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Thomas Faverel Merton nasceu no dia 31 de janeiro de 1915, em Prades, na França. Seu
pai era pintor, neozelandês de nascimento. Sua mãe, que também pintava, era
americana, do Estado de Ohio. Era o mais velho de dois meninos (John Paul, nascido
em 1918, morreu na Segunda Guerra Mundial, num combate aéreo sobre o Canal da
Mancha). Embora o pai de Thomas frequentasse a igreja muito raramente e sua mãe só
de vez em quando participasse de reuniões dos Quakers, foi ele batizado na igreja
anglicana, sem que isso tivesse muitas consequências para sua educação.
Em 1916, a família Merton muda-se para os Estados Unidos, onde vai morar em Long
Island. Quando o pequeno Tom completa seis anos, sua mãe morre vítima de um câncer.
Ele e seu irmão passam a morar com os avós. Entretanto, o pai, como antes, continua
viajando muito para expor suas telas. Em 1925, o pai de Merton o leva para a Franca,
onde o faz frequentar o Liceu em Montauban. Com quatorze anos de idade, Merton vai
com o pai a Inglaterra, onde estuda como interno no Ginásio de Oakham (Ruthland).
Neste período desenvolve-se nele um grande interesse pela literatura inglesa; lê William
Blake, D. H. Lawrence, James Joyce.
Por intermédio do livro The Spirit of the Medieval Philosophy, de Etienne Gilson,
Thomas Merton começa a se interessar pela escolástica. Frequenta as aulas de Daniel
Walsh, mais tarde grande amigo seu, sobre Santo Thomas e Duns Scotus. Nestes anos
nasce uma amizade firme com Brahmachari, um hindu que lhe chama a atenção para a
grande riqueza do cristianismo. Em 1938, frequenta brevemente a catequese do Padre
Moore, em Nova York, que o admite a Igreja Católica no dia 16 de novembro daquele
ano.
Aos vinte e quatro anos formou-se em literatura inglesa, recebendo o diploma de Mestre
Graduado na Universidade de Colúmbia. Em seguida foi professor de inglês no City
College de Nova York e critico literário do New York Times e do New York Herald
Tribune.
Os diálogos com seu amigo Robert Lax e do estudo de São João da Cruz, nasce o desejo
de ser padre. Quis ser Franciscano, mas quando lhe explicaram, de maneira pouco
delicada, que não tinha vocação, desistiu. De 1939 a 1941, Merton leciona inglês na
Faculdade Franciscana de São Boaventura. Por dois anos que aí passa, Merton leva uma
vida quase monástica. Escreve um diário, três romances - nenhum dos três é aceito para
a publicação - e faz um retiro com os trapistas em Gethsemani (Kentucky).
Em 1941, Merton deixa São Boaventura e sob a direção da Baronesa Caterine de Hueck
vai trabalhar entre a população negra do Harlem. Depois de uma segunda visita aos
trapistas de Gethsemani, decide entrar para o mosteiro. Dá sua roupa aos negros do
Harlem; seus livros aos franciscanos e a um amigo; rasga dois de seus romances e envia
o que sobra: seus poemas, um manuscrito da novela Journal of my Escape from the
Nazis e seu diário para o amigo Mark Van Doren.
Durante os vinte e sete anos de sua vida trapista, saiu do mosteiro apenas em bem
poucas ocasiões. Com cinquenta e três anos, em 1968, obteve licença para uma viagem
de peregrinação ao Oriente. Isto para participar de um encontro de monges e abades de
mosteiros cristãos na Ásia. Esperava familiarizar-se com a espiritualidade contemplativa
oriental. Visitou muitos mosteiros budistas e teve varias entrevistas com o Dalai-Lama.
Dirigindo embates e fazendo conferências para monges e monjas.
No dia 10 de dezembro de 1968, logo depois de sua primeira palestra em Bancoc, foi
encontrado morto em seu quarto. O contato com o fio exposto de um ventilador
defeituoso causara sua morte instantânea. O corpo de Merton foi transportado para seu
mosteiro e sepultado no dia 17 de dezembro em Gethsemani.