Injector

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ESCOLA NÁUTICA INFANTE D.

HENRIQUE
DEPARTAMENTO DE MÁQUINAS MARÍTIMAS

Manutenção
4º Trabalho: Bombas de injecção e injectores

Docente: João Gomes


Discente: Grupo A
André Marçalo, nº 10875
Nicole Jesus, nº 10358

E.N.I.D.H.
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DEPARTAMENTO DE MÁQUINAS MARÍTIMAS

Índice
1. Introdução ............................................................................................................................ 3
2. Objectivos do Trabalho ...................................................................................................... 3
3. Introdução Teórico.............................................................................................................. 3
4. Material Utilizado ............................................................................................................... 3
5. Procedimento Laboratorial ..................................................Error! Bookmark not defined.
6. Análise Crítica .......................................................................Error! Bookmark not defined.
7. Conclusão ........................................................................................................................... 10
8. Bibliografia ........................................................................................................................ 11

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1. Introdução
Esta actividade foi realizada no âmbito da unidade curricular de Manutenção do 3º
ano da Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas. Visa a compreensão do
funcionamento de uma bomba de injecção e injector. Assim, o trabalho realizado passou
por uma avaliação de uma bomba de injecção e de um injector por forma caracterizar os
mesmos, isto é, o seu princípio de funcionamento e as funções dos seus componentes.
A actividade decorreu durante os dias 18 e 25 de Novembro, nas instalações da
Escola Superior Náutica Infante Dom Henrique – Oficinas de Manutenção.
O presente relatório é dividido 5 partes. Na primeira e segunda parte apresentamos
os objectivos do trabalho e introdução teórica. Na terceira parte apresentamos o material
utilizado, os procedimentos experimentais e as conclusões relativamente aos dois
ensaios efectuados. Na quarta e quinta parte apresenta-se a análise crítica e conclusão.

2. Objectivos do Trabalho
Os objectivos deste ensaio de laboratório consistem na observação dos elementos
integrantes de uma bomba de injecção e de um injector, bem como o seu estado de
conservação e funcionamento.
Procura-se neste trabalho compreender e a avaliar em que estados de conservação se
encontram os mesmos e a que avarias estão sujeitos, para que posteriormente sejam
submetidos a uma manutenção rigorosa e adequada.

3. Introdução Teórico
O desempenho de um motor diesel depende de um vasto conjunto de factores que
afectam o grau de aproveitamento da energia contida no combustível. A forma como é
efectuado a mistura do ar com o combustível no interior dos cilindros é determinante
para que a combustão seja eficiente por forma optimizar a potência, o consumo de
combustível e o rendimento do motor bem como reduzir as emissões poluentes. Assim a
função dos sistemas de injecção de combustível é:
 Fornecer a cada cilindro por cada ciclo de funcionamento uma dose de
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combustível ajustada à potência do motor (doseamento do combustível);


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 Iniciar e terminar a introdução da dose de combustível na altura oportuna e ao


mesmo tempo graduar a sua introdução no cilindro;
 Pulverizar adequadamente o combustível, isto é, em gotas de dimensões que
lhes permitam receber a energia cinética suficiente para que a penetração na massa de ar
fortemente comprimida nos cilindros, seja a adequada;
 Distribuir uniformemente as partículas do combustível resultante da
pulverização, no seio do ar comprimido do cilindro, para que cada uma tenha a
possibilidade de se misturar com o ar e reagir com o oxigénio necessário à sua
combustão.
Os sistemas de injecção são constituídos por:
 Bomba de injecção – é dos elementos mais importantes nos sistemas de
injecção, e é responsável por atribuir a pressão necessária ao combustível para que este
possa vencer a pressão da agulha no injector, permitindo assim que ocorra a combustão
no interior no cilindro. Em conjunto com regulador de velocidade, que controla a
velocidade de rotação do veio de manivelas, a bomba de injecção vai dosear a
quantidade de combustível necessária para ocorrer uma melhor combustão. Estes
elementos têm que desempenhar em condições muito difíceis, as seguintes funções:
o Dosear rigorosamente a quantidade de combustível a enviar por cada ciclo de
funcionamento ao cilindro através de um ou mais injectores;
o Enviar o combustível doseado a pressões elevadas no instante preciso,
fixando assim com rigor o início da injecção de combustível, o qual não pode
ser alterado durante o funcionamento do motor no caso das bombas
convencionais;
o Actuar conjuntamente com o regulador de velocidade de forma a variar o fim
da injecção, por forma a ajustar a duração da injecção e consequentemente a
potência e a velocidade do motor.
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Figura 1 – Bomba de Injecção;

