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Fabi
Fábio Prado
Sumário
Sumário................................................................................................................................ 1
Introdução à segunda edição ........................................................................................... 2
Agradecimentos ................................................................................................................ 2
O que é MIDI ..................................................................................................................... 2
Como nasceu MIDI ........................................................................................................... 2
O que MIDI transmite ...................................................................................................... 3
Transmissão ....................................................................................................................... 3
O conector MIDI ............................................................................................................... 4
In, Out e Thru .................................................................................................................... 4
Computadores e Sintetizadores ...................................................................................... 5
Bit e Byte ............................................................................................................................. 5
Hexadecimal ....................................................................................................................... 5
Arquitetura MIDI .............................................................................................................. 6
Entendendo Canal MIDI .................................................................................................. 7
Os parâmetros MIDI ......................................................................................................... 8
Mensagens “penduradas” ............................................................................................... 9
As Mensagens MIDI ......................................................................................................... 9
Modos MIDI ....................................................................................................................... 12
Mensagens Comuns ao Sistema ...................................................................................... 13
Sistema Exclusivo .............................................................................................................. 14
General MIDI ..................................................................................................................... 15
Multitimbralidade ............................................................................................................. 15
Polifonia .............................................................................................................................. 15
Canais, pistas, partes e portas ......................................................................................... 16
Arquivos SMF/GM............................................................................................................ 16
Existe também um padrão para a distribuição dos instrumentos nos canais: ......... 17
O Padrão GS ....................................................................................................................... 18
O SOM ................................................................................................................................. 21
Física do Som ..................................................................................................................... 21
Propagação do Som .......................................................................................................... 21
Forma de Onda................................................................................................................... 22
Síntese do Som.................................................................................................................... 23
Altura .................................................................................................................................. 23
Intensidade ......................................................................................................................... 24
Timbre.................................................................................................................................. 25
Ambientação ...................................................................................................................... 27
Conclusão ............................................................................................................................ 27
Edição................................................................................................................................... 27
Usando 2 ou mais aparelhos GS ...................................................................................... 36
O SysEx ROLAND ............................................................................................................ 37
MIDI Implementation Chart ............................................................................................ 39
O Padrão XG ...................................................................................................................... 39
Tabela de conversão de Decimal para Hexdecimal. .................................................... 44
Sobre o autor ...................................................................................................................... 44
MIDI 1
Agradecimentos
Este guia não teria sido concluído sem o apoio e o estímulo de várias pessoas. Agradeço aos amigos e
colegas de trabalho que, tantas vezes, em conversas informais me deram idéias e informações. Se não
fosse minha mulher, Carolina - com sua paciência, bom gosto e criatividade - a editoração deste texto
deixaria muito a desejar. Na redação, contei com duas “feras" (não é por serem da família), minha irmã
Lais, que é jornalista, e minha mãe Maria Ligia, que é historiadora.
Há ainda um pequeno personagem (que já não é tão pequeno assim) que com sua constante curiosi-
dade, interesse e disponibilidade para ouvir e aprender muito me incentivou. É para ele que este tra-
balho está dedicado. Meu filho Gabriel.
O que é MIDI
MIDI significa Musical Instrument Digital Interface ou, traduzindo para o português, Interface Digital
para Instrumentos Musicais.
MIDI oferece possibilidades extraordinárias, pois permite que instrumentos musicais eletrônicos co-
muniquem-se uns com os outros, independentemente de quem os fabricou, bastando apenas que eles
sejam “MIDI”. Por suas características, MIDI é um protocolo, e não uma linguagem, pois estabelece
padrões para a comunicação.
2 Tudoquevocêqueriasabersobre
Transmissão
Em primeiro lugar estabeleceu-se a forma de transmissão de dados. Como se sabe, a transmissão de
dados digitais pode ser feita paralela ou serialmente. Na transmissão paralela, muitas informações tra-
MIDI 3
fegam simultaneamente, o que é uma vantagem, porém os cabos devem ser curtos para evitar inter-
ferência magnética. Além disso, tanto as tomadas como os cabos para este padrão costumavam ter
custos muito altos. Na transmissão serial as informações trafegam uma por vez, o que é uma desvan-
tagem, porém os cabos podem ser mais compridos. Existiam diversos tipos de cabos e tomadas dispo-
níveis no mercado, e com um custo bem mais acessível. Assim, ficou estabelecida a forma de
transmissão serial e o pino padrão para MIDI - o DIN 5 pinos, que tendo este formato, não pode ser
confundido com cabos de áudio (RCA ou P2/P10).
O conector MIDI
Embora a transmissão de informações serial necessite de um único fio, o cabo tem 5 pinos disponíveis,
sendo que apenas 3 são usados:
- 1 e 3 não são usados
- 2 é usado como blindagem, isto é, o fio que é ligado a ele envolve os outros fios. Esse procedimento
ajuda a prevenir a geração e/ou recebimento de interferências magnéticas.
- 4 é o pino que energiza o circuito com uma tensão de 5 volts, garantindo que as informações cami-
nhem na direção certa.
- 5 é o transmissor de informações MIDI.
Fig. 3 - Diagrama do conector MIDI.
4 Tudoquevocêqueriasabersobre
Na fig. 4 temos as mensagens MIDI saindo do teclado Master (teclado escolhido para controlar o siste-
ma) através da porta Out, chegando ao teclado Escravo 1 (teclado que está sendo controlado) na porta
In e sendo retransmitidas pela porta Thru para o módulo Escravo 2.
Nota: Para saber se um aparelho é MIDI ou não, basta procurar pelos conectores MIDI. Se estiverem
presentes (mesmo que não todos) o aparelho é MIDI.
Fig. 5 - Forma padrão dos conectores MIDI.
Computadores e Sintetizadores
Antes de descrevermos as mensagens MIDI, vamos falar um pouco sobre a estrutura de dados digitais.
A tecnologia usada na fabricação de sintetizadores é similar à usada na fabricação de computadores.
Ambos têm um “cérebro” central chamado Microprocessador, memórias digitais e algum meio de
transmissão e recepção de mensagens. Essas mensagens trafegam na forma de bits.
Sintetizadores são computadores dedicados à produção sonora, contendo além daqueles itens já des-
critos, conversores de áudio Digital/Analógico. Para entendermos melhor a estrutura do protocolo MI-
DI, é preciso uma breve introdução à comunicação binária.
Bit e Byte
As informações em MIDI trafegam em forma de Bits e Bytes. Bit é a menor forma de informação exis-
tente, e só tem dois estados possíveis: ligado ou desligado. Matematicamente esse estado é grafado
como 0 e 1. Como apenas duas informações não dizem muita coisa, juntam-se os Bits, formando-se “pa-
lavras”. Essas “palavras” são chamadas de Bytes e tem 8 bits cada (00000000 a 11111111). Uma “pala-
vra” pode significar 256 “coisas” diferentes (2 elevado à 8ª potência).
Hexadecimal
Todo código necessita ser grafado. Grafar Bytes em forma de Bits é muito complicado, pois é difícil ler
e muito comprido para escrever. Foi criado um novo modo para grafar Bytes, o sistema Hexadecimal,
que tem como base o 16.
A notação é então 0,1,2,...,8,9,A,B,C,D,E,F.
MIDI 5
Como os Bytes podem ser divididos em duas partes iguais de 4 Bits, e cada conjunto de 4 Bits faz 16
números possíveis, cada parte passa a ser representada por um algarismo hexadecimal. Juntando-se
as duas partes tem-se o valor do Byte (16 x 16 = 256).
Como exemplo, o Byte 0001 1010 passa a ser grafado assim: 1AH, sendo que o 1 indica os primeiros
quatro Bits, o A os últimos quatro bits e o H indica que é um número Hexadecimal. Convertendo-se
esse número para decimal, chega-se a 26. O Byte 0000 0000 é igual a 00H ou 0 e o Byte 1111 1111 é igual
FFH ou 255.
A fórmula para conversão de Hexadecimal em Decimal é:
nyH = n x 16 + y
Exemplo: 1AH = 1 x 16 + 10 = 26.
