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Nacionalidade
1 Definição
2 Espécies
a) Primaria ou originaria
I Critério ius sanguinis
II Critério ius solis ou territorialidade
III Critério misto: combina o ius solis e o ius sanguinis.
b) Secundária: naturalização
3 Conflito de nacionalidade
4 Brasileiro Nato
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a
serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da
República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição
brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois
de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
5 Brasileiro Naturalizado
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II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portu-
guesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze
anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, se-
rão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.
Casos previstos pela CF/88: Art. 5º, LI; Art. 12, § 3º; Art. 12, § 4º, I; Art. 89, VII; Art. 222.
Art. 5, CR/88:
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da natura-
lização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como
condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;
Caso Cláudia Cristina Hoerig. STF. 1ª Turma. MS 33.864/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 19/4/2016
(Info 822).
Pedido de naturalização
1. Aspectos gerais
Trata dos direitos e os deveres do migrante e do visitante, regula a sua entrada e estada no País e estabelece
princípios e diretrizes para as políticas públicas para o emigrante.
Decreto 9.199/2017. Que Regulamente a Lei.
Aplicação subsidiaria – Art. 2. Esta Lei não prejudica a aplicação de normas internas e internacionais específicas
sobre refugiados, asilados, agentes e pessoal diplomático ou consular, funcionários de organização internacional
e seus familiares.
Imigrante: pessoa nacional de outro país ou apátrida que trabalha ou reside e se estabelece temporária ou defini-
tivamente no Brasil;
Emigrante: brasileiro que se estabelece temporária ou definitivamente no exterior;
Residente fronteiriço: pessoa nacional de país limítrofe ou apátrida que conserva a sua residência habitual em
município fronteiriço de país vizinho;
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Visitante: pessoa nacional de outro país ou apátrida que vem ao Brasil para estadas de curta duração, sem pre-
tensão de se estabelecer temporária ou definitivamente no território nacional;
Apátrida: pessoa que não seja considerada como nacional por nenhum Estado, segundo a sua legislação, nos
termos da Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas, de 1954, promulgada pelo Decreto nº 4.246, de 22 de maio
de 2002, ou assim reconhecida pelo Estado brasileiro.
III - direito à reunião familiar do migrante com seu cônjuge ou companheiro e seus filhos, familiares e dependen-
tes;
V - direito de transferir recursos decorrentes de sua renda e economias pessoais a outro país, observada a legis-
lação aplicável;
VIII - acesso a serviços públicos de saúde e de assistência social e à previdência social, nos termos da lei, sem
discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória;
IX - amplo acesso à justiça e à assistência jurídica integral gratuita aos que comprovarem insuficiência de recur-
sos;
X - direito à educação pública, vedada a discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória;
XI - garantia de cumprimento de obrigações legais e contratuais trabalhistas e de aplicação das normas de prote-
ção ao trabalhador, sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória;
XIV - direito a abertura de conta bancária;
XV - direito de sair, de permanecer e de reingressar em território nacional, mesmo enquanto pendente pedido de
autorização de residência, de prorrogação de estada ou de transformação de visto em autorização de residência;
e
I - de visita (curta duração): turismo; negócios; trânsito; atividades artísticas ou desportivas; e outras hipóteses
definidas em regulamento.
II – temporário (residência por tempo determinado): a) pesquisa, ensino ou extensão acadêmica;
b) tratamento de saúde;
c) acolhida humanitária;
d) estudo;
e) trabalho;
h) realização de investimento ou de atividade com relevância econômica, social, científica, tecnológica ou cultural;
i) reunião familiar;
j) atividades artísticas ou desportivas com contrato por prazo determinado;
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Art. 14. § 1 O prazo de validade estará indicado nos vistos e começará a ser contado a partir da data de emissão
do visto.
Art. 15. O prazo de validade do visto de visita será de um ano, e, exceto se houver determinação em contrário do
Ministério das Relações Exteriores, permitirá múltiplas entradas no País enquanto o visto estiver válido.
§ 2o Nas hipóteses em que houver reciprocidade de tratamento, em termos definidos por comunicação diplomáti-
ca, o visto de visita poderá ter prazo de validade de até dez anos.
