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O ato praticado por Juiz impedido é considerado inexistente. Significa que tem que ser
completamente refeito, não podendo ser ratificado, pois é um nada jurídico.
O juiz tem o dever de dar-se suspeito, quando for o caso.
É suspeito o Juiz que tiver dado parte oficial do crime, ou seja, que tiver
promovido a notitia criminis.
Quando seu cônjuge, ascendente ou descendente tiver tiver respondendo por fato
análogo, o Juiz será considerado suspeito, pois pode haver a produção de
jurisprudência em interesse próprio.
Também há suspeição quando uma das partes vai julgar causa do cônjuge ou parte
até o segundo grau do Juiz.
A suspeição ou impedimento por afinidade cessa com a dissolução da união, salvo
se houverem descendentes. Ainda que não haja ascendentes, subsiste o
impedimento na linha reta em primeiro grau e na linha colateral em segundo grau.
Decorar isso até a prova.
As regras de impedimento e suspeição aplicam-se aos auxiliares da Justiça, no que
couber. Aos peritos e intérpretes aplicam-se as regras de suspeição, mas o seu
impedimento possui regras específicas.
Peritos e intérpretes devem prestar compromisso a cada perícia. Quando
designados não podem recusar ao encargo, salvo por motivo relevante, sob pena
de multa de até 3 dias de remuneração ou, caso não tenha remuneração fixa, de
1/10 à metade do maior SM do país.
Dentre os impedimentos do perito, destacam-se os que tiverem prestado
depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da perícia e os
menores de 21 anos.
DAS PARTES
Do acusador: o PGJM atua perante o TSE nos feitos de sua competência originária,
enquanto os promotores de Justiça militar atuam na primeira.
O CPPM não inclui a possibilidade de habilitação do cônjuge como assistente,
caso morto o ofendido. No entanto, a doutrina não enxerga empecilho.
Requerimento de habilitação do assistente: é decido pelo Juiz=auditor. No caso de
indeferimento, cabe recurso inominado (art. 65, §1º). Conforme regimento interno do
STM, o rito do recurso inominado é o mesmo do RESE. Se a decisão for prolatada em
feito de competência originária do STM, no entanto, é irrecorrível.
Não pode da admissão do assistente resultar impedimento para o Juiz, membro do
MP ou escrivão. Neste caso, o Juiz não permitirá a nomeação do assistente, sem
prejuízo da indicação de outro que o substitua.
Via de regra o assistente não precisa ser intimado, salvo para assistir ao
julgamento,nos termos do art. 66 do CPPM.
Se o ofendido for também acusado, não poderá intervir como assistente senão
após a sua absolvição por sentença passada em julgado.
O assistente tem uma atuação mais restrita do que no Processo penal comum. Pelo
CPPM, não poderá arrolar testemunhas, exceto requer a oitiva das referidas, nem
requerer a expedição de precatória ou rogatória, ou diligência que retarde o
processo, tampouco impetrar recursos, salvo do despacho que indeferir o pedido
de assistência. Não pode requerer perícias.
O ASSISTENTE PODE, no entanto, requerer diligências, se deferidas, propor
meios de prova, aspresentar quesitos em perícia, juntar documentos, arrazoar os
recurso impetrados pelo MPM e participar de debate oral.
O assistente não pode IMPETRAR APELAÇÃO SUBSTITUVIA de sentença
absolutória (como ocorre no Processo Penal comum).
Ação penal pública condicionada: quando for o caso, dependerá ou de requisição do
Comando Militar ou do Ministro da Justiça. Não há a representação do ofendido como
condição de procedibilidade da ação penal.
Na análise quando do cabimento da denúncia, aplica-se o princípio do in dubio
pro societate.
Quem analisa o pedido de arquivamento é o Juiz-auditor. Caso seja acolhido,
devem os autos ser remetidos à auditoria de correição, pois o Juiz-auditor
corregedor ainda pode requerer ao STM o desarquivamento.
Caso o Juiz-auditor discorde do pedido de arquivamento, aplica-se o art. 28,
remetendo-se os autos ao PGJM.
Os leis da segurança nacional hoje são julgados pela Justiça Federal.
Art. 31: como não existem mais ministérios modernamente, a doutrina desloca a
competência para o comando militar correspondente.
Art. 33: trata da notitia criminis. O §1º não é mais aplicável em parte, pois não se
exige que a redução a termo seja feita perante o Juiz.
O processo se inicia com o recebimento da denúncia e se efetiva com a citação do
acusado. o marco final do processo é o trânsito em julgado da sentença, ainda que esta
não decida o mérito.
Não é possível a propositura de denúncia substitutiva quando o MPM requer o
arquivamento ou diligências adicionais, posto que não há inércia.
O número de testemunha no processo penal militar é 6.
O MPM, ao oferecer a denúncia, deve declarar as razões de convicção ou
presunção de delinquência. Note que isso não é exigido no processo penal comum
(CPP, art. 41).
Prazo para o oferecimento da denúncia: é de 5 dias, se preso, e 15 dias, se solto. A
novidade do CPPM é que é fixado o prazo de 15 dias ao Juiz e o prazo de 15 dias para
oferecer a denúncia pode ser dobrado ou triplicado, somente quando solto o acusado e em
caráter excepcional. A prorrogação far-se-á por despacho do Juiz.
O prazo de 15 dias para o Juiz se manifestar não comporta
prorrogação.
Não se declará a extinção da punibilidade por morte do acusado sem a juntada da
sua certidão de óbito.
O STF não reconhece legitimidade ativa a entidades civis e sindicais para, em
sede de substituição processual ou em representação de seus associados,
ajuizarem ação penal privada subsidiária da pública.
A competência da JMU se restringe aos crimes militares previstos em lei. não
alcança questões administrativas. (a justiça militar dos estados tem competência
para julgar as ações judiciais contra atos disciplinares militares. Em contrapartida,
apenas a JMU julga civis. As jutiças estaduais militares apenas julgam bombeiros
e policiais militares.
Os crimes dolosos contra a vida de civil são julgados pela Justiça comum, mesmo
quando o acusado for militar (a contrario sensu, crimes que não seja dolosos
contra a vida e praticados por militar contra civil são de competência da JM).
Assim, nos crimes dolosos contra a vida praticados contra civil, a justiça militar
encaminhará os autos do inquérito policial militar à justiça comum.
lugar do crime: o legislador adotou a teoria mista, ou seja, nos crimes comissivos
adota-se a teoria da ubiquidade, enquanto para os crimes omissivos considera-se
praticado no lugar da ação ou omissão (teoria da atividade).