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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais


Campus JUIZ DE FORA
Departamento de Educação e Tecnologia
Coordenação do Curso Técnico de Metalurgia

RELATÓRIO DE PRÁTICA PROFISSIONAL

Ana Carla de Barros Almeida

Juiz de Fora, Dezembro de 2018


Ana Carla de Barros Almeida

Endereço: Rua Vereador Francisco Augusto de Oliveira, 170A, Dores do Turvo,


Minas Gerais

Telefone: 32985214242 E-mail: aninhabarros773@gmail.com

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais,


Campus Juiz de Fora

Ramo de atividade: Ensino

Supervisor: Lecino Caldeira

Professor orientador: Valter Pereira/Gulliver Catão

Coordenador do curso: Marinez Maciel

Início do Estágio: 10/08/2018


Término do Estágio: 10/12/2018
Total de dias: 122 dias
Carga horária diária: 2 horas/dia
Carga horária semanal: 10 horas/semana
Carga horária total: 180 horas

Conclusão dos módulos de ensino: 12/2018


SUMÁRIO

1. A Empresa _______________________________________________________5

1.1. Introdução _____________________________________________________5

1.2. Área de Atuação ________________________________________________6

1.3. Local de Trabalho _______________________________________________6

2. Atividades Desenvolvidas __________________________________________ 6

2.1. Introdução _____________________________________________________6

2.2. Atividades _____________________________________________________6

3. Conclusões e Recomendações _____________________________________10

4. Folha de Aprovação e Conhecimento _______________________________ 12


5. Referências ____________________________________________________13
1. A Empresa

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minhas


Gerais foi criado em dezembro de 2008, e integrou, em uma única instituição, os
antigos Centro Federal de Educação Tecnológica de Rio Pomba (Cefet-RP), a
Escola Agrotécnica Federal de Barbacena e o Colégio Técnico Universitário (CTU)
da UFJF. Atualmente a instituição é composta por campi localizados nas cidades de
Barbacena, Bom Sucesso, Cataguases, Juiz de Fora, Manhuaçu, Muriaé, Rio
Pomba, Santos Dumont, São João Del-Rei e Ubá. O município de Juiz de Fora
abriga, ainda, a Reitoria do instituto. O IF Sudeste MG é uma instituição de educação
superior, básica e profissional, pluricurricular e multicampi, especializada na oferta de
educação profissional e tecnológica nas diferentes modalidades de ensino, com base
na conjugação de conhecimentos técnicos e tecnológicos com as suas práticas
pedagógicas. Os institutos federais têm por objetivo desenvolver e ofertar a
educação técnica e profissional em todos os seus níveis de modalidade e, com isso,
formar e qualificar cidadãos para atuar nos diversos setores da economia, com
ênfase no desenvolvimento socioeconômico local, regional e nacional

1.1. Introdução

O objetivo deste trabalho de treinamento profissional é a caracterização


microestrutural de produtos siderúrgicos através de técnicas de microscopia. O
trabalho será realizado juntamente com outros bolsistas, primeiramente, no
levantamento de informações sobre o objeto de estudo. Posteriormente, será
realizada a preparação de amostras e realização de ensaios, tanto microestrutural
como de microdureza. Ao finalizar a parte prática, o aluno participará, juntamente
com todos envolvidos na pesquisa, da discussão de resultados. Por fim, realizará o
relatório final referente às atividades executadas durante o período vigente de sua
bolsa. Atualmente a literatura metalógrafa classifica o aço como uma liga ferro-
carbono com a porcentagem de carbono variando de 0,008% a 2% contendo
impurezas decorrentes do seu processo de fabricação e elementos de liga que
conferem uma melhora em suas propriedades. Ligas com maiores adições de
carbono têm ponto de fusão mais baixo e são adequadas à fundição sendo
denominadas ferros fundidos. A adição de outros elementos de liga altera este limite,
de forma que a definição baseada neste limite de composição química deveria ser
limitada somente aos chamados aços carbono (Colparte, 1974).

