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JUSTIÇA MILITAR: o Juízo militar é um órgão colegiado composto por um Juiz auditor

e quatro Juízes militares. A diferença entre a justiça militar da União e as estaduais, no


ponto, é que o conselho é presidido pelo Juiz auditor no caso das justiças estaduais, ao
passo que na Justiça militar da União quem preside é o Juízo militar mais antigo. Na
justiça militar da União não há órgão singular.
Há duas espécies de conselho:
1) Conselho especial de Justiça: é o conselho sorteado e formado em cada processo
para o julgamento de um oficial das forças armadas. Entende-se que não ofende
ao princípio do Juiz natural.
2) Conselhos permanentes de Justiça: têm a mesma composição (um Juiz-auditor e
quatro juízes militares) e são formados a cada trimestre. Eles processam e julgam
ações em que os acusados são praças ou civis.
 Os Juízes militares devem ocupar posto superior ao do acusado, ou, sendo de
mesma hierarquia, que seja mais antigo.
 Deve ser observado no processo penal o princípio da busca da verdade real, que
privilegia o conhecimento da verdade dos fatos.
 Aplicam-se os princípios da obrigatoriedade e indisponibilidade da ação penal ao
processo penal militar. No entanto, pode-se afirmar que incidem com maior força
tais princípios no direito processual militar, pois não há a possibilidade da
aplicação dos institutos despenalizadores de que trata a lei 9.099/95 (transação
penal e suspensão condicional do processo).
 A lei processual penal tem aplicabilidade imediata e não retroage para alcançar
atos processuais perfeitos e acabados, ainda que mais benéficos ao réu
 Enquanto a regra do CPP comum é a territorialidade e a extraterritorialidade
condicionada e incon, a regra do CPPM é a extraterritorialidade incondicionada.
 Os tratados e convenções internacionais sempre prevalecem sobre o CPPM, ainda
que não verse sobre direitos humanos.
 A regra do Direito penal militar que é a ação é pública INCONDICIONADA.
Pode ser condicionada, muito excepcionalmente. No entanto, jamais será privada
propriamente dita (mas admite-se a subsidiária da pública, por determinação
constitucional).
 Os órgãos julgadores da justiça militar de primeira instância atuam em regime de
escabinato, ou seja, há uma mistura de Juízes togados (um, o Juiz-auditor) e leigos
(4 juízes militares).
AULA 1
POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR
 Os comandantes das forças armadas, subordinados diretamente ao Ministro da
defesa, gozam de status ministerial para diversas finalidades.
 O ministro da defesa não exerce função de polícia judiciária, até porque se trata
de um civil.
 Diretores e chefes em geral podem exercer a função de polícia judiciária. Militares
em geral que exercem funções de comando e chefia exercem a função de polícia
judiciária.
Delegação da função de polícia judiciária: oficial da ativa de posto maior > caso não haja
disponível, oficial da ativo de mesmo posto, mas mais antigo > caso não haja disponível,
oficial da reserva de posto maior.
A delegação deve sempre ser feita caso a caso e por tempo
determinado. Portanto, é necessário que para cada inquérito haja um ato de delegação.
A delegação pode abranger tanto a prática de diligências
quanto a própria instauração do inquérito. No entanto, na prática, é comum que seja
instaurado o IP e delegada apenas a prática de diligências.
Rever esse ponto. Pelo CPPM a delegação a oficial da reserva só pode ocorrer pelo
Ministro, mas o livro diz que é inaplicável. Qual é o entendimento do CESPE sobre o
assunto?
Competência da polícia judiciária militar:
1) Apurar crimes militares;
2) Prestar informações à justiça militar e aos membros do MPM e realizar diligências
por eles requisitadas.
3) Cumprir os mandados de prisão expedidos pela JM;
4) Representar a autoridades judiciárias militares acerca da prisão preventiva e da
insanidade mental do indiciado.
5) Solicitar a autoridades civis informações necessárias e requisitar da polícia civil e
das repartições técnicas civis as pesquisas e exames necessários ao complemento
e subsídio de inquérito policial militar. O poder de requisição justifica-se porque,
em geral, a polícia judiciária militar não tem aparatos para realizar exames e
perícias mais complexos.
6) Apresentar militar ou funcionário de repartição militar à autoridade civil
competente, desde que legal e fundamentado o pedido.
 Vale observar que hj a polícia judiciária militar não mais apura crimes da
“legislação especial”. Por exemplo, na época da ditadura, os crimes contra a
segurança nacional eram investigados pelos militares.