Aqui está a tabela de conversão dos primeiros números. No apêndice A está uma tabela completa.
01 01H 09 09H
02 02H 10 0AH
03 03H 11 0BH
04 04H 12 0CH
05 05H 13 0DH
06 06H 14 0EH
07 07H 15 0FH
(16) 10H
Arquitetura MIDI
Agora que já vimos um pouco da estrutura digital, vamos associá-la ao protocolo MIDI.
Na arquitetura do protocolo uma informação nunca é menor do que 2 Bytes, sendo o primeiro aquele
que informa qual a mensagem e para onde vai, e o segundo (e seguintes, se houver), determina o valor
da ação. Para poder diferenciar os Bytes, eles foram divididos em 2 tipos: Status e Data. A diferença
está no primeiro Bit de cada Byte, sendo 1 para Status Byte e 0 para Data Byte.
Determinado o primeiro Bit como sendo de controle, tem-se o seguinte quadro:
- Os Bytes de Data vão de 0000 0000 a 0111 1111 ou de 0 a 127 ou 00H a 7FH.
- Os Bytes de Status vão de 1000 0000 a 1111 1111 ou de 128 a 255 ou 80H a FFH.
Uma associação simples para facilitar a compreensão: tome-se MIDI como uma estrada de ferro e os
Bytes como trens. Os trens são sempre puxados pela locomotiva, que é o Byte de Status, e os vagões
são os Bytes de Dados.
Fig. 6 - Exemplo de mensagem MIDI (Note on).
6 Tudoquevocêqueriasabersobre
Canais
Atualmente há uma grande quantidade de aparelhos que se comunicam através de MIDI: processado-
res de áudio, mixers, conversores para guitarras elétricas, para instrumentos de sopro e, claro, os ins-
trumentos musicais eletrônicos, como sintetizadores, samplers, baterias eletrônicas, módulos de som,
etc. Mas como “gerenciar” todo esse aparato simultaneamente? A primeira resposta é: “sintonize” cada
aparelho em um Canal MIDI diferente.
Fig. 7 - Canais MIDI.
Nota: Não é necessário um fio por canal, todos os canais trafegam pelo mesmo cabo. Nesse caso da fi-
gura, seria necessário apenas um cabo para cada aparelho MIDI.
MIDI 7
Status Byte
O Byte de Status merece uma atenção especial. Ele é subdividido em 3 partes:
1 - 000 - 0000 - sendo a primeira parte o 1º bit, a segunda os 3 bites seguintes, e a terceira os 4 últimos
bites.
- Como vimos, o primeiro é o Bit de controle, determinando o tipo de Byte (Status).
- Os três Bits seguintes determinam as mensagens, podendo ser 8 diferentes, a saber:
Key Aftertouch ou Poliphonic Key Pressure (pressão após o toque por nota) AnH
Mensagens de Sistema (informações que não estão vinculadas aos canais) FnH
- Os quatro últimos Bits determinam qual o canal que está sendo utilizado (n=1 a 16), menos para as
mensagens de sistema, onde n vai determinar qual é a mensagem, como veremos adiante.
Fig. 8- O Byte de Status.
Os parâmetros MIDI
Estão assim delimitados os limites para comunicação: existem 8 tipos básicos de mensagens geradas
e 16 canais possíveis. O valor máximo para alterações no Data Byte é 127 (0 a 127 - perfazendo 128 va-
lores possíveis, pois o 0 é um valor), podendo esse valor ser multiplicado por outro Data Byte, gerando
16.384 (0 a 16.383) valores.
8 Tudoquevocêqueriasabersobre
Mensagens “penduradas”
Uma outra dica importante: uma mensagem MIDI só deixa de ser ativa quando outra mensagem a can-
cele ou a altere. Esse pequeno detalhe pode ser a resposta para determinados comportamentos estra-
nhos dos aparelhos. Vamos exemplificar:
- Uma música é interrompida no meio. Exatamente no momento em que ela foi interrompida o Bender
estava sendo utilizado, ou seja, ele estava enviando uma mensagem com valor diferente de zero. Isto
significa que o canal que estava recebendo essa mensagem continua com o Bender alterado. Se alguma
mensagem de Note On for enviada para aquele canal, a nota vai ser reproduzida com alteração de Ben-
der, isto é, alteração de afinação.
- Uma música acabou de ser tocada, e no fim dela havia um fade out (diminuição do Volume - CC 7).
Se não for enviada nenhuma mensagem que aumente o volume, quando a mesma música ou outra for
reproduzida, não haverá som nenhum...
Portanto, especialmente quando estiver utilizando sequenciadores, ao lidar com mensagens que alte-
ram as condições normais de uso dos canais (como Bender, Aftertouch e Controladores), não se esqueça
de “zerá-las” ao término do seu uso.
As Mensagens MIDI
Vamos agora descrever todas as mensagens MIDI, o que elas fazem e como são grafadas.
MIDI 9
Cada instrumento tem seu próprio mapa de programas, e essa mensagem apenas chama a região da
memória fixa que tem aquele endereço. Program Change é, portanto, a mensagem que chama o som
desejado para ser tocado. Essa ação é seguida por 1 Data Byte cujo valor vai de 0 a 127.
Ex: C7H 21H = Program Change / canal 8, Programa 33
- Alguns aparelhos usam numerações de 0 a 127 e outros de 1 a 128. Fique atento a este detalhe, prin-
cipalmente quando estiver usando sequenciadores ou sistemas com diversos aparelhos.
- Hoje em dia, a maioria dos aparelhos MIDI tem mais de 128 timbres em sua memória. Esses timbres
são divididos em bancos e são acessados através dos CCs 0 e 32. Veja mais detalhes na seção GMII.
Key Aftertouch ou Polyphonic Key Pressure (Pressão após o toque por Nota)
É uma mensagem similar ao Aftertouch, que também pode gerar os mais variados efeitos; mas em vez
de alterar todo o canal, altera apenas a nota tocada. Essa mensagem é seguida por 2 Data Bytes: o pri-
meiro informa a nota e o segundo o valor da alteração. Poucos aparelhos têm a capacidade de gerar
essa mensagem, pois o custo de manufatura do aparelho é muito alto.
Ex: A9H 3FH 10H = Key Aftertouch / canal 10, Nota 63 (B3), pressão 16
Nota: Quando se utilizam sequenciadores, é comum encontrar filtros que impedem a gravação de Af-
tertouch e Key Aftertouch. Isso é justificado pelo fato de que essas mensagens ocupam muito espaço
na memória, pois além de serem mensagens contínuas, muitas vezes não estão controlando nenhum
parâmetro, estão apenas ocupando memória e congestionando a transmissão das mensagens.
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7 Volume
10 Pan (Estéreo)
11 Expression (Expressão)
65 Portamento
66 Sostenuto
67 Soft
74 Brightness (Brilho)
84 Portamento Control
91 Reverb
92 Tremolo
93 Chorus
94 Celeste (detune)
95 Phaser
Exemplo: C0H 07H 6FH = Control Change / canal 1, Controlador 7, valor 111
•MSB(MostsignificantByte-Bytemaissignificativo)eLSB(LeastsignificantByte-Bytemenos
significativo).OByteMSBsemprevemprimeiroqueoLSB.
•OsControladores32e38sãousadoscomomultiplicadores(LSB)dosControladores0e6.
•OControlador11fazomesmoqueoControlador7-Volume.
• ParaosControladores64,65,66e67oBytededadosdeveser0(desligado)ou127(ligado),
poisqualquervalorintermediáriopodenãoserentendidopeloaparelho.
MIDI 11
•OControlador66(sostenuto)funcionacomooControlador64(sustain),comadiferençadeque
quandoligado,apenasasnotasqueestãosendotocadasnomomentoemqueeleforenviadoé
queficarãosustentadas,atéqueelesejadesligado.Asnotasqueforemtocadasduranteessepe-
ríodo(depoisqueamensagemfoienviadaeantesquesejadesligada)nãosofrerãonenhuma
alteração.
