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Orar e Interceder por Todos

setembro 17, 2018 j

1 Exorto, pois, antes de tudo que se façam súplicas, orações,


intercessões, e ações de graças por todos os homens,
2 pelos reis, e por todos os que exercem autoridade, para
que tenhamos uma vida tranqüila e sossegada, em toda a
piedade e honestidade.
3 Pois isto é bom e agradável diante de Deus nosso
Salvador,
4 o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem
ao pleno conhecimento da verdade.
5 Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os
homens, Cristo Jesus, homem,
6 o qual se deu a si mesmo em resgate por todos, para
servir de testemunho a seu tempo;
7 para o que (digo a verdade, não minto) eu fui constituído
pregador e apóstolo, mestre dos gentios na fé e na verdade.
1 Timóteo 2:1-7

1 - Por todos

Irmãos, "antes de tudo que se façam súplicas, orações,


intercessões, e ações de graças por todos os homens." Todos
os homens vem primeiro. Orar por todos, veja bem, é por
todos. Não é só pelos irmãos.
Alguns dizem que se deve orar apenas pelos irmãos, mas
não é assim. Outros ainda dizem que não se deve orar para
que alguém veja a verdade ou que se converta, mas isto não
tem base. "Todos" inclui você, eu, os irmãos, os parentes, os
amigos, os inimigos, os desconhecidos, enfim, todos.

Esse trecho tem sido muito utilizado para falar sobre orar
pelas autoridades e para mostrar ou reforçar que as
autoridades são constituídas por Deus, o que nem é
mostrado nesse trecho. Querer demonstrar isso por esse
trecho já é um desvio de função. Há outras passagens sobre
isso e não é necessário desviar de sua função principal.
Ainda mais quando é utilizado para defender a pessoa da
autoridade em vez da posição (pois Deus instituiu a
autoridade, ou seja, a função de autoridade, não diz
necessariamente da pessoa que ocupa a função). Quando se
desvia para outra função se deixa de ver sua verdadeira
mensagem que está bem clara, devemos interceder por
todos.

Interceder por todos vem primeiro. E por que passa


despercebido? Deve ser um problema cultural: mal uso da
escritura, falta de intimidade com os textos completos, falta
de meditação na palavra do Senhor, falta de atenção,
pressa, enfim, podem ser muitas as razões, mas também
pode ser por má fé. Por isso é preciso estar atento, verificar
sempre as escrituras, as passagens correlatas e colocar toda
dúvida diante do Senhor. Não pretendo chamar atenção
sobre o que a escritura não diz, a exemplo do que comentei
anteriormente, mas sim colocar toda atenção no que ela diz
claramente e temos que fazer, isto tem que estar nas
pregações, isto tem que ser praticado individualmente e nos
cultos e reuniões. Mas parece que isto está esquecido. E é
tão simples, coloquemos novamente nossa atenção aqui
nisso: "antes de tudo que se façam súplicas, orações,
intercessões, e ações de graças por todos os homens".
Veja bem, antes de tudo, ele exorta, isto é, para que não
reste dúvida: ele estimula, incita, persuade, aconselha,
desperta para, encoraja, promove, entusiasma, incentiva
que se façam súplicas, orações, intercessões, e ações de
graças por todos os homens, antes de tudo.

Devemos orar por todos. Se devemos orar até por nossos


inimigos, muito mais ainda deveríamos lembrar de orar por
todos. Devemos orar por todos.

2 - Por todos que exercem autoridade

Sim, "se façam súplicas, orações, intercessões, e ações de


graças por todos os homens, pelos reis, e por todos os que
exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranqüila
e sossegada, em toda a piedade e honestidade. Pois isto é
bom e agradável diante de Deus nosso Salvador." Aqui
realmente se refere à pessoa não ao cargo, diferente de
outra passagem que se refere ao cargo, dizendo que toda a
autoridade é instituída por Deus. Afinal devemos orar e
interceder por todas as pessoas, inclusive estas.

"Todos" vem primeiro, mas "as autoridades" estão incluídas.


