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Introdução –

Sermão do Monte
Quando Jesus viu aquelas multidões, subiu um monte e
sentou-se. Os seus discípulos chegaram perto dele e ele
começou a ensinar......
Jesus a ensinar....

Se as necessidades
emocionais, sociais e
físicas forem ignoradas,
não há eficácia no ensino e
na aprendizagem.
......e ele começou a ensiná-los....

No sermão da montanha, (Mt 5, 1-8) quando disse: bem-


aventurados os pobres pelo espírito, porque é para eles o
reino dos céus; bem-aventurados os que choram, porque
serão consolados; bem-aventurados os que têm sede de
justiça, porque serão saciados; bem-aventurados os
misericordiosos, porque alcançarão misericórdia; bem-
aventurados os que têm o coração puro porque verão a
Deus,

estava ensinando que o caminho da felicidade interna


passa obrigatoriamente pela humildade.
JESUS FAZ
UM CONVITE.
FELICIDADE – Joana de
Angelis - O ser
Consciente
PARTE 2
CAPÍTULO I
DA LEI DIVINA OU NATURAL

O bem e o mal

634. Por que está o mal na natureza das coisas? Falo do mal moral. Não
podia Deus ter criado a Humanidade em melhores condições?

“Já te dissemos: os Espíritos foram criados simples e ignorantes (115). Deus


deixa que o homem escolha o caminho. Tanto pior para ele, se toma o
caminho mau: mais longa será sua peregrinação. Se não existissem
montanhas, não compreenderia o homem que se pode subir e descer; se
não existissem rochas, não compreenderia que há corpos duros. É preciso
que o Espírito ganhe experiência; é preciso, portanto, que conheça o bem e
o mau. Eis por que se une ao corpo.”
...e Jesus começou a ensinar....

O entendimento é a faculdade que diferencia os seres humanos dos


animais.

O entendimento permite a compreensão da realidade a partir desta


faculdade mental.

O entendimento mostra a capacidade de discernimento racional que


potencializa a deliberação da tomada de decisões.

Esta capacidade de discernir mostra a possibilidade do ser humano de


diferenciar aquilo que é correto do que não é.

O entendimento determina o juízo do valor, ou seja, de trabalhar a partir do


sentido da prudência.
Quando Jesus viu aquelas multidões, subiu um monte e sentou-se. Os seus
discípulos chegaram perto dele, e ele começou a ensinar.
Jesus, teve como objetivo principal nos ensinar o Amor.

Dizia que era preciso amar os inimigos (Mt 5, 43- 47); fazer o bem àqueles que
nos perseguem e caluniam, a fim de que nos aproximemos do nosso Pai que está
nos céus.

Pai.... Quem é o “Pai”? espera-se que um pai seja muito mais do que o gerador de
um novo ser ou aquele que dá sustento a um filho Espera-se que essa figura
masculina proteja e dê amor ao filho, que o eduque de modo a poder enfrentar
com segurança os desafios da vida e a conviver em sociedade respeitando o
próximo e contribuindo para o bem comum.

Porque se o nosso Criador faz com que o Sol tanto se levante para os bons como
para os maus e faz chover sobre os justos e injustos, que recompensa teremos
nós se só amarmos aqueles que nos amam?
......e ele começou a ensiná-los....

No sermão da montanha, (Mt 5, 1-8) quando disse: bem-


aventurados os pobres pelo espírito, porque é para eles o
reino dos céus; bem-aventurados os que choram, porque
serão consolados; bem-aventurados os que têm sede de
justiça, porque serão saciados; bem-aventurados os
misericordiosos, porque alcançarão misericórdia; bem-
aventurados os que têm o coração puro porque verão a
Deus,

estava ensinando que o caminho da felicidade interna


passa obrigatoriamente pela humildade.
Jesus a ensinar....

Se as necessidades
emocionais, sociais e
físicas forem ignoradas,
não há eficácia no ensino e
na aprendizagem.
•Mateus 5 - O sermão da montanha. As bem avventuranças.

