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Rafael Alves de Souza (1); Túlio Nogueira Bittencourt (2); Joaquim Azevedo Figueiras (3) Mário
Jorge de Seixas Pimentel (4)
Palavras Chaves: análise não-linear, concreto estrutural, método dos elementos finitos e método
das bielas
Resumo
O presente trabalho tem por objetivo apresentar a análise e o dimensionamento de uma viga-parede
complexa utilizando o Método das Bielas. Para validação da resposta obtida recorreu-se ao Método
dos Elementos Finitos, nomeadamente aos recursos de análise não-linear disponíveis no programa
DIANA, que indicaram um desempenho satisfatório para o elemento estrutural dimensionado. No
entanto, as análises numéricas realizadas também levaram à conclusão de que o Método das Bielas
pode muitas vezes não ser uma solução adequada para o dimensionamento das “Regiões D”, tendo
em vista a armadura mínima normalmente exigida pela maioria dos códigos de concreto estrutural.
1. Introdução
A “Hipótese de Bernoulli” facilita muito o dimensionamento de elementos de concreto armado,
pois é possível assumir que a distribuição de deformações ao longo da altura da seção transversal
seja mantida linear, desde o início do carregamento até a ruptura, conforme ilustra a Figura 1.
εc
h Linha Neutra
εs
b
Figura 1 – Distribuição linear de deformações em uma viga de concreto armado
De acordo com SCHÄFER & SCHLÄICH (1988, 1991), pode-se dividir uma estrutura em regiões
contínuas (“Regiões B”, em que a “Hipótese de Bernoulli” de distribuição linear de deformações ao
longo da seção transversal é válida) e regiões descontínuas (“Regiões D”, em que a “Hipótese de
Bernoulli” não pode ser aplicada, isto é, onde a distribuição de deformações ao longo do elemento é
não-linear).
Dessa maneira, a análise e dimensionamento estrutural das “Regiões D” deve ser feita recorrendo a
modelos que levem em consideração as deformações por esforço cortante. A maioria dos
pesquisadores têm recomendado para essa atividade o uso de ferramentas como o Método dos
Elementos Finitos e o Método das Bielas.
As idéias básicas da “Analogia de Treliça” foram adaptadas para outras estruturas, de maneira que
convencionou-se denominar essa generalização de "Método das Bielas" ou “Modelos de Escoras e
Tirantes”. Dessa maneira, vários elementos estruturais especiais que eram dimensionados no
passado a partir de regras empíricas passaram a ser dimensionados de maneira racional.
O Método das Bielas têm como idéia principal a substituição da estrutura real por uma estrutura
resistente na forma de treliça, que simplifica de maneira sistemática o problema original, conforme
ilustram os exemplos da Figura 2. Nessa treliça hipotética os elementos comprimidos são
denominados escoras e os elementos tracionados são denominados tirantes. Os pontos de
intersecção desses elementos no modelo, onde existe a mudança na direção das forças, se
constituem as chamadas “regiões nodais”.
Figura 2 – Exemplos de aplicação do Método das Bielas (fonte: TJHIN & KUCHMA (2002))
2
Dentre vários trabalhos interessantes publicados na área citam-se aqueles escritos por SCHÄFER &
SCHLAICH (1988, 1991), MARTI & ROGOWSKY (1991), IABSE (1991) COLLINS et alli
(1991), MITCHELL & COOK (1988, 1991), McGREGOR (1997), FOSTER (1998), ASCE-ACI
(1998), FIB (2002) e MONTOYA et alli (2002).
Atualmente vários códigos normativos também têm recomendado a utilização do Método das
Bielas, merecendo destaque as publicações já históricas do CEB FIP Model Code 1990 (1993) e da
CSA (1994), bem como, publicações mais recentes e completas como a EHE (1999) e o ACI-318
(2002).