1.2. Área de Atuação

Laboratório de Metalografia/ Caracterização de materiais

1.3. Local de Trabalho

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minhas Gerais

2. Atividades Desenvolvidas

2.1. Introdução

Existem muitos tipos de aços e inúmeras formas de classificá-los: aços


estruturais, aços fundidos, aços ferramenta, aços inoxidáveis, aços laminados a
quente, aços microligados, aços baixo carbono, aços ao níquel, aços cromo-
molibdênio, aço C-1020, aço A36, aço temperado e revenido, aço efervescente, etc.
Um sistema muito usado para a classificação de aços é a Designação Numérica de
Aços Carbono e Aços Ligados do American Iron and Steel Institute. Este é conhecido
como o sistema de classificação AISI ou como sistema SAE, uma vez que foi
desenvolvido originalmente pela Society of Automotive Engineers. O sistema utiliza
uma série de quatro ou cinco números para designar aços carbono e ligados de
acordo com as classes e tipos mostrados na tabela 1. Os dois (ou três) últimos
dígitos deste sistema indicam o valor médio aproximado da faixa de carbono do aço;
por exemplo, 21 indica uma faixa de 0,18 a 0,23%C. Em alguns poucos casos, esta
regra não é seguida para se informar as faixas de manganês, enxofre, fósforo, cromo
e outros elementos. Os primeiros dois dígitos indicam os principais elementos de liga
do aço. Assim, este sistema informa os principais elementos de liga do aço e o seu
teor aproximado de carbono (Modenesi, 2012).

2.2. Atividades

As amostras utilizadas para caracterização foram preparadas seguindo o roteiro


clássico para análise macrográfica e micrográfica. A preparação foi realizada em
amostras retiradas da seção transversal de uma barra de aço fornecida pela
laboratório. Primeiramente realizou-se a limpeza da amostra para que fossem
removidos óxidos, óleos e graxas que podem influir no processo de identificação. As
amostras foram adequadas dimensionalmente através da operação de corte
utilizando a cortadeira metalografica CM70 da Teclagago ® (Figura 01) e um disco
de corte de óxido de alumínio e carbeto de silício.
Figura 1 – Cortadeira Metalografica CM70 (Teclago).

As amostras foram lixadas manualmente em lixas d’água de granulometrias


iguais a 150, 240, 340, 360,400, 500 e 600 em seguida foram lavadas em água
corrente para remoção de partículas indesejadas e foi dado início ao processo de
polimento metalográfico, polimento com alumina de 3 µm para remoção de riscos
grosseiros oriundos do lixamento e polimento final para remoção de riscos finos que
o polimento anterior não foi capaz de remover utilizando alumina e pasta de
diamante de 0,3 µm.

Figura 2 – Processo de Preparação de Amostras. (a) Lixamento. (b) Polimento


Após o polimento a amostra foi lavada em água corrente, banhada em álcool,
secada com o auxílio de um secador e devidamente identificada. Finalizado toda a
etapa de preparação foram avaliadas as inclusões características das amostras e em
seguida as amostras foram atacadas com Nital 3% para análise micrográfica via
microscópio ótico da marca Olympus (Figura 3).

Figura 3 - Microscópio Olympus GX51

Uma vez que foram retiradas apenas seções transversais de cada amostra, foi
feita uma avaliação qualitativa das micro inclusões presentes nas amostras baseado
no texto de Hubertus Colpaerte em “Metalografia dos Produtos Siderúrgicos
Comuns”. A amostra apresentou inclusões do tipo óxidos globulares apresentando
uma série grossa de espessura aproximadamente 12 um (Classe 3).
(a) (b)

Figura 4 – Resultados Obtidos após preparação metalográfica. (a) Etapa de


lixamento. (b) Amostra após polimento evidenciando os óxidos da Classe 3
encontrados.

