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DESCRITIVO DA EXPERIÊNCIA DOCENTE

Tânia Regina Martendal


Professor - Ana Lucia Oliveira Fernandez Gil
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Segunda Licenciatura em Matemática (FLX0491) – Descritivo da Experiência Docente
10/09/18

RESUMO

O exercício profissional constitui, possivelmente, a indispensável origem de aprendizagem de


saberes. Justo nos diversos momentos do colégio, nas muitas condições que os professores buscam
seus conhecimentos. Almeida (2007), Borges (2004) e Tardif (2007), concordam enquanto declaram
que: “os saberes da experiência na docência são colocados pelos professores em uma hierarquia
relativa de maior estima, de acordo com sua utilização no trabalho”. Quão menos proveitoso no
trabalho é um saber, menor importância profissional aparenta possuir. Nessa visão os
conhecimentos naturais da prática da ocupação do dia-a-dia aparentam formar a base do
desempenho e das capacidades técnicas. Na docência o professor obtém a possibilidade de
reexpressar todos os outros conhecimentos, não só os da prática, contudo da mesma forma perguntar
da instrução preliminar e continua dos conhecimentos curriculares e as experiências disciplinares,
conferindo-lhes execução, originalidade, sua personalidade, ou ainda contraditando,
marginalizando-os com tentativa de conceber sua particular ação pedagógica.

Palavras-chave: Experiência; Aluno; Professor.

1 INTRODUÇÃO

O caráter do ensino está em contínuo argumento, especialmente na escola pública brasileira,


carros mediáticos comunicam a ruína da escola, da docência, do ensino, juntamente onde
ocasionalmente acompanhamos o reconhecimento dos modelos que dão certo.
A narrativa questionável entre administrações públicas e contribuição de ensino e aptidão dos
docentes, o cotidiano de prazo estreito para os professores, o provável afastamento acerca de
diferentes conhecimentos docentes e a atitude de atribuir um novo significado que os docentes
desempenham (ou deveriam desempenha), a maneira como as universidades e as pesquisas estuda o
docente e seus conhecimentos, e a modo que eles o executam e são. A totalidade destas interrogações
concilia o apoio para a polêmica da composição docente tendo como entrada as informações da
prática.

Também sabem sobre o ser professor por meio da experiência socialmente acumulada, as
mudanças históricas da profissão, o exercício profissional em diferentes escolas, a não
valorização social e financeira dos professores as dificuldades de estar diante de turmas de
crianças e jovens turbulentos, em escolas precárias; sabem um pouco sobre as representações
e estereótipos que a sociedade tem dos professores, através dos meios de comunicação.
(PIMENTA 1999, p. 20)
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A prática pedagógica do dia a dia do educador obriga algumas atitudes que ocasionalmente
não são assimilados pelos docentes em seu curso, faça se uma principiante ou ininterrupta e nem ao
menos nos currículos cobrados pela entidade escolar.
E estes conhecimentos que são realizados e intrínsecos durante o seu relato de vivência, no
“solo” da escola, em sua prática pedagógica do dia a dia, nas amizades entre professores, entre estes
e os estudantes, entre os professores, a instituição de ensino e sua disciplina e entre os professores e
os seus próprios conhecimentos, são conceituados por muitos autores (BORGES, 1998; TARDIF,
2007; PIMENTA, 2002) como os saberes da experiência, ou melhor, os mesmos saberes que são
resultados da interferência pedagógica do educador na escola, em suas classes, na preparação do
trabalho pedagógico, em sua mesma trajetória durante sua existência. É o que esclarece Tardif sobre
estes saberes “[...] não provém das instituições de formação nem dos currículos. [...] não se encontram
sistematizados em doutrinas ou teorias” (2002; p.48,49). O docente à frente deste conhecimento é ao
mesmo tempo inventor e sujeito.