•OControlador67(soft)funcionacomoopedaldesoftdopiano,ouseja,abafaumpoucoosom.
•OsControladores71a78sãodestinadosàediçãodoscanais(vejamaisinformaçõesnaseção
GMII).
•OControlador84(portamentocontrol)estabeleceumanotaapartirdaqualvaiserproduzidoum
portamento.Istoé,depoisdegeradaestamensagem,qualquernotaquefortocada,seráprece-
didadeumportamento,apartirdanotaselecionada.
•OsControladores91,92,93,94e95sãodestinadosaocontroledeprofundidadedosefeitosdes-
critos.
NRPN e RPN
Os parâmetros registrados e não registrados permitem pequenas alterações tímbricas e outros ajustes
(definidos pelo aparelho). São usados da seguinte forma: primeiro o MSB, seguido pelo LSB. São estes
dois Controladores juntos que determinam o que vai ser alterado, seguidos depois pelo CC 6 e CC 38,
que indicam qual o valor da alteração.
Os NRPNs são determinados pelos fabricantes. No modo GS eles são responsáveis por toda a edição
dos timbres (veja na seção Edição).
CC
CC 101 C100 CC38 Item
6
00 00 n Sensibilidade do Pitch Bend
• AmensagemRPNnull,desabilitaorecebimentodeRPNseNRPNs.Esseprocedimentoprevi-
nequemudançasinesperadasaconteçam.
• AutilizaçãodosNRPNsédefinidapelosfabricantes,masaordemdeusoéamesma:CC99,
CC98eCC6.VejanaseçãoGS-Ediçãomaisdetalhessobreosmesmos.
Modos MIDI
Os Modos, em MIDI, determinam como o aparelho vai reagir às mensagens recebidas. Existem 4 Mo-
dos, a saber:
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Modo 2: Omni On / Mono. Funciona da mesma forma que o anterior, mas limita o instrumento a re-
produzir apenas uma nota por vez (Mono).
Modo 3: Omni Off / Poly. É o Modo mais usado. Os canais são respeitados e não há limitações de vo-
zes por canal (Poly - Polyphonic - Polifonia).
Fig. 10 - Omni Off - As mensagens seguem para os canais desejados.
Os Controladores de Modo
Os Controladores de Modo (CC 120 a 127) determinam como o canal vai reagir às mensagens MIDI.
São eles:
125 Omni On
126 Mono
127 Poly
•-OsCCs124e125nãosãoreconhecidospelamaioriadosinstrumentosMIDI.
MIDI 13
•-AdiferençaentreoCC120(AllSoundsOff)eCC123(AllNotesOff)équeoCC123nãodes-
ligaasnotasqueestiveremsobaçãodosCCs64e66.
F4H Indefinido
F5H Indefinido
F9H Indefinido
FBH Continue
FDH Indefinido
•AsmensagensF2H,F3H,F8H,FAH,FBHeFCHsãousadasparasincroniaentreaparelhosMI-
DI,sendoamensagemF8Hquedeterminaotempo,enquantoasoutrasseautoexplicam.
•AmensagemF1Héusadatambémparasincronia,masnosmoldesdocódigoSMPTE,usadoem
TVeCinema.
•AmensagemF6Hfoicriadaemfunçãodosvelhossintetizadoresanálogos,queiamperdendoa
afinaçãoduranteseuuso.Essamensagemativaomecanismodeauto-afinaçãodoaparelho.
•AmensagemFFHreinicializatodooequipamento,comoseeleacabassedeserligadopelapri-
meiravez,maspoucosaparelhosreconhecemestamensagem.
•AmensagemFEHémuitoimportante.Vamospensarnoqueaconteceriasenomeiodeumshow
alguémchutasseocaboMIDIqueligaosequenciadoraosinstrumentosduranteamúsica.To-
dososinstrumentosqueestivessemtocandonotasnaquelemomentoficariamcomelas“pendu-
radas”,esperandopelamensagemNoteOff.Issocriariaumabelaconfusãoeseriagastoum
bomtempopara“calaraboca”dosinstrumentos.Parapreveniressetipodeacidente,foicriada
amensagemFEHSensorAtivo.
Essa mensagem é enviada aproximadamente a cada 300 milisegundos (todos os sequenciadores e a
maioria dos teclados produzem esta mensagem). Se um aparelho MIDI começa a receber essa mensa-
gem, vai ficar sempre esperando a próxima. Se a próxima ou próximas - cada aparelho determina um
valor de espera - não vier, ele vai presumir que houve algum problema e vai gerar uma mensagem de
Todos os Sons Desligados (CC 120) para todos os canais.
14 Tudoquevocêqueriasabersobre
Sistema Exclusivo
Todas as mensagens vistas até agora são universais, qualquer aparelho MIDI pode receber e/ou enviá-
las. No entanto, as mensagens de Sistema Exclusivo, ou SysEx, como o próprio nome diz, são Exclusi-
vas, ou seja, elas são mensagens específicas de cada modelo de instrumento.
Cada instrumento tem sua própria arquitetura interna, assim também como o seu próprio formato de
mensagem SysEx.
A fórmula para mensagens SysEx é:
F0H, ID (identificação do fabricante, fornecida pela MIDI Manufacturers Association - MMA e Japane-
se Standards MIDI Committee - JMSC), Bytes de dados e F7H.
Fig. 11 - Formato de mensagem de Sistema Exclusivo.
General MIDI
O padrão General MIDI - GM - surgiu para atender principalmente às aplicações Multimídia, estabele-
cendo um mapa de programas, regras para produção de músicas (arquivos no padrão GM e no formato
SMF - Standard MIDI Files - arquivos padronizados MIDI - mais detalhes na pag. 34) e características
mínimas que cada aparelho deve ter.
Mapa de programas
A primeira coisa padronizada foi o Mapa de Programas, estabelecendo a lista dos 128 sons que podiam
ser usados e qual sua ordem.
MIDI 15
Multitimbralidade
Multitimbralidade ou Multitimbral é a capacidade que um instrumento tem de produzir sons diferen-
tes simultaneamente, ou seja, quantas partes ele tem. Podemos pensar em uma parte como um apare-
lho MIDI completo, com seu próprio canal, timbre (patch), ambientes, etc., assim, um aparelho
Multitimbral de 8 partes é igual a 8 aparelhos dentro de um. No padrão GM cada aparelho tem que
ser multitimbral de 16 partes.
Polifonia
Polifonia é a quantidade de notas que o instrumento consegue tocar simultaneamente, independente
das partes. É um limite físico. Hoje em dia é comum encontrarmos 28, 32, 64 e até 128 vozes simultâ-
neas. Para chegar até esses valores, um lingo caminho foi percorrido pelos fabricantes, pois é só lem-
brar que os primeiros sintetizadores fabricados eram monofônicos, ou seja, só produziam uma nota
por vez.
No padrão GM, a polifonia mínima é de 24 vozes.
16 Tudoquevocêqueriasabersobre
Dicas:
- Quem determina quantas partes podem ser tocadas? O instrumento. O fato de um seqüenciador, que
pode controlar 16 canais MIDI, estar ligado ao instrumento, não confere ao mesmo a capacidade de re-
ceber os 16 canais.
- Quem determina quantas pistas tem um seqüenciador?
O fabricante do seqüenciador. A quantidade de pistas pode determinar também se o aparelho grava ou
não diversos canais MIDI na mesma pista. Seqüenciadores com apenas 8 pistas têm essa característica.
Seqüenciadores com mais de 16 pistas podem ou não ter esta característica.
- Qual o limite de portas de um seqüenciador?
Também é determinado pelo fabricante do seqüenciador. Quando se usa o computador como seqüen-
ciador, e principalmente no ambiente Windows, é comum haver mais que uma porta MIDI. Cada porta
pode ser chamada de A, B, etc, ou 1, 2, etc. Mas lembre-se, para cada porta são sempre 16 canais MIDI
disponíveis (A1, A2, A3, .....A16, B1, B2, B3, ...... B16, etc).
