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CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
Por
Elaborado por
Comissão Examinadora
______________________________________________
Almir Barros da S. Santos Neto, Dr. (UFSM)
(Presidente/Orientador)
______________________________________________
André Lübeck, Dr. (UFSM)
(Professor convidado)
______________________________________________
Rogerio C. Antocheves de Lima, Dr. (UFSM)
(Professor convidado)
1 Introdução .................................................................................................................. 10
1.1 Justificativa ........................................................................................................... 12
1.2 Objetivos ............................................................................................................... 12
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................ 12
1.2.2 Objetivos Específicos ..................................................................................... 12
2. Fundamentação teórica ............................................................................................ 13
2.1 Concreto Celular Autoclavado (CCA) .................................................................. 13
2.2 Bloco cerâmico ..................................................................................................... 15
2.3 Concreto armado ................................................................................................... 16
2.4 Dimensionamento em Concreto Armado ............................................................. 17
2.4.1 Método dos estados limites ............................................................................ 18
2.4.2 Ações .............................................................................................................. 20
2.4.2.1 Ações Permanentes .................................................................................. 20
2.4.2.2 Ações Variáveis ....................................................................................... 20
2.4.3.1 Combinações últimas............................................................................... 21
2.4.3.2 Combinações de serviço .......................................................................... 23
2.4.4 Coeficientes de ponderação de ações ............................................................. 24
2.5 Orçamento ............................................................................................................. 27
2.5.1 SINAPI ........................................................................................................... 27
2.5.2 Composições de custos unitários ................................................................... 27
3 Metodologia ................................................................................................................ 29
3.1 Programa Eberick ................................................................................................. 29
3.2 Projeto arquitetônico e lançamento estrutural ...................................................... 30
3.2 Descrição dos materiais ........................................................................................ 31
3.2.1 Bloco de concreto celular autoclavado........................................................... 31
3.2.2 Bloco cerâmico ............................................................................................... 33
3.3 Considerações de projeto ...................................................................................... 34
3.3.1 Classe de Agressividade Ambiental ............................................................... 34
3.3.2 Cobrimento nominal ....................................................................................... 35
3.3.3 Classe de concreto .......................................................................................... 36
3.3.4 Características do solo.................................................................................... 37
3.4 Ações .................................................................................................................... 37
3.4.1 Ações permanentes ......................................................................................... 38
3.4.3 Ações variáveis .............................................................................................. 38
3.4.4 Ações do vento ............................................................................................... 38
3.4.6 Combinações de ações ................................................................................... 41
3.5 Estabilidade Global ............................................................................................... 41
3.5.1 Coeficiente γz ................................................................................................. 42
3.5.2 Deslocamento Horizontal limite..................................................................... 43
3.6 Levantamento dos custos ...................................................................................... 46
3.6.1 Custos da estrutura ......................................................................................... 46
3.6.2 Custos da alvenaria......................................................................................... 46
4 Análise dos resultados ............................................................................................... 48
4.1 Estabilidade global ................................................................................................ 48
4.1.1 Coeficiente γz ................................................................................................. 48
4.1.2 Deslocamento horizontal ................................................................................ 49
4.2 Custos.................................................................................................................... 49
4.2.1 Custos da Estrutura......................................................................................... 50
4.2.2 Custo da alvenaria .......................................................................................... 53
4.2.3 Custo total ...................................................................................................... 55
5 Conclusões e discussões ............................................................................................. 56
5.1 Sugestões para trabalhos futuros........................................................................... 57
6 Referências Bibliográficas ........................................................................................ 58
Anexo 1 – Plantas arquitetônicas ................................................................................ 59
Anexo 2 – Plantas de fôrma das estruturas ................................................................ 62
Anexo 3 – Composições analíticas ............................................................................... 66
10
1 Introdução
de vedação. Esse material não exige mão de obra qualificada, tendo técnicas simples de
execução.
