Comissões

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Comissões

A comissão é um tipo de organização grupal utilizada como ferramenta


provisória e formada por membros da instituição. A esse grupo, é atribuído um assunto
a ser estudado ou um projeto a ser desenvolvido. As comissões recebem uma
variedade de denominações: comitês, juntas, conselhos, grupos de trabalho, o que
revela uma forte discordância quanto à sua nomenclatura.

Não existe uniformidade de critérios a respeito de sua natureza e conteúdo.


Algumas desempenham funções técnicas, outras administrativas, outras são criadas
para estudar determinado assunto e há ainda as que apenas fornecem
recomendações.

Resumindo, comissão é um grupo de pessoas a quem se dá um assunto para


estudar. É esta característica de ação em grupo que distingue a comissão dos outros
instrumentos administrativos.

Características das Comissões

Há diversos conceitos sobre a natureza e conteúdo das comissões, no entanto,


podemos alinhar certas características genéricas que normalmente podem ser
aplicáveis à maioria das comissões:

a) A comissão não constitui um órgão da estrutura organizacional:

1) Ela não tem um objetivo específico, próprio e particular, a comissão tem


um objetivo que geralmente abrange vários órgãos (assuntos
interdepartamentais). Geralmente é criada para analisar problemas que
ultrapassam a competência de um ou mais órgãos da empresa;

2) A comissão tem participantes que pertencem a vários e diferentes órgãos


e a vários e diferentes níveis hierárquicos da organização. Estes
participantes são cedidos provisoriamente.

3) A comissão geralmente é criada como assessoria de algum órgão, em


situação de dependência da posição desse órgão.
4) A comissão, diferente do órgão, tem seu funcionamento de forma
esporádica, intermitente durante determinados dias ou até mesmo em
determinadas horas.

5) As comissões são provisórias e duram até atingir seu objetivo ou realizar


a tarefa para as quais foram criadas.

b) As comissões assumem tipos diferentes:

1) Formais – Fazem parte integrante da estrutura formal da organização,


com deveres e autoridade especificamente delegados. Este tipo de
comissão tem existência duradoura e posição definida na estrutura
organizacional.

2) Informais – Não tem posição definida ou delegação de autoridade.


Surgem da necessidade de algum estudo, plano ou decisão em grupo sobre
um problema específico.

3) Temporárias – Sua existência está relacionada com o estudo de algum


assunto ou trabalho e possui duração relativamente curta.

4) Relativamente permanentes – Quando sua existência é prolongada no


tempo.

c) As comissões possuem princípios básicos:

1) Devem nascer de uma necessidade percebida por representantes dos


diversos departamentos ou áreas da empresa e por todo o pessoal nela
envolvido. Deve ter assuntos ou objetivos apropriados.

2) Devem ter membros apropriados e que dominem os assuntos a serem


analisados.
3) Possuir autoridade e objetivo muito bem definidos para que sejam bem
sucedidas.

4) Seus benefícios devem ser comparados com o custo de sua instalação.

5) Seu tamanho deve ser cuidadosamente estudado e ter o menor número


de membros possível.

6) O funcionamento deve se basear na cooperação entre seus membros.

7) Devem ter uma agenda bem elaborada para não se estenderem


indefinidamente no tempo e comprometer a produtividade.

8) Oferecer oportunidade de participação democrática e igualitária a todos


os seus membros.

Vantagens das Comissões

a) Tomadas de decisões e julgamentos grupais – Variedade de abordagem


sobre um mesmo assunto, ampla visão e intercâmbio de ideias.

b) Coordenação – A comissão constitui uma das melhores e mais eficientes


maneiras de se obter coordenação e o alcance de objetivos múltiplos.

c) Transmissão de informações – São eficientes como meio de transmissão de


informações às partes interessadas, simultaneamente, com economia de
tempo e com provável colheita de sugestões diversificadas.

d) Restrições à delegação de autoridade – A utilização da comissão, pode


ocorrer partindo do receio em delegar autoridade a um único órgão ou
pessoa.

e) Consolidação de autoridade – Permite flexibilidade à organização. Evitando


alterações na estrutura organizacional.
BIBLIOGRAFIA
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 3ª ed. S. Paulo:
McGraw-Hill do Brasil, 1983.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7ª ed. S. Paulo:
Elsevier, 2004.

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