Também têm sido desenvolvidos programas para auxiliar o lançamento correto das escoras e dos
tirantes no interior da estrutura, uma das grandes dificuldades do método. Estes programas, na
maioria dos casos, utilizam técnicas de otimização estrutural obtidas através de programação
matemática e têm produzido ótimos resultados (OLIVEIRA et alli (1998), ALVES et alli (1998),
LADEIRA et alli (1993), PINHO & NEVES (1992), PINHO (1995), ALI (1997), GARCIA (1999),
LOURENÇO et alli (2000) e ALI & WHITE (2001))
O Método das Bielas também tem sido utilizado com sucesso nas tarefas de recuperação estrutural e
na determinação da capacidade resistente de elementos estruturais submetidos a processos
avançados de deterioração, conforme atesta o trabalho de KESNER & POSTON (2000).
• A estrutura é dimensionada utilizando os processos correntes, ou seja, faz-se uma análise linear
para a obtenção dos esforços e em seguida dimensionam-se as seções transversais utilizando
equações constitutivas não-lineares para o aço e para o concreto;
• A estrutura dimensionada é analisada de maneira não-linear, sendo que as relações constitutivas
são definidas com base nos valores médios das propriedades dos materiais que determinam a
flexibilidade da estrutura e com base nos valores característicos para as propriedades que
determinam a capacidade de resistência última da estrutura;
• As cargas são definidas pelos valores característicos Pk, sendo incrementadas até que se atinja o
estado de colapso da estrutura Pu. Dessa maneira, pode-se determinar um valor para o fator de
carga último dado por λu = Pu/Pk;
• A segurança da estrutura é considerada satisfeita desde que λu ≥ λc = γf*γm, sendo γm ditado
pelo aço ou pelo concreto, conforme o tipo de ruína esperado.
Dessa maneira, para que uma estrutura analisada utilizando a análise não-linear seja considerada
segura, os seguintes limites devem ser verificados, tendo em conta os coeficientes de segurança
estabelecidos pela NBR6118 (2003):
3
λu ≥ λc = γf*γm = 1,4.1,4 = 1,96 se o colapso é atribuído ao concreto;
λu ≥ λc = γf*γm = 1,4.1,15 = 1,61 se o colapso é atribuído ao aço.
50
140 40
50
30 50 40 100 30 100 40 50 30
470 cm
Figura 3 – Viga-parede sujeita a irregularidades estáticas e geométricas
Para adquirir uma visão geral do encaminhamento das forças no interior da estrutura, é de bom
censo a utilização do Método dos Elementos Finitos. A partir das tensões principais de compressão
e das tensões principais de tração fornecidas por esse método podem ser estabelecidas algumas
propostas de modelos.
• Junto ao canto superior esquerdo da abertura situada na extremidade direita da viga, surgem
concentrações de tensão que propiciam o aparecimento de tensões de tração de grande
intensidade nessa região;
• Na face inferior da viga, região central da estrutura, também surgem tensões de tração
significativas. Essas tensões ocupam grande parte do vão central e prolongam-se até os cantos
das duas aberturas, formando um ângulo de aproximadamente 45º com a direção horizontal. O
prolongamento das tensões de tração para a abertura situada na extremidade esquerda da viga se
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faz por dois caminhos: um deles provocando concentração de tensões no canto superior direito e
outro provocando concentração de tensões no canto inferior esquerdo da abertura;
• As tensões de compressão são mais significativas nas vizinhanças dos apoios e imediatamente
abaixo e ao lado direito do ponto de aplicação da carga de 100 kN;
• Uma escora horizontal se forma no topo da estrutura, dividindo-se em dois caminhos distintos
para o encaminhamento de forças internas até os apoios da estrutura;
• O caminho de compressão situado à direita do eixo central da estrutura leva as forças de
compressão da escora horizontal por uma escora inclinada de aproximadamente 75º diretamente
para o apoio;
• O caminho situado à esquerda do eixo central da estrutura divide-se em outros dois caminhos
para poder conduzir as forças internas de compressão: um dos caminhos inicia-se na
extremidade da escora superior horizontal, passando pelo canto superior esquerdo da abertura e
indo diretamente para o apoio, formando um ângulo de 45º.
