REALISMO (1881) NATURALISMO (1881)

Ênfase à psicologia Ênfase ao instinto (evolucionismo)

Romance documental, apoiado na
observação e na análise
Acumula documentos, “fotografa” a
realidade, para dar a impressão
de vida real.
Arte desinteressada, impassibilidade.
Seleciona os temas, tem aspirações
estéticas, busca o belo.
Reproduz a realidade exterior, bem como
a interior, através da análise psicológica.
Volta-se para a psicologia,
para o indivíduo (homem).
Retrata e critica as classes dominantes,
a alta burguesia urbana.
É indireto na interpretação;
o leitor tira as suas conclusões.
Grande preocupação com o estilo.
Romance experimental, que pretende
apoiar-se na experimentação científica.
Imagina experiências que remetem a
conclusões a que não se chegaria
apenas pela observação.
Arte engajada, de denúncia;
preocupações políticas e sociais.
Detém-se nos aspectos
mais torpes e degradantes.
Centra-se nos aspectos exteriores:
atos, gestos, ambientes.
Prefere a biologia, a patologia
(evolucionismo – zoomorfismo), centram-
se mais no social (determinismo –
ambiente coletivo)
Espelha as camadas inferiores,
o proletariado, os marginais.
É direto na interpretação; expõe
conclusões (tese), cabendo ao leitor
aceitá-las ou discutí-las.
O estilo é relegado a segundo plano;
no primeiro, a denúncia.

As espigadoras, J. F. Millet (1814-1875).

Os realistas concentraram-se na crítica às instituições da burguesia;
os naturalistas escolheram o proletariado, o campesinato e as camadas marginais.