1. Quando Jesus viu aquelas multidões, subiu um monte e sentou-se. Os seus


discípulos chegaram perto dele,
2. e ele começou a ensiná-los.
3. —Felizes as pessoas que sabem que são pobres pelo espirito , pois o Reino do Céu
é delas.
4. —Felizes as pessoas que choram, pois Deus as consolará.
5. —Felizes as pessoas humildes, pois receberão o que Deus tem prometido.
6. —Felizes as pessoas que têm fome e sede de fazer a vontade de Deus, pois ele as
deixará completamente satisfeitas.
7. —Felizes as pessoas que têm misericórdia dos outros, pois Deus terá misericórdia
delas.
8. —Felizes as pessoas que têm o coração puro, pois elas verão a Deus.
9. —Felizes as pessoas que trabalham pela paz, pois Deus as tratará como seus
filhos.
10. —Felizes as pessoas que sofrem perseguições por fazerem a vontade de Deus,
pois o Reino do Céu é delas.
11. —Felizes são vocês quando os insultam, perseguem e dizem todo tipo de calúnia
contra vocês por serem meus seguidores.
12. Fiquem alegres e felizes, pois uma grande recompensa está guardada no céu para
vocês. Porque foi assim mesmo que perseguiram os profetas que viveram antes de
vocês.
•Vós sois o sal da terra; se o sal for insípido, com
que se há de salgar? para nada mais presta,
senão para se lançar fora e ser pisado pelos
homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode
esconder uma cidade edificada sobre um monte;
nem se acende a candeia e se coloca debaixo do
alqueire, mas no velador; e dá luz a todos que
estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz
diante dos homens, para que vejam as vossas
boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está
nos céus. Mateus, 5.13-16
“Os discípulos são o sal da terra e a luz do mundo.”
13. —Vocês são o sal para a humanidade; mas, se o sal perde o gosto, deixa de ser sal e não serve para mais
nada. É jogado fora e pisado pelas pessoas que passam.
14. —Vocês são a luz para o mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte.
15. Ninguém acende uma lamparina para colocá-la debaixo de um cesto. Pelo contrário, ela é colocada no lugar
próprio para que ilumine todos os que estão na casa.
16. Assim também a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem
o Pai de vocês, que está no céu.
O cumprimento da lei e dos profetas
17. —Não pensem que eu vim para acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim
para acabar com eles, mas para dar o seu sentido completo.
18. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: enquanto o céu e a terra durarem, nada será tirado da Lei—nem a menor
letra, nem qualquer acento. E assim será até o fim de todas as coisas.
19. Portanto, qualquer um que desobedecer ao menor mandamento e ensinar os outros a fazerem o mesmo será
considerado o menor no Reino do Céu. Por outro lado, quem obedecer à Lei e ensinar os outros a fazerem o
mesmo será considerado grande no Reino do Céu.
20. Pois eu afirmo a vocês que só entrarão no Reino do Céu se forem mais fiéis em fazer a vontade de Deus do
que os mestres da Lei e os fariseus.
21. —Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: “Não mate. Quem matar será julgado. ”
22. Mas eu lhes digo que qualquer um que ficar com raiva do seu irmão será julgado. Quem disser ao seu irmão:
“Você não vale nada” será julgado pelo tribunal. E quem chamar o seu irmão de idiota estará em perigo de ir para
o fogo do inferno.
23. Portanto, se você estiver oferecendo no altar a sua oferta a Deus e lembrar que o seu irmão tem alguma queixa
contra você,
24. deixe a sua oferta ali, na frente do altar, e vá logo fazer as pazes com o seu irmão. Depois volte e ofereça a sua
oferta a Deus.
25. —Se alguém fizer uma acusação contra você e levá-lo ao tribunal, entre em acordo com essa pessoa enquanto
ainda é tempo, antes de chegarem lá. Porque, depois de chegarem ao tribunal, você será entregue ao juiz, o juiz o
entregará ao carcereiro, e você será jogado na cadeia.
26. Eu afirmo a você que isto é verdade: você não sairá dali enquanto não pagar a multa toda.
27. —Vocês ouviram o que foi dito: “Não cometa adultério. ”
28. Mas eu lhes digo: quem olhar para uma mulher e desejar possuí-la já cometeu adultério no seu coração.
29. Portanto, se o seu olho direito faz com que você peque, arranque-o e jogue-o fora. Pois é melhor perder uma
parte do seu corpo do que o corpo inteiro ser atirado no inferno
•Vós sois o sal da terra (Mt 5.13).

