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A l i m e n t a r

Maio de 2010– nº1

A publicação que alimenta a comunicação


entre os Bancos Alimentares portugueses

Actualidade 2 Editorial

2º ENCONTRO ANUAL DOS BA - 9, 10 e 11 Bancos Alimentares : uma rede muito forte para
de Abril: “Juntos fazemos coisas que lutar contra o desperdício de alimentos e a fome.
sozinhos não conseguiríamos”
Este é o primeiro número de uma nova publicação
que se pretende contribua para alimentar a
comunicação entre os Bancos em actividade,
Actualidades em breves 4 associados na Federação.
São já 17 Bancos Alimentares que, um pouco por todo
2010, Ano Europeu da Luta Contra a Pobreza o país, seguindo um modelo comum, alimentam uma
e a Exclusão Social ideia, dando de comer a muitas pessoas com
Uma moeda contra a fome carências alimentares.
O seu IRS pode encher o prato de muitos Portugueses Conhecer e ter notícias da rede, torna-a mais forte e
aumenta o sentimento de pertença, de unidade.
Um Banco em foco 5 Esta newsletter é dos Bancos e para os Bancos, pelo
que viverá dos vossos contributos, das vossas opiniões
e sugestões. Sob a forma de rubricas, serão
ABRANTES: “Importa que nada se perca e apresentados os Bancos, os voluntários, os parceiros,
que consigamos sempre melhorar o nosso as instituições; serão dadas notícias e divulgados
funcionamento”. números. Contamos com todos para alimentar mais
esta ideia.
Maria Isabel Jonet
Retrato de um voluntário 6
Visite: www.bancoalimentar.pt
António Manuel Matias: “Gosto de saber que
sou uma pequena formiga no formigueiro Agenda
para auxiliar os mais necessitados.”
27, 28, 29 de Maio: Encontro Anual e AG da FEBA em
Budapeste
À conversa com um parceiro 7 27 de Maio: Lançamento da Moeda Contra a Fome
29 e 30 de Maio: Campanha de Recolha em supermercados
16 de Outubro: Conselho de Presidentes dos BA
José Cerdeira (MyBrand): “Ajudar o BA Novembro: AG da FPBA
é uma experiência muito especial” 26 e 27 de Novembro: Campanha de Recolha em
supermercados

Os BA em rede
Actualidade em números 8
Tem informações que pretende partilhar com os
Instituições, pessoas, quilos distribuídos, gráficos outros Bancos Alimentares portugueses?
Envie-as por e-mail, com o assunto “Alimentar”,
para: ba.federacao@bancoalimentar.pt

Uma publicação da FPBA


A c t u a l i d a d e : 2 º En c o nt ro an ual do s Banc o s A li men t ares — 9 , 1 0 e 1 1 de A bri l

“Reforçar a ideia de que fazemos parte uns dos outros e que a nossa força advém da estrutura organizacional, tal
como foi criada e consolidada” (in Nota de boas vindas do 2ºEncontro)

Sugestões gerais?

“Formar os voluntários para


uniformizar procedimentos e
assegurar o respeito dos valores”.

“Que a distribuição do PCAAC


tenha as mesmas regras em todos
os Bancos, com distribuições de
alimentos mais alargadas no
tempo”.

Pontos positivos
Pontos positivos deste encontro?
deste Encontro?
“O relacionamento humano entre
“A possibilidade de troca de os diversos Bancos e a Federação”.
experiências, de ideias e de
informações entre os BAs”. “O espírito de equipa e de
entreajuda”.
“O convívio e a oportunidade de
conhecer colegas de outros BAs”. “Os trabalhos em grupo que
facilitaram a aquisição de
conhecimentos técnicos”.

Sugestões
para o próximo Encontro?

“Alargar os tempos para debate e


dar mais importância à ‘Voz aos
Bancos’”.

“Organizar grupos de trabalho por


comissões”.

“Implicar e fazer participar mais


todos os voluntários”.