No entanto, a busca por soluções que possam resultar em alvenarias mais leves,
visando economia de estrutura, vem destacando-se. Nesse contexto, o concreto celular
autoclavado surge como uma alternativa, este material possui estrutura porosa, o que
resulta em um peso específico inferior quando comparados aos materiais cerâmicos
convencionais. Essa redução de peso específico pode acarretar em economia de
concreto e aço, na superestrutura e fundações.
Além de proporcionar uma alvenaria mais leve, o bloco de CCA apresenta
melhor isolamento térmico e acústico que o bloco cerâmico, isso torna possível a
execução de paredes com menor espessura e com desempenho superior.
Entretanto, o concreto celular autoclavado requer um processo de fabricação
mais elaborado e matérias-primas mais caras, o que torna o custo da alvenaria de bloco
de CCA superior quando comparado com a de bloco cerâmico.
Nesse trabalho, analisou-se duas estruturas de mesma altura em concreto
armado, constituídas por lajes maciças, elementos de vigas, pilares, e fundações. Foi
utilizando o bloco cerâmico como elemento de vedação em uma das estruturas e bloco
de CCA na outra. Estas foram dimensionadas utilizando um programa comercial de
dimensionamento de estruturas, em conformidade com as prescrições da ABNT NBR
6118:2014.
Após o dimensionamento das estruturas, realizou-se um levantamento dos
quantitativos de materiais a serem empregados na estrutura e alvenaria, considerando as
duas opções de blocos de vedação. A partir destes quantitativos, foi possível a
realização do orçamento, a fim de analisar as consequências do emprego das duas
opções de bloco de vedação, nos custos das estruturas e alvenarias da edificação
analisada.
12
1.1 Justificativa
1.2 Objetivos
2. Fundamentação teórica
𝑅𝑑 ≥ 𝑆𝑑 (1)
Onde:
𝑅𝑑 – Resistências de cálculo;
𝑆𝑑 – Solicitações de cálculo;
Os estados limites de serviço com base na ABNT NBR 6118:2014 são aqueles
relacionados ao conforto do usuário, à durabilidade, à aparência e boa utilização das
estruturas, seja em relação aos usuários, ou em relação às máquinas e aos equipamentos
utilizados. Exige-se a verificação dos seguintes estados limites de serviço:
Os valores de cálculo das resistências (𝑓𝑑 ) são obtidos através das resistências
características (𝑓𝑘 ), por meio da Equação 2:
𝑓
𝑓𝑑 = 𝛾 𝑘 (2)
𝑚
Onde:
𝛾𝑚 – Coeficiente de ponderação das resistências.
2.4.2 Ações
Com base na ABNT NBR 6118:2014 ações permanentes são as que ocorrem
praticamente constantes durante toda a vida útil da edificação. Também são
consideradas constantes ações que crescem durante o tempo, tendendo a um valor
constante. Estas devem ser consideradas com seus valores mais desfavoráveis para a
segurança da edificação.
As ações permanentes podem ser divididas em diretas e indiretas. As ações
permanentes diretas são referentes aos pesos próprios da estrutura, dos elementos
construtivos, das instalações e empuxos permanentes. As ações permanentes indiretas
são constituídas por deformações impostas por retração e fluência do concreto,
deslocamentos de apoio, imperfeições geométricas e protensão.
Onde:
𝛾𝑔 - corresponde ao coeficiente de ponderação das ações permanentes
(consideradas em conjunto);
𝛾𝑔𝑖 - é o coeficiente de ponderação de cada uma das ações permanentes
(consideradas separadamente);
𝛾𝑞 - é o coeficiente de ponderação das ações variáveis (consideradas
conjuntamente);
𝛾𝑞1 - é o coeficiente de ponderação da ação variável considerada como ação
principal para a combinação, quando as ações variáveis são consideradas
separadamente;
𝛾𝑞𝑗 - é o coeficiente de ponderação de cada uma das demais ações variáveis,
quando as ações variáveis são consideradas separadamente.
23
Quadro 2 (continuação)
Sendo que o coeficiente γ𝑓1 considera a variabilidade das ações, γ𝑓2 considera a
simultaneidade das ações e o coeficiente γ𝑓3 considera os possíveis desvios gerados na
construção e as aproximações feitas em projeto.
