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Simone Rossinett! RUFINONI Tercio REDONDO (OrGanizapores) CamINHOS DA LIRICA BRASILEIRA CONTEMPORANEA: ENSAIOS Copyright © 2013 dos autores jagao editorial: Valentim Facioli Projo gica do miolo: Anténio do Amaral Rocha Lay-out da capa: Antdnio do Amaral Rocha e Simone Rossinetti Rufinoni Capa: foto de Cristiano Mascaro : - Revisdo: Thiago Valentim Janeiro, Simone Rossinetti Rufinoni e Tercio Redondo CIP-BRASIL, CATALOGAGAO NA PUBLICACAO. SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RI cist Ramishos da lirica brasileira contempordnea: ensaios /organizagio Simone Rossetti Rufinoni, Tercio Redondo. ~ 1. ed. ~ So Paulo: Nankin, 3013. 200 p.; 23 cm. Inclui bibliografia ISBN 978-85-7751-084-9 1. Poesia brasileira. I. Rufinoni, Simone Rossinetti. II. Redondo, Tercio. 13-0642 CDD: 869.91 CDU: 821.134.3(81)-1 29/10/2013 31/10/2013 Direitos reservados a: Nankin Editorial Rua Tabatinguera, 140, 82 andar, conj. 803 Centro - 01020-000 - ‘Sao Paulo - SP - Brasil Tel. (11) 3106-7567, 3105-0261 Fax (11) 3104-7033 www.nankin.com.br Nankin@nankin.com.br 2013 Impresso no Brasil Printed in Brazil OESIA EM DESENVOLVIMENTO RENAN NUERNBERGER Ov: Heitor Ferraz publicou um depoimento no qual discorre sobre 0 oficio do verso e suas relagdes com o mercado: “O produto poema pode nao ter grande entrada na sua comercializagao direta. No entanto, in- diretamente, 0 poeta, que gerou 0 poema, encontra-se, com sua poesia, no mercado cultural. Balela das grandes dizer que esse afastamento do mer- cado di maior liberdade para a poesia. Ninguém esté afastado desse mer- cado no seu dia a dia. A poesia nao é uma atividade desinteressada”!. O comentério, que me parece bastante acertado, nio deve ser tomado como mera exposigdo da inexorabilidade do capitalismo que transforma tudo, poemas inclusive, em mercadoria?: uma vez que o poeta encontra-se inse- rido em estruturas sociais, 0 poema que ele escreve — desde 0 processo compositivo até sua constitui¢éo como “produto final” — possuirdé marcas indeléveis dessas estruturas. Isso — que nao é, mas manterei como ponto pacifico — poderia servir de base para uma andlise do campo de forgas em jogo no atual panorama da poesia no Brasil. Como essa relacao intrinseca '” Metto, Heitor Ferraz. “O ganha-pao dos poetas”. In: Traulito, n. 1, Sio Paulo, junho de 2010, p. 10. Para que nao se pense que tal consideragao é¢ restrita, cito um artigo de Paulo Leminski: “A ilusdo da ‘liberdade’ da arte € burguesa e capitalista. E sua trans- formagio em mercadoria que dé 4 obra de arte a ilusdo de ser ‘livre’. De ndo ser determinada de fora. (...). A partir da segunda metade do século XX, a arte do Ocidente, toda, € (ou sera) mercadoria.” (“Estado, mercado. Quem manda na arte?”. In: Ensaios e anseios criticos. Campinas: Ed. Unicanp, 2011, p. 51-52).

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