Mas veja "pelos reis" ainda vem primeiro. Se este é mais um
trecho que aponta que somente a monarquia é um tipo de
governança mundana tolerada por Deus, isso é outro
assunto, não vamos entrar nele agora, mas veja que há o
chefe da nação e então todas as demais autoridades. Todas
não deixa fora nenhuma, nem o policial, nem o deputado,
nem o vereador, nem o guarda de trânsito nem o guarda
municipal, nem o porteiro da escola, enfim, inclui toda
autoridade dentro de sua função. Isto significa orar pelas
pessoas, pelo bem das pessoas, pela vontade de Deus e
seus desígnios serem cumpridos na vida de cada pessoa.
Mas vejamos mais em detalhe.

Orar por todos, incluso chefes de governo e todas as


autoridades, para que? "Para que tenhamos uma vida
tranqüila e sossegada, em toda a piedade e honestidade."
Para que tenhamos. "Tenhamos" se refere a quem? A nós.
Estas pessoas que estão investidas de autoridade e mesmo
ainda todas as outras influenciam de alguma maneira
maneira na nossa vida. Devemos orar para que essa
influência seja boa, para que essa influência não nos
prejudique, para que essa influência nos ajude. Uma pessoa
não ganha nada em ajudar outra? Isso não é bom para ela,
que faça o bem a outras? Então! Quanto mais a nós que
somos filhos de Deus. Deixemos essa arrogância e
mesquinhez de fingir que não precisamos de ajuda, que não
precisamos dos outros e que não aceitamos sua ajuda. E de
qualquer forma as ações dos outros nos afetam e afetam
nossa vida, principalmente as ações das autoridades.

Tranquilidade, sossego, piedade e honestidade. Para que


tenhamos uma vida assim, com esses elementos. Gosto de
destacar honestidade, porque temos que orar para que
sejam honestos e para que nós mesmos sejamos também. O
cargo, os poderes, o controle do dinheiro, podem, algumas
vezes, tentar os seres humanos, pois todos os seres
humanos tem a carne pecadora por natureza. Mas podemos
escolher a honestidade. Então devemos orar para que
escolham a honestidade, sim, orar para que escolham.

Muitos estão dizendo que só devemos orar pelos irmãos em


Cristo e pelos nossos, pela nossa casa. Já está descartada
essa hipótese e demonstrado que não é assim, já sabemos,
desde já pelo menos, que devemos orar por todos. Isto é
primordial. Mas muitos também estão dizendo que embora
devamos orar por todos, não podemos orar por seus
caminhos e suas escolhas, pois isso estaria "violando o livre
arbítrio". Então não oram para que seus filhos sejam bons e
façam boas escolhas? Não oram para que seus filhos que
não se converteram a Deus se convertam finalmente?

Ou então Deus é sem juízo e ditador, que por orarmos


obrigará a pessoa a fazer como estamos pedindo? Evidente
que não! Não estamos infringindo a liberdade de escolha da
pessoa. Deus é que sabe os caminhos pelo qual apresentará
a ela a boa escolha, mas não a obrigará a escolher o que
não quer. Às vezes a pessoa é tão desonesta que nem
sequer vislumbra a opção da honestidade, mas Deus pode
mostrá-la. Estamos pedindo que Deus faça isso, não que a
obrigue a ser honesta. A pessoa sempre tem a escolha.

O mesmo vale para piedade. Tudo que falei em relação à


honestidade se aplica também para a piedade. Mas já com
relação a tranquilidade e sossego é evidente que não está
inteiramente sob controle da pessoa, é mais fácil até que
não esteja na grande maioria do tempo. E nós estamos
orando por isso, para todos, isso é muito importante.
Quando oramos assim estamos fazendo para nossa própria
tranquilidade, então que oremos pela dos outros também,
não para que estejam tranquilos mesmo quando fazem o
mal, mas para que conheçam a tranquilidade do bem e do
descanso no Senhor. Sob pressão pode ser difícil para
muitos, na tribulação é mais provável de se tomar decisões
não acertadas, a mente pode estar agitada, confusa,
perturbada pelos problemas ou por um problema. Nós
devemos orar para que não haja tribulação, embora
saibamos que elas podem estar a caminho e embora o texto
não afirme diretamente, sugiro que oremos também para
que haja tranquilidade, sossego, honestidade e piedade.
Orando por todas as autoridades de qualquer forma já
estamos com certeza também orando para que nós e outros
tenham uma vida tranquila.