Sugestões
para o próximo Encontro? Sugestões
para o próximo Encontro?
“Falar mais da angariação de
produtos, fundos e voluntários”. “Trocar experiências sobre a
actividade dos voluntários
“Falar da relação dos BAs com as visitadores”.
IPSS”.
“Falar mais das actividades e
“Formar grupos de voluntários dos problemas dos BAs e
para os preparar para todos os procurar soluções”.
tipos de situações”.

Uma publicação da FPBA 2


A c t u a l i d a d e : 2 º En c o nt ro an ual do s Banc o s A li men t ares — 9 , 1 0 e 1 1 de A bri l

“Juntos fazemos coisas que sozinhos não conseguiríamos”

Cerca de 100 pessoas encontraram-se na Foz do Arelho com o objectivo de tornar vivas a missão, a visão e os
valores do Banco Alimentar e fortalecer a “cultura BA” em Portugal . Testemunhos de três participantes do
Encontro Anual, no qual podem participar todos os voluntários que o desejam.

J OSÉ MANUEL SIMÕES DE ALMEIDA, DIRECTOR DA FPBA Como trabalham nos Encontros?
Quais são os objectivos deste Encontro Anual? No primeiro Encontro seleccionou-se um conjunto de
O Encontro dos BAs permite conhecermo-nos melhor, áreas de funcionamento e debateu-se, em grupos
aprendermos uns com outros e criar um espírito de constituídos por inscrição prévia e sob orientação de
corpo. A união faz a força, e todos juntos fazemos coisas um coordenador/conferencista convidado, os
que sozinhos não conseguiriamos. Juntos é mais fácil problemas e procedimentos relativos a cada área.
evitar erros; juntos é mais fácil resistir às tentativas, que No segundo Encontro optámos por um formato
sempre existem, de uma instrumentalização dos BAs por diferente, adoptando o método do estudo de casos e
forças políticas ou outras. convidando Conferencistas para nos falarem sobre os
Como nasceu a ideia do Encontro? temas seleccionados.
Os contactos pessoais entre colaboradores dos BAs Quais foram as medidas tomadas para melhorar do
limitavam-se, ao nível das Direcções, às Assembleias primeiro para o segundo?
Gerais e às reuniões do Conselho de Presidentes e ao Começo por dizer que elas foram em grande parte
nível dos restantes colaboradores a ocasiões mais ou resultantes daquilo que nos quiseram dizer os
menos fortuitas resultantes das actividades normais participantes do primeiro Encontro através das fichas
dos BAs. Entendeu-se que isto era pouco e que era de avaliação entregues no final. Assim, além da
preciso que nos conhecêssemos e conversássemos. mudança de formato de que já falámos, dedicou-se
Concretamente, de que se fala ? mais tempo a convívio entre os participantes e fez-se
Da vida dos BAs. Este ano, escolhemos dois temas: uma noite de “variedades” que incluiu fado de
“O trabalho em rede” e “Dar valor ao que parece Coimbra e de Lisboa e folclore local.
não ter valor”.

RAMIRO MATOS, PRESIDENTE DO BA ADELINO LOPES SIMÕES, PRESIDENTE DO


SANTARÉM BA LEIRIA-FÁTIMA

O que retirou do Encontro anual? O Encontro correspondeu ao que esperava?