A Figura 05 mostra o aspecto micrográfico da seção transversal do metal de


base após ser atacado com o reagente Nital 3%. A partir da imagem obtida a
microestrutura da amostra predominantemente é formada por ferrita (solução sólida
de carbono em ferro α com estrutura cúbica de corpo centrado, sendo estável abaixo
de 910°C) e em menor quantidade de perlita. A fração volumétrica das fases
presentes a partir do método da malha indicam que a microestrutura obtida é
formada por 80% de Ferrita e 20% de Perlita.

Figura 5 - Aspecto Micrográfico. Seção Transversal, Nital 3%.


Além da analise metalográfica foi realizado também o ensaio de microdureza
Vickers com o objetivo de avaliar a resistência à penetração do metal para assim ter
uma estimativa da resistência do material. Os testes de dureza Vickers foram
realizados na seção transversal da amostra após ataque com o reagente nital,
utilizando-se uma carga de 980.7mN com 11 medidas para cada amostra (Figura 6).
O valor médio de microdureza obtido foi de 150 HV característicos de aços de baixo
teor de carbono.

Figura 6 -Aspecto Micrográfico da amostra evidenciando a marcação do ensaio de


microdureza. Seção Transversal, Nital 3%, 100x.

3. Conclusões e Recomendações

Na parte do Polimento encontrei bastante dificuldade já que devido ao número


escasso de Politrizes várias pessoas estavam trabalhando suas peças juntas, o que
gerou muitas partículas nas máquinas e com isso, geraram-se contaminações nas
amostras. Sendo assim, tive que realizar o processo de Polimento diversas vezes,
afim de diminuir os riscos e cometas existentes.
O trabalho realizado foi de grande importância na formação acadêmica
relacionando um pouco de cada conteúdo abordado durante o curso de metalurgia.
Assim, considero que a realização do treinamento profissional foi uma oportunidade
impar de colocar o que aprendemos em sala de aula na pratica, principalmente em
relação aos conteúdos de Metalografia, Fundição e Siderurgia. Além disso, foi
possível um primeiro contato com a área de pesquisa e tão importante para a minha
formação como aluna, podendo estar apta, futuramente, a participar de outros
projetos, devido ao ganho de experiência tanto com ensaios metalográficos quanto
ensaios mecânicos, amplamente aplicados em metalurgia.
Folha de Aprovação e Conhecimento

Relatório de Prática Profissional apresentado pelo discente Ana Carla de Barros


Almeida Coordenação do Curso Técnico de Metalurgia, como parte do requisito para
conclusão do referido curso.

Lecino Caldeira Ana Carla de Barros Almeida


Supervisor do Estágio Estagiário
18/12/2018 18/12/2018
Referências

COLPAERT; Hubertus. Metalografia dos produtos siderúrgicos comuns, 3ª


Edição, Editora Edgarg Blücher Ltda, São Paulo – 1974.

LUZ, Gelson. Ensaio de Dureza Vickers. 2017. Disponível em:


<https://www.materiais.gelsonluz.com/2017/12/ensaio-de-dureza-vickers.html>.
Acesso em: 30 nov. 2018.

POLIMENTO mecânico. 2015. Disponível em:


<https://www.mecanicaindustrial.com.br/84-polimento-mecanico/>. Acesso em: 30
nov. 2018.

ROHDE, Regis Almir. METALOGRAFIA PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS: Uma


abordagem pratica. 2010. 30 f. Artigo (engenharia industrial mecânica)- URI,
[S.l.], 2010.

TIO, Wilson. TUTORIAL PREPARAÇÃO DE AMOSTRA PARA METALOGRAFIA.


2018.

CALLISTER, W. D., Jr. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. Livros


Técnicos e Científicos, 2008.

MODENESI, P. J. Soldabilidade dos Aços Transformáveis. Apostila da


Universidade Federal de Minas Gerais, departamento de engenharia metalúrgica
e de materiais. Belo Horizonte, julho de 2012
Observação final: o relatório deve ser rubricado em todas as páginas pelo
supervisor da Concedente.

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