Arquivos SMF/GM
Há regras precisas para a produção de arquivos SMF no padrão GM. Vamos detalhar apenas as prin-
cipais.
- Os arquivos SMF/GM são sempre gerados no
formato 0.
- O modo de armazenamento é em disquetes de 3 1/2 polegadas de baixa densidade (DD - 720k).
- O primeiro compasso da música é reservado para mensagens de Pg. Ch., Volume, Pan, sendo vedado
o uso de notas. Se a música começa na anacruse (um ou dois tempos antes do tempo forte), ela deve
estar no segundo compasso, preservando-se assim o primeiro para mensagens MIDI.
- Não é permitido o uso de mensagens SysEx.
- Não é permitido mensagens de Pg. Ch. no canal 10.
- No corpo da música deve-se usar o CC 11 (expression) para ajustes de volume.
- Não é permitido o uso do CC 10 (pan) ao mesmo tempo em que houver notas tocando.
MIDI 17
2 Baixo
4 Melodia
5 Segundo acompanhamento
6 Segunda Melodia
7 Alternativo 1
8 Alternativo 2
9 Alternativo 3
10 Bateria/percussão
• AúnicamensagemSysExpermitidaemarquivosSMF/GMéadereinicializaçãodomodoGM,
quedevesercolocadanotempo1:1:0(primeirocompasso,primeirotempo,primeiroclick-cli-
ckvaiserdescritoaseguiremPPQ)damúsica.Aquivaiamensagem:
F0 7E 7F 09 01 F7
E não se esqueça que em hexadecimal não existe a letra "O", mas sim o número zero.
O Padrão GS
O padrão GS (General Standard) é a versão da Roland para o padrão GM (General MIDI). Os instru-
mentos Roland, que vêm no padrão GS, podem simular o padrão GM, mas vão além dele, oferecendo
uma série de outros recursos extras, tais como 1 kit de efeitos especiais, grande variedade de kits de
18 Tudoquevocêqueriasabersobre
bateria/percussão, além de oferecer a possibilidade de editar sons e de escolher diferentes tipos de Re-
verb (Hall, Room, Delay, etc) e Chorus (Flanger, Feedback Chorus, etc).
Os sons GS
A tabela de sons do padrão GS é similar ao GM, sendo que os sons “sintéticos” estão discriminados (ao
invés de Synth Lead 1, Square Wave, etc).
O padrão GS também aproveita o CC 0 - Bank select. Com isso, pode-se escolher até 16.384 sons dife-
rentes (128 CC 0 multiplicado por 128 PG. CH.).
Veremos como funciona a seguir.
Fig. 13 - O Mapa GS - Sons Capitais.
MIDI 19
Reset GS
Um aparelho GS pode emular o padrão GM, bastando para isso que receba uma mensagem GM RE-
SET. Existe também a mensagem GS RESET, que vai habilitar o padrão GS fazendo com que tanto as
mensagens SysEx como os NRPNs sejam reconhecidos. Essa mensagem fará duas coisas:
- reinicializará o aparelho, segundo o padrão GS.
- tornará o modo GS ativo, habilitando o reconhecimento dos RPNs e NRPNs.
Portanto, guarde essa mensagem num lugar bem acessível, pois quando o aparelho começa a não res-
ponder do modo desejado, a melhor solução é “resetar”, ou seja, reinicializar o aparelho e começar de
novo.
Nota importante: A partir de agora, todos os exemplos de mensagens SysEx estarão grafados em he-
xadecimal (mas não terão o H depois de cada número) e os RPNs e NRPNs estarão em decimal.
20 Tudoquevocêqueriasabersobre
Os Controladores no padrão GS
Os aparelhos GS reconhecem os seguintes Controladores:
0 Seleção de Banco
1 Modulação
5 Tempo do Portamento
6 / 38 Entrada de Dados
7 Volume
10 Estéreo
11 Expressão
65 Portamento
66 Sostenuto
67 Soft
91 Reverb
93 Chorus
Notas:
- Não existe nenhuma limitação para o uso dos Controladores.
- Sugere-se o uso do CC 7 no começo da música; se forem necessárias alterações no corpo da música,
utilize o CC 11.
- O uso dos RPNs é descrito na seção Edição.
- O CC 120 atua no modo GS como o CC 123, ou seja, se houver alguma nota sob a ação do CC 64 ou
CC 66, ela não será desligada.
- O CC 121 inicializa os seguintes parâmetros:
MIDI 21
Controlador Valor
Bender 0
Key Aftertouch 0
Aftertouch 0
1- Modulação 0
7- Volume 127
11 - Expressão 127
64 - Hold 0
65 - Portamento 0
66 - Sostenuto 0
67 - Soft 0
Antes de começarmos a descrever a edição e o que os RPNs e NRPNs podem fazer no padrão GS, será
interessante entendermos um pouco da física do som.
O SOM
Física do Som
O universo é um sistema dinâmico definido a cada momento pelas diversas formas que a energia
apresenta. O som é uma das formas dessa energia e como tal, é sempre previsível, mensurável, calcu-
lável.
O som necessita de uma causa para existir e sua existência provoca uma série de efeitos, sendo um
deles a excitação do nosso sistema auditivo, processando-se assim, o fenômeno da audição.
Na prática, entende-se como som, qualquer vibração que possa ser detectada pelo ouvido humano,
isto é, que esteja dentro da “faixa de áudio” que vai de 20 hz a 20.000 hz (20 khz).
Propagação do Som
O som se origina em uma fonte - região que de algum modo recebeu alguma forma de energia (golpe,
fricção ou excitação) e a transforma em energia sonora - e se propaga em um meio (ar, água, etc).
Vamos entender um pouco melhor a propagação do som. As moléculas em qualquer substância estão
em constante movimento. O som cria no meio em que se propaga um novo movimento, mais organi-
zado. Se isolássemos algumas moléculas que estivessem igualmente espaçadas entre si, esta seqüên-
cia, aproximadamente, seria observada:
22 Tudoquevocêqueriasabersobre
Fig: 15 - O movimento das moléculas.
Forma de Onda
Vamos tomar como exemplo o som de um diapasão. Se pudéssemos observar e desenhar o gráfico deste
movimento sonoro, teríamos um diagrama como a figura 16. Ao gráfico da variação de pressão do ar,
ao longo do tempo, damos o nome de forma de onda. Cada fonte sonora tem sua própria forma de on-
da, que é única. A forma de onda do diapasão é uma senóide; podemos notar que o movimento é cons-
tituído de um padrão que se repete. A cada repetição do movimento damos o nome de ciclo.
Síntese do Som
Agora que vimos um pouco sobre a física do som, vamos definir o som segundo a música, como um
conjunto de elementos formado por 4 partes.
- Altura
- Intensidade
- Duração
- Timbre
MIDI 23
Para a sintetização eletrônica do som, vamos levar em conta apenas 3 elementos: altura, intensidade
e timbre, já que duração é sinônimo de ritmo, e este é um outro assunto.
Altura
Para que um som tenha altura definida, é preciso que sua forma de onda apresente ciclos regulares.
Não havendo regularidade na repetição dos ciclos, o som é chamado de ruído (fig. 17). Tendo o som
ciclos regulares, a altura pode ser medida na forma de sonoridades graves, médias ou agudas.
Fig: 17 - Representação gráfica da forma de onda de um ruído.
A altura do som é medida de duas formas diferentes: em Hertz ou em notas musicais (figura 18).
Hertz é a grandeza acústica que mede a altura do som e é o resultado da fórmula: Número de Ciclos/
1 segundo. Tomemos como exemplo a nota Lá 4. Sua freqüência é de 440 ciclos por segundo, ou 440
hertz.
Fig. 18 - Relação entre notas musicais e Hertz.
Intensidade
O primeiro conceito associado à intensidade é o volume do som. A intensidade de um som também
pode variar durante o tempo. Na figura 19 vemos o gráfico de diferentes sons, que evoluem de forma
diferente ao longo do tempo. Esse gráfico é chamado de envoltória, mas também é usado o nome em
inglês: envelope.
