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III TC (B)

I. Nínive era a capital do Império Assírio, que tinha invadido e destruído Israel, cerca de 700 anos antes de
Cristo. O envio de Jonas a esse povo como anúncio de conversão é sinal profético do Amor Universal de Deus e da Sua
infinita capacidade de Perdoar para lá de todas as fronteiras: sejam as fronteiras geográficas e culturais, sejam as
fronteiras dos méritos…
“A salvação de Deus também é para os pagãos!” Esta descoberta não foi acolhida com alegria por Jonas, que em
todo o livro se esforça por fugir da missão que Deus lhe confiava. Jonas é o símbolo do pecado maior do povo bíblico que
foi confundir “Eleição” com “Exclusividade”.
O grande chamado a converter-se é o próprio Jonas! Converter as suas ideias exclusivistas da Graça de Deus e
converter-se à Vontade de Deus em toda a Sua Novidade e Diferença. Deus quer converter Jonas com esta missão que
lhe confiou, e Deus quer converter Israel com o exemplo de Jonas e de Nínive!
Em toda a história bíblica o povo de Israel foi pródigo em não acolher os apelos de conversão de Deus e em
matar os profetas que falavam em Seu Nome. Mas os “pagãos e pecadores” de Nínive escutaram e converteram-se!

II. Jesus também inicia a sua missão no evangelho de Marcos com um apelo à conversão, ou seja, a certeza de
que acreditar no Evangelho significa comprometer-se na construção do seu Reino, o que acontece pela fidelidade
quotidiana da própria vida. “Jesus começou a anunciar a Boa Nova de Deus”, que é uma Boa Nova de Transformação:
“Convertei-vos!” Este convite à transformação do Coração acontece no dia-a-dia das nossas vidas. Jesus chama os seus
discípulos enquanto estão nos seus afazeres normais de pescadores. Depois, há sempre aqueles que percebem que o
melhor a fazer é mesmo “nascer de novo” deixando todas as redes, todos os barcos e todas as ocupações para seguir
incondicionalmente o Mestre!
Converter-se ao Evangelho implica perceber quais são as “redes” que Jesus nos convida a deixar cada dia…

III. Paulo, com estes conselhos de quem estava à espera de uma segunda vinda de Cristo Iminente e Eminente,
dá-nos um critério fundamental da vida segundo o Evangelho de Jesus: “O cenário deste mundo é passageiro”. Viver
com horizontes de Eternidade, construir-se com critérios de Ressurreição. A Sabedoria do Evangelho faz-nos perceber
que o objectivo da existência não é prolongar a vida mortal, mas construir a Vida Imortal. E como me ensinou um dia
uma criança: “A Vida que é Eterna é a Vida Interna…”

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