Art. 16. O visto temporário poderá ser concedido com prazo de validade de até um ano, e, exceto se houver de-
terminação em contrário do Ministério das Relações Exteriores, permitirá múltiplas entradas no País enquanto o
visto estiver válido.
Parágrafo único. O prazo de validade do visto temporário não se confunde com o prazo da autorização de resi-
dência.
Art. 18. Os vistos diplomático, oficial e de cortesia terão prazo de validade de até três anos, e permitirão múltiplas
entradas no território nacional, desde que os seus portadores cumpram os requisitos de registro estabelecidos
pelo Ministério das Relações Exteriores.
Art. 19. O prazo de estada do visto de visita é aquele durante o qual o seu portador poderá permanecer no territó-
rio nacional e começa a ser contado a partir da data da primeira entrada no País.
Art. 20. O visto de visita terá prazo de estada de até noventa dias, prorrogáveis pela Polícia Federal por até no-
venta dias, desde que o prazo de estada máxima no País não ultrapasse cento e oitenta dias a cada ano migrató-
rio, ressalvado o disposto no § 7o do art. 29.
§ 1o A contagem do prazo de estada do visto de visita começará a partir da data da primeira entrada no território
nacional e será suspensa sempre que o visitante deixar o território nacional.
Art. 22. O prazo inicial de estada dos portadores de vistos temporários, diplomáticos, oficiais e de cortesia será
igual ao seu prazo de validade.
Parágrafo único. O prazo inicial de estada do visto temporário não se confunde com o prazo da autorização de
residência.
O asilo político, que constitui ato discricionário do Estado, poderá ser diplomático ou territorial e será outorgado
como instrumento de proteção à pessoa.
Procedimento administrativo que consiste na retirada compulsória de pessoa que se encontre em situação migra-
tória irregular em território nacional.
A deportação será precedida de notificação pessoal ao deportando, da qual constem, expressamente, as irregula-
ridades verificadas e prazo para a regularização não inferior a 60 (sessenta) dias, podendo ser prorrogado, por
igual período, por despacho fundamentado e mediante compromisso de a pessoa manter atualizadas suas infor-
mações domiciliares.
A notificação prevista não impede a livre circulação em território nacional, devendo o deportando informar seu
domicílio e suas atividades.
A Defensoria Pública da União deverá ser notificada, preferencialmente por meio eletrônico, para prestação de
assistência ao deportando em todos os procedimentos administrativos de deportação.
Art. 50. A deportação é medida decorrente de procedimento administrativo que consiste na retirada compulsória
de pessoa que se encontre em situação migratória irregular em território nacional.
§ 1 A deportação será precedida de notificação pessoal ao deportando, da qual constem, expressamente, as
irregularidades verificadas e prazo para a regularização não inferior a 60 (sessenta) dias, podendo ser prorrogado,
por igual período, por despacho fundamentado e mediante compromisso de a pessoa manter atualizadas suas
informações domiciliares.
§ 3 Vencido o prazo do § 1o sem que se regularize a situação migratória, a deportação poderá ser executada.
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Art. 51. Os procedimentos conducentes à deportação devem respeitar o contraditório e a ampla defesa e a garan-
tia de recurso com efeito suspensivo.
§ 1 A Defensoria Pública da União deverá ser notificada, preferencialmente por meio eletrônico, para prestação
de assistência ao deportando em todos os procedimentos administrativos de deportação.
A expulsão consiste em medida administrativa de retirada compulsória de migrante ou visitante do território nacio-
nal, conjugada com o impedimento de reingresso por prazo determinado.
Poderá dar causa à expulsão a condenação com sentença transitada em julgado relativa à prática de:
Caberá à autoridade competente resolver sobre a expulsão, a duração do impedimento de reingresso e a suspen-
são ou a revogação dos efeitos da expulsão, observado o disposto nesta Lei.
