Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
Também sabem sobre o ser professor por meio da experiência socialmente acumulada, as
mudanças históricas da profissão, o exercício profissional em diferentes escolas, a não
valorização social e financeira dos professores as dificuldades de estar diante de turmas de
crianças e jovens turbulentos, em escolas precárias; sabem um pouco sobre as representações
e estereótipos que a sociedade tem dos professores, através dos meios de comunicação.
(PIMENTA 1999, p. 20)
2
A prática pedagógica do dia a dia do educador obriga algumas atitudes que ocasionalmente
não são assimilados pelos docentes em seu curso, faça se uma principiante ou ininterrupta e nem ao
menos nos currículos cobrados pela entidade escolar.
E estes conhecimentos que são realizados e intrínsecos durante o seu relato de vivência, no
“solo” da escola, em sua prática pedagógica do dia a dia, nas amizades entre professores, entre estes
e os estudantes, entre os professores, a instituição de ensino e sua disciplina e entre os professores e
os seus próprios conhecimentos, são conceituados por muitos autores (BORGES, 1998; TARDIF,
2007; PIMENTA, 2002) como os saberes da experiência, ou melhor, os mesmos saberes que são
resultados da interferência pedagógica do educador na escola, em suas classes, na preparação do
trabalho pedagógico, em sua mesma trajetória durante sua existência. É o que esclarece Tardif sobre
estes saberes “[...] não provém das instituições de formação nem dos currículos. [...] não se encontram
sistematizados em doutrinas ou teorias” (2002; p.48,49). O docente à frente deste conhecimento é ao
mesmo tempo inventor e sujeito.
2.1 Atualidade
A partir deste momento irei falar sobre a minha experiência como educadora, minhas aflições,
expectativas e do constante aperfeiçoamento técnico necessário em sala de aula.
Em 2007 comecei a minha graduação, em Pedagogia – ULBRA, em 2010 foi o ano da minha
formatura.
Novamente em 2013 comecei uma nova graduação em Licenciatura em Informática.
Quando entrei em sala pela primeira vez, declaro que foi emocionante, mas também não sabia direito
o que fazer. Eram muitas crianças, várias culturas, todos empolgados com a nova professora que
acabara de chegar. Eu me senti e ainda me sinto muito importante.
Os dias foram passando e a experiência aumentou e atualmente me sinto mais preparada, sei
que ainda tenho muito a evoluir, porque o educador precisa sempre estar atento, estudar, buscar novas
práticas e novos caminhos, para assim conseguir com que seus alunos evoluam tanto em sabedoria
quanto intelectualmente.
Meu primeiro trabalho foi em fevereiro de 2010, no Núcleo de Educação Infantil do Rio Farias
em uma escola de educação infantil, no jardim II, com alunos de 4 anos, no município de Antônio
Carlos, na localidade do Rio Farias. Aqui grande parte dos alunos é de origem alemã e trabalham na
agricultura. As famílias participam ativamente das reuniões, das festas escolares e também do
aprendizado dos filhos. Como é uma comunidade pequena, eu já era conhecida. Nesse primeiro
trabalho tive algumas dificuldades, pela falta de experiência. Faltava muito apoio e assistência, pois
devido à escola ser distante da cidade não recebíamos amparo algum.
Também é importante ressaltar que um trabalho pedagógico com crianças de 0 a 6 anos, é
inserido num projeto de transformação social, necessita incorporar contribuições teóricas-práticas das
diversas ciências, áreas, temas que auxiliem os educadores a compreender a criança no contexto atual
(PROPOSTA PEDAGÓGICA DA EDUCAÇAO INFANTIL, 1999, p. 17).
Em 2011 trabalhei na mesma escola como professora do jardim I na educação infantil, e na
creche com crianças de 1 ano até 3 anos. Senti-me realizada porque é uma área que eu realmente
gosto, me sentindo satisfeita e entusiasmada.
Creio que obtive uma prazerosa atuação nos dois primeiros anos, aos poucos fui me sentindo
mais segura para reconhecer a visão histórica que se tinha e infelizmente que algumas pessoas ainda
têm, sobre as creches e escolinhas, que é ato de apenas “cuidar”.
Tudo isso me leva a acumular muitos recursos didáticos, muitas experiências de estar em
aula, muitos exemplos e outras coisas mais. Mas acredito que foi ficar de orelhas em pé,
escutar o que as crianças dizem, foi o que me deu a chave para saber como lidar com este
momento. Assim guiada por suas pequenas vozes, entendo agora a escola como um lugar
onde se aprende, onde se compartilha o tempo, o espaço, o afeto com os demais; onde sempre
haverá alguém para nos emocionar para nos dizer na orelha algum segredo magnífico (2004,
p. 18).
No ano de 2014, no mês de setembro, passei no concurso público e fiquei muito feliz.
5
Até hoje estou trabalhando no município de Antônio Carlos SC como efetiva e permaneço na
área da informática há quatro anos, por ser formada e pela minha experiencia e habilidade nos
programas do computador.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Escolher ser professor é necessário gostar de educação, sala de aula, aprendizado, porque
ensinar também é aprender. Precisamos de professores de qualidade para dar suporte aos novos alunos
que estão por vir. Educação é a chave para uma vida de sucesso. Acredito que a diferença
pode começar por mim.
Ao me lembrar do primeiro dia que entrei em uma sala de aula, cheia de medos, receios e
curiosidades, senti uma emoção sem descrição. Posso afirmar que sou realizada no que escolhi para
minha vida profissional. Ao voltar até o início de minha carreira, percebo o quanto cresci
profissionalmente, porém a área da educação a busca o aperfeiçoamento é contínuo.
Respeito e lembro com carinho de pessoas que contribuíram para que eu me tornasse o que
eu sou hoje, uma educadora que sabe o que busca.
Enfim além de realizada profissionalmente, sou feliz com a carreira que escolhi e luto a cada
dia, para ver escolas e professores ouvintes, sensíveis, alegres, aventureiros, curiosos... Ufa.
A busca pela valorização docente e seus saberes, tem sido alvo bastante procurado
atualmente. Fortalecer e qualificar a educação e os educadores parece ser o que impulsionará uma
mudança nesta sociedade.
Portanto, busquei através deste trabalho demonstrar a importância do professor na sociedade,
a sua necessidade de tempo e apoio para realizar um bom trabalho, além de toda a minha experiência
até aqui.
6
REFERÊNCIAS
NAVARRO. M. Carmen Díez. Afetos e emoções no dia-a-dia da educação infantil. Porto Alegre:
Artmed, 2004.
Proposta Pedagógica da Educação Infantil: Revista e Ampliada. 2° Ed. Porto Alegre: V&C Ltda.,
1999.
TARDIF, Maurice. Saberes Docentes e Formação Profissional. 8a edição Petrópolis, RJ: Vozes,
2007.