O Encontro é só por si uma mais-valia para todos os Sim. Registaram-se melhorias em relação ao 1º
Bancos. A partilha de experiências e a uniformização Encontro em todas as áreas: acolhimento,
de procedimentos é essencial a uma estrutura com a organização, temas, participação e resultados.
dimensão que já assume hoje a Federação dos
Bancos Alimentares. O que achou mais interessante ?
A partilha de experiências. Em todas as fases dos
O que significou para si estar na organização do trabalhos, existiram casos enriquecedores para a
Encontro? actividade do dia a dia.
Fazer parte do grupo organizador permitiu o reforço
do espírito de voluntariado, numa lógica de que a Qual foi para si o momento mais alto?
Federação somos todos nós, os voluntários de Destaco a oportunidade de "Dar voz aos
qualquer um dos 17 Bancos associados. Bancos" porque permitiu questionar, partilhar,
incentivar, o que favorece cada um de nós e dá
O Encontro correspondeu às suas expectativas? força à rede.
Acho que o programa foi muito bom. Estou quase
certo que todos saímos reforçados em Tem alguma sugestão para o próximo Encontro?
conhecimentos, em experiência e em amizade. Seria útil identificar os momentos que não
suscitaram maior adesão.
Tem alguma sugestão a fazer para o próximo
Encontro? O que significou para si estar implicado na
Nada de especial. O dois Encontros foram muito organização?
bons. Estou certo que cada uma das organizações A satisfação de assumir, dentro das minhas
voluntárias vão produzir aquilo que cada um de nós possibilidades, as tarefas de que fui incumbido.
puder dar, sem procurarmos profissionalismo ou
excelência.

Uma publicação da FPBA 3


Actualidades em breves

2010 FOI DECLARADO PELA COMISSÃO EUROPEIA ANO CONSIGNAÇÃO IRS 2009: VAMOS SER SOLIDÁRIOS SEM
EUROPEU DE COMBATE À POBREZA E À EXCLUSÃO SOCIAL CUSTOS!
COM OBECTIVOS DE: O seu IRS pode encher o prato de muitos portugueses
 reconhecer direitos e capacidades das pessoas Foi mandada esta informação aos BAs em Fevereiro
excluídas; para eles fazerem a difusão da mesma às
 sublinhar as responsabilidades de cada indivíduo instituições. Esta campanha é da iniciativa da FPBA
na luta contra a pobreza na sociedade; e foi paginada pela agência de comunicação Mybrand
 promover a coesão social e facilitar a inclusão; que sempre nos apoia nas nossas acções de
 reforçar o compromisso de todos os actores. comunicação.

O Governo português nomeou como coordenador


nacional o Sr. Dr. Edmundo Martinho, Presidente do
ISS. O programa estrutura-se em 4 eixos estratégicos:
 contribuir para a redução da pobreza e prevenir
riscos de exclusão;
 contribuir para a compreensão e visibilidade do
fenómeno da pobreza;
 responsabilizar e mobilizar o conjunto da sociedade;
 assumir a pobreza como problema de todos os países.

Os BAs desempenham desde 1992 um papel


relevante para mobilizar a sociedade contra a
pobreza. A FPBA deixa à consideração dos BAs
associados, a possibilidade de localmente
organizarem acções com as instituições para
estruturar a rede de apoio, disseminar boas práticas
e reforçar a ideia de que as instituições podem ter
um papel activo na mudança pelo grande
conhecimento que têm de cada família.

UMA MOEDA “BANCO ALIMENTAR CONTRA A FOME”

Como e quando é lançada esta moeda?


É lançada pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda
para destacar iniciativas de solidariedade em
Portugal. É apresentada publicamente no dia 26 de
Maio, na sede da Federação.

Qual é a simbologia desta moeda “Contra a Fome”?


“Coloquei duas mãos e dois pedaços de pão
representando respectivamente o ser humano e o
alimento sem o qual o homem não pode viver [...]
Varias mãos dirigidas para o centro simbolizam uma
enorme cadeia de solidariedade. O escudo em relevo
simboliza todos os Portugueses que apoiam esta
actividade a nível nacional”, explica o escultor João
Duarte que ganhou o concurso público organizado
pela Casa da Moeda.

Onde se pode comprar a moeda?


A moeda é feita de prata e pode ser comprada nos
balcões dos bancos comerciais ou na INCM pelo preço
de 5€ em formato marcador ou de 42€ em caixa com
certificado para coleccionadores. 1€ de cada moeda
vendida, sera transferido à FPBA.

