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br/editorias/politica/108351-ppp-da-iluminaaao-nao-
a-necessaria-diz-prefeito-.html
O prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) disse ao Circuito Mato Grosso esta semana que
não há necessidade de contrato para serviços de iluminação pública em Cuiabá. Ele afirma
que a arrecadação atual do município com o setor, cerca de R$ 4 milhões mensais, é o
suficiente para a execução serviços, desde que haja planejamento na administração direta
pelo Executivo.
“Estou buscando mais informações, mais dados sobre o contrato, mas a tendência é que
o contrato seja cancelado. Não vejo necessidade de um contrato por tanto tempo para os
serviços de iluminação pública. A arrecadação que o município tem hoje com iluminação,
de 3,5 a 4 milhões de reais, é o suficiente para fazer os serviços que são precisos, desde
que haja planejamento para isso”, afirmou.
A comissão instituída para avaliar o contrato tem 120 dias, que se completam no fim de
abril, para concluir os trabalhos e apresentar um relatório.
Pinheiro disse ainda que há previsão para a apresentação de uma nova proposta de
licitação de iluminação pública de transferência dos serviços para a iniciativa privada.
Segundo ele, a intenção é elaborar um planejamento para a administração direta da
prefeitura, dentro do prazo proposto no edital.
O cancelamento pode pôr fim à polêmica sobre a legalidade da contratação milionária.
Além da decisão do prefeito Emanuel Pinheiro, o contrato está suspenso hoje por
determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), que identificou erros graves,
como desequilíbrio no risco de perdas, falta de garantia de restituição dos cofres públicos
e maior peso financeiro para a prefeitura, com o pagamento de contrapartidas.
O TCE deve julgar o parecer do MPC ainda no primeiro semestre, visto que os pedidos
feitos pela prefeitura para assegurar o trâmite venceram na primeira semana deste mês.
Os pedidos haviam sido feitos pelo prefeito Emanuel Pinheiro para o protocolamento de
informações extras ao parecer do Ministério de Contas sobre a legalidade do contrato.
Direcionamento
Uma fonte consultada pela reportagem afirmou que “é evidente que o contrato foi
direcionado para favorecer a concorrência” ao consórcio Cuiabá Luz. O contrato teria
vícios desde o início do processo com lançamento do edital, que já dificultou a ampla
concorrência.
O desvio já tinha sido identificado pela empresa Engeluz Iluminação e Eletricidade Ltda.,
do Paraná, que tentou suspender o edital no começo de 2016, com recursos no Tribunal
de Justiça e no TCE-MT.