24 Tudoquevocêqueriasabersobre
Fig: 19 - Diferentes tipos de envoltórias.
Timbre
A palavra timbre vem do francês e quer dizer “cor tonal” ou “cor harmônica”. É a qualidade do som
mais difícil de ser medida e analisada, mas por outro lado, é aquela que determina ou que identifica o
som. O timbre é a essência do som.
A análise do timbre passa por um fenômeno acústico muito interessante: A série harmônica. Tomemos
por exemplo uma corda vibrando: a princípio, imaginamos que ela esteja vibrando como um todo; en-
tretanto, temos também a vibração de metade da corda, 1/3, 1/4, etc. Essas subdivisões vibrando ge-
ram sons de menor volume, que são chamados de harmônicos. Ao conjunto de harmônicos produzidos
é dado o nome de série harmônica.
Fig: 20 - A série harmônica e sua representação em hertz.
O timbre é resultado de um som fundamental (a corda vibrando coo um todo) mais os seus harmônicos.
A variação do volume e freqüência dos harmônicos são determinantes na composição do timbre. Essa
variação é chamada de espectro harmônico.
MIDI 25
Fig: 21 - Espectro harmônico.
O timbre pode se comportar de maneiras diferentes ao longo do tempo. Um exemplo é uma nota de
piano tocada com força e sustentada até morrer.
Portanto, timbre pode ser definido como um conjunto de freqüências, seus volumes individuais e suas
variações no tempo.
Depois desta pausa, em que apresentamos as características do som, vamos aplicar o que foi visto à
síntese eletrônica.
ADSR
Atack, decay, sustain e release. Essa sigla ficou muito famosa a partir do momento em que a síntese
eletrônica percebeu que os sons eletrônicos também tinham que sofrer alterações durante sua produ-
ção. Traduzindo para o português fica: ataque, decaimento, sustentação e diminuição.
Fig. 22 - ADSR.
Todos esses elementos têm uma duração e são, na verdade, os nomes para os diferentes momentos de
uma envoltória (envelope):
- Ataque - quanto tempo o som demora para sair do nada até sua maior intensidade.
- Decaimento - para entendermos melhor esse momento, tomemos o som de um trompete. Para que
ele possa começar a produzir um som, é necessário uma quantidade de ar bastante grande, que geral-
mente é maior que a necessária. Portanto, após o início mais forte, há um ajuste na intensidade do som.
Esse ajuste é o decaimento.
26 Tudoquevocêqueriasabersobre
- Sustentação - é o momento onde o som se estabiliza. Alguns instrumentos, como os de percussão ou
pianos, não tem sustentação, pois o som começa sua diminuição imediatamente após o ataque.
- Diminuição - é o tempo que o som vai durar após o término de sua produção; em MIDI, quanto tempo
o som vai ficar soando após a mensagem Note Off.
Portanto, ADSR é sinônimo de envoltória, ou seja, o gráfico de comportamento no tempo, podendo ser
aplicado a qualquer elemento da síntese eletrônica (timbre, intensidade ou altura).
Ambientação
A ambientação é, hoje em dia, parte integrante do som, principalmente quando falamos de sons “mu-
sicais”. Na música eletrônica, a ambientação visa em primeiro lugar, simular ambientes fechados, adi-
cionando aos sons “profundidade” com o reverb; ou, ainda, simular ambientes abertos com o delay
(eco), também alterando o som mais radicalmente quando se usa o chorus, flanger e phaser.
Conclusão
Como veremos a seguir, é possível, no padrão GS, interferir em todos os elementos do som descritos:
altura, intensidade e timbre.
- A altura será sinônimo de pitch, podendo ser alterada pelo Bender, e NRPNs.
- Intensidade do som será sinônimo de volume (CC 7), expression (CC 11) e sua envoltória será contro-
lada pelos NRPNs que alteram tva.
- O timbre será sinônimo de PG. CH., pois determina a onda sonora. Será editado através dos NRPNs
que alteram o tvf (cutoff e ressonance), o vibrato (rate, depth e delay) e a envoltória (tvf attack, decay e
release)
Além desses elementos, é possível também escolher diferentes tipos de ambientes para o reverb (hall,
room, delay) e adicionar outro tipo de efeito como o chorus.
Edição
No padrão GS, não se editam os sons, e sim as partes do aparelho. Isto significa que se uma parte for
alterada pensando-se em um som específico, e se após a edição houver uma mensagem Pg. Ch., o som
novo sofrerá as mesmas alterações que o anterior, até que a parte seja editada novamente, ou se reini-
cialize o aparelho.
A tabela a seguir mostra o que é possível editar. A seqüência dos controladores deve ser respeitada.
Parâmetro CC 99 CC 98 CC 6 Altera
Vibrato rate = 1 8 14 - 114 Velocidade do vibrato
Em geral, o valor 64 para o CC 6 é usado com centro, não causando nenhuma alteração.
Agora que já sabemos o que o som tem três elementos principais e que esses elementos variam durante
o tempo e que no modo GS é possível alterá-los, vamos ver na prática como isso funciona.
Nota: Todos os exemplos que serão citados a partir de agora pressupõe o uso de um seqüenciador.
MIDI 27
Pitch - Altura da Nota
A altura da nota é descrita como pitch. Como em MIDI as notas são na verdade números (o C4 - Dó
na oitava 4 ou Dó central - é igual ao número 60), é possível determinar qual nota vai soar na tecla C4,
ou seja, se vai soar um dó e em que oitava. Isso é conseguido nos aparelhos GS, alterando-se o Key
Shift (transpositor).
Através da Envoltória, também é possível fazer com que a altura da nota seja alterada durante o tem-
po.
Mas uma das maneiras mais eficientes de se alterar a altura da nota durante sua produção, é através
do Bender. Como exemplo, faça a seguinte experiência:
CC 101 = 0, CC 100 = 0, CC 6 = 12 - Essa instrução determina a sensibilidade do Bender em uma oi-
tava.
Escolha um timbre que tenha som contínuo e coloque mensagens de Bender, com espaçamento regu-
lar, com os seguintes valores:
Bender = 683, = 1365, = 2048, = 2730, = 3413, = 4096, = 4778, = 5461, =6143, = 6836, = 7509, = 8192.
Toque e veja o que acontece. Faça de novo, só que com valores negativos.
Não se esqueça, se o Bender não for zerado após está experiência, continuará “pendurado”.
Na seção Dicas, veja como criar diferentes escalas usando SysEx.
28 Tudoquevocêqueriasabersobre
Para sons com ataque lento, acerte o CC 6 com valores menores que 64.
A Parte de Bateria/Percussão
A parte 10 é designada para os Kits de Bateria/Percussão. Nesta parte, cada tecla tem um som diferen-
te, e o conjunto das teclas formam um Kit. Existem vários Kits (a quantidade depende do aparelho), que
são chamados apenas com a mensagem Pg. CH. A mensagem CC 0 na parte 10 é ignorada.
Há também a possibilidade de se programar, além da parte 10, mais uma parte para Bateria/Percussão,
mas isso só é conseguido através de uma mensagem SysEx.
É possível escolher qualquer parte (2 partes de bateria é o máximo permitido pelo padrão), mas geral-
mente usa-se a parte 11.
A mensagem para tornar a parte 11 como segunda parte de ritmo é:
F0 41 10 42 12 40 1A 15 02 0F F7.
Para tornar a parte 11 normal:
F0 41 10 42 12 40 1A 15 00 11 F7.
Edição da parte 10
É possível fazer pequenas alterações em cada som separadamente, na parte de bateria/percussão.
O CC 98 determina qual a nota/som a ser alterado, sendo nn seu número. Para saber qual o número do
som desejado, dê uma olhada no manual do aparelho, na seção “Drum Set Table”.
CC 99 CC 98 CC 6 Comentário
MIDI 29
Aqui vão alguns exemplos:
- Para sentir melhor os efeitos Reverb e Chorus sobre cada peça, coloque valores altos para os mesmos
na parte 10 (CC 91 e CC 93).
