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ROTEIROS PARA PRÁTICA DE FISIOLOGIA RENAL DO DEPARTAMENTO DE

ZOOTECNIA - DZO – UFVJM

PRÁTICA I:
REGULAÇÃO DO EQUILÍBRIO HÍDRICO NO HOMEM

1- INTRODUÇÃO

A água é imprescindível para o organismo humano. Aproximadamente 60% do peso


corporal de um humano adulto deve-se à água. A água participa de todos os processos
biológicos e desse modo, nenhum organismo vivo pode sobreviver sem água.

A água corporal é regulada pelos mecanismos da sede e sistema renal.

2- OBJETIVO

Demonstrar como o rim pode controlar o equilíbrio hídrico através de procedimentos


experimentais que induzem variações na osmolaridade do meio extracelular.

3- MATERIAIS

 Béqueres;
 Provetas;
 Densímetros;
 Água filtrada;
 Solução Isotônica;
 Cuba rim;
 Funil;
 Luvas;
 Máscaras;

4- PROTOCOLO EXPERIMENTAL

Nesta prática serão necessários nove voluntários, divididos em três grupos três alunos que
serão submetidos às seguintes situações experimentais.

Grupo A: Antidiurese por restrição hídrica

Grupo B: Sobrecarga hídrica

Grupo C: Sobrecarga osmótica


4.1- Experimento:

1. Os voluntários deverão ser escolhidos com antecedência.


2. Os voluntários deverão marcar o horário da última micção antes da prática.
3. Para iniciar a prática, os voluntários deverão esvaziar a bexiga, coletar essa urina
(COLETA 01), medir o volume e determinar o fluxo urinário.
4. Imediatamente deverá ser iniciado o procedimento experimental de acordo com
os protocolos:
5. Para cálculo de ingestão de líquidos, utilizar-se-á um ciclo feito a partir da conta
de 7,5 ml por Kg do voluntário, a cada ciclo de ingesta.

1 Ciclo = 7,5 ml x 1Kgx

1KgX= Peso do voluntário em Kg.

 Grupo A: Os voluntários irão abster-se de tomar líquidos pela madrugada e manhã,


mantendo a abstinência durante a prática. Deverão ser coletadas duas amostras de
urina aos 30 (COLETA 02) e 60 minutos (COLETA 03).
 Grupo B: Deverão ingerir um ciclo de água num período de 15 minutos (CICLO DE
INGESTA 01) e após meia hora, mais um ciclo (CICLO DE INGESTA 02). Deverão
ser coletadas duas amostras de urina, uma aos 30 (COLETA 02) e outra aos 60
minutos (COLETA 03) após a ingestão de líquido.
 Grupo C: Deverão ingerir um ciclo de uma solução isotônica num período de 15
minutos (CICLO DE INGESTA 01) e após meia hora, mais um ciclo (CICLO DE
INGESTA 02). Deverão ser coletadas duas amostras de urina, uma aos 30 (COLETA
02) e outra aos 60 minutos (COLETA 03) após a ingestão de líquido.

RESULTADOS

Voluntário/ Controle 1° período 2° período


experimental experimental
Grupos

U ᶲ d U ᶲ d U ᶲ d

(Tabular resultados
dos alunos 1,2,3)

B
(Tabular resultados
dos alunos 1,2,3)

(Tabular resultados
dos alunos 1,2,3)

U: volume de urina ᶲ: fluxo urinário d: densidade da urina

FONTE: FISIOLOGIA HUMANA, BÁSICA E DOS SISTEMAS - DCB / FCBS / UFVJM

PRÁTICA II:

DIURESE AQUOSA NO HOMEM

1- INTRODUÇÃO

A formação da urina começa quando uma grande quantidade de liquido praticamente sem
proteína é filtrado dos capilares glomerulares para o interior da Cápsula de Bowman. A
maior parte das substancias no plasma exceto as proteínas, é livremente filtrada, de forma
que a concentração dessas substâncias no filtrado glomerular da Cápsula de Bowman é a
mesma do plasma. Conforme o liquido filtrado sai da Cápsula do Bowman e flui nos
túbulos, ele é modificado pela reabsorção de água e solutos específicos de volta para os
capilares peritubulares ou pela secreção de outras substancias dos capilares peritubulares
para os túbulos. (GUYTON, 2006).

