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RECITAÇÕES EM MEDITAÇÃO
Cada recitação, de acordo com a numeração sugerida (ou
mesmo a sua subdivisão (títulos)) pode ser feita um dia (uma
por dia) ou dois ou três dias (mas sempre tem que haver
repetição, se a escolha for fazer uma vez, ao chegar ao final
repita mais duas ou três vezes). O melhor é fazer assim: no
primeiro dia a 1 e a 2, então repete a 1; no segundo dia
repete a 2 e faz a 3; no terceiro dia repete a 3 e faz a quatro,
e assim por diante. O mesmo pode ser aplicado aos títulos.
Meditando profundamente em cada sentença. Sempre
plenamente atento, plenamente consciente, dando atenção
ao significado de cada sentença; sempre com sinceridade,
sempre consciente de que está lendo, consciente de que está
presente, e de que o que está lendo é dito por Deus;
consciente de que Deus está presente e pode explicar
qualquer sentença, eliminar qualquer dúvida, responder
qualquer pergunta e resolver qualquer problema (se ele
quiser e se isto for o melhor para a sua alma). Manter essa
postura mental e espiritual é essencial, volte a ela
pacientemente toda vez que perdê-la, pois pode ser difícil
especialmente no início. Claro que também é preciso não ter
pensamentos preconcebidos sobre o texto, interpretações
prontas, anteriores, mas lê-lo sempre como novidade, em
abertura.
Leia os textos e repita refletindo atentamente cada palavra
de Jesus (esse é modo de iniciar corretamente a meditação),
não é dando sinônimos nem significados, é em silêncio,
VENDO os significados se lhe for dado ver, OUVINDO o
entendimento se for dado o ouvir, COMPREENDENDO
profundamente, se for dado o insigth, a inteligência, o
elevado compreender, e assim tomando ciência, se tornando
consciente disso...
Se nada disso ocorrer permaneça em paz, mantendo sempre
a mesma atitude, pois é um processo que em cada um segue
em sua correta medida. Só os materialistas acham que todo
esforço tem que ser compensado (e sequer enxergam que
pode já está acontecendo ou que pode vir a longo prazo), e
têm a arrogância de querer compreender tudo e quando não
compreendem inventam, se tornado vítimas de suas ilusões e
imaginações. Materialistas dificilmente terão acesso a
qualquer coisa espiritual, pois não penetram, jogaram fora
sua capacidade.
Então, se ainda nada disso ocorrer (ver, ouvir, compreender)
é permitido colocar-se na cena, naturalmente, sem forçar a
imaginação, apenas como se ouvisse o discurso, como se
estivesse lá, sujeito ao que esse discurso o levaria se lá
estivesse, então apenas observe isso; quando a visão e ou a
audição e ou a compreensão profunda começarem a
acontecer abandone esse subterfúgio e deixe que aconteça
por si...
Você pode aplicar esse mesmo método a cada leitura do
Novo Testamento (ou mesmo da Bíblia toda) que esteja
fazendo, como método de meditação, aplicando uma
subdivisão (seja a numérica ou dos títulos), como lição que
pode ser feita uma por um dia, repetindo-a no dia seguinte e
acrescentando a próxima, e no dia seguinte deixando a
primeira, repetindo a segunda e acrescentando a terceira e
assim por diante até o último número ou título. E quando
acabar tudo, começa novamente. Ou seja, pode usar como
método permanente.
As anotações são estudo, só devem ser feitas depois da
meditação, não antes, apenas depois da compreensão,
mesmo que seja em outro momento do dia (se esquecer e só
lembrar depois, o que é muito comum, pela dificuldade de
comunicação inter-estados de consciência). Elas deveriam
sempre se aprofundar nos três níveis de significados (literal,
simbólico e espiritual), mas isso nem sempre ocorrerá; elas
não devem ser apenas comentários seus ou de estudiosos e
tradutores. Se não há uma compreensão-insight, ou visão ou
audição anote à parte ou de lápis ou não anote; tenha
cuidado com interpretações literais ou elucubrações mentais,
muitas conduzem a erro e sempre são parciais,
inevitavelmente.