Inquérito policial militar: regra geral, as diligências realizadas no IPM constituem
instrução provisória, devendo ser repetidas em Juízo. Exceção: exames, perícias e
avaliações.
O IPM é sigiloso, mas deve ser observada a SV14.
 A hipótese de instauração de IPM por decisão do STM não é mais aplicável.
 O requerimento para a instauração de IPM pelo ofendido pode ser feito por
procurador, mas ao qual devem ter sido concedidos poderes especiais.
 A sindicância destina-se a apurar faltas disciplinares.
 O comandante que tomar ciência de crime militar pode tomar medidas urgentes
mesmo que não tenha competência para investigar o infrator.
 Se o fato investigado não for crime militar (mas comum), a autoridade militar dará
ciência à autoridade policial civil competente. Se o infrator for menor de 18 anos,
será apresentado ao Juizado de menores.
 Os oficiais generais têm foro por prerrogativa de função no STM.
 Se no curso do IPM a autoridade verificar o envolvimento de patente superior,
deverá encaminhar à competente... por óbvio, a oitiva dessa autoridade superior
como testemunha não implica a alteração da competência.
Escrivão para o inquérito: regra geral, quem escolhe o escrivão é o encarregado
(autoridade para a qual foi delegada), desde que não tenha sido feita pela autoridade
delegante. No entanto, o escrivão deve ser escolhido entre:
1) Segundo ou primeiro-tenente, caso o indiciado seja oficial (primeiro e segundo
tenentes são os primeiros oficiais...). significa dizer que, se o indiciado for oficial,
o escrevente poderá ser de menor graduação, mas sempre um oficial. Nada impede
que seja designado como escrivão um oficial de posto superior ao de tenente.
2) Sargento, subtenente ou suboficial, nos demais casos.
Medidas: as medidas constantes do art. 12 podem ser tomadas mesmo antes de publicada
a portaria de delegação, pois são medidas urgentes. As do art. 13, no entanto, apenas após
a delegação (são atividades instrutórias propriamente ditas).
É possível a reconstituição dos fatos, nos mesmos moldes do CPP, com a diferença que
também não poderá ser praticada quando atentar contra a hierarquia e a disciplina.
Art. 14.: se o fato apurado for de excepcional importância ou de difícil elucidação, pode
a autoridade pedir ao PGdo MPM a assistência de procurador (qualquer membro do
MPM, podendo ser inclusive promotor de justiça militar). Isso não significa que o
membro do MPM vai obedecer à autoridade policial. Pelo contrário, é aquele que pode
requisitar diligências a este.
Crimes contra a segurança nacional são de competência da Justiça federal e não da JM.
Art. 16: o inquérito é sigiloso, mas seu encarregado pode permitir que dele tome
conhecimento o advogado do indiciado.
Art. 17: não foi recepcionado pela CF, na medida que é vedada, EM QUALQUER
HIPÓTESE, A INCOMUNICABILIDADE DO PRESO. Se nem em estado de sítio
admite-se...
Art. 18: o indiciado pode ser preso por 30 dias, independentemente de flagrante delito,
sendo comunicada a prisão à autoridade competente. O prazo pode ser prorrogado por
mais 20 dias por ordem do comandante a requerimento da autoridade... é a chamada prisão
para averiguações. Esse art. foi recepcionado pela CF, pois ela mesma ressalva os casos
de transgressão militar ou crime propriamente militar.
Menagem: é uma medida cautelar mais branda do que a prisão, em que o indiciado não
fica restrito às suas instalações prisionais, mas tem a sua liberdade circunscrita às
dependências da unidade militar em que serve.
Tanto a menagem quanto a prisão preventiva devem ser solicitadas à justiça militar.
Prazo para conclusão do IP: 20 dias se preso, a contar da execução da prisão (o prazo é
improrrogável); 40 dias se solto, a contar da instauração do IP. Esse prazo de 40 dias pode
ser prorrogado uma vez pela própria autoridade superior.
 Quando a prisão for superveniente à instauração do processo, prevalece o prazo
que se esgotar antes.
 O prazo não corre durante a suspensão para a remessa à autoridade competente,
no caso de ter sido verificado o envolvimento de autoridade superior.
 Embora o art.20, §3º, fale de interrupção, trata-se de suspensão.
 Caso o IPM tenha sido conduzido por delegação, concluído e elaborado o
relatório, deverá ser remetido à autoridade que tem a competência para exercer a
função de polícia judiciária naquele caso. A autoridade pode ou não concordar
com as conclusões do relatório, determinar novas diligências ou aplicar
diretamente sanção disciplinar, se for o caso.
