578 0,291 0,906 -0,586 1,143 -1,450 0,994 -0,058 -0,343
0,4 1,796 -1,543 0,379 0,840 -0,718 1,003 -1,351 0,987 -0,095 -0,401
0,5 1,644 -1,506 0,459 0,764 -0,822 0,873 -1,253 0,976 -0,137 -0,436
0,6 1,496 -1,454 0,532 0,677 -0,897 0,752 -1,156 0,960 -0,181 -0,451
0,7 1,353 -1,397 0,595 0,585 -0,947 0,642 -1,061 0,939 -0,226 -0,449
0,8 1,216 -1,335 0,649 0,489 -0,973 0,540 -0,968 0,914 -0,270 -0,432
0,9 1,086 -1,268 0,693 0,392 -0,977 0,448 -0,878 0,885 -0,312 -0,403
1,0 0,962 -1,197 0,727 0,295 -0,962 0,364 -0,792 0,852 -0,350 -0,364
1,2 0,738 -1,047 0,767 0,109 -0,885 0,223 -0,629 0,775 -0,414 -0,268
1,4 0,544 -0,893 0,772 -0,056 -0,761 0,112 -0,482 0,688 -0,456 -0,157
1,6 0,381 -0,741 0,746 -0,193 -0,609 0,029 -0,354 0,594 -0,477 -0,047
1,8 0,247 -0,596 0,696 -0,298 -0,445 -0,030 -0,245 0,498 -0,476 0,054
2,0 0,142 -0,464 0,628 -0,371 -0,283 -0,070 -0,155 0,404 -0,456 0,140
3,0 -0,075 -0,040 0,225 -0,349 0,226 -0,089 0,057 0,059 -0,213 0,268
4,0 -0,050 0,052 0,000 -0,106 0,201 -0,028 0,049 -0,042 0,017 0,112
5,0 -0,009 -0,025 -0,033 0,013 0,046 0 0,011 -0,026 -0,029 -0,002
Fonte: Alonso (2012)
3. METODOLOGIA
a b
Fonte: Souza (2006)
43
Cota de aplicação do
Seção (mm) Comprimento total (m)
carregamento (m)
610 22,00 0,59
Fonte: Souza (2006)
0,05
Deflexão do topo da estaca (m)
0,045 0,045
0,04
0,035
0,033
0,03
0,025 0,025
0,02 0,021
0,015
0,01 0,01
0,005
0,0025
0
100 200 300 350 400 450
Carregamento (kN)
44
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1.SOLUÇÃO DE MICHE
√ ⁄ √ ⁄
m ou 9,56mm
0,05
0,045
Deflexão do topo da estaca (m)
0,04
0,035
0,03 7
0,025 8
0,02 18
0,015 20
0,01 Resultado
0,005
0
100 200 300 350 400 450
Carregamento horizontal (kN)
Fonte: Autor
⁄ ⁄
Fonte: Autor
47
Com isso, a estaca equivalente foi resolvida por meio do programa FTOOL
e os resultados são apresentados na Figura 31.
0,06
0,05631
0,05 0,05005
0,04379 0,045
0,04
0,03749
Deflexão do topo da estaca (m)
0,033
0,03 Resultado
0,02503 0,025
0,02 0,021
Davisson e
Robinson
0,01251
0,01 0,01
0,0025
0
100 200 300 350 400 450
Carregamento horizontal (kN)
Fonte: Autor
⁄ ⁄
ou 8,3724 mm
Figura 32 - Deflexões da estaca E1 previstas pelo método de Matlock e Reese para diversos
0,08
0,07
Deflexão do topo da estaca (m)
0,06
0,05
7
0,04 8
17
0,03
20
0,02 Resultado
0,01
0
100 200 300 350 400 450
Carregamento horizontal (kN)
Fonte: Autor
0,080
0,070
0,060
0,050
100
Deflexão (m)
0,040 200
300
0,030 350
400
0,020 450
0,010
0,000
0 1 2 3 4 5 6 7 8
-0,010
Profundidade z (m)
Fonte: Autor
51
0,07
0,06
0,05
100
0,04
Deflexão (m)
200
0,03 300
350
0,02 400
450
0,01
0
0 2 4 6 8 10
-0,01
Profundidade z (m)
Fonte: Autor
0,045
0,04
0,035
0,03
100
Deflexão (m)
0,025 200
0,02 300
350
0,015
400
0,01
450
0,005
0
0 2 4 6 8 10
-0,005
Profundidade z (m)
Fonte: Autor
52
0,04
0,035
0,03
0,025
100
Deflexão (m)
0,02 200
300
0,015 350
400
0,01
450
0,005
0
0 2 4 6 8 10
-0,005
Profundidade z (m)
Fonte: Autor
Conforme os dados obtidos por esse método, podemos observar que mesmo em
uma estaca longa, as deflexões se concentram nos primeiros metros de profundidade do
fuste. Ou seja, que a reação horizontal das camadas superiores do perfil de solo onde a
estaca esta imersa tem papel fundamental em sua capacidade de carga transversal e suas
consequentes deflexões. Tal conclusão coaduna com a hipótese levantada por Terzaghi
(1955) e Born (2015), segundo os quais a substituição das camadas superiores de um
perfil de solo por material de melhor resistência e compacidade contribuiria
positivamente com a capacidade de carga transversal de uma estaca ali imersa.
53
5. CONCLUSÃO
Por fim, com a utilização do ábaco de Matlock e Reese, foi possível avaliar as
deflexões ao longo das estacas e a influencia de diferentes valores de nos valores
previstos. Convêm salientar que os valores encontrados se aproximam
consideravelmente dos encontrados na estaca E1 de Souza (2006) pelos transdutores de
deslocamento posicionados ao longo do comprimento da referida estaca. Pode-se
também perceber que as deflexões em estacas longas de concentram em seus primeiros
metros, confirmando as conclusões de Broms (1964) e justificando a possibilidade de
melhoria das camadas superiores do solo para aumento da capacidade lateral de carga,
como conjecturado por Terzaghi (1955) e investigado por Born (2015).
54
REFERÊNCIAS