Na condição de condimento, o sal deve ser utilizado de maneira adequada, de modo


balanceado. Se utilizado abaixo da quantidade necessária torna a alimentação insípida, se
em doses altas torna a alimentação excessivamente salgada.
Semelhantemente, o aprendiz e o auxiliar dos núcleos espíritas devem agir, junto às
pessoas com necessidades ou sofrimentos, de forma comedida, discreta, equilibrada e
temperante.
A imagem do sal é a de um componente que explicita essa postura no campo do trabalho
que nos é disponibilizado pelo Plano Maior. Simboliza o imperativo do equilíbrio,
principalmente das emoções, assim como a utilização dos valores morais e intelectuais de
que já dispomos com segurança, a fim de que possamos cooperar de modo coerente e
eficiente, na tarefa que nos é confiada.
Outro aspecto que o sal sugere é o da conservação, pois o ensino de Jesus deve
permanecer inalterável.
“Confiou Deus a certos homens a missão de revelarem a sua
lei?” 622 LE

Os Espíritos Veneráveis esclarecem: “Indubitavelmente. Em


todos os tempos houve homens que tiveram essa missão. São
Espíritos superiores, que encarnam com o fim de fazer
progredir a Humanidade”. (1)

•Não se pode esconder uma cidade edificada


sobre um monte (Mt 5.14).
Diante da multidão sofrida que caminha em sua marcha
evolutiva, é importante que aqueles que mais sabem não
guardem consigo o conhecimento adquirido. Este
conhecimento precisa ser espalhado, compartilhado com os
irmãos em humanidade. São conquistas grandiosas que não
podem ser escondidas ou guardadas egoisticamente.
•Vós sois a luz do mundo (Mt 5.14).
Esta afirmativa evidencia, mais uma vez, a proposta educacional. A própria
evolução dos seres é um caminho que vai das trevas para a luz.
A luz é o ponto de referência, também, do sistema evolucional que se irradia
por todo o universo. No Planeta, é, em nome do Criador, a dispensadora dos
recursos da vida. Nos planos mais profundos da alma é o foco clareador da
mente em suas nuances de razão e sentimento, garantindo esclarecimento,
segurança e reconforto.
Posicionados como aprendizes de Jesus, os discípulos sinceros serão sempre os
elementos refletores, de maior ou menor limpidez, da luz soberana que
irradia, em plenitude, do próprio Cristo.
Neste sentido, a questão 622 de O livro dos Espíritos, propõe:
•Ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe
restaurar o sabor? Para nada mais presta,
senão para se lançar fora e ser pisado pelos
homens (Mt 5.13).
Se o sal for destituído do seu componente ativo, torna-se
insosso. No sentido espiritual, a pessoa que se desperta
para o Cristo é ativa. Não se abate perante os fracassos e
enfrenta com bom ânimo os desafios da vida. Só quem se
nutre desta dinâmica incansável consegue atingir as metas
delineadas, como nos adverte o Evangelho: “Aquele, que
perseverar até o fim será salvo” (Mt, 24.13).
•Nem se acende uma candeia e se coloca debaixo
do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que
estão na casa (Mt 5. 15).

Jesus compara os seus ensinamentos como a luz que afugenta as


trevas.

É a luz que ilumina, que dá significado à Vida e a valoriza, mas, se


procurarmos em suas lições apenas conforto e bem-estar para nós,
sem compreender o seu apelo maior, convocando-nos à
Fraternidade, então sua claridade ficará aprisionada no vaso do
egoísmo e de nada valerá, pois, apesar de detê-la continuaremos
na escuridão de nossas mazelas. (3)
•Assim resplandeça a vossa luz diante dos
homens, para que vejam as vossas boas obras (Mt
5.16).