O objetivo deste trabalho foi estudar a função dos rins, em especial o mecanismo de
regulação da pressão osmótica do líquido extracelular (LEC).

2- MATERIAIS

 Béqueres;
 Provetas;
 Densímetros;
 Água filtrada;
 Solução Isotônica;
 Cuba rim;
 Funil;
 Luvas;
 Máscaras;

3- PROTOCOLO EXPERIMENTAL

1- Na prática realizada todos os alunos envolvidos no experimento devem esvaziar


totalmente a bexiga (COLETA 01) antes de ingerir a primeira quantidade de
liquido do experimento.
2- Divide-se posteriormente os alunos em seis grupos (A, B, C, D, E, F).

I. Grupo A: Todo o grupo bebe apenas água filtrada;


II. Grupo B: Todo o grupo bebe água e pratica exercício;
III. Grupo C: Todo o grupo não bebe e não pratica exercício;
IV. Grupo D: Todo o grupo, não bebe água e pratica exercício;
V. Grupo E: Todo o grupo não bebe água, não pratica exercício e fica em decúbito
dorsal.
VI. Grupo F: Todo o grupo bebe água, não pratica exercício e fica em decúbito dorsal.

3- Para cálculo de ingestão de líquidos, utilizar-se-á um ciclo feito a partir da conta


de 7,5 ml por Kg do voluntário, a cada ciclo de ingesta.

1 Ciclo = 7,5 ml x 1Kgx

1KgX= Peso do voluntário em Kg.

4- Depois da ingestão de água, os grupos que praticaram o exercício moderado


correram em média 2 minutos, repetindo a cada meia hora até o final da pratica,
com a coleta 3.
5- Após a prática moderada do exercício, os grupos que o fizeram deverão realizar a
diurese e guardar toda a excreção.
6- Os grupos que não realizaram os exercício também deverão a cada meia hora
esvaziar novamente a bexiga

OBSERVAÇÃO: No momento do recolhimento da urina, o professor orientador


poderá optar por:

I- Guardar todo o conteúdo com o objetivo de analisar, além de outras variáveis,


o fluxo (ml/min) e volume de urina nesse experimento.
II- Reservar somente 10 ml de cada ciclo dos respectivos usuários com a
finalidade de avaliar a densidade, o pH e o conteúdo iônico.
III- Guardar a diurese dos pacientes em frascos separados por grupos, e não
individuais, realizando a análise com um resultado médio de cada grupo.
7- Os grupos que fizeram a ingesta de água e/ou permaneceram em decúbito também
deverão esvaziar a bexiga nos mesmos momentos que os outros grupos, descritos
no documento ANEXO II – PROTOCOLO EXPERIMENTAL TEMPORAL.
4- RESULTADOS ESPERADOS

 Registro do peso médio, volume total médio ingerido e volume total


médio/individual urinado;
 Registro do fluxo urinário (mL/min);
 Registro da variação da densidade da urina;
 Variação do potencial hidrogeniônico (pH) urinário;
 Registro da pressão osmótica estimada da urina;

Cálculo da Osmolaridade Urinária:

Versão 1: mOsm/Kg H2O = 2 x [Na] + [K] + [ureia mg/dL]/2.8 + [glicose mg/dL]/18

Cunha A.F. Guia Prático Climepsi de Unidades e Tabelas nas Ciências da Saúde
(1ªEd) - Climepsi Editores;

Versão 2: mOsm/Kg H2O = 2 x ([Na] + [K]) + [ureia mg/dL]/2.8 + [glicose mg/dL]/18

Burton D Rose, MD. Urine anion and osmolal gaps in metabolic acidosis, UpToDate®
(800) 998-6374 • (781) 237-4788, (2002). www.uptodate.com

Batlle, Daniel C., et al. "The use of the urinary anion gap in the diagnosis of
hyperchloremic metabolic acidosis." New England Journal of Medicine 318.10 (1988):
594-599.

Pinheiro, J. Pedido de Consulta ao Colégio de Biologia Humana e Saúde da


Ordem dos Biólogos (CBHS/OBIO) sobre a fórmula de Cálculo da
Osmolaridade Urinária. Lisboa, 27 de outubro de 2015.
FONTE: NUNES, F. C. DEPARTAMENTO DE BIOFÍSICA E FISIOLOGIA. CENTRO DE CIÊNCIAS
DA SAÚDE- CCS. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI. TERESINA, NOVEMBRO/2010.

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