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1.

Dimensionamento de Pavimentos Flexíveis

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Paraná/DER (2008),


projetar um pavimento (infra-estrutura viária) significa determinar a combinação de materiais,
espessuras e posição das camadas constituintes. Dimensionando-as da maneira mais econômica,
dentre todas as alternativas viáveis que atendam aos requisitos funcionais especificados.

1.1. Dimensionamento de Pavimentos Flexíveis pelo Método de Resiliência

Dados Equipe 6:

Número N 10000000
% de Silte 25
Material da Brita Graduada Tratada
Camada da Base com Cimento
Material da Brita Corrida
Camada da Sub-
Base
Valores I.S.C (%) N° AMOSTRAS
11 1
10 2
10 3
9 4
8 5
7 6
6 7
8 8
9 9
10 10
Tabela 1 - Dados fornecidos no exercício

Passo a Passo:

 Determinação do Índice de Suporte Califórnia – CBR


Determinou-se através do dados fornecidos na Tabela 1 mostrada acima.

̈
∑(𝑋 − 𝑋)²
𝜎= √
𝑁−1

8.8)² + (10 − 8,8)² + (10 − 8,8)² + (9̈ − 8,8)² + (8 − 8,8)² + (7 − 8,8)² +


√∑(11 −
(6 − 8,8)2 + (8 − 8)2 + (9 − 8,8)2 + (10 − 8,8)²
𝜎=
10 − 1

̈
∑(𝑋 − 𝑋)²
𝜎= √
𝑁−1

𝑥𝑚𝑖𝑛 = 7,114

Desta forma, o CBR do subleito pode ser considerado 7,11%.

 Determinação da classificação do Solo

Classificação dos Solos


SILTE (%)
CBR
≤ ≥
(%)
35 35 a 45 45
≥ 10 I II III
6e9 II II III
2e5 III III III
Tabela 2 – Classificação do Solo

Tendo em vista que, o CBR do subleito (%) está na faixa de 6 a 9 e que o percentual de silte (%) é 25%,
podemos classificar este solo como Solo Tipo II.
Podemos definir como Solo Tipo II, solos com grau intermediário de resiliência, os quais apresentam
comportamento regular como subleito. Seu uso como reforço do subleito requer estudos especiais.
 Determinação da espessura total do pavimento – Ht

𝐻𝑡 = 77,67 ∗ 𝑁 0,0482 ∗ 𝐶𝐵𝑅 −0,598

𝐻𝑡 = 77,67 ∗ 100000000,0482 ∗ 7,11−0,598

𝐻𝑡 = 53,63 𝑐𝑚

𝐻𝑡 = 54 𝑐𝑚

 Cálculo da deflexão prevista na superfície do revestimento (D em 0,01 mm)


𝐿𝑜𝑔𝐷 = 3,148 − 0,188 ∗ 𝑙𝑜𝑔𝑁

𝐿𝑜𝑔𝐷 = 3,148 − 0,188 ∗ 𝑙𝑜𝑔10000000

𝐷𝑎𝑑𝑚0 = 67,92 𝑐𝑚

 Determinação da Espessura Mínima do Revestimento Betuminoso – Hcb

Subleito I1 I2
Tipo I 0 0
Tipo II 1 0
Tipo III 0 0
Tabela 3 – Constantes Relativas à Resiliência do Solo

Como o Subleito está enquadrado no Tipo II pode-se utilizar I1 = 1 e I2 = 0.

807,961
𝐻𝑐𝑏 = −5,737 + 𝐷
+ 0,972*I1 + 4,101*I2

807,961
𝐻𝑐𝑏 = −5,737 + + 0,972*1 + 4,101*0
67,920

𝐻𝑐𝑏 = 7,137 𝑐𝑚

 Determinação Valor Estrutural do Revestimento Betuminoso – VE

Valor Estrutural do Revestimento Betuminoso - VE


Número N
Subleito 10^4 10^5 10^6 10^7 10^8
Tipo I 4 4 3,4 2,8 2,8
Tipo II 3 3 3 2,8 2,8
Tipo III 2 2 2 2 2
Tabela 4 – Valor Estrutural do Revestimento – VE

Conforme classificação do Subleito (Tipo II) e número N = 10^7, o valor estrutural do revestimento
betuminoso – VE é 2,8.

 Determinação da Espessura da Camada Granular – Hcg (Base ou Base + sub-base ou reforço)

𝐻𝑐𝑏 ∗ 𝑉𝑒 + 𝐻𝑐𝑔 = 𝐻𝑡

7,14 ∗ 2,8 + 𝐻𝑐𝑔 = 53,63

𝐻𝑐𝑔 = 33, 64 𝑐𝑚

Se HCG < 35 cm, podem-se prosseguir os cálculos.

 Determinação das Espessuras das camadas da base, sub-base e reforço

Determinação da Base:

𝐻𝑐𝑔
𝐻𝑏 =
2

33,64
𝐻𝑏 =
2

𝐻𝑏 = 16,82 𝑐𝑚

Determinação da Sub-Base:

𝐻𝑐𝑔
𝐻𝑠𝑏 =
2

𝐻𝑠𝑏 = 16,82 𝑐𝑚

Por fim, na Tabela 5 encontra-se um quadro resumo do dimensionamento do pavimento flexível.