Uma publicação da FPBA 4


Um Banco em foco

ABRANTES: “Importa que nada se perca e que consigamos sempre melhorar o nosso funcionamento”
Após 3 anos como voluntário no BA de Cova da Beira, Carlos Fazendeiro passou em 2006 a colaborar como
voluntário no BA de Abrantes onde exerce desde Janeiro de 2010 a função de presidente. Como nasceu o BA de
Abrantes? Como funciona ao dia a dia? Quais são as suas acções e os seus projectos? Aqui fica o seu testemunho.

Quando e como nasceu o BA de Abrantes? Para isso, importa que nada se perca e só assim
O senhor Cónego José da Graça, pároco nesta cidade, conseguiremos realizar o objectivo de lutar contra o
é o grande obreiro do BA em Abrantes. No seu dia a desperdício.
dia, era confrontado com inúmeros pedidos de ajuda Tem intercâmbios com os outros BAs?
alimentar a que não conseguia dar resposta. Com Tirando as reuniões bianuais de Conselho de
pouca indústria, Abrantes é uma zona muito Presidentes, os BAs comunicam pouco. Acho muito
necessitada. Má gestão dos escassos recursos que as positivo este Encontro Anual, para promover uma
famílias têm, “pobreza envergonhada” e ausência de maior proximidade entre pessoas que mal se
um BA no distrito de Santarém, foram factores para conhecem e que trabalham todas para a mesma
querer criar um banco. Contactou o BA de Lisboa e causa. Serve também para aperfeiçoar o trabalho de
em 18 de Novembro do 1998, nasceu o BA de Abrantes cada BA. Gostava que houvesse mais troca de ideias e
que cobre actualmente toda a zona do Médio Tejo e debate para saber o que fazem, para facilitar a
vários concelhos do distrito de Castelo Branco. entreajuda e os intercâmbios ao nível do
Como funciona o BA de Abrantes no dia a dia? funcionamento, da repartição dos excedentes de
Este Banco segue o modelo geral. Procura apoiar as produtos, do recrutamento de voluntários ou da
famílias mais carenciadas, distribuindo produtos procura de equipamentos. Por exemplo, agora
alimentares através de instituições credenciadas. Tem precisamos de arranjar uma câmara frigorífica.
estatuto de IPSS e como os outros BAs, funciona de Há novidades no BA de Abrantes?
forma autónoma, com o apoio da Federação . Tem 6 O BA acaba de se mudar para um espaço de 555 m2,
comissões: abastecimento, voluntários, distribuição, cedido durante 10 anos pela Câmara Municipal. O
imagem e relações públicas, administrativa, financeira armazém e os escritórios ficam no mesmo local.
e técnica. Tem uma contabilidade própria. A Empresas locais e a Câmara ajudaram muito nas obras
comunicação é feita pela Federação a nível nacional e que foi necessário realizar.
o material posto à nossa disposição, o que facilita
muito. Temos 66 instituições inscritas e mensalmente E projectos?
ajudamos 45, que distribuem cabazes a famílias. Às Para além das campanhas anuais, temos a funcionar a
restantes só damos apoio ocasionalmente, quando comissão da distribuição e a prospecção e angariação
temos excesso de alimentos. de novos parceiros, para dar uma melhor resposta a
todas as instituições que nos pedem apoio.
Quantos voluntários colaboram no BA de Abrantes?
Colaboram 10 a 15 voluntários, a maioria dos quais Um momento que o tenha marcado?
estão já reformados. Alguns são polivalentes e O dia em que a Câmara de Abrantes nos entregou as
trabalham em várias comissões. Durante as chaves do novo espaço. Fiquei muito comovido e senti
campanhas, cerca de 900 voluntários ajudam nas 63 uma alegria imensa.
lojas e no armazém. A comissão dos voluntários faz
BA de Abrantes em números
um trabalho importante para que não falte ninguém à
 Data de criação: 1998
porta dos supermercados nos dias das Campanhas.
 115 ton recolhidas nas campanhas de 2009
Qual é a filosofia do BA de Abrantes?  179 ton recolhidas ao longo de 2009
Procuramos dar resposta ao maior número de pedidos,  15 voluntários assíduos
contando com a ajuda dos parceiros, das instituições,  66 instituições inscritas
dos particulares e dos voluntários.  45 instituições ajudadas por mes