• O outro caminho do caso anterior surge aproximadamente na metade do caminho entre o ponto
de aplicação da carga e a abertura e desce paralelamente ao caminho descrito anteriormente,
cruzando o canto inferior direito da abertura. Em seguida esse campo de compressão acaba se
dissipando.
Após várias tentativas, baseando-se no campo das tensões principais elásticas e das conclusões
obtidas anteriormente, pôde-se idealizar dois Modelos de Escoras e Tirantes. Essa idealização foi
demasiadamente complicada, uma vez que havia a necessidade de não se afastar demasiadamente
do fluxo de tensões identificado e o interesse de se disponibilizar as armaduras resistentes em
posições adequadas com a prática.
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O primeiro modelo concebido, denominado aqui de “Modelo A” apresenta tirantes horizontais,
verticais e inclinados. O segundo modelo idealizado, aqui denominado de “Modelo B”, apresenta
apenas tirantes dispostos nas posições horizontal e vertical. As Figuras 7 e 8 apresentam os modelos
de treliça concebidos para o problema em análise.
Uma fez feita a verificação dos dois modelos, o padrão de armação do “Modelo B” foi escolhido
para ser investigado utilizando os recursos de análise não-linear do programa DIANA. Esse modelo
foi escolhido pela simplicidade de execução, ou seja, por só apresentar armaduras nas direções
horizontal e vertical.
A Tabela 1 apresenta os esforços nos tirantes e as respectivas armações obtidas para o “Modelo B”,
enquanto a Figura 9 apresenta o aspecto final da armação da viga-parede, que levou em
consideração um cobrimento de armaduras de 4 cm.
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Figura 9 – Panorama final de armação para o “Modelo B” utilizando CAST
Observa-se que o nível de tensão desenvolvido nas escoras é baixo, indicando que existe uma
grande segurança para esses elementos e que para cargas mais elevadas ainda existiria a
possibilidade de alargamento das escoras visando manter a integridade desses elementos.
Deve-se observar que no Método das Bielas costuma-se admitir dois tipos de regiões nodais: nós
contínuos e nós singulares. De maneira geral, os nós contínuos não apresentam problemas de
resistência uma vez que a transferência de forças é feita numa região relativamente grande e de
forma gradual, não provocando grandes concentrações de tensão.
Já para os nós concentrados é necessária uma análise criteriosa de resistência e de detalhamento das
armaduras aí concorrentes, uma vez que a região de transferência das forças possui dimensões
reduzidas. Para o dimensionamento desses nós há que se obter a sua geometria, caracterizar o
estado de tensão instalado, definir a resistência do concreto e verificar as condições de ancoragem
das armaduras.
Observa-se, portanto, que a definição geométrica dos nós singulares e sua verificação pode ser às
vezes demasiadamente complicada. No entanto, no presente trabalho não houve tal dificuldade, uma
vez que o programa CAST definiu automaticamente as regiões nodais e forneceu o nível de tensões
instalado.
Deve-se observar que no problema em questão, a segurança dos nós também poderia ser garantida
de maneira indireta, isto é, sem a verificação formal das regiões nodais, uma vez que a tensão no
ponto mais carregado é inferior a 0,6.fcd, conforme recomendação de SCHLAICH & SCHÄFER
(1988, 1991). Esta condição pode ser sempre adotada, desde que os tirantes principais estejam
adequadamente ancorados.
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Para o problema em questão existiu o cuidado de se garantir a perfeita condição de ancoragem dos
tirantes principais nas regiões nodais singulares, uma vez que na análise utilizando o Método dos
Elementos Finitos é considerada uma situação de aderência perfeita entre o aço e o concreto. Dessa
maneira, o programa não é capaz de identificar um possível escorregamento das armaduras devido
uma ancoragem ineficiente.
36 cm
FN3 P/2
50 cm 59 cm
FN3,max = A s .f yk
FN3,max = 3,58.50 = 179,16 kN
∑M A =0
36.FN3,max = (P/2).109
2.36.FN3,max 2.36.179,16
P= = = 118,34 kN
109 109
Logo, a carga teórica que aplicada na estrutura provoca o escoamento do tirante N3 é de 118,34 kN.