Edição
No padrão GS, não se editam os sons, e sim as partes do aparelho. Isto significa que se uma parte for
alterada pensando-se em um som específico, e se após a edição houver uma mensagem Pg. Ch., o som
novo sofrerá as mesmas alterações que o anterior, até que a parte seja editada novamente, ou se reini-
cialize o aparelho.
A tabela a seguir mostra o que é possível editar. A seqüência dos controladores deve ser respeitada.
Parâmetro CC 99 CC 98 CC 6 Altera:
Vibrato rate = 1 8 14 - 114 Velocidade do vibrato
Vibrato depth = 1 9 14 - 114 Profundidade do vibrato
• Emgeral,ovalor64paraoCC6éusadocomcentro,nãocausandonenhumaalteração.
Agora que já sabemos o que o som tem três elementos principais e que esses elementos variam durante
o tempo e que no modo GS é possível alterá-los, vamos ver na prática como isso funciona.
• Nota:Todososexemplosqueserãocitadosapartirdeagorapressupõeousodeumseqüenci-
ador.
30 Tudoquevocêqueriasabersobre
lar, com os seguintes valores:
Bender = 683, = 1365, = 2048, = 2730, = 3413, = 4096, = 4778, = 5461, =6143, = 6836, = 7509, = 8192.
Toque e veja o que acontece. Faça de novo, só que com valores negativos.
Não se esqueça, se o Bender não for zerado após está experiência, continuará “pendurado”.
Na seção Dicas, veja como criar diferentes escalas usando SysEx.
MIDI 31
CC 99 = 1, CC 98 = 8, CC 6 = 45 - Determina a velocidade do vibrato
CC 99 = 1, CC 98 = 9, CC 6 = 66 - Determina a profundidade do vibrato
CC 99 = 1, CC 98 = 10, CC 6 = 80 - Determina o atraso para atuação do vibrato
Se o vibrato estiver muito discreto, aumente a profundidade; se estiver muito lento, aumente a velo-
cidade; se estiver demorando muito para começar a atuar, diminua o atraso. Isto é, altere sempre o
valor do CC 6.
Mas lembre-se: o CC 6 sozinho não diz absolutamente nada. Ele tem que ser precedido pelos RPNs ou
NRPNs.
A Parte de Bateria/Percussão
A parte 10 é designada para os Kits de Bateria/Percussão. Nesta parte, cada tecla tem um som dife-
rente, e o conjunto das teclas formam um Kit. Existem vários Kits (a quantidade depende do aparelho),
que são chamados apenas com a mensagem Pg. CH. A mensagem CC 0 na parte 10 é ignorada.
Há também a possibilidade de se programar, além da parte 10, mais uma parte para Bateria/Percus-
são, mas isso só é conseguido através de uma mensagem SysEx.
É possível escolher qualquer parte (2 partes de bateria é o máximo permitido pelo padrão), mas geral-
mente usa-se a parte 11.
A mensagem para tornar a parte 11 como segunda parte de ritmo é:
F0 41 10 42 12 40 1A 15 02 0F F7.
Para tornar a parte 11 normal:
F0 41 10 42 12 40 1A 15 00 11 F7.
Edição da parte 10
É possível fazer pequenas alterações em cada som separadamente, na parte de bateria/percussão.
O CC 98 determina qual a nota/som a ser alterado, sendo nn seu número. Para saber qual o número
do som desejado, dê uma olhada no manual do aparelho, na seção “Drum Set Table”.
Parâmetro CC 99 CC 98 CC 6 Obervação
Pitch = 24 nn 0 - 64 - 127 (-63 0 +64) Alteração da afinação em semitons
32 Tudoquevocêqueriasabersobre
Fig. 23 - Mapa de sons do Kit Standard com seus números.
- Para sentir melhor os efeitos Reverb e Chorus sobre cada peça, coloque valores altos para os mesmos
na parte 10 (CC 91 e CC 93).
Ambientes
Os aparelhos GS podem ter reverb e chorus atuando simultaneamente. A profundidade de cada efeito
é controlado pelos CC 91 para reverb e CC 93 para chorus. Os CCs ajustam a profundidade para cada
parte, mas o aparelho só pode ter um tipo de reverb e um de chorus atuando.
Existem diversos tipos de reverb, incluindo delay, e diversos tipos de chorus. Para escolhê-los é preciso
o uso de mensagens SysEx.
Reverb
Reverb é um efeito que adiciona reverberação ao som, simulando o som ouvido em salas de concertos.
Existem 8 tipos de reverb:
MIDI 33
Room: Simula uma sala pequena. Um reverb bem definido.
Room 1 F0 41 10 42 12 40 01 30 00 0F F7
Room 2 F0 41 10 42 12 40 01 30 01 0E F7
Romm 3 F0 41 10 42 12 40 01 30 02 0D F7
Hall 1 F0 41 10 42 12 40 01 30 03 0C F7
Hall 2 F0 41 10 42 12 40 01 30 04 0B F7
Plate F0 41 10 42 12 40 01 30 05 0A F7
Delay: Delay é o mesmo que eco. Panning Delay é um eco que se utiliza do estéreo, ou seja, cada eco
acontece de um lado diferente.
Delay F0 41 10 42 12 40 01 30 06 09 F7
Panning Delay F0 41 10 42 12 40 01 30 07 08 F7
Editando o Reverb
Para cada tipo de reverb, há também a possibilidade de edição dos seguintes parâmetros:
Pre-LPF é um filtro de freqüências altas. Quanto maior o valor, maior a atuação do filtro, resultando
num reverb mais suave. Os valores são de 0 a 7.
F0 41 10 42 12 40 01 32 (00 a 07) sum F7
Level é o volume do reverb. Quanto maior o valor, mais reverb será adicionado ao som. Os valores
são de 0 a 127.
F0 41 10 42 12 40 01 33 (00 a 7F) sum F7
Time determina qual a duração do reverb. Valores altos resultam numa longa reverberação. Os valo-
res são de 0 a 127.
F0 41 10 42 12 40 01 34 (00 a 7F) sum F7
Delay Feedback só funciona para Delay e Panning Delay, e determina a quantidade de repetições do
delay (eco). Valores altos significam muitas repetições. Os valores são de 0 a 127.
F0 41 10 42 12 40 01 35 (00 a 7F) sum F7
Level to Chorus é a quantidade de reverb que será mandada para o chorus. Valores altos significam
mais reverberação sendo mandadas. Os valores são de 0 a 127.
F0 41 10 42 12 40 01 36 (00 a 7F) sum F7
Chorus
Chorus alarga a imagem espacial do som, enriquecendo o som.
Existem 8 tipos de chorus:
Chorus convencionais:
Chorus 1 F0 41 10 42 12 40 01 38 00 07 F7
Chorus 2 F0 41 10 42 12 40 01 38 01 06 F7
Chorus 3 F0 41 10 42 12 40 01 38 02 05 F7
34 Tudoquevocêqueriasabersobre
Chorus 4 F0 41 10 42 12 40 01 38 03 04 F7
Feedback Chorus F0 41 10 42 12 40 01 38 04 03 F7
Flanger F0 41 10 42 12 40 01 38 05 02 F7
Short Delay F0 41 10 42 12 40 01 38 06 01 F7
Editando o Chorus
Para cada tipo de chorus, há a possibilidade de edição dos seguintes parâmetros:
Pre-LPF é um filtro de altas freqüências. Valores altos cortam mais freqüências, resultando um som
mais suave. Os valores são de 0 a 7.
F0 41 10 42 12 40 01 3A (00 a 07) sum F7
Level é o volume de chorus aplicado ao som. Os valores são de 0 a 127.
F0 41 10 42 12 40 01 3A (00 a 7F) sum F7
Feedback é o parâmetro que controla o volume da realimentação do chorus (feed back). Valores altos
significam um chorus bastante denso. Os valores são de 0 a 127.