3 para que todos os homens sejam salvos e cheguem ao


pleno conhecimento da verdade

Quem é que salva? Somos nós ou é Deus através do Filho?


Quem é que julga agora quem é salvo ou não? Alguém pode
prever o futuro? Deus quer que todos sejam salvos e
cheguem ao pleno conhecimento da verdade. Isso é a
vontade de Deus.
Quem somos nós para julgar quem merece a salvação ou o
conhecimento? Querem ser mais que Deus? Se Deus quer
que todos sejam salvos e que cheguem ao pleno
conhecimento da verdade isso deve estar em nossas
orações, pedir pela salvação de todos, para que todos
cheguem ao pleno conhecimento da verdade.

Mas que afirmam os que se posicionam contra isso? Que


"sabemos que nem todos serão salvos e que muitos serão
condenados." Então é um esforço inútil orar por isso? É um
esforço inútil, pregar, esclarecer, levar o conhecimento, ao
menos inicial, àquele que desconhece ou que está
enganado? Sabemos que muitos se perderão por escolha
própria, não pela vontade de Deus, porque Deus não força
ninguém, a pessoas tem que escolher, mas que não seja por
nossa negligência.

E se algum for condenado por nossa negligência? Será que


os cristão não se importam com os outros? Isso não será
colocado em nossa conta? Se o texto diz que oremos por
todos e não oramos por todos, isso não é desobediência?
Nossa desobediência agrada a Deus? Se o texto diz que
oremos por todos, oremos então por todos.

É simples, direto, claro. Devemos orar assim por quê? Para


que nossa oração seja ouvida? Para que sejamos dignos de
algum mérito? O texto novamente nos dá a resposta: para
agradarmos a Deus. "Pois isto é bom e agradável diante de
Deus nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens
sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da
verdade."

Assim devemos orar por que isso é bom para nós e porque
isso agrada a Deus.

Mas assim também devemos pregar, pois "há um só Deus, e


um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus,
homem, o qual se deu a si mesmo em resgate por todos". Se
pregarmos o que nos foi pregado, isto é, Cristo e sua
salvação gratuita, estaremos agradando a Deus e
contribuindo para a realização de sua vontade.

Pois se Deus quisesse ele mesmo apareceria e convenceria a


todos e salvaria a todos, mas sabemos que não é assim o
agir de Deus, e que persuasão e provas não adiantam, a
salvação é pela confiança, pela fé. Sabemos que não é por
persuasão de provas, porque como diz na carta aos Hebreus,
muitos viram provas por quarenta anos no deserto e mesmo
assim muitos não creram e mesmo assim desobedeceram e
todos os que desobedeceram morreram.

Deus nos delegou essa tarefa através de seu Filho que nos
mandou que pregássemos a todos e fizéssemos discípulos
dele.

E finalmente, não é apenas orar, é também interceder,


suplicar, fazer ações de graça. Pois tudo isso é agradável a
nosso maravilhoso Deus. E assim fazendo estamos seguindo
os passos de nosso Senhor Jesus Cristo e seremos guiados
na luz do Espírito Santo de Deus, que nos encherá na
medida da estatura de Nosso Senhor.

Exorto, pois, antes de tudo que se façam súplicas, orações,


intercessões, e ações de graças por todos os homens,
pelos reis, e por todos os que exercem autoridade, para que
tenhamos uma vida tranqüila e sossegada, em toda a
piedade e honestidade.
Pois isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador,
o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem
ao pleno conhecimento da verdade.
Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os
homens, Cristo Jesus, homem,
o qual se deu a si mesmo em resgate por todos, para servir
de testemunho a seu tempo;
para o que {digo a verdade, não minto} eu fui constituído
pregador e apóstolo, mestre dos gentios na fé e na verdade.
1 Timóteo 2:1-7

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