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FACULDADE DE MUSICA DO ESPIRITO SANTO

“MAURICIO DE OLIVEIRA”
CURSO: LICENCIATURA
DISCIPLINA: OFICINA DE PERCUSSÃO II
DOCENTE: ERIC CARVALHO
ALUNO: MATHEUS CORREIA DAS CHAGAS

Jazz

O jazz tem sua origem no início do século XX, no sul dos estados unidos. Esse
gênero assim como o blues surgiu a partir das canções de escravos recém
libertos que encontraram na música uma forma de expressão. E a semelhança
com o blues não acaba por aqui. O gênero está presente nas raízes do jazz, de
quem pegou emprestada a chamada Blue note, aquela nota semitonada que dá
uma característica melancólica ao blues. Outro estilo que influenciou o jazz foi
o rag-time, um som marcado pelo piano e com elementos de marcha e polca.
Entre as características principais do Jazz estão o improviso e o swing.
Um balanço, uma maneira única de tocar que dá ao gênero um traço muito
marcante e ritmos não lineares.

O início do jazz no Brasil

Poucos estudiosos retratam o período em que o jazz chegou no Brasil. Observa-


se que autores como Renato Almeida, Mário de Andrade, e Luís da Câmara
Cascudo “fazem menção à música americana no Brasil após 1925, quando o
jazz - ou pelo menos as jazz-bands - eram bastante comuns em nosso meio”
(IKEDA, 1984, p. 113). Por outro lado, o que se sabe é que, muito antes da
década de 1920 - portanto muito antes de se falar em jazz - gêneros como o rag-
time, one-step, two-step, foz-trote e o cake-walk eram mencionados em
noticiários brasileiros e em partituras musicais.

Para Ikeda, o ano de 1917 pode ser considerado um marco: “as notícias mais
confirmativas da presença do jazz no Brasil - ou no mínimo do espírito jazzístico
- acontecem no ano de 1917” (idem, p. 115). A novidade aqui, no entender do
pesquisador, seria a presença de um baterista vindo dos Estados Unidos, músico
que possuí a habilidade de tocar vários instrumentos de percussão
simultaneamente e que causou espanto na época, espanto relatado pela
imprensa. Porém, somente em 1919 a palavra jazz aparece inscrita nos
noticiários de propaganda, anunciando o conjunto do baterista Harry Kosarin de
diferentes formas: “RagTime Band", “American Rag Jazzing Band", “Harry
Kosarin’s Yass (sic) Band”, “Harry Kosarin Jazz Band” e “Harry Kosarin with his
‘Jass Band’”. Embora não existam documentos, é possível supor que o baterista
norte-americano responsável pelo furor em 1917 seja o mesmo Harry Kosarin,
que passou a residir no Rio de Janeiro durante as décadas seguintes. Kosarin
era baterista e pianista, além de chefe de orquestra. Nesse período, é importante
frisar, o termo jazz não representava, exclusivamente, o gênero musical. Mesmo
quando o escritor Scott Fitzgerald definiu esse período como “A era do jazz”, ele
não se referia à música, mas sim à “euforia desenvolvimentista que os
americanos viveram naquela década” (IKEDA, 1987, p. 8). A partir da década de
20, constata-se que, não somente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro,
como também nas cidades interioranas, proliferaram as formações instrumentais
do tipo jazz-band. Percebe-se, ainda, que muitas delas nem tinham esse tipo de
formação, mas assim se intitulavam devido ao modismo da época.

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