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INTRODUÇÃO
Há muitos anos o Brasil Central já era apontado como região propícia, sob
o aspecto climático, para a expansão do cultivo do algodoeiro anual, na época
restrito praticamente ao sudeste (ORTOLANI; SILVA, 1965). O cultivo efetivo nos
cerrados se iniciou com o algodão substituindo a soja em solos corrigidos, mas
que, anteriormente, eram desprezados devido à acidez e à baixa fertilidade
naturais. (PERSEGIL. 2009)
1
2. REVISÃO LITERARIA
2.1. Algodão
3
por lençol d’água superficial, a fase gasosa fica quase ausente e, assim, não
suporta a cultura do algodão, deve-se preferir solos de drenagem média a rápida
(VERDADE, 1965 citado por Beltrão & Souza, 2001).
4
produção econômica da planta do algodoeiro, as fibras e as sementes, ou seja,
com o algodão em caroço (MEDEIROS, 2006).
5
A análise foliar é uma ferramenta essencial para a avaliação do estado
nutricional do algodoeiro que deve ser considerada como complementar à análise
do solo e nunca como substituta. Quando usada em conjunto com os resultados
de análise do solo e o histórico de uso da área, permite acompanhar o equilíbrio
nutricional das culturas, tendo-se a recomendação de adubação mais consistente.
(ARAUJO, 2003)
6
NC (t/ha) = CTC*(V2-V1)/100
sendo:
QG (kg/ha) = 50 * %argila
Ou ainda:
III) A quantidade de gesso a ser aplicada não deve ultrapassar 1.500 kg/ha.
IV) O gesso pode ser usado como fonte de enxofre e nesse caso a
quantidade deve ser calculada para fornecer 20 a 30 kg/ha desse nutriente.
2.2.2. Adubação
8
Para se fazer uma adubação equilibrada, é muito importante conhecer a
quantidade total de nutrientes extraídos, exportados (fibra e sementes) e quanto
retornou ao solo através dos restos culturais. Os teores de nutrientes no solo
devem ser manejados de modo a se construir sua fertilidade até os níveis
considerados altos ou adequados. Desse ponto em diante, a adubação deve
objetivar manter a fertilidade e o nível da produtividade alcançada (ARAÚJO et al,
2003).
Malavolta (1987), citado por SILVERTOOTH (1992), estima que para uma
produção de 2.500 kg de algodão em caroço por hectare (G. hirsutum) a planta
extrai do solo, também por hectare, 156 kg de N, 36 kg de P 2O5, 151 kg de K2O,
40 kg de MgO, 168 kg de CaO, 64 kg de S, 2.960 g de Fe, 250 g de Mn, 116 g de
Zn, 120 g de Cu e 320 g de B.
2.2.2.1. Nitrogênio
9
Dose de N (kg/ha) = (RNC – SNS).f
Onde:
3 15 40
4 25 70
5 25 100
6 25 130
10
Dosagens devem ser aumentadas em 20% em áreas com alto potencial de
resposta (Cerrados recém incorporados ao sistema de produção ou primeiros
anos de plantio direto)
2.2.2.2. Fósforo
(%) mg dm³
> 60 ≤ 2,0 2,1 – 3,0 3,1 – 4,0 4,1 – 6,0 > 6,0
12
Teor de argila Adubação corretiva total
≤ 152 60 30 15
16 – 35 100 50 25
36 – 60 200 100 50
Sistema
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Alta 30-50 40-60
Fonte: Adaptado de Sousa et al. (1987ª) citado por Sousa et al. (2002).
P (Mehlich 1)
mg.dm-3
b
Para solo com teor de argila inferior a 350 g.kg-1
Fonte: Adaptado de Costa & Oliveira (1998) citado por Staut & Kurihara
(2001).
Fósforo
kg/ha de P2O5
Baixo 90 60
Médio 60 40
Alto 30 20
14
a Para solo com teor de argila superior a 350 g.kg-1
Fonte: Adaptado de Costa & Oliveira (1998) citado por Staut & Kurihara
(2001).
2.2.2.3. Potássio
De modo geral, recomenda-se que seja feita uma adubação corretiva para
atingir níveis adequados (Tabela 4) e adubações de manutenção para restituir a
quantidade exportada pela cultura (SOUZA e LOBATO, 2002). A adubação
corretiva pode ser feita de uma só vez, a lanço, ou anualmente, aplicando-se uma
quantidade maior do que a da adubação de manutenção até alcançar os teores
adequados no solo.
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muito baixos de K e CTC maior que 6,0 cmolcdm-3, quando se espera
produtividades acima de 2.400 kg ha-1 (SILVA e RAIJ, 1996).
≤15 Baixo 50 70
16 a 30 Médio 25 60
31 a 40 Adequado1 0 0
>40 Alto2 0 0
26 a 50 Médio 59 60
51 a 80 Adequado1 0 0
> 80 Alto2 0 0
1
Para solos c/ teores de potássio dentro dessa classe, recomenda-se uma
adubação de manutenção de acordo com a expectativa de produção.
16
2
Para solos com teores de K dentro dessa classe, recomenda-se 50% da
adubação de manutenção ou da extração de K esperada ou estimada com base
na última safra.
Fonte: Adaptado de Sousa & Lobato (1996) citado por Vilela et al. (2002)
17
quantidade total removida a partir do florescimento, sendo que 65%
aproximadamente é absorvido após a formação das maçãs (STAUT &
KURIHARA, 2001).