Deve-se observar que esse valor foi calculado considerando a resistência característica ao
escoamento do aço, uma vez que essa mesma propriedade foi utilizada nas simulações
computacionais, conforme o formato de segurança proposto.
Inicialmente foi conduzida uma análise não-linear para o “Modelo B” sem levar em consideração as
armaduras de controle de fissuração, freqüentemente exigidas pelos códigos normativos. Para o
concreto foram utilizados elementos retangulares de oito nós do tipo “CQ16M” e para as armaduras
discretas foram utilizados elementos do tipo “embedded reinforcement”.
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No modelo de elementos finitos aplicou-se uma carga do tipo “pressure” de 100 N/mm ao longo da
placa de 30 cm e as condições de vinculação foram descritas de maneira a se obter uma viga-parede
biapoiada. Adicionalmente foram definidas propriedades características para os materiais na
condução da análise não-linear, conforme recomendações de FIGUEIRAS et alli (1990, 2002).
Para concreto utilizou-se o modelo “Total Strain Rotating Crack” com “Linear Softening” em
tração e com diagrama parabólico em compressão, conforme as recomendações de FEENSTRA &
BORST (1993), ROTS et alli (1985) e ROTS & BLAAUWENDRAAD (1989). Para o critério de
ruptura do aço foi utilizado o “Modelo de VonMises” considerando o material com comportamento
elasto-plástico perfeito. A Tabela 2 apresenta as propriedades definidas para os materiais.
As primeiras fissuras surgiram para uma carga concentrada de 36,30 kN e deram-se logo acima da
abertura localizada no lado direito da viga. Essas fissuras começaram a se intensificar e para a carga
concentrada de 137,40 kN as armaduras do tirante horizontal, situadas acima da abertura direita,
entram em regime de escoamento.
Para a carga concentrada de 147,60 kN, o tirante vertical situado à esquerda da abertura direita
também entra em regime de escoamento e a estrutura acaba chegando definitivamente à ruptura,
com o panorama de fissuração apresentado na Figura 12. Observou-se que nas outras regiões as
tensões nas armaduras permaneceram baixas, bem como, não houve o aparecimento de fissuras.
A Figura 13 apresenta a evolução dos deslocamentos para um nó situado na face inferior da viga, na
mesma linha de aplicação do carregamento. Registrou-se um deslocamento vertical no pico da
resistência de aproximadamente 6,0 mm.
Figura 13 – Evolução dos deslocamentos para um nó situado na face inferior da viga e na linha de
ação do carregamento aplicado, sendo cada fator de carga unitário igual a 30 kN
9
A análise não-linear conduzida com DIANA indicou que a ruptura ocorre pelo rompimento dos
tirantes situados acima e à esquerda da abertura direita, com um fator de carga λu ≈ 2,06. Dessa
maneira, como λu > λc = 1,61, pode-se assegurar que a estrutura apresentará boas condições de
segurança no estado limite último, conforme as recomendações de FIGUEIRAS et alli (1990,
2002).
Adicionalmente, observa-se que a carga numérica que provocou o escoamento do tirante principal é
cerca de 16% superior àquela prevista teoricamente, o que indica uma boa aproximação do modelo
físico adotado em relação à análise numérica. Essa diferença se deve ao fato de que o braço de
alavanca das forças internas acima da abertura direita é cerca de 45 cm no modelo numérico, em
vez do braço de 36 cm adotado no modelo físico.
Para disponibilizar a armadura calculada anteriormente, foi adicionada na viga-parede uma malha
ortogonal constituída por barras de φ 8,0 mm espaçadas a cada 20 cm. As propriedades utilizadas
para os materiais foram as mesmas da simulação relatada anteriormente, com a diferença que foi
introduzido um elemento de armadura do tipo “grid”, visando representar as armaduras de controle
de fissuração.