2 DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DOCENTE

2.1 Atualidade

O Brasil vivencia atualmente um fato incomum, progrediu financeiro e socialmente e com


intuito de progredir necessitamos de escolas popular, inclusivas, que se envolva e que asseguram
possibilidades e igualdade para todos.
Na atualidade, ser educador representa compreender e adaptar-se onde há dessemelhança
sociocultural, emocional e intelectual como afirmava Paulo Freire “Ninguém educa ninguém,
ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si midiatizados pelo mundo”.
As famílias entregam suas proles nas mãos dos professores e esperam a satisfação e a nossa
dedicação, para que lhes estimulemos o prazer em instruir-se. Crianças e adolescentes carece de
exemplo para se construírem na sua liberdade e forem independentes. Nos primeiros anos de vida, os
exemplos, as referencias, são seus familiares, mas futuramente, os exemplos são procurados na
escola, na sociedade.
Alguns atos só se aprendem na escola, com a mediação de uma pessoa mais conhecedora: o
educador. Os docentes são como mestres que levamos pela vida toda, que nos deram conhecimento
por um quadro de giz. Ser educador atualmente é viver o seu tempo com sensibilidade e consciência,
é preciso saber lidar com as diferenças, ter flexibilidade e ajudar o nosso aluno a refletir, é ser
emancipado do saber.
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2.2 Minha experiência em sala de aula

A partir deste momento irei falar sobre a minha experiência como educadora, minhas aflições,
expectativas e do constante aperfeiçoamento técnico necessário em sala de aula.
Em 2007 comecei a minha graduação, em Pedagogia – ULBRA, em 2010 foi o ano da minha
formatura.
Novamente em 2013 comecei uma nova graduação em Licenciatura em Informática.
Quando entrei em sala pela primeira vez, declaro que foi emocionante, mas também não sabia direito
o que fazer. Eram muitas crianças, várias culturas, todos empolgados com a nova professora que
acabara de chegar. Eu me senti e ainda me sinto muito importante.
Os dias foram passando e a experiência aumentou e atualmente me sinto mais preparada, sei
que ainda tenho muito a evoluir, porque o educador precisa sempre estar atento, estudar, buscar novas
práticas e novos caminhos, para assim conseguir com que seus alunos evoluam tanto em sabedoria
quanto intelectualmente.
Meu primeiro trabalho foi em fevereiro de 2010, no Núcleo de Educação Infantil do Rio Farias
em uma escola de educação infantil, no jardim II, com alunos de 4 anos, no município de Antônio
Carlos, na localidade do Rio Farias. Aqui grande parte dos alunos é de origem alemã e trabalham na
agricultura. As famílias participam ativamente das reuniões, das festas escolares e também do
aprendizado dos filhos. Como é uma comunidade pequena, eu já era conhecida. Nesse primeiro
trabalho tive algumas dificuldades, pela falta de experiência. Faltava muito apoio e assistência, pois
devido à escola ser distante da cidade não recebíamos amparo algum.
Também é importante ressaltar que um trabalho pedagógico com crianças de 0 a 6 anos, é
inserido num projeto de transformação social, necessita incorporar contribuições teóricas-práticas das
diversas ciências, áreas, temas que auxiliem os educadores a compreender a criança no contexto atual
(PROPOSTA PEDAGÓGICA DA EDUCAÇAO INFANTIL, 1999, p. 17).
Em 2011 trabalhei na mesma escola como professora do jardim I na educação infantil, e na
creche com crianças de 1 ano até 3 anos. Senti-me realizada porque é uma área que eu realmente
gosto, me sentindo satisfeita e entusiasmada.
Creio que obtive uma prazerosa atuação nos dois primeiros anos, aos poucos fui me sentindo
mais segura para reconhecer a visão histórica que se tinha e infelizmente que algumas pessoas ainda
têm, sobre as creches e escolinhas, que é ato de apenas “cuidar”.

“Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem e estarem no


mundo é o grande desafio da educação infantil e de seus profissionais” (REFERENCIAL
CURRICULAR NACIONAL PARA EDUCAÇÃO INFANTIL, 1998, p. 22).
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Já em 2012 trabalhei numa escola de ensino fundamental com os 1º anos matutino e