18
a
Extração por água quente e determinação pelo método colorimétrico com
azometina
b
Amostra da 5a folha, coletada na floração; extração por digestão via seca
e determinação com azometina H. Fonte: Silva & Carvalho (1994) citado por Staut
& Kurihara (2001).
19
Aplicações de doses elevadas de potássio no sulco de semeadura (acima
de 60 kg/ha de K2O) devem ser evitadas, pois danificam a semente por salinidade
e aumentam a perda desse nutriente por lixiviação;
3. MATERIAIS E METODOS
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.2. CÁLCULOS
p p
H H P K K Ca+Mg Ca Mg Al H H+Al M.O
Amostra
0,00-0,20 5,00 4,20 1,00 50,00 0,13 2,45 1,52 0,93 1,20 3,76 4,96 20,14
0
0,20-0,40 4,80 4,00 1,30 32,00 1,83 1,20 0,63 1,60 2,76 4,36 5,37
,08
Zn Cu Fe Mn B S SB CTC V
Amostra
mg/dm3 cmolc/dm3 %
0,00-0,20 2,9 0,5 188,0 105,4 0,2 7,2 2,58 7,54 34,17
0,20-0,40 1,5 0,4 182,0 98,9 0,1 9,8 1,91 6,27 30,46
21
4.2.1. Correção da acidez
4.2.1.1. Calagem
NC (t/ha) = CTC*(V2-V1)/100
sendo:
Sendo:
4.2.1.2. Gessagem
Sendo:
22
Al: concentração de alumínio na amostra em cmol/dm3;
CTCefetiva: SB+Al
m = (1,60/3,51)*100 = 45,58%
QG (kg/ha) = 50 * % argila
Sendo:
4.2.2 Nitrogênio
3 15 40
4 25 70
5 25 100
6 25 130
4.2.3. Fósforo
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Pela tabela a seguir, obtêm-se a interpretação dos níveis de fósforo do
solo.
> 60 ≤ 2,0 2,1 – 3,0 3,1 – 4,0 4,1 – 6,0 > 6,0
24
Teor de argila Adubação corretiva total1
≤ 152 60 30 15
16 – 35 100 50 25
36 – 60 200 100 50
1
Classes de disponibilidade de P no solo conforme a Tabela 1. 2 Para esta
classe textural, teor de (argila + silte) ≤ 15.
O nível de P muito baixo e o teor de argila mais silte ente 10 e 35, a dose
de P necessária é de 100 kg.ha-1 de P2O5. Essa adubação terá custo muito
elevado, então será parcelada em cinco anos, ou seja, 20 kg.ha -1 por ano,
somado com a adubação de manutenção.
P (Mehlich 1)
mg.dm-3
Fósforo
kg/ha de P2O5
Baixo 90 60
Médio 60 40
Alto 30 20
a
Para solo com teor de argila superior a 350 g.kg-1
b
Para solo com teor de argila inferior a 350 g.kg-1
Fonte: Adaptado de Costa & Oliveira (1998) citado por Staut & Kurihara
(2001).
4.2.4. Potássio
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Tabela 8. Interpretação da análise do solo e recomendações de adubação
corretiva de K para culturas anuais conforme a disponibilidade do nutriente em
solos de Cerrado.
≤15 Baixo 50 70
16 a 30 Médio 25 60
31 a 40 Adequado1 0 0
> 40 Alto2 0 0
26 a 50 Médio 59 60
51 a 80 Adequado1 0 0
> 80 Alto2 0 0
1
Para solos c/ teores de potássio dentro dessa classe, recomenda-se uma
adubação de manutenção de acordo com a expectativa de produção.
2
Para solos com teores de K dentro dessa classe, recomenda-se 50% da
adubação de manutenção ou da extração de K esperada ou estimada com base
na última safra.
Fonte: Adaptado de Sousa & Lobato (1996) citado por Vilela et al. (2002)
cmolcdm-3
b
Para solo com teor de argila inferior a 350 g.kg-1
Fonte: Adaptado de Costa & Oliveira (1998) citado por Staut & Kurihara
(2001).
K+ trocável
K2O (kg.ha-1)
Baixo 80 60
Médio 60 30
Alto 40 30
a
Para solo com teor de argila superior a 350 g.kg-1
b
Para solo com teor de argila inferior a 350 g.kg-1
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Fonte: Adaptado de Costa & Oliveira (1998) citado por Staut & Kurihara
(2001).
4.2.5. Boro
Fonte: Silva & Carvalho (1994) citado por Staut & Kurihara (2001).
4.3.Custos da adubação
Total 40.760,0
0
Total 39.975,00
Total 15.750,00
Operação Total
Macronutrientes 40.760,00
30
Micronutrientes 15.750,00
Total 96.485,00
Geral
5. CONCLUSÕES
31
Para o potássio que precisa de 40 kg.ha-1, será usado o cloreto de
potássio, que possui 60% de K2O, necessitando então de 66 kg.ha-1 de KCl.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ARAUJO, A. C. de. Cultivo do algodão. Sistemas de produção. Embrapa
algodão. Versão eletrênica, 2003. Disponível em: <
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Algodao/AlgodaoCerra
do/adubacao.htm>. Acesso em 25 de Nov de 2008.
33
LUZ et al. Associação entre variáveis relacionadas à qualidade da fibra de
algodoeiro irrigado submetido a diferentes doses de uréia. Revista brasileira de
oleaginosas e fibrossas, Campina Grande, v.11, n.3, p.185-193, set/dez. 2007.
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