Tenha cuidado especialmente com as audições, se elas forem
realmente audíveis, no ouvido, provavelmente serão
sugestões de entidades, de seu inconsciente ou delírios,
provocados pelo desejo de alcançar algo, por exemplo.
Confira tudo no inalterável escrito, não pode haver
contradições, em questões que fogem ao que está escrito
consulte a tradição antiga, primitiva, ortodoxa, a igreja
(quem não sabe o que significa a palavra igreja ainda,
pergunte nas reuniões).
O tema se refere aos mandamentos de Jesus Cristo, e o
centro da meditação é conhecer a Jesus, e seus
mandamentos, com o fim de obedecê-los para agradar a
Deus e se tornar cada dia mais santo, mais puro e
consequentemente melhor conhecedor direto da Verdade,
mais experiente, mais maduro, e, queira Deus, poder receber
a iluminação que vem do Pai das Luzes e o conhecimento
direto das coisas eternas e celestiais. Mas não faça desses
objetivos comércio (praticando apenas no intuito de alcançar
isso). Não faça isso pensando nesse atingimento ou em
ganhar mérito, ou se tornar uma pessoa melhor, seria
motivação errada, egoísta, e sim faça com amor e por amor
(à consciência, ao conhecimento, à Ordem, aos seres, a
Cristo, a Deus). Esta é a melhor motivação, mas na falta dela
(e também na presença), tenha sempre como motivação a
própria consciência e a própria vontade, mantendo-as com
firme perseverança, não esperando que elas aconteçam.
OS ENSINAMENTOS ESSENCIAIS
Mateus 5
2) A Lei
2.1. Lei, profetas e mandamentos
17
Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não
vim abrogar, mas cumprir.
Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra
18
Mateus 6
8. Esmola
1
Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos
homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis
galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.
2
Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta
diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e
nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em
verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
3
Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão
esquerda o que faz a tua direita;
4
Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai,
que vê em secreto, ele mesmo te recompensará
publicamente.
8. Oração
5
E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se
comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas
das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade
vos digo que já receberam o seu galardão.
6
Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e,
fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e
teu Pai, que vê em secreto, te recompensará
publicamente.
7
E, orando, não useis de vãs repetições*, como os
gentios, que pensam que por muito falarem serão
ouvidos.
8
Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe
o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.
Mateus 7
5) O caminho apertado
13. Não julgueis
1
Não julgueis, para que não sejais julgados.
2
Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e
com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir
a vós.
13.1 Ser puro primeiro
3
E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu
irmão, e não vês a trave que está no teu olho?
4
Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do
teu olho, estando uma trave no teu?
5
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então
cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.
14. Não deis aos cães as coisas santas
6
Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos
porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com
os pés e, voltando-se, vos despedacem.
6) O amor do Pai
15. Buscai, e encontrareis
7
Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e
abrir-se-vos-á.
8
Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca,
encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á.
9
E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o
seu filho, lhe dará uma pedra?
10
E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente?
Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos
11
vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus,
dará bens aos que lhe pedirem?
12
Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos
façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os
profetas.
7) Duas rotas opostas
16. A porta estreita e a larga
13
Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e
espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são
os que entram por ela;
14
E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que
leva à vida, e poucos há que a encontrem.
17. Os falsos profetas
15
Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até
vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são
lobos devoradores.
Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se
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no fogo.
20
Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.
8) Quem entra no reino
18. A entrada no reino para o que faz a vontade do Pai
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Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no
reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai,
que está nos céus.
22
Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não
profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não
expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos
muitas maravilhas?
23
E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci;
apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.
9) Quem segue Jesus
19. Conclusão: escuta e pratica
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Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e
as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que
edificou a sua casa sobre a rocha;
25
E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram
ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque
estava edificada sobre a rocha.
26
E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as
cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que
edificou a sua casa sobre a areia;
27
E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram
ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a
sua queda.