As primeiras fissuras surgiram para uma carga concentrada de 43,20 kN e deram-se acima da
abertura localizada no lado direito da viga-parede. Essas fissuras começaram a se intensificar e
predominaram até a carga concentrada de 187,50 kN, quando o tirante acima da abertura direita
entrou em escoamento e surgiram fissuras na parte inferior da viga.
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Figura 15 – Tensões principais de compressão e de tração para a viga-parede
antes do escoamento do tirante principal
Para a carga concentrada de 209 kN a armadura principal vertical situada à esquerda da abertura
direita está na eminência de entrar em regime de escoamento, no entanto, a estrutura acaba
chegando ao colapso provavelmente devido ao rompimento do tirante horizontal que já se
encontrava em escoamento.
Figura 16 – Evolução dos deslocamentos para um nó situado na face inferior da viga e na linha de
ação do carregamento aplicado, sendo cada fator de carga unitário igual a 30 kN
A análise não-linear para este caso, indicou que a estrutura provida de armaduras adicionais de
controle de fissuração chegará ao colapso pelo rompimento dos tirantes situados nas proximidades
da abertura direita com um fator de carga λu ≈ 2,92. Como verifica-se que λu > λc = 1,61 é de se
supor que a estrutura dimensionada apresentará boas condições de segurança.
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5. Conclusões
Com base nos resultados apresentados anteriormente, pode-se dizer que o Modelo de Escoras e
Tirantes concebido para a estrutura em análise atende com segurança o desenvolvimento da carga
limite. A grande vantagem observada na carga de ruptura numérica de 209 kN (obtida com o
programa DIANA e baseada em valores característicos das propriedades dos materiais) em relação
a carga última de projeto de 100 kN pode ser explicada pela disposição de armaduras adicionais
para o controle de fissuração.
Tudo indica que as armaduras de controle de fissuração acabam participando como tirantes
adicionais, que enrijecem ainda mais a estrutura acima da abertura direita e que contribuem para um
comportamento global ainda mais dúctil da estrutura. Esse fato fica evidente a partir da carga de
ruptura de 147,60 kN obtida numericamente para a viga desprovida de armaduras de controle de
fissuração.
Através de uma nova análise não-linear verificou-se que a parede constituída apenas de armaduras
de controle de fissuração, suporta cerca de 60% da carga de ruptura. Verificou-se ainda que a ruína
da viga-parede se dá pelo esgotamento das armaduras situadas na região da abertura direita e pela
formação intensa de fissuras nessa região.
Dessa maneira, observa-se que a maneira mais simples de armar a estrutura seria utilizar uma
armadura em malha mínima em conjunto com um único tirante principal, posicionado acima da
abertura direita.
Uma solução alternativa de dimensionamento, e que parece ser a mais adequada para a viga-parede
em estudo, é a de reforçar todo o elemento com armaduras em malha obtidas através da
metodologia proposta por LOURENÇO & FIGUEIRAS (1993, 1995), FIGUEIRAS (2002) e
FIGUEIRAS et alli (1994).
Deve-se observar que existem várias outras soluções parecidas com a proposta anteriormente. Essas
formulações são bem fundamentadas e bem documentadas na literatura: GUPTA (1984), NIELSEN
(1984), FIALKOW (1991) e CEB-FIP Model Code 1990 (1993).
Um problema que fica evidente com as análises realizadas é que às vezes a armadura de fissuração
estabelecida pelos códigos pode ser maior do que as armaduras dos tirantes e, nesse caso, a
disponibilização da armadura em malha pode alterar profundamente o Modelo de Escoras e Tirantes
idealizado. A presença das armaduras em malha pode descaracterizar o modelo concebido e alterar
completamente o fluxo de tensões na estrutura.
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Os autores do presente trabalho têm se esforçado para difusão do Método das Bielas, bem como,
têm proposto soluções alternativas utilizando o Método dos Elementos Finitos e o Método Corda-
Painel. Para maiores informações recomenda-se a leitura dos trabalhos desenvolvidos por SOUZA
(2003a,b), SOUZA & BITTENCOURT (2003a,b,c) e FIGUEIRAS et alli (1994).
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