F0 41 10 42 12 40 01 3B (00 a 7F) sum F7
Delay determina o atraso para a atuação do chorus. Valores altos significam uma grande alteração na
afinação do som. Os valores são de 0 a 127.
F0 41 10 42 12 40 01 3C (00 a 7F) sum F7
Rate determina a velocidade (freqüência) de modulação do chorus. Valores altos significam modula-
ções rápidas. Os valores são de 0 a 127.
F0 41 10 42 12 40 01 3D (00 a 7F) sum F7
Depth determina a profundidade da modulação do chorus. Valores altos significam maior presença de
modulação. Os valores são de 0 a 127.
F0 41 10 42 12 40 01 3E (00 a 7F) sum F7
Level to Reverb é a quantidade de chorus direcionada para o reverb. Os valores são de 0 a 127.
F0 41 10 42 12 40 01 3F (00 a 7F) sum F7
Dicas:
Aftertouch e Key Aftertouch
No modo GS está previsto o recebimento das mensagens Aftertouch e Key Aftertouch. Para que elas
tenham efeito, é preciso que sejam habilitadas, ou seja, que controlem algum parâmetro. Ao todo são
11 parâmetros: pitch, tvf, tva, lfo 1 e 2 rate, e profundidade dos lfos em pitch, tva e tvf. Para maiores
detalhes, olhe no manual do seu aparelho, na seção de SysEx, nos endereços 40 2n 20 até 40 2n 3A. Aqui
vai a mensagem que seleciona o Aftertouch para controlar o cutoff na parte 1.
F0 41 10 42 12 40 2n(1) 21 01 7F 7D F7.
Onde n é a parte designada (0 a F = sendo 1 para parte 1; 2 para a parte 2; ... 0 para a parte 10; A para a
MIDI 35
parte 11; ... F para a parte 16)
Parte Mute
Para desligar alguma parte via SysEx:
Parte 1: F0 41 10 42 12 40 11 02 10 1D F7
Parte 2: F0 41 10 42 12 40 12 02 10 1C F7
Parte 3: F0 41 10 42 12 40 13 02 10 1B F7
Parte 4: F0 41 10 42 12 40 14 02 10 1A F7
Parte 5: F0 41 10 42 12 40 15 02 10 19 F7
Parte 6: F0 41 10 42 12 40 16 02 10 18 F7
Parte 7: F0 41 10 42 12 40 17 02 10 17 F7
Parte 8: F0 41 10 42 12 40 18 02 10 16 F7
Parte 9: F0 41 10 42 12 40 19 02 10 15 F7
Parte 10: F0 41 10 42 12 40 10 02 10 1E F7
Parte 11: F0 41 10 42 12 40 1A 02 10 14 F7
Parte 12: F0 41 10 42 12 40 1B 02 10 13 F7
Parte 13: F0 41 10 42 12 40 1C 02 10 12 F7
Parte 14: F0 41 10 42 12 40 1D 02 10 11 F7
Parte 15: F0 41 10 42 12 40 1E 02 10 10 F7
Parte 16: F0 41 10 42 12 40 1F 02 10 0F F7
• Nessecaso,oBytequedesligaaparteéoantepenúltimo(10).EsseBytetemvaloresquevão
de00a10,ouseja,00significacanal1,01canal2......09canal10......0Fcanal16e10sig-
nificaOff,desligado.Portanto,essamensagemservetambémparadesignarcanaisdiferentes
paraaspartes.
Diferentes Escalas
É possível alterar a afinação de cada nota, fazendo assim diferentes escalas. Por exemplo: uma escala
Arábica para a parte 1 (A parte 1 está definida no segundo dígito do sexto Data Byte):
F0 41 10 42 12 40 11 40 40 40 40 40 0E 40 40 40 40 40 40 0E 53 F7
Master Volume
Esta mensagem controla o volume geral do aparelho, funcionando como o botão externo de volume.
F0 41 10 42 12 40 00 04 (00 a 7F) sum F7.
36 Tudoquevocêqueriasabersobre
todos os instrumentos Roland.
Mas atenção: Não é possível alterar o ID através de mensagens SysEx. Essa mudança tem que ser feita
manualmente. Nos Sound Canvas, aperte o botão ALL e através dos botões MIDI CH. altere o valor.
Entendendo o exemplo:
Trk = track ou pista
Meas: Beat: tick = Compasso: tempo: ponto (PPQ)
Chn = canal MIDI
Kind = tipo de mensagem
Values = valores
Note que a mensagem SysEx não está ligada a nenhum canal.
Os valores para os CCs indicam primeiro qual é o CC, e depois qual o valor.
O SysEx ROLAND
Como dissemos anteriormente, cada fabricante determina o formato de seu SysEx. No caso da Roland,
a informação é assim:
MIDI 37
Fig. 25 - A mensagem SysEx Roland.
38 Tudoquevocêqueriasabersobre
4- Subtraia o resultado de 128.
5- Converta o resultado para hexadecimal - esse é o valor do Check sum.
Ex: GS Reset
F0 41 10 42 12 40 00 7F 00 41 F7
1)- 40h = 64 / 7Fh = 127
2)- 64 + 127 = 191
3)- 191 - 128 = 63
4)- 128 - 63 = 65
5)- 65 = 41h
O Padrão XG
Conceitos Básicos
Assim como o padrão GS, o XG da Yamaha oferece uma série de recursos adicionais, baseando-se no
formato GM, mas ampliando-o consideravelmente. O formato XG está baseado em três conceitos bási-
cos:
• Compatibilidade
• Escalonamento
• Expandibilidade
1. Compatibilidade
Qualquer aparelho XG, independente de modelo ou fabricante, irá ser capaz de reproduzir um arquivo
XG, além de manter compatibilidade com os padrões GM e GS.
2. Escalonamento
Apesar do formato XG oferecer uma detalhada e extensa especificação de parâmetros e possibilidade
de variações em timbres, não é obrigatório que todos os aparelhos deste formato suportem todos os
seus recursos. Os fabricantes podem optar por projetos de acordo com suas necessidades de custo e per-
MIDI 39
formance. Cada máquina ira reproduzir as mensagens XG de acordo com seu nível de sofisticação. Se
no arquivo for pedido um timbre que não consta do banco do aparelho, ele irá tocar automaticamente
o seu equivalente (som capital). Por outro lado, o formato permite o controle até de um equalizador
gráfico, desde que o aparelho possua esta função.
3. Expandibilidade
O formato XG continua aberto a futuros aperfeiçoamentos e extensões.
Adições ao formato GM
O padrão XG oferece as seguintes extensões ao formato GM.
• Timbres – (Voices)
Como foi descrito na seção GM, este padrão suporta 128 timbres. O formato XG permite a escolha de
timbres baseados em bancos, com mensagens de seleção de banco (CC 0 e CC 32).
1. Variações de timbres por bancos (CC 32 – LSB)
As variações dos timbres do padrão GM estão armazenados em bancos. Cada banco está associado a
uma variação específica do timbre, facilitando a localização do timbre desejado.
2. Usando o CC 0 – MSB para variações de SFX (efeitos especiais)
O método de bancos com variações específicas não se aplica aos efeitos especiais, que são, geralmente,
ruídos. Por esta razão, todos os timbres de SFX podem ser acessados através da mensagem de seleção
de banco (CC 0 – MSB) com o valor 64 (40H).
3. Parte de ritmo
Qualquer parte do formato XG pode ser usada como parte de ritmo, bastando para isso o uso da men-
sagem de seleção de banco CC 0 com valores 126 para o kit de efeitos (EFX) ou 127 para kits de bateria.
• Edição de timbres
Como no padrão GS, todos os timbres podem ser alterados, usando-se para isso mensagens Contro-
ladores (Control Change) e também SysEx (Sistema Exclusivo).
• Efeitos
O formato XG oferece diversas opções de efeitos, assim como a edição de suas principais característi-
cas.
Lista de Bancos
A Yamaha estabeleceu uma pequena tabela, na tentativa de padronizar as alterações tímbricas a partir
dos sons capitais. Aqui vai a tabela dos bancos 1 a 63.