Art. 45. Poderá ser impedida de ingressar no País, após entrevista individual e mediante ato fundamentado, a
pessoa:
I - anteriormente expulsa do País, enquanto os efeitos da expulsão vigorarem;
II - condenada ou respondendo a processo por ato de terrorismo ou por crime de genocídio, crime contra a huma-
nidade, crime de guerra ou crime de agressão, nos termos definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal
Internacional, de 1998, promulgado pelo Decreto no 4.388, de 25 de setembro de 2002;
III - condenada ou respondendo a processo em outro país por crime doloso passível de extradição segundo a lei
brasileira;
IV - que tenha o nome incluído em lista de restrições por ordem judicial ou por compromisso assumido pelo Brasil
perante organismo internacional;
V - que apresente documento de viagem que:
a) não seja válido para o Brasil;
b) esteja com o prazo de validade vencido; ou
c) esteja com rasura ou indício de falsificação;
VI - que não apresente documento de viagem ou documento de identidade, quando admitido;
VII - cuja razão da viagem não seja condizente com o visto ou com o motivo alegado para a isenção de visto;
VIII - que tenha, comprovadamente, fraudado documentação ou prestado informação falsa por ocasião da solicita-
ção de visto; ou
IX - que tenha praticado ato contrário aos princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal.
Parágrafo único. Ninguém será impedido de ingressar no País por motivo de raça, religião, nacionalidade, perti-
nência a grupo social ou opinião política.
O prazo de vigência da medida de impedimento vinculada aos efeitos da expulsão será proporcional ao prazo total
da pena aplicada e nunca será superior ao dobro de seu tempo.
A Defensoria Pública da União será notificada da instauração de processo de expulsão, se não houver defensor
constituído.
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Caberá pedido de reconsideração da decisão sobre a expulsão no prazo de 10 (dez) dias, a contar da notificação
pessoal do expulsando.
Avaliação da decisão de expulsão por parte do Judiciário poderá avaliar a decisão de expulsão?
Cabe ao Poder Judiciário analisar se ele foi praticado em conformidade ou não com a legislação em vigor (contro-
le de legalidade), não podendo examinar a sua conveniência e oportunidade., ou seja, não poderá realizar o con-
trole sobre o mérito da decisão. STJ. 1ª Seção. HC 239.329/DF, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em
28/05/2014. STJ. 1ª Seção. HC 333.902-DF, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 14/10/2015 (Info 571)
A extradição é a medida de cooperação internacional entre o Estado brasileiro e outro Estado pela qual se conce-
de ou solicita a entrega de pessoa sobre quem recaia condenação criminal definitiva ou para fins de instrução de
processo penal em curso.
O Supremo Tribunal Federal poderá deixar de considerar crime político o atentado contra chefe de Estado ou
quaisquer autoridades, bem como crime contra a humanidade, crime de guerra, crime de genocídio e terrorismo.
Efetivada a prisão do extraditando, o pedido de extradição será encaminhado à autoridade judiciária competente.
O Supremo Tribunal Federal, ouvido o Ministério Público, poderá autorizar prisão albergue ou domiciliar ou deter-
minar que o extraditando responda ao processo de extradição em liberdade, com retenção do documento de via-
gem ou outras medidas cautelares necessárias, até o julgamento da extradição ou a entrega do extraditando, se
pertinente, considerando a situação administrativa migratória, os antecedentes do extraditando e as circunstâncias
do caso.
Art. 103. A transferência de pessoa condenada poderá ser concedida quando o pedido se fundamentar em trata-
do ou houver promessa de reciprocidade.
A República Federativa do Brasil não pode exigir, para o deferimento do pedido extradicional, a aplicação de insti-
tutos próprios do direito penal e processual brasileiros. (Ext 1454, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma,
julgado em 18/04/2017, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-114 DIVULG 30-05-2017 PUBLIC 31-05-2017).
STF
SÚMULA 1. É vedada a expulsão de estrangeiro casado com Brasileira, ou que tenha filho Brasileiro, dependente
da economia paterna.
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SÚMULA 421. Não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando casado com brasileira ou ter filho
brasileiro.
STF. O fato de não haver tratado de extradição entre o Brasil e a Áustria não pode ser invocado como causa obs-
tativa do pedido extradicional, sob o argumento de não se garantir, ao extraditando, o benefício da detração penal.