25
2.5 Orçamento
2.5.1 SINAPI
3 Metodologia
Segundo Gingo (2007), a posição ocupada pelos elementos estruturais deve estar
de acordo com projeto arquitetônico. O projeto estrutural deve atender todas as
exigências quanto a transferência de ações e segurança da edificação, contudo, estando
em harmonia com o ambiente que o cerca.
31
O bloco cerâmico escolhido para este trabalho é vazado com furos na horizontal
e possui dimensões de 11,5 cm x 19 cm x 19 cm (largura x altura x comprimento). Este
bloco foi escolhido por ser um produto normatizado, largamente utilizado e por possuir
uma espessura semelhante ao do bloco de CCA adotado.
Segundo a ABNT NBR 6120:1980, o peso específico de cálculo dos blocos
cerâmicos vazados é de 13 kN/m³, como consta na Tabela 1.
3.4 Ações
𝑉𝑘 = 𝑉0 . 𝑆1 . 𝑆2 . 𝑆3 (3)
O fator topográfico “𝑆1” foi adotado com igual a 1, considerando terreno plano
ou pouco acidentado. O fator “𝑆2 ” relaciona-se com a rugosidade do terreno e com as
dimensões da edificação. Adotou-se um terreno de categoria IV, ou seja, localizado em
cidades pequenas, e com maior dimensão horizontal e vertical entre 20 e 50 m. Para o
40
fator “𝑆3 ”, denominado fator estatístico, adotou-se valor igual a 1, considerando uma
edificação para fim residencial.
Os dados inseridos no programa referentes aos fatores relacionados as ações do
vento estão indicados na Figura 8.
A partir destes dados, as forças oriundas da ação do vento foram obtidas através
do programa. Na Figura 9, pode-se observar os valores das forças oriundas da ação do
vento em cada pavimento da estrutura.
41
3.5.1 Coeficiente γz
1
𝛾𝑧 = 𝛥𝑀𝑡𝑜𝑡,𝑑 (5)
1−
𝑀1,𝑡𝑜𝑡𝑑
Em que:
podem ser desprezados, estas são chamadas de estruturas de nós fixos. As estruturas que
apresentem valor de 𝛾𝑧 entre 1,10 e 1,30 são denominada estruturas de nós móveis,
neste caso os efeitos de segunda ordem devem ser considerados, majorando as ações
horizontais pelo coeficiente 𝛾𝑧 .
Quadro 14 (continuação).
Deslocamento limite no
2130/1700 1,25 cm
topo da edificação (cm).
4.1.1 Coeficiente γz
Ambas as estruturas analisadas neste trabalho são classificadas pela ABNT NBR
6118:2014 como estruturas de nós fixos, apresentando γz inferior a 1,10. Para este tipo
de estrutura, a influência dos efeitos globais de segunda ordem não apresenta
importância na análise da estabilidade global, podendo ser desconsiderada. No Quadro
18 estão expostos os valores do coeficiente γz das estruturas analisadas.
Deslocamento frequente
0,34 0,67 0,53 1,02
(cm)
Fonte: Do autor (2017).
4.2 Custos
10,00% 9,98%
7,30%
6,59%
5,00%
2,80%
0,00%
CONCRETAGEM ARMAÇÃO FÔRMAS TOTAL
25,00%
22,22%
20,00%
20,00%
17,23%
15,00%
9,98%
10,00%
5,00%
0,00%
PILARES VIGAS FUNDAÇÕES TOTAL
Quadro 26 – Proporção entre custo dos insumos e mão de obra nos custos das
composições de execução de alvenaria.
5 Conclusões e discussões
6 Referências Bibliográficas
______. NBR 6120 – Cargas para o cálculo de estruturas de edificações. Rio de Janeiro:
ABNT, 2000.
______. NBR 6123 – Forças devidas ao vento em edificações. Rio de Janeiro: ABNT,
1988.
AZEREDO, Helio Alves – O Edifício Até Sua Cobertura. – São Paulo, Blucher, 1977.
MATTOS, Aldo Dórea – Como preparar orçamentos de obras – São Paulo, Pini,
2006