Jesus nos convoca a resplandecer a luz das nossas conquistas


evolutivas em benefício dos companheiros de jornada. Saindo do
nosso egocentrismo crônico, estabelecemos, assim, canais de
entendimento e compreensão mútuos.

O vocábulo “resplandeça” possui significativa carga magnética,


imprimindo sentimentos de fé e de esperança, em nós próprios e
nas pessoas que nos cercam. O esforço de resplandecer os nossos
sentimentos mais puros será sempre percebido e aceito por
alguém.
•E glorifiquem a vosso Pai que está nos céus (Mt 5.16).

O Pai está sempre nos “céus”, isto é, nos planos de vibrações mais elevados.
Será sempre honrado e louvado todas as vezes que praticarmos o bem e nos
mantivermos fiéis às manifestações de Sua vontade. Os tributos da
glorificação, devem, pois, ser encaminhados ao Senhor, que é o legítimo
doador, autor e direcionador da vida.

Se sentirmos Deus como Nosso Pai, reconheceremos que os nossos irmãos se


encontram em toda parte e estaremos dispostos a ajudá-los, a fim de sermos
ajudados, mais cedo ou mais tarde. A vida só será realmente bela e gloriosa,
na Terra, quando pudermos aceitar por nossa grande família a Humanidade
inteira. (8)
Livro – Pão Nosso
Bem-aventuranças

“Bem-aventurados sereis quando os homens vos aborrecerem, e quando vos separarem, vos injuriarem
e rejeitarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do homem.” — Jesus. (LUCAS, 6.22)

1 O problema das bem-aventuranças exige sérias reflexões, antes de interpretado por questão líquida,
nos bastidores do conhecimento.
2 Confere Jesus a credencial de bem-aventurados aos seguidores que lhe partilham as aflições e

trabalhos; todavia, cabe-nos salientar que o Mestre categoriza sacrifícios e sofrimentos à conta de
bênçãos educativas e redentoras. Surge, então, o imperativo de saber aceitá-los.
3 Esse ou aquele homem serão bem-aventurados por haverem edificado o bem, na pobreza material,

por encontrarem alegria na simplicidade e na paz, por saberem guardar no coração longa e divina
esperança.
4 Mas… e a adesão sincera às sagradas obrigações do título?
5 O Mestre, na supervisão que lhe assinala os ensinamentos, reporta-se às bem-aventuranças eternas;

entretanto, são raros os que se aproximam delas, com a perfeita compreensão de quem se avizinha de
tesouro imenso. 6 A maioria dos menos favorecidos no Plano terrestre, se visitados pela dor, preferem a
lamentação e o desespero; 7 se convidados ao testemunho de renúncia, resvalam para a exigência
descabida e, quase sempre, ao invés de trabalharem pacificamente, lançam-se às aventuras indignas de
quantos se perdem na desmesurada ambição.
8 Ofereceu Jesus muitas bem-aventuranças. Raros, porém, desejam-nas. É por isto que existem muitos

pobres e muitos aflitos que podem ser grandes necessitados no mundo, mas que ainda não são
benditos no Céu.

Emmanuel
Referências:
1. KARDEC, Allan. O livro dos Espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 86. ed. Rio de Janeiro: FEB,
2005, questão 622, p. 307.
2. SIMONETTI, Richard. A voz do monte. 7. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003. Item: O tempero da vida,
p. 57-59.
3. Idem - Item: O brilho do bem, p. 62.
4. Idem, ibidem - p. 62-63.
5. VINICIUS. Em tomo do mestre. 8. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. Item: O sal da terra, p. 265.
6. Idem, ibidem - p. 266.
7. Idem - Nas pegadas do mestre. 10. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Item: O sal da terra, p. 191.
8. XAVIER, Francisco Cândido. Pai nosso. Pelo Espírito Meimei. 27. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006.
Capítulo 1 (Pai nosso que estás nos céus), p. 11.
9. Idem - Vinha de luz. Pelo Espírito Emmanuel. 24. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Capítulo 60 (Que
fazeis de especial?), p. 141-142.
GRATIDÃO

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