 Se o IPM tiver corrido fora do território nacional, os autos devem ser remetidos à
primeira auditoria da circunscrição com sede na Capital da União, atendida a
especialização.
 Embora o CPPM faça referência, não há mais auditorias especializadas.
 É possível a instauração de novo IPM, se novas provas surgirem. Claro que não
admite-se caso já tenha sido julgada extinta a punibilidade ou o fato siudo julgado.
Devolução do inquérito: O MP não poderá requerer a devolução do IPM senão para
diligência considerada imprescindível. Nesse caso o Juiz fixará prazo não maior que 20
dias.
No caso de flagrante delito, se o APF for suficiente,
dispensar-se-á a instauração de IPM, sendo desde logo remetido à autoridade judiciária
competente. Se a prova do fato depender de perícia, no entanto, deverá ser instaurado
IPM para a sua produção.
 Para o CESPE, as funções da polícia judiciária militar são idênticas às funções da
polícia judiciária comum.
 A delegação da função de polícia judiciária só pode ocorrer a oficial, de maior
posto oumais antigo que o indiciado, e preferencialmente por capitão.
 Em regra, os atos praticados nO IPM devem ser repetidos em juízo, mas os
exames, perícias e avaliações constituem “instrução definitiva”.
 A incomunicabilidade do preso é vedada em qualquer hipótese.
AULA 3
DO JUIZ E SEUS AUXILIARES
 Juiz-Auditor: atua, de forma monocrática, essencialmente nas fases inquisitorial e
de execução.
 Conselho de justiça: atua na fase processual da ação penal condenatória. Exceção:
o cumprimento da carta precatória é feito pelo Juiz-Auditor.
 Presidente do conselho: exerce atividade administrativa durante as sessões.
Desde a EC45, na JME não se denomina mais o Juiz togado de Juiz auditor, mas sim Juiz
de Direito.
Impedimento: se dá até terceiro grau (salvo no caso de testemunha, em que ocorre o
impedimento apenas se o próprio Juiz tiver deposto. Assim, se o Juiz tiver atuado como
testemunha no processo, estará impedido de exercer a jurisdição. Entretanto, se a esposa
do magistrado foi ouvida na mesma condição, não haverá impedimento.

O ato praticado por Juiz impedido é considerado inexistente. Significa que tem que ser
completamente refeito, não podendo ser ratificado, pois é um nada jurídico.
 O juiz tem o dever de dar-se suspeito, quando for o caso.
 É suspeito o Juiz que tiver dado parte oficial do crime, ou seja, que tiver
promovido a notitia criminis.
 Quando seu cônjuge, ascendente ou descendente tiver tiver respondendo por fato
análogo, o Juiz será considerado suspeito, pois pode haver a produção de
jurisprudência em interesse próprio.
 Também há suspeição quando uma das partes vai julgar causa do cônjuge ou parte
até o segundo grau do Juiz.
 A suspeição ou impedimento por afinidade cessa com a dissolução da união, salvo
se houverem descendentes. Ainda que não haja ascendentes, subsiste o
impedimento na linha reta em primeiro grau e na linha colateral em segundo grau.
Decorar isso até a prova.
 As regras de impedimento e suspeição aplicam-se aos auxiliares da Justiça, no que
couber. Aos peritos e intérpretes aplicam-se as regras de suspeição, mas o seu
impedimento possui regras específicas.
 Peritos e intérpretes devem prestar compromisso a cada perícia. Quando
designados não podem recusar ao encargo, salvo por motivo relevante, sob pena
de multa de até 3 dias de remuneração ou, caso não tenha remuneração fixa, de
1/10 à metade do maior SM do país.
 Dentre os impedimentos do perito, destacam-se os que tiverem prestado
depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da perícia e os
menores de 21 anos.
DAS PARTES
Do acusador: o PGJM atua perante o TSE nos feitos de sua competência originária,
enquanto os promotores de Justiça militar atuam na primeira.
 O CPPM não inclui a possibilidade de habilitação do cônjuge como assistente,
caso morto o ofendido. No entanto, a doutrina não enxerga empecilho.
Requerimento de habilitação do assistente: é decido pelo Juiz=auditor. No caso de
indeferimento, cabe recurso inominado (art. 65, §1º). Conforme regimento interno do
STM, o rito do recurso inominado é o mesmo do RESE. Se a decisão for prolatada em
feito de competência originária do STM, no entanto, é irrecorrível.