 Injector de combustível – é um órgão do sistema de injecção de combustível


que introduz no interior dos cilindros uma pequena quantidade de combustível, enviado
das bombas de injecção, a elevada pressão por intermédio de tubos de alta pressão. As
características deste órgão são fundamentais para assegurar o bom rendimento da
combustão, uma vez que a qualidade da pulverização é fundamental para que haja uma
boa distribuição do combustível no seio do ar comprimido, no interior do cilindro. Estes
órgãos são assim concebidos para desempenharem as seguintes funções:
o Regular o valor da pressão de injecção;
o Pulverizar o combustível injectado no cilindro, em gotas de dimensões
adequadas, durante todo o período de injecção;
o Distribuir uniformemente o combustível pulverizado no seio da massa de ar
fortemente comprimida no cilindro;
o Estabelecer com clareza o início e o fim da injecção;
o Manter a estanquidade entre injecções consecutivas e com o motor parado.
[1] [2]

Figura 2 – Injector;
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4. Ensaios
I. Bomba de injecção
a) Material Utilizado
O material utilizado nesta primeira parte da actividade foi:
 Chave de fenda de 100 mm;
 Paquímetro;

b) Procedimento laboratorial
O procedimento efectuado para estudo da bomba de injecção foi:
1. Desmontamos a bomba por forma a identificar os componentes que
constituem a bomba de injecção;
2. Caracterizou-se a bomba de injecção no que diz respeito ao curso do
êmbolo, débito, disposição e regulação;
3. Identificamos as características e a funções de cada componente e por
fim conseguimos compreender o seu princípio de funcionamento;
4. Montamos todos os componentes pela ordem inversa da
desmontagem.

c) Caracterização da bomba de injecção


o Bomba de injecção utilizada: Bomba Bosch.
o Curso do êmbolo: 10,6 mm.
o Débito: não temos condições para determinar.
o Disposição: bomba de injecção em linha.
o Regulação: a regulação do combustível é feita por meio da
cremalheira.
Nota: pela análise do junço, concluímos que a bomba era de início
constante e fim variável.
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Figura 3 – Junço;

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 Identificação dos componentes:

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Figura 4 – Bomba de injecção;

Em que:
1- Tubo de injecção; 6- Mola de impulsão;
2- Cremalheira; 7- Obturador de impulsão;
3- Bomba de injecção; 8- Êmbolo;
4- Veio de ressaltos; 9- Manga de regulação;
5- Canhão de impulsão; 10- Talão comando K.
 Princípio de funcionamento: Quando o êmbolo se desloca para o PMI,
destapa os orifícios de entrada de combustível e retorno, e enche o interior da
camisa. Atingido o PMI, o êmbolo inverte o movimento, e accionado pelo
ressalto desloca-se para PMS, comprimido o combustível pelo êmbolo. Esta
compressão faz que que pressão na camisa seja superior a pressão da mola, o
que levanta o obturador, passando o combustível da camisa para o tubo de
injecção e injector.
 Princípio de regulação: a cremalheira está ligada ao regulador de
velocidade do motor que faz rodar a manga de regulação, que por sua vez
embolo para a posição angular desejada, regulando assim o fim da injecção
através da compressão da bomba, e em consequência o período de
deslocamento angular do manivelas correspondente à injecção.
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II. Injector
a) Material Utilizado
O material utilizado nesta segunda parte da actividade foi:
 Gasóleo;
 Chave de fenda de 150 mm;
 Chave de boca nº 19, 21 e 26.

