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RESUMO:
O artigo é resultante de uma leitura e reflexão da segunda versão preliminar do
documento Base Nacional Comum Curricular (BNCC), publicada em 2016 pelo
Ministério da Educação – MEC. O propósito deste texto é provocar pensamentos e
questionamentos numa perspectiva de contribuir para o debate que se estabelece em
torno do referido documento e seus impactos no contexto da educação infantil
brasileira, especialmente no tocante às narrativas instituídas (e instituintes) para tratar
dos temas infância, experiência, educação infantil e currículo. Conclui-se questionando
a necessidade e pertinência de uma base curricular nacional.
ABSTRACT:
This article is the result of the reading and reflection of the second preliminary version
of the National Curriculum Base (Base Nacional Curricular Comum – BNCC),
published in 2016 by the Ministry of Education – MEC. It seeks to stimulate thinking
and questioning from a perspective of contributing to the debate around said document
and its impacts in the context of Brazilian early childhood education, particularly with
regard to the narratives established (and being established) in the document to
address topics as childhood, experience, early childhood education and curriculum. We
conclude by questioning the need and relevance of a national curriculum base.
DOI: 10.28998/2175-6600.2016v8n16p30
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1 INTRODUÇÃO
1
Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional (Lei
9394/96), as políticas curriculares nacionais e as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para
a Educação Básica, incluindo neste contexto as diretrizes que regulamentam as diferentes
etapas e modalidades da educação.
2
Base Nacional Comum Curricular – Proposta Preliminar, 2ª versão, abril de 2016.
Debates em Educação - ISSN 2175-6600 Maceió, Vol. 8, nº 16, Jul./Dez. 2016
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3
Vide nota de rodapé da página 26 da versão preliminar 2 da BNCC.
Debates em Educação - ISSN 2175-6600 Maceió, Vol. 8, nº 16, Jul./Dez. 2016
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O que temos que nos perguntar é: que lugar deve ocupar uma base
curricular nacional nos currículos das inúmeras escolas brasileiras de educação
básica? Ou uma base curricular nacional deve balizar as traduções que os
sujeitos escolares fazem de suas experiências no cotidiano das escolas?
Porque é possível considerar, nas leituras das entrelinhas, que a BNCC
carrega em suas narrativas a pretensa intenção de fixar um lugar de destaque
tanto no cotidiano das escolas quanto nos saberes e fazeres dos seus
educadores, deixando escapar os desejos, os sentidos, os ideais e as
necessidades que fundamentam as experiências dos/as estudantes, colocando
em segundo plano suas reais aspirações de cidadania.
4
Os títulos das Carinhas foram: Política de Educação Infantil (BRASIL, 1993); Por uma Política
de Formação do Profissional de Educação Infantil (BRASIL, 1994); Critérios para um
Atendimento em Creches que Respeite os Direitos Fundamentais das Crianças (BRASIL,
1995); Propostas Pedagógicas e Currículo em Educação Infantil (BRASIL, 1996); Subsídios
para Credenciamento e Funcionamento de Instituições de Educação Infantil (BRASIL, 1998a).
Debates em Educação - ISSN 2175-6600 Maceió, Vol. 8, nº 16, Jul./Dez. 2016
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
AQUINO, Ligia Maria Leão de. Educação Infantil em Tempo Integral: infância,
direitos e políticas de educação infantil. In ARAÚJO, Vânia Carvalho de (Org.).
Educação Infantil em jornada de tempo integral: dilemas e perspectivas.
Vitória, ES: EDUFES, 2015.
FINCO, Daniela; BARBOSA, Maria Carmen Silveira; FARIA, Ana Lúcia Goulart
de (organizadoras). Campos de experiências na escola da infância:
contribuições italianas para inventar um currículo de educação infantil
brasileiro. Campinas, SP: Edições Leitura Crítica, 2015. Disponível em
<http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=62879&opt=1>.
Acesso em 10 de março de 2016.