 Não pode da admissão do assistente resultar impedimento para o Juiz, membro do
MP ou escrivão. Neste caso, o Juiz não permitirá a nomeação do assistente, sem
prejuízo da indicação de outro que o substitua.
 Via de regra o assistente não precisa ser intimado, salvo para assistir ao
julgamento,nos termos do art. 66 do CPPM.
 Se o ofendido for também acusado, não poderá intervir como assistente senão
após a sua absolvição por sentença passada em julgado.
 O assistente tem uma atuação mais restrita do que no Processo penal comum. Pelo
CPPM, não poderá arrolar testemunhas, exceto requer a oitiva das referidas, nem
requerer a expedição de precatória ou rogatória, ou diligência que retarde o
processo, tampouco impetrar recursos, salvo do despacho que indeferir o pedido
de assistência. Não pode requerer perícias.
 O ASSISTENTE PODE, no entanto, requerer diligências, se deferidas, propor
meios de prova, aspresentar quesitos em perícia, juntar documentos, arrazoar os
recurso impetrados pelo MPM e participar de debate oral.
 O assistente não pode IMPETRAR APELAÇÃO SUBSTITUVIA de sentença
absolutória (como ocorre no Processo Penal comum).
Ação penal pública condicionada: quando for o caso, dependerá ou de requisição do
Comando Militar ou do Ministro da Justiça. Não há a representação do ofendido como
condição de procedibilidade da ação penal.
 Na análise quando do cabimento da denúncia, aplica-se o princípio do in dubio
pro societate.
 Quem analisa o pedido de arquivamento é o Juiz-auditor. Caso seja acolhido,
devem os autos ser remetidos à auditoria de correição, pois o Juiz-auditor
corregedor ainda pode requerer ao STM o desarquivamento.
 Caso o Juiz-auditor discorde do pedido de arquivamento, aplica-se o art. 28,
remetendo-se os autos ao PGJM.
 Os leis da segurança nacional hoje são julgados pela Justiça Federal.
 Art. 31: como não existem mais ministérios modernamente, a doutrina desloca a
competência para o comando militar correspondente.
 Art. 33: trata da notitia criminis. O §1º não é mais aplicável em parte, pois não se
exige que a redução a termo seja feita perante o Juiz.
O processo se inicia com o recebimento da denúncia e se efetiva com a citação do
acusado. o marco final do processo é o trânsito em julgado da sentença, ainda que esta
não decida o mérito.
 Não é possível a propositura de denúncia substitutiva quando o MPM requer o
arquivamento ou diligências adicionais, posto que não há inércia.
 O número de testemunha no processo penal militar é 6.
 O MPM, ao oferecer a denúncia, deve declarar as razões de convicção ou
presunção de delinquência. Note que isso não é exigido no processo penal comum
(CPP, art. 41).
Prazo para o oferecimento da denúncia: é de 5 dias, se preso, e 15 dias, se solto. A
novidade do CPPM é que é fixado o prazo de 15 dias ao Juiz e o prazo de 15 dias para
oferecer a denúncia pode ser dobrado ou triplicado, somente quando solto o acusado e em
caráter excepcional. A prorrogação far-se-á por despacho do Juiz.
O prazo de 15 dias para o Juiz se manifestar não comporta
prorrogação.
 Não se declará a extinção da punibilidade por morte do acusado sem a juntada da
sua certidão de óbito.
 O STF não reconhece legitimidade ativa a entidades civis e sindicais para, em
sede de substituição processual ou em representação de seus associados,
ajuizarem ação penal privada subsidiária da pública.
 A competência da JMU se restringe aos crimes militares previstos em lei. não
alcança questões administrativas. (a justiça militar dos estados tem competência
para julgar as ações judiciais contra atos disciplinares militares. Em contrapartida,
apenas a JMU julga civis. As jutiças estaduais militares apenas julgam bombeiros
e policiais militares.
 Os crimes dolosos contra a vida de civil são julgados pela Justiça comum, mesmo
quando o acusado for militar (a contrario sensu, crimes que não seja dolosos
contra a vida e praticados por militar contra civil são de competência da JM).
Assim, nos crimes dolosos contra a vida praticados contra civil, a justiça militar
encaminhará os autos do inquérito policial militar à justiça comum.
lugar do crime: o legislador adotou a teoria mista, ou seja, nos crimes comissivos
adota-se a teoria da ubiquidade, enquanto para os crimes omissivos considera-se
praticado no lugar da ação ou omissão (teoria da atividade).