Uma publicação da FPBA 5


Retrato de um voluntário

António Manuel Matias: “Gosto de saber que sou uma pequena formiga no formigueiro para auxiliar os mais
necessitados. Nunca sabemos qual o dia de amanhã.”

Entrou por acaso na distribuição do Banco Alimentar Contra a Fome de Lisboa há 3 anos. Agora, dedica também
uma parte do seu tempo à contabilidade da Federação. Encontro com um dinâmico voluntário alfacinha de 73 anos
(mas que não parece), que viajou muito pelo mundo.

De que zona de Portugal é? boxes mensais, feitas com base nas guias de
Sou de Lisboa. Nasci na Mouraria e vivo na Graça. armazém emitidas pelo escritório. Até há três anos,
Gosto muito daquele bairro antigo e tão autêntico. não fazia nenhuma ideia de como era distribuir
Tem qualquer coisa que, não sei como explicar, o produtos. Quanto à contabilidade da Federação, a
torna muito agradável para viver. Dra. Isabel Jonet pediu-me há um ano, para eu
classificar os documentos que depois são enviados a
Como conheceu o BA? um gabinete de contabilidade.
Quando me reformei, senti que não me apetecia
ficar em casa sem actividade. Contactei três Porque quis ser voluntário?
instituições sem resultado. Um dia um amigo, que No início era para não ficar inactivo. Agora, gosto de
não é voluntário cá, falou-me do Banco Alimentar. saber que sou uma pequena formiga no formigueiro,
Fui recebido pelo Delfim, responsável pela Comissão para auxiliar os mais necessitados. Nunca sabemos o
de Voluntários e manifestei a minha disponibilidade dia de amanhã...
para fazer qualquer trabalho, menos contabilidade e
trabalho de escritório. O que lhe trouxe esta experiência?
Gosto muito do contacto que tenho com as pessoas.
“Menos contabilidade e trabalho de escritório”? Também passei a ter consciência que existe uma
Que fazia antes? miséria que não imaginava tão grande.
Trabalhei durante 55 anos, principalmente como
contabilista para empresas. Trabalhei em Lisboa, Um momento forte que viveu no BA?
Salvador da Bahia (Brasil), em Algeciras (Espanha) e Sem nenhuma dúvida as campanhas de recolha que
também viajei por Inglaterra, Alemanha, etc. Gostei são cada ano mais importantes apesar da crise. E têm
muito do “à vontade” e da descontracção dos também um ambiente muito especial.
brasileiros. Não queria trabalhar no BA como
contabilista porque esse trabalho é de Tem passatempos ?
responsabilidade e envolve muita pressão e porque a Gosto de passear por Lisboa e pelos arredores a pé,
legislação muda muito. de comboio ou de barco. Gosto de me sentar num
café para ler os escritores portugueses clássicos e
Qual é o seu papel no Banco Alimentar? modernos.
Como voluntário da Distribuição, atendo diariamente
as instituições, entrego-lhes os produtos frescos e as

Uma publicação da FPBA 6


À conversa com um parceiro

José Cerdeira, director de conta na MyBrand, é responsável pela publicidade do BA e explica em que consiste
a colaboração com o Banco Alimentar.

