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O principio significa que na interpretação da norma trabalhista, em caso de dúvida, ele tem
que prestigiar o hipossuficiente, que é o empregado.
A nossa legislação do trabalho não faz distinção entre os trabalhadores mais necessitados e os
menos (empregados categorizados).
Quando se fala em protecionismo, se diz que é da essência do dto do trabalho que a norma
proteja o empregado, pq a relação dele é de subordinação em relação ao empregador.
Fala-se da importância que o Estado tem que dar a vida saudável das empresas e a garantia da
manutenção do postos de trabalho. Ele precisa se preocupar em manter os trabalhadores nos
seus postos e garantir a criação dos novos empregos. Essa é a grande distinção entre um
Estado Liberal e um Estado Social, que interfere nas relações de trabalho para garantir a
manutenção dos postos de trabalho e a proteção do trabalhador. Essa é a função social do dto
do trabalho.
Em direito Civil ocorre o mesmo. Anteriormente, ele partia da ideia de uma relação contratual
igual e não desigual. Com a evolução social e politica que tivemos, atualmente, no CC de 2002,
figura o principio segundo o qual nem sempre as relações contratuais possuem partes em
condição de igualdade. A finalidade do contrato é o respeito ao bem comum, a boa-fé.
Portanto, esse protecionismo que por muito tempo foi exclusivo do dto do trabalho, hoje em
dia perpassa o direito do consumidor e algumas áreas do direito civil.
O direito do trabalho tem princípios próprios, mas não se deve abstrair os demais ramos do
direito que compõem todo o ordenamento.
Para que um ordenamento seja verdadeiramente um ordenamento, ele precisa estar centrado
em um principio de coerência e harmonia. Não é possível que uma lei ordinária conflite com a
Constituição.
Ex.: EC45 – amplia a competência do direito do trabalho (o juiz do trabalho julga por exemplo,
relações civis – quando prestador é pessoa física, como pequenos empreiteiros, operários ou
artífices, direito do trabalho, direito civil, direito comercial, direito previdenciário).
Se o juiz do trabalho verifica que não há uma relação de trabalho, mas uma relação de
natureza civil, por ex., ele julga segundo as normas do direito civil.
Análise constitucional
PPE – Permite a redução da jornada com redução do salário, mas necessita de acordo
através dos sindicatos.
Art. 7º, XIII CF Traz a ideia da duração do trabalho normal não superior a 8h diárias e 44
h semanais, sendo facultada a compensação de horário ou a redução da jornada por
acordo ou convenção coletiva de trabalho. Aí está a flexibilização. A interpretação que se
dá atualmente é de que a palavra coletiva só se refere a convenção. Portanto, pode ser
flexibilizado por acordo individual escrito (súm. 85 TST) ou coletivo. Ou seja, não há a
necessidade de intervenção do Sindicato.
Toda a reforma trabalhista tem que passar pelo Sindicato? Não. Por causa deste inciso,
não.
Tese do Dano Existencial
É o dano que ofende a existência do ser humano nos seios familiar, comunitário, político,
cultural, etc.
Argumentos constitucionais:
Art. 1º, III e IV CF (dignidade da pessoa do trabalhador +valores social do
trabalho e da livre iniciativa);
Art. 3º, IV da CF – Proibição de preconceitos e discriminações;
Arts. 6º, 170 e 193 da CF: trabalho como direito social e primado da ordem
econômica e social. (tese do direito à desconexão do trabalho – ex.: ofensa ao
sair do trabalho e continuar conectado pelo celular) – direito fundamental
(eficácia horizontal – respeito aos direitos fundamentais na relação entre
particulares) / Para saber... eficácia vertical – respeito aos direitos
fundamentais na relação Estado -> particular.
Direito ao lazer nas elações de trabalho – lazer como direito fundamental e
com previsão no art. 6º da CF.
Conclusão
O Brasil possui 2 das maiores flexibilizações mundiais
a) A despedida imotivada / não observância da convenção 158 da OIT
b) Possibilidade da prestação de inúmeras horas extras.
Obs: Flexissegurança