 Embarcações: regra geral, onde ela se encontrava. Exceção: águas territoriais.


 No caso de crime praticado nas águas territoriais brasileiras, a bordo de navio ou
embarcação, o STM tem entendido que é competente o foro do local do serviço
do militar acusado.
 Crime praticado a bordo de aeronave: é o local em que a aeronave pousar. No
entanto, se não for possível, o local de onde tiver partido. Se também neste local
não for possível, será
Crimes praticados fora do território nacional: são, de regra, processados em auditoria da
capital da união. Vale lembrar que a regra do CPPM é a territorialidade e a
extraterritorialidade incondicionadas.
 Caso o crime comece a ser executado no estrangeiro e se consume no Brasil, é
competente a auditoria do lugar em que ocorreu a consumação ou, sendo o delito
tentado, no local em que deveria o resultado ter se produzido.
Domicílio do militar: o militar tem domicílio necessa´rio no local em que serve ou, no
caso de pertencer à marinha ou aeronáutica, no local a que estiver imediatamente
subordinado.
Conexão e continência
Conexão: há diversas condutas
Continência: há uma única conduta.
Conexão intersubjetiva: ocorre quando dois ou mais crimes são praticados por dois ou
mais pessoas:
1) Conexão intersubjetiva por simultaneidade: ocorre quando dois ou mais crimes
são praticados nas mesmas circunstâncias de tempo e lugar, sem que haja liame
subjetivo entre eles (não há coautora).
2) Conexão intersubjetiva por concurso: ocorre quando vários crimes, embora sem
igualdade de tempo e lugar, são praticados por um conjunto de pessoas.
3) Conexão intersubjetiva por reciprocidade: ocorre quando são praticados vários
crimes, em que a conduta de uns é pratica contra outros, em reciprocidade.
Conexão objetiva:
1) Conexão objetiva teleológica: ocorre quando um crime é praticado com a
finalidade de assegurar a execução de outro.
2) Conexão objetiva consequencial: ocorre quando um crime é praticado para
assegurar a ocultação, a impunidade ou vantagem de outra.
Casos de continência:
1) Quando várias pessoas concorrerem para um único crime. Cumulação subjetiva.
2) Quando uma pessoa praticar vários crimes em concurso. cumulação objetiva.
Critério de definição de competência no caso de conexão/continência:
1) A justiça especialidade prevalece sobre a geral. há um único caso, que é a da
auditoria de Brasília para julgar os delitos militares praticados no estrangeiro.
2) O crime mais grave sobre o menos grave.
3) Onde tiver sido perpetrado o maior número de infrações, em se tratando de delitos
de igual gravidade.
Se nenhum desses critérios for suficiente, fixar-se-á pela prevenção.

 No DPPM a separação de processos não se confunde com a separação de


julgamento.
 O único crime que não pode ser julgado à revelia é a deserção.
 Da separação que determinar a separação de processos haverá recurso de ofício
ao STM.
Competência pela prerrogativa de posto: compete ao STM processar e julgar
originariamente os oficiais generais.
Competência por prerrogativa de função: o comandante do teatro de operações
responderá a processo perante o STM, condicionada a instauração da ação penal à
requisição do PR.
Desaforamento: art. 109. Alínea C: os conselhos de justiça devem ser composto por
oficiais de mesmo posto ou mais antigos que o acusado. se não for possível compor o
Conselho nesses moldes, poderá haver o desaforamento.
Uma vez concedido o desaforamento, não é mais possível que o processo retorne ao Juízo
de origem, ainda que a razão do desaforamento deixe de existir.
Competência para julgar conflito de competência
1) STF: se o susciante ou o suscitad for o STM
2) STJ: se o conflito se der entre juízo militar de primeira instância e Juiz
vinculado a outro tribunal.
3) Se o conflito se der entre autoridades judiciárias subordinadas a esse tribunal.
 Quando o local da infração não for conhecido, é competente o foro do local de
serviço do militar.
 Tanto no DPPM quanto no Direito processual comum, a cessação da causa do
desaformanto não autoriza o retorno dos autos.
 O crime de rixa não é bom exemplo de conexão intersubjetiva por reciprocidade,
pois há crime único (na conexão necessariamente haverá pluralidade de delitos).
 Exemplo de conexão instrumental: furto e receptação; crime antecedente + crime
de lavagem de capitais.
 Na continência subjetiva há vários agentes e um só crime; enquanto na objetiva
há uma só conduta.

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