É que a extradição somente será efetivada - haja, ou não, tratado bilateral específico -, se o Estado requerente
assumir, previamente, perante o Governo brasileiro, o compromisso de computar o tempo de prisão cautelar já
cumprido, pelo extraditando, no Brasil. (Ext 645, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, julgado em
19/06/1996, DJe-216 DIVULG 13-11-2008 PUBLIC 14-11-2008 EMENT VOL-02341-01 PP-00001)
Art. 96. Não será efetivada a entrega do extraditando sem que o Estado requerente assuma o compromisso de:
I - não submeter o extraditando a prisão ou processo por fato anterior ao pedido de extradição;
II - computar o tempo da prisão que, no Brasil, foi imposta por força da extradição;
III - comutar a pena corporal, perpétua ou de morte em pena privativa de liberdade, respeitado o limite máximo de
cumprimento de 30 (trinta) anos;
IV - não entregar o extraditando, sem consentimento do Brasil, a outro Estado que o reclame;
V - não considerar qualquer motivo político para agravar a pena; e
VI - não submeter o extraditando a tortura ou a outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes.
O desejo de ser extraditado, ainda que manifestado, de modo inequívoco, pelo súdito estrangeiro, não basta, só
por si, para dispensar as formalidades inerentes ao processo extradicional, posto que este representa garantia
indisponível instituída em favor do próprio extraditando.
(Ext 1302, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em 17/12/2013, PROCESSO ELETRÔ-
NICO DJe-213 DIVULG 29-10-2014 PUBLIC 30-10-2014)
A Primeira Turma deferiu pedido de extradição instrutória formulado pelo Governo da Bélgica, apresentado sem a
cópia dos textos legais aplicáveis aos fatos que, em tese, correspondem aos crimes de tráfico de drogas e de
associação para o tráfico.
Considerou que o requerimento foi instruído de forma deficiente. No entanto, a defesa não discutiu isso, e o es-
trangeiro demonstrou interesse em ser prontamente extraditado.
O Colegiado assentou haver sido compulsada a lei sobre o tráfico de substâncias em vigor na Bélgica, ser a con-
duta típica e prevista, especificamente, no tratado de extradição.
Sublinhou que o STF não poderia conceder o pleito extradicional, se existissem dúvidas quanto à legalidade, esti-
vesse prescrita a pretensão ou houvesse outra impossibilidade.
O ministro Celso de Mello mencionou o art. 87 (1) da nova Lei de Migração (Lei 13.445/2017), com o registro de
que, apesar de ainda não estar em regime de plena eficácia, o diploma estabelece alguns parâmetros presentes
na espécie.(1) Lei 13.445/2017: “Art. 87. O extraditando poderá entregar-se voluntariamente ao Estado requeren-
te, desde que o declare expressamente, esteja assistido por advogado e seja advertido de que tem direito ao pro-
cesso judicial de extradição e à proteção que tal direito encerra, caso em que o pedido será decidido pelo Supre-
mo Tribunal Federal. Ext 1512/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 24.10.2017. (Ext-1512)
CR/88, Art. 5, LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado
antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na for-
ma da lei;
Asilo
Refúgio
1 Refúgio
a) Provisório
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b) Permanente
Aplica-se o princípio da não devolução (non-refoulement): proteção ao perseguido para não ser devolvido ao Es-
tado perseguidor.
a) Solicitação a qualquer autoridade migratória com as razões do pedido (termo de declaração). Posteriormente, a
Polícia Federal emitirá um Protocolo e autorizará a estada até a decisão final.
b) Pedido encaminhado ao Conselho Nacional para os Refugiados (CONARE) para declarar ou não a condição de
refugiado – Notificação para o Alto Comissionado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).
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Art. 3º Não se beneficiarão da condição de refugiado os indivíduos que:
I - já desfrutem de proteção ou assistência por parte de organismo ou instituição das Nações Unidas que não o
Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados - ACNUR;
II - sejam residentes no território nacional e tenham direitos e obrigações relacionados com a condição de nacional
brasileiro;
III - tenham cometido crime contra a paz, crime de guerra, crime contra a humanidade, crime hediondo, participado
de atos terroristas ou tráfico de drogas;
IV - sejam considerados culpados de atos contrários aos fins e princípios das Nações Unidas.
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Domínio Público Internacional
1 Direito do mar
Objeto de regulação: navegação no alto mar, combate a pirataria, exploração e preservação de recursos naturais.
Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar (Convenção de Montego Bay) de 1982.
Extensão: 12 milhas marítimas (22 Km) desde a linha de base. Compreende o leito do mar, solo, subsolo e espa-
ço aéreo sobrejacente.