Nota: Alguns termos foram traduzidos e outros não. Isso porque não existe um termo em português
que defina o termo, como por exemplo sweep. De qualquer forma, o que estiver em inglês está em itá-
lico.
A partir do banco 64, não há definições específicas, apenas sugestões como:
64 a 95 – Instrumentos idênticos podem ser criados a partir de formas de ondas completamente dife-
rentes da original (capital).
96 a 111 – Timbres que não são incompatível com os sons capitais, apesar de poderem ser de outras
famílias de instrumentos
112 a 127 – Timbres dos usuários.
40 Tudoquevocêqueriasabersobre
Edição
A edição dos timbres no padrão XG segue os mesmos parâmetros e princípios do formato GS, portanto
vá à seção Edição daquele padrão para ver os detalhes.
Mas é preciso salientar que existem 4 mensagens (e com a padronização destas mensagens pelo padrão
GMII devem ser incorporadas as outras) de controladores que alteram o timbre diretamente, sem a ne-
cessidade dos NRPNs.
São os seguintes:
Controlador 71 - Harmonic Content - Ressonância
Os valores válidos vão de (0 a 127, sendo que 0 = -64 / 64= 0 / 127=+63)
Padrão: 64
Este parâmetro adiciona um certo brilho ao timbre, como se fosse a saturação do mesmo. Os valores
abaixo de 64 diminuem sua atuação, o valor 64 não altera nada e os valores acima aumentam sua atu-
ação.
Controlador 72 - Release Time – Tempo do Release
Os valores válidos vão de (0 a 127, sendo que 0 = -64 / 64= 0 / 127=+63)
Padrão: 64
Este parâmetro altera o tempo do Release do timbre. Os valores abaixo de 64 diminuem o tempo, o va-
lor 64 não altera nada e os valores acima aumentam o tempo de diminuição.
Controlador 73 - Attack Time – Tempo de Ataque
Os valores válidos vão de (0 a 127, sendo que 0 = -64 / 64= 0 / 127=+63)
Padrão: 64
Este parâmetro altera o tempo de ataque do timbre. Os valores abaixo de 64 diminuem o tempo, fazen-
do com que o ataque seja mais rápido, o valor 64 não altera nada e os valores acima aumentam o tempo
de ataque.
Controlador 74 – Brightness - Brilho
Os valores válidos vão de (0 a 127, sendo que 0 = -64 / 64= 0 / 127=+63)
Padrão: 64
Este parâmetro controla o cutoff (ponto de corte) fazendo com que o timbre fique mais escuro ou bri-
lhante. Os valores abaixo de 64 deixam o filtro mais fechado (escuro), o valor 64 não altera nada e os
valores acima deixam-no mais brilhante.
Efeitos
Além dos efeitos normais de reverb e chorus, o XG também prevê o controlador 94 para uma categoria
de efeitos chamada Variation – Variação.
Os controladores apenas determinam a quantidade de atuação dos efeitos. Para escolhe-los é preciso o
uso de mensagens de SysEx. Aqui vão:
MIDI 41
Tipos de Reverb
Hall 1 F0 43 10 4C 02 01 00 01 00 F7
Hall 2 F0 43 10 4C 02 01 00 01 01 F7
Room 1 F0 43 10 4C 02 01 00 02 00 F7
Room 2 F0 43 10 4C 02 01 00 02 01 F7
Room 3 F0 43 10 4C 02 01 00 02 02 F7
Stage 1 F0 43 10 4C 02 01 00 03 00 F7
Stage 2 F0 43 10 4C 02 01 00 03 01 F7
Plate F0 43 10 4C 02 01 00 04 00 F7
Tipos de Chorus
Chorus 1 F0 43 10 4C 02 01 20 41 00 F7
Chorus 2 F0 43 10 4C 02 01 20 41 01 F7
Chorus 3 F0 43 10 4C 02 01 20 41 02 F7
Celeste 1 F0 43 10 4C 02 01 20 42 00 F7
Celeste 2 F0 43 10 4C 02 01 20 42 01 F7
Celeste 3 F0 43 10 4C 02 01 20 42 02 F7
Flanger 1 F0 43 10 4C 02 01 20 43 00 F7
Flanger 2 F0 43 10 4C 02 01 20 43 01 F7
Tipos de Variação
Hall 1 F0 43 10 4C 02 01 40 01 00 F7
Hall 2 F0 43 10 4C 02 01 40 01 01 F7
Room 1 F0 43 10 4C 02 01 40 02 00 F7
Room 2 F0 43 10 4C 02 01 40 02 01 F7
Room 3 F0 43 10 4C 02 01 40 02 02 F7
Stage 1 F0 43 10 4C 02 01 40 03 00 F7
Stage 2 F0 43 10 4C 02 01 40 03 01 F7
Plate F0 43 10 4C 02 01 40 04 00 F7
Delay LCR F0 43 10 4C 02 01 40 05 00 F7
Delay LR F0 43 10 4C 02 01 40 06 00 F7
Echo F0 43 10 4C 02 01 40 07 00 F7
Cross Delay F0 43 10 4C 02 01 40 08 00 F7
ER 1 F0 43 10 4C 02 01 40 09 00 F7
ER 2 F0 43 10 4C 02 01 40 09 01 F7
Gate Reverb F0 43 10 4C 02 01 40 0A 00 F7
Reverse Reverb F0 43 10 4C 02 01 40 0B 00 F7
42 Tudoquevocêqueriasabersobre
Chorus 1 F0 43 10 4C 02 01 40 41 00 F7
Chorus 2 F0 43 10 4C 02 01 40 41 01 F7
Chorus 3 F0 43 10 4C 02 01 40 41 02 F7
Celeste 1 F0 43 10 4C 02 01 40 42 00 F7
Celeste 2 F0 43 10 4C 02 01 40 42 01 F7
Celeste 3 F0 43 10 4C 02 01 40 42 02 F7
Flanger 1 F0 43 10 4C 02 01 40 43 00 F7
Flanger 2 F0 43 10 4C 02 01 40 43 01 F7
Symphonic F0 43 10 4C 02 01 40 44 00 F7
Rotary Spkr F0 43 10 4C 02 01 40 45 00 F7
Tremolo F0 43 10 4C 02 01 40 46 00 F7
Auto Pan F0 43 10 4C 02 01 40 47 00 F7
Phaser 1 F0 43 10 4C 02 01 40 48 00 F7
Distortion F0 43 10 4C 02 01 40 49 00 F7
Overdrive F0 43 10 4C 02 01 40 4A 00 F7
Amp Sim F0 43 10 4C 02 01 40 4B 00 F7
3 Band EQ (M) F0 43 10 4C 02 01 40 4C 00 F7
2 Band EQ (S) F0 43 10 4C 02 01 40 4D 00 F7
Auto Wah F0 43 10 4C 02 01 40 4E 00 F7
XG Reset
E aqui vai a mensagem de XG Reset, que serve para inicializar os aparelhos neste padrão:
F0 43 10 4C 00 00 7E 00 F7
Apêndice
Tabela de conversão de Decimal para Hexdecimal.
MIDI 43
12 0CH 44 2CH 76 4CH 108 6CH
44 Tudoquevocêqueriasabersobre
Sobre o autor
Fábio Prado nasceu aos 18 de junho de 1962, na cidade de São Paulo. Geminiano convicto e curioso por
natureza, assemelha-se à famosa esponja de aço: tem mil e uma utilidades.
É trompista profissional desde 1980 e atualmente toca na Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São
Paulo. A partir de 1988 começou a interessar-se por outras formas de expressão musical, chegando ao
computador e à multimídia. Tem desenvolvido extensa pesquisa para a integração de instrumentos
acústicos e eletrônicos. É arranjador, maestro e editor da revista Cover Teclado. Adora apertar botões,
ler (e escrever) guias e manuais. Também dá cursos, palestras, aulas particulares, promove work-shops,
faz jingles, vai ao cinema, teatro e adora video-games.
MIDI 45