Como nasceu a colaboração entre MyBrand e o BA? Por exemplo, o conhecido locutor João Vaz dá voz
O BA tem o apoio de uma agência de comunicação aos anúncios das campanhas desde há anos. Ter a
desde 1994. Ao longo dos anos, a agência foi mesma voz dá mais força e coerência a uma marca.
mudando de nome. É desde Dezembro de 2008 a
MyBrand. Entrei por livre vontade no processo de O que lhe traz esta experiência ?
colaboração com o BA em 2001 mas tinha ouvido Ajudar o BA é uma experiência especial. Gostamos a
falar do Banco desde a sua criação. ideia de oferecer o nosso tempo e o nosso trabalho a
uma instituição que tem uma vocação tão altruísta.
Em que consiste a sua ajuda? Gostamos de saber que contribuímos para o sucesso
Trabalhamos sobre a identidade visual, desde a de uma obra desta dimensão e que fazemos um
criação gráfica, como o logotipo, até à realização de trabalho cívico. O êxito das campanhas é a nossa
peças de comunicação para as campanhas de melhor recompensa.
recolhas nacionais e para acções de comunicação ao
longo do ano (cartazes, brochura institucional, etc.). Um momento forte que viveu no BA?
Todo o trabalho de criação é voluntário. Existe uma Penso em três momentos fortes:
articulação muito estreita com a Comissão de > Os sorrisos e o reconhecimento das pessoas do BA
Imagem do BA, que procura e negoceia os espaços de quando entregamos uma campanha de comunicação
media nacionais ou regionais. Também a impressão e finalizada.
a divulgação do material de comunicação estão a > A mobilização, cada vez mais importante, dos
cargo do BA. voluntários durante as Campanhas.
> Quando, pessoalmente, trabalho no armazém com
Pode detalhar o processo de trabalho com o BA? o meu filho, durante as Campanhas, é um momento
Trabalhamos exactamente da mesma maneira que de solidariedade muito especial.
com qualquer outro cliente. Primeiro definimos com
o BA as grandes linhas de comunicação a criar: a Existem novos projectos em curso?
mensagem a transmitir (despertar a cidadania, Estamos a fazer etiquetas para frascos de doces
provocar o envolvimento etc.), os suportes de feitos a partir de excedentes de frutas e estamos a
comunicação (filme, mensagem rádio, cartazes, acabar o filme institucional sobre a actividade dos
sacos, etc.) e os prazos. A MyBrand faz uma proposta BA. Pensamos a comunicação das Campanhas com
que o BA aceita ou não. A gratuidade do nosso uma mensagem sempre mais forte para facilitar o
trabalho não o impede de recusar uma campanha. envolvimento. O trabalho do BA nunca pára: não são
Depois, contactamos profissionais da indústria da apenas as duas Campanhas anuais. É uma actividade
publicidade (produtores de filmes, locutores, contínua porque infelizmente a pobreza existe
fotógrafos, etc.) dispostos a colaborar durante o ano tudo.
voluntariamente connosco para o BA. Para fazer um
anúncio, por exemplo, são precisas 15 pessoas Recentes realizações da MyBrand para o BA
durante uma semana. São muitos, mas como o BA
beneficia de grande notoriedade, eles aparecem. Anúncios para as campanhas de recolha
Diria até que, ao longo destes anos, constituímos Brochura institucional
uma rede de voluntários fieis ao BA. Etiquetas para os frascos dos doce feitos com
excedentes de frutas
Filme institucional

Uma publicação da FPBA 7


Actualidade em números

Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares

1999

Évora Coimbra Portalegre Viana Castelo

Cova
Lisboa Porto S. Miguel Aveiro Abrantes Setúbal da
Leiria Oeste Braga Santarém Viseu
Fátima Algarve
Beira

1992 1994 1996 1997 1998 2000 2002 2003 2006 2007 2008 2009

Dezembro de 2009
produtos recolhidos e distribuidos Maio de 2010
Nº instituições Nº pessoas Per cápita Nº lojas Nº voluntários
em quilos em euros ton/dia útil
apoiadas apoiadas Kg/ano campanha campanha

1.685 272.025 23.086.086,03 26.153.828,59 92,34 84,87 1.388,00 28.156,00

Uma publicação da FPBA 8


Uma publicação da FPBA 9

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