Objetivo de explorar, conservar e administrar os recursos naturais vivos e não vivos da área.
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Ex. Extração de petróleo, aproveitamento do potencial energético eólico.
Cada Estado exerce soberania plena aquele espaço aéreo localizado acima do seu território e de seu mar territo-
rial.
Em relação ao espaço extra-atmosféricos, declara-se ser de uso comum para fins pacíficos.
a) Polo Norte: trata-se de um oceano coberto de gelo. Interesse pelo corredor aéreo. Canadá, Rússia e Dinamar-
ca, exercem soberania unilateral em algumas áreas, que não foram contestadas.
b) Antártica: Tratado da Antártica de 1959. Utilização da região para fins pacíficos.
a) Embarcações públicas brasileiras (ou a serviço oficial do Brasil): aplica-se-lhes a lei brasileira onde quer que se
encontre (princípio da extraterritorialidade).
b) Embarcações privadas brasileiras (ou públicas quando utilizadas para fins comerciais): aplica-se-lhes a lei bra-
sileira se estiverem em território nacional ou em alto mar.
Estando em águas estrangeiras, aplica-se-lhes, em regra, a lei do Estado costeiro.
c) Embarcações públicas estrangeiras (ou a serviço oficial do governo estrangeiro): estão amparadas pela lei do
seu país de origem, não lhes sendo aplicada a lei brasileira mesmo se em águas nacionais (costume internacio-
nal).
d) Embarcações privada estrangeiras: somente se lhes aplica a lei brasileira se estiverem ancoradas ou em trânsi-
to em território nacional.
a) Aeronaves públicas brasileiras (ou a serviço oficial do Brasil): aplica-se-lhes a lei brasileira onde quer que se
encontre (princípio da extraterritorialidade).
b) Aeronaves privadas brasileiras (ou públicas quando utilizadas para fins comerciais): aplica-se-lhes a lei brasilei-
ra se estiverem em território nacional ou em sobrevoo em alto mar.
Aplica-se a lei do Estado estrangeiro se em sobrevoo ao território deste ou se ali estiver em solo.
c) Aeronaves públicas estrangeiras (ou a serviço oficial do governo estrangeiro): estão amparadas pela lei do seu
país de origem, não lhes sendo aplicada a lei brasileira mesmo se em território ou domínio aéreo nacional.
d) Aeronaves privada estrangeiras: aplica-se a lei brasileira se estiverem em território nacional (solo, aeroporto ou
em sobrevoo em território brasileiro), e a lei estrangeira quando em voo ou em solo de pais estrangeiro.
2 Classificação
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I Quanto à compulsoriedade de suas decisões
a) Obrigatórios
b) Facultativos
I Diplomáticos:
1. Competência internacional
Determinam, de acordo com o direito interno, a extensão da jurisdição nacional frente àquela de outros Estados.
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro regula basicamente as questões referentes ao tema (arts. 7 ao
19, LINDB).
Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangei-
ra que nele tiver agência, filial ou sucursal.
Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:
I - de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção
de benefícios econômicos;
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil;
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.
II Competência Exclusiva: Art. 23, CPC/2015
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à parti-
lha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio
fora do território nacional;
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil,
ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.
2 Regras de conexão
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III. Determinar a aplicação do direito vigente nesta sede.
I. Classificação
II. Localização
O segundo momento, é a localização da sede jurídica da relação, uma vez que cada categoria dessa tem uma
sede diferente.
O terceiro momento, uma vez localizada a sede jurídica, encontrado está o elemento de conexão, indica-se em
seguida a aplicação do direito vigente neste local, o que constitui a regra de conexão do DIPr.
LINDB
Elemento pessoal
Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o
nome, a capacidade e os direitos de família.
Elemento real
Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estive-
rem situados.
Elemento formal
Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem.
São homologáveis: acórdãos, sentenças civis, penais, trabalhistas, comerciais, decisões de órgãos judicantes de
outros poderes ou, ainda, outros documentos que constituam sentença no sentido material.
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Requisitos para homologação
Divorcio Consensual
Art. 961.
§ 5 A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de homologação
pelo Superior Tribunal de Justiça.