Resumo do Dimensionamento Recomendado


Pavimento Revestimento Base (cm) Sub-Base (cm) Ht (cm)
Flexível CBUQ
Rua X - Bairro Y 7,137710818 16,82221967 16,82221967 53,63002964
Tabela 5 – Resumo do dimensionamento do pavimento flexível

1.2. Dimensionamento de Pavimentos Flexíveis pelo Método do DNIT

Número N 10000000
% de Silte 25
Material da Camada da Base Brita Graduada Tratada com Cimento
Material da Camada da Sub-Base Brita Corrida
Valores I.S.C (%) N° AMOSTRAS
11 1
10 2
10 3
9 4
8 5
7 6
6 7
8 8
9 9
10 10
Média 8,8 CBR subleito entre 6 e 9
Desvio Padrão 1,549193338
Xmin 7,114580176
CBR SUBLEITO 7,114580176
Tabela 6 – Dados Fornecidos no exercício

Observação: O Índice de Suporte Califórnia (CBR) utilizado neste método, foi calculado anteriormente no
item 1.1.

 Determinação da Espessura do Revestimento

A espessura do revestimento é determinada utilizando o número N da rodovia e associando este conforme


Tabela retirada da norma DNIT IPR – 719 (2006). Sabe-se que o número N da rodovia é 10000000 operações
de eixo padrão de 8,2 t. Desta forma, determina-se a espessura conforme Tabela 7 abaixo:

Determinação da Espessura do Revestimento


Espessura Mínima de Revestimento
N Betuminoso
N ≤ 10^6 Tratamentos superficiais Betuminosos
Revestimentos Betuminosos com 5,0cm
10^6 < N ≤ 5x10^6 de espessura
Revestimentos betuminosos com 7,5 cm
5x10^6 < N ≤ 10^7 de espessura
Concreto Betuminoso com 10,0 cm de
10^7 < N ≤ 5x10^7 espessura
Concreto Betuminoso com 12,5 cm de
N > 5x10^7 espessura
R (cm) 10
Tabela 7 – Determinação da Espessura

 Determinação da Espessura Total do Pavimento Flexível (Hm)

Determina-se a espessura total do pavimento flexível utilizando o ábaco (FIGURA 2) fornecido na norma
DNIT IPR – 719 (2006).
Relaciona-se o número N de é 10000000 operações de eixo padrão de 8,2 t com o CBR do subleito, que é
aproximadamente 7%. Desta, maneira a espessura total deste pavimento flexível (Hm) é 53 (cm).
Figura 2 – Ábaco para determinação da espessura total do pavimento flexível

De acordo com a norma DNIT IPR – 719 (2006), mesmo que o CBR ou ISC da sub-base seja superior a 20, a
espessura do pavimento necessário para protege-la é determinada como se esse valor fosse 20 e, por esta
razão, usam-se sempre os símbolos H20 e h20 para designar as espessuras de pavimento sobre sub-base e
a espessura de sub-base, respectivamente.

 Determinação da Espessura do Pavimento Sobre a Sub-Base (H20)


Determina-se a espessura do pavimento sobre a sub-base (H20) através da seguinte equação.

𝐻20 = 77,67 ∗ 𝑁 0,0482 ∗ 𝐶𝐵𝑅 −0,598

𝐻20 = 77,67 ∗ 10000000,0482 ∗ 20−0,598

𝐻20 = 28,16 𝑐𝑚

𝐻20 = 30,00 𝑐𝑚

Os coeficientes de equivalência estrutural estão mostrados na Tabela 8 abaixo, de acordo com a norma
DNIT IPR – 719 (2006).

Componentes do Pavimento Coeficiente K

Base ou revestimento de concreto 2,00


betuminoso

Base ou revestimento pré-misturado a 1,70


quente, de graduação densa

Base ou revestimento pré-misturado a 1,40


frio, de graduação densa

Base ou revestimento betuminoso por 1,20


penetração

Camadas Granulares 1,00

Solo cimento com resistência à 1,70


compressão a 7 dias, superior a 45 kg/cm
Idem, com resistência à compressão a 7 1,40
dias, entre 45 kg/cm e 28 kg/cm

Idem, com resistência à compressão a 7 1,20


dias, entre 28 kg/cm e 21 kg/cm

Tabela 8 – Coeficiente de equivalência estrutural

 Determinação da Espessura da Base (B) e Sub-base (h20)

Determinação da Base (B)

𝑅 ∗ 𝐾𝑅 + 𝐵 ∗ 𝐾𝐵 ≥ 𝐻20

2 ∗ 10 + 𝐵 ∗ 1,7 ≥ 30

𝐵 = 5,88 𝑐𝑚

Entretanto, de acordo com a norma DNIT IPR – 719 (2006) as espessuras máximas e mínimas de
compactação das camadas granulares são de 20 cm e 10 cm, respectivamente. Além disso, a espessura
construtiva mínima para estas camadas é de 15 cm.

𝐵 = 15,00 𝑐𝑚

Determinação da Sub-Base (h20)

𝑅 ∗ 𝐾𝑅 + 𝐵 ∗ 𝐾𝐵 + 𝐾𝑆 ∗ ℎ20 ≥ 𝐻𝑚

2 ∗ 10 + 15 ∗ 1,7 + 1 ∗ ℎ20 ≥ 53

ℎ20 = 7,5 𝑐𝑚

ℎ20 = 15, 00 𝑐𝑚

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