b) Procedimento laboratorial
O procedimento efectuado para o estudo do injector foi:
1. Introduzimos o injector na bancada de testes, regulamos a pressão do
injector e testou-se o seu funcionamento tendo em conta os seguintes
aspectos:
a. Qualidade da pulverização;
b. Direcção do jacto de combustível pulverizado;
c. Pressão de injecção
d. Vedação obturador/sede
e. Vedação êmbolo/camisa
2. Desmontamos o injector e identificamos todos os seus componentes;
3. Identificamos as características e funções de todos os seus
componentes;
4. Identificamos a princípio de funcionamento;
5. Montamos todos os componentes pela ordem inversa de desmontagem.

c) Caracterização do injector
 Características: O injector utilizado foi um injector bosch cuja
referência é DLL180S540. Durante a injecção constatamos que havia 4
orifícios, o que permite uma melhor dispersão do combustível, no entanto,
devido ao minúsculos orifícios de pulverização poderem entupir com
facilidade o que provocaria uma combustão deficiente.
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 Identificação dos componentes:

Figura 5 – Injector;

Em que:
1- Capacete de protecção 4- Corpo do injector
2- Mola 5- Agulha
3- Haste impulsora 6- Válvula de injecção
 Princípio de funcionamento: o combustível enviado pela bomba de
injecção é encaminhado pelo tubo de injecção para a câmara de impulsão, a
qual preenche e actua na superfície de impulsão do êmbolo. Quando o
combustível atinge a pressão suficiente para exercer na superfície de
impulsão do êmbolo uma força ascendente superior a força descendente
exercida pela mola, a agulha sobre permitindo a passagem do combustível
através dos orifícios de injecção. Quando a bomba deixa de enviar
combustível para o injector a injecção termina, uma vez que a pressão da
mola passa a ser superior à da camara de impulsão.
 Princípio de regulação: O combustível que chega ao injector é o
combustível fornecido pela bomba de injecção.
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 Teste de funcionamento: a fim de garantir um funcionamento seguro e


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eficiente dos motores diesel e evitar o desperdício de combustível, os

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injectores são periodicamente testados num banco de ensaios. O teste de um


injector serve para verificar o seu funcionamento no que diz respeito à:
o Pressão de injecção: 280 bar
o Qualidade da pulverização: Devido a elevada pressão podemos
concluir que há uma boa penetração do jacto de combustível no
cilindro.
o Direcção do jacto de combustível pulverizado: o jacto
dispersava-se em todos as direcções do reservatório, o que
concluímos que havia uma boa dispersão.

Figura 6 – Pulverização do combustível;

o Vedação obturador/sede: boa vedação, devido ao facto de não


pingar após a injecção

5. Análise Crítica
Para garantir o funcionamento adequado dos equipamentos, que provoca,
consequentemente, o aumento substancial do seu rendimento é fundamental exercer
sobre os mesmos algumas acções de manutenção, periodicamente.
A manutenção preventiva requer uma inspecção no sistema de acordo com o manual
do fabricante. Esse procedimento pode incluir a limpeza dos bicos e o ajuste do início e
fim da injecção e da pressão de abertura do bico. Ao inspeccionar a bomba injectora,
deve-se verificar o volume de injecção nos vários regimes de trabalho do motor como
marcha lenta, limite de rotação, ajuste de plena carga. O tanque de combustível também
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merece uma atenção periódica, verificando se há água em seu interior para, caso o
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resultado seja positivo, fazer a drenagem do sistema.

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6. Conclusão
Com este ensaio concluímos que o injector encontrava-se em boas condições de
funcionamento, no entanto na bomba de injecção encontrava-se em mau estado de
conservação, devido ao facto de faltar peças.

7. Bibliografia
[1] Apontamentos de Máquinas de Combustão Interna – Prof. Jorge Trindade;
[2] Apontamentos de Máquinas de Combustão Interna – Prof. Felizardo Alves;

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