Art. 964. Não será homologada a decisão estrangeira na hipótese de competência exclusiva da autoridade judici-
ária brasileira.
CNJ – Provimento n 53 de 16 de maio de 2016:
Sentença estrangeira de divórcio consensual já pode ser averbada diretamente em cartório de Registro Civil das
Pessoas Naturais, sem a necessidade de homologação judicial do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
ATENÇÃO! A nova regra vale apenas para divórcio consensual simples ou puro, que consiste exclusivamente na
dissolução do matrimônio. Havendo disposição sobre guarda de filhos, alimentos e/ou partilha de bens – o que
configura divórcio consensual qualificado –, continua sendo necessária a prévia homologação pelo STJ.
Instrumentos de Cooperação Jurídica Internacional no Brasil
1 Carta Rogatória
Pedidos feitos pelo juiz de um Estado ao Judiciário de outro ente estatal, com o objetivo de buscar colaboração
para prática de atos processuais.
CR/88, Art. 195, I, i e 109 X; LINDB, Art. 17; CPC; Regimento interno do STJ – Resolução 9/2005.
Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de decisão de autoridade jurisdicional estrangeira
a ser submetida a juízo de delibação no Brasil.
A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão estrangeiro interessado à autoridade central, cabendo
ao Estado requerente assegurar a autenticidade e a clareza do pedido.
Compete ao juízo federal do lugar em que deva ser executada a medida apreciar pedido de auxílio direto passivo
que demande prestação de atividade jurisdicional.
Ex. Comunicações de atos processuais; fixação de pensões alimentícias; determinação de medidas cautelares; ...
3. Autoridade central
No Brasil, o Ministério da Justiça exerce essa função para a maioria dos acordos internacionais em vigor.
Trata-se de um ponto unificado de contato para a tramitação dos pedidos de cooperação jurídica internacional,
com vistas à efetividade e à celeridade desses pedidos.
A principal função da Autoridade Central é buscar maior celeridade e efetividade aos pedidos de cooperação jurí-
dica internacional penal ou civis.
1 Aspectos gerais
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Aquisição da personalidade jurídica: Protocolo de Ouro Preto, dezembro de 1994.
2 Estagio de evolução
Reconhece o português e o espanhol como os idiomas oficiais do Bloco. A versão oficial dos documentos de tra-
balho será a do idioma do país sede de cada reunião. (art. 46).
As decisões dos órgãos do Mercosul serão tomadas por consenso e com a presença de todos os Estados Partes
(art. 37).
Os Estados Partes comprometem-se a adotar todas as medidas necessárias para assegurar, em seus respectivos
territórios, o cumprimento das normas emanadas dos órgãos do Mercosul (art. 38).
I Conselho do Mercado Comum (CMC): Órgão superior e decisório para assegurar o cumprimento dos objetivos
do Bloco.
II Grupo Mercado Comum (GMC): Órgão executivo que se pronuncia mediante Resoluções.
III Comissão de Comércio do MERCOSUL (CCM): Órgão encarregado de assistir ao (GMC), com a função de
velar pela aplicação dos instrumentos comuns da política comercial; regular o comércio dentro do MERCOSUL e
com terceiros países e com organizações internacionais, entre outras.
5 Parlamento do MERCOSUL
Caráter intergovernamental (as normas emanadas do Parlamento do MERCOSUL deverão ser internalizadas pe-
los Estados-Parte).
Competências:
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O Protocolo de Brasília sobre a Solução de Controvérsias foi revogado pelas disposições do Protocolo de Olivos
de 2002, que entrou em vigor em 2004.
Criação do Tribunal Permanente de Revisão (sede em Assunção, Paraguai). É competente para conhecer de re-
cursos dos laudos arbitrais emitidos pelo Tribunal Arbitral.
Decisão CMC N° 23/04, Procedimento de medidas excepcionais e de urgência. Tendo, o Tribunal, quatro compe-
tências:
As opiniões consultivas podem ser solicitadas pelos Estados Partes, pelos órgãos decisórios do MERCOSUL, pelo
Parlamento do MERCOSUL, sobre qualquer questão jurídica vinculada ao direito do MERCOSUL.
Os Superiores Tribunais de Justiça dos Estados Partes podem pedir consultas sobre questões de interpretação
jurídica. No caso do Brasil é o STF.
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