E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a
28
___________
* O termo grego traduzido aqui como “vãs repetições” é “battologeõ”;
essa palavra ocorre apenas neste versículo no Novo Testamento. Seus
significados podem ser: ‘balbuciar’, ‘dizer a mesma coisa várias vezes’,
‘murmurar’, ‘falar rapidamente’, ‘falar sem prestar atenção no que se
fala’. Este último significado é o que parece mais correto, pois Jesus
não proibiu que se repetissem pedidos em orações, Ele mesmo
empregou essas repetições (veja em Mateus 26:44...). Visto que a
Escritura nos ensina a orar “com entendimento” (veja Co. 14:14,15) o
verbo battologeō (que não tem nenhuma ligação essencial com
repetições), mas sim com multiplicar as palavras (o "muito falar" como
está traduzido "polylogia", nessa tradução, como veremos adiante) e
falar sem consciência ou mecanicamente como os pagãos; o trecho nos
diz mais que devemos orar conscientes, com atenção e não se estender
em fala mecânica, prolixa, desconexa, que realmente torna vã a oração.
Cristo novamente combate os escribas, os quais faziam longas orações
(veja em Mc 12.40; Lc 20.47). Na Bíblia há orações curtas feitas por
homens de Deus que foram respondidas prontamente (por exemplo,
Salomão (1Rs 3.6-12); Ezequias (2Rs 19.14-20)). Existe oração com
repetição que não envolve futilidade, (e até o mecanicismo pode ter seu
valor e ser aceitável, pela misericórdia de Deus, pois é Dele a obra, não
nossa, nem pela maneira ou atenção com a qual falamos) Jesus orou
repetidamente em Mt 26.36-46. Quando entregamos tudo nas mãos de
Deus em oração sincera e humilde, Ele cuida de nós, não fechará os
ouvidos. No mesmo Evangelho de Mateus, na mesma instrução Jesus
ensina uma oração para repetida, para ser feita "assim", o Pai Nosso,
não "parecida com isso", ou "similar", "de modo semelhante", ou
"espontaneamente segundo este modelo", etc.; não, o texto é claro
"Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus"... (Veja no
texto). Em Lucas 18:1-8 pela parábola do juiz iníquo e a da viúva, Jesus
mostra o valor da insistência na oração, ou seja, repetir pedidos não é
erro, nem no mesmo instante, nem doutras pessoas ou escrito, nem
vários dias seguidos. Jesus recomenda salmodiar. O que é salmodiar,
senão repetir salmos escritos? E os hinos não são orações e louvores,
escritos e repetidos? Escolha a verdade, não erros sem lógica nem
fundamento. Finalmente analisando o texto original, em grego:
“Προσευχόμενοι δὲ μὴ βατταλογήσητε ὥσπερ οἱ ἐθνικοί, δοκοῦσιν γὰρ
ὅτι ἐν τῇ πολυλογίᾳαὐτῶν εἰσακουσθήσονται”. (Transliteração:
'Proseukomenoi de me battaloyesete osper oi etnikoi, dokusin gar oti en
te polylogiaauton eisakustesontai'). Observe πολυλογίᾳ, polylogia, e
se traduz: poly significa muito, em grande número; logia quer dizer
palavra, discurso, descrição, linguagem, estudo, teoria. No contexto em
questão, o termo está mais diretamente relacionado ao sentido de
palavra. O termo polylogia, portanto, quer dizer tagarelice, falatório,
verborragia, prolixidade. Portanto se refere a falar desatenta e
prolixamente. Jesus diz que não devemos falar muito, multiplicando as
palavras do mesmo modo como fazem os pagãos. É claro que os
pagãos não recitavam os salmos, nem as orações dos judeus e muito
menos o Pai Nosso, que o Senhor ensinou aos seus discípulos...
E.T.C.A.
Escola Terapêutica das Ciências Antigas
graduacao.e.t.c.a.89@gmail.com
+55 79 991316067