vespertino. Obtive muito aprendizado com esta turma, por ser a primeira turma de ensino fundamental
e ter que alfabetiza-los, além de ser uma comunidade mais carente e com vários problemas de
estrutura familiar.
No ano de 2013 trabalhei com uma turma de 3º ano, com diferentes tipos de alunos, alguns
com muita dificuldade e outros com grande facilidade em aprender.
O ano de 2013 realmente foi de novos projetos e mudanças, pois iniciei faculdade de
Licenciatura em Informática, algo que jamais imaginei que fosse fazer. Confesso que de início me
senti perdida, mas com o passar do tempo comecei a gostar e, atualmente me sinto bem à vontade e
esperançosa de fazer um bom trabalho nessa área.
Neste início de ano de 2014 já estava contratado para trabalhar na E.E.B. Altamiro Guimarães
na sala de tecnologia, onde estou atuando atualmente. Um novo desafio, uma nova experiência.
Hoje ao planejar atividades, projetos para desenvolver na turma, procuro transmitir não só
conhecimentos, mas proporcionar que os alunos através de atividades usando tecnologias, como fazer
pesquisas em sites, até atividades online, sendo estas livres ou dirigidas, levando em consideração a
individualidade de cada indivíduo, e respeitando a faixa etária da turma.
Buscava e busco, em minhas avaliações tanto na educação infantil como nas séries iniciais,
destacar tanto da turma como do aluno individualmente, comprovando o processo de
desenvolvimento da criança, ou o progresso do aluno em sala de aula. Procuro ao longo do ano que
não sobre saia o resultado final, como sendo o mais importante e sim o processo que a criança ou
aluno alcançou.
Atualmente atuo em sala de aula, sabendo o que eu quero, tendo a clareza no caminho que
devo seguir. Procuro trabalhar a partir das dificuldades do aluno, proporcionando caminhos para
ajudar a cada um em seu processo de aprendizagem.
Sinto necessidade de estar sempre me atualizando, buscando coisas novas para contribuir na
minha prática docente, leio livros relacionados ao meu trabalho, participo de cursos de capacitação,
formações com colegas da área, enriquecendo a minha experiência profissional.
Segundo Navarro,

Tudo isso me leva a acumular muitos recursos didáticos, muitas experiências de estar em
aula, muitos exemplos e outras coisas mais. Mas acredito que foi ficar de orelhas em pé,
escutar o que as crianças dizem, foi o que me deu a chave para saber como lidar com este
momento. Assim guiada por suas pequenas vozes, entendo agora a escola como um lugar
onde se aprende, onde se compartilha o tempo, o espaço, o afeto com os demais; onde sempre
haverá alguém para nos emocionar para nos dizer na orelha algum segredo magnífico (2004,
p. 18).

No ano de 2014, no mês de setembro, passei no concurso público e fiquei muito feliz.
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Até hoje estou trabalhando no município de Antônio Carlos SC como efetiva e permaneço na
área da informática há quatro anos, por ser formada e pela minha experiencia e habilidade nos
programas do computador.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Escolher ser professor é necessário gostar de educação, sala de aula, aprendizado, porque
ensinar também é aprender. Precisamos de professores de qualidade para dar suporte aos novos alunos
que estão por vir. Educação é a chave para uma vida de sucesso. Acredito que a diferença
pode começar por mim.
Ao me lembrar do primeiro dia que entrei em uma sala de aula, cheia de medos, receios e
curiosidades, senti uma emoção sem descrição. Posso afirmar que sou realizada no que escolhi para
minha vida profissional. Ao voltar até o início de minha carreira, percebo o quanto cresci
profissionalmente, porém a área da educação a busca o aperfeiçoamento é contínuo.
Respeito e lembro com carinho de pessoas que contribuíram para que eu me tornasse o que
eu sou hoje, uma educadora que sabe o que busca.
Enfim além de realizada profissionalmente, sou feliz com a carreira que escolhi e luto a cada
dia, para ver escolas e professores ouvintes, sensíveis, alegres, aventureiros, curiosos... Ufa.
A busca pela valorização docente e seus saberes, tem sido alvo bastante procurado
atualmente. Fortalecer e qualificar a educação e os educadores parece ser o que impulsionará uma
mudança nesta sociedade.
Portanto, busquei através deste trabalho demonstrar a importância do professor na sociedade,
a sua necessidade de tempo e apoio para realizar um bom trabalho, além de toda a minha experiência
até aqui.
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REFERÊNCIAS

BORGES, Cecília Maria Ferreira. O Professor de Educação física e a Construção do


Saber. Campinas, SP: Papirus, 1998.

NAVARRO. M. Carmen Díez. Afetos e emoções no dia-a-dia da educação infantil. Porto Alegre:
Artmed, 2004.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO


FUNDAMENTAL. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil: Introdução. V. 1.
Brasília: Mec/Sef, 1998

PIMENTA, Selma Garrido, (org.). Formação de Professores: identidade e saberes da docência.


In. Saberes Pedagógicos e Atividade Docente. São Paulo: Cortez, 2002, pp. 15-34.

Proposta Pedagógica da Educação Infantil: Revista e Ampliada. 2° Ed. Porto Alegre: V&C Ltda.,
1999.

TARDIF, Maurice. Saberes Docentes e Formação Profissional. 8a edição Petrópolis, RJ: Vozes,
2007.

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