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Curso de Extensão a Distância

Drenagem Urbana
Sustentável

Módulo I
Introdução e conceitos básicos
de Drenagem
Enga Civil Juliane Vier Vieira
MÓDULO I
INTRODUÇÃO E CONCEITOS BÁSICOS DE DRENAGEM

APRESENTAÇÃO ..................................................................................... 3
1. OBJETIVO ........................................................................................... 4
2. INTRODUÇÃO ..................................................................................... 5
3. AULA 1: URBANIZAÇÃO E DRENAGEM: CONCEITOS E
DEFINIÇÕES.............................................................................................. 6
3.1 O QUE VEREMOS NA AULA 1? ...................................................... 6
3.2. DRENAGEM URBANA .................................................................... 6
3.2.1. Intensidade das chuvas ....................................................... 8
3.2.2. Tempo de retorno ................................................................. 9
3.2.3. Duração da chuva .............................................................. 10
3.2.4. Coeficiente de Escoamento Superficial ( C ) ................... 11
3.3. ABORDAGENS DA DRENAGEM.................................................. 12
3.4. CONCEITOS – INUNDAÇÕES, EROSÃO E ASSOREAMENTO . 13
4. AULA 2: DRENAGEM URBANA CONVENCIONAL ........................... 18
4.1 O QUE VEREMOS NA AULA 2? .................................................... 18
4.2. COMPOSIÇÃO DA DRENAGEM .................................................. 18
4.3. MICRODRENAGEM ...................................................................... 18
4.4. MACRODRENAGEM .................................................................... 23
5. AULA 3: DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL .............................. 27
5.1 O QUE VEREMOS NA AULA 3? .................................................... 27
5.2. HISTÓRICO DA DRENAGEM SUSTENTÁVEL ............................ 27
5.2.1 Low Impact Development – Medidas de baixo impacto
ambiental (LID) ............................................................................. 28
5.2.2 Sustainable Urban Drainage Systems - Sistema de
drenagem urbana sustentável (SUDS) ....................................... 29
5.4.3. Green Infrastructure – Infraestrutura verde (GI) .............. 30
6. CONCLUSÃO .................................................................................... 32
7. REFERÊNCIAS ................................................................................. 33
CURRÍCULO RESUMIDO DA AUTORA ................................................. 35
APRESENTAÇÃO

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná – CREA/PR


e a Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Maringá - AEAM têm a satisfação de
apresentar a apostila do Curso de Extensão a Distância “Drenagem Urbana
Sustentável” Módulo I – Introdução e conceitos básicos de Drenagem.
Esta apostila é composta por três aulas, na qual será abordado na Aula 1:
“Urbanização e Drenagem: Conceitos e Definições”. Nessa aula será feita
apresentada a motivação para se desenvolver projetos de drenagem, os problemas
enfrentados e as atuais necessidades urbanas.
Na aula 2: “Drenagem Urbana Convencional” serão apresentados os
principais elementos, características e acessórios necessários para sistemas de
microdrenagem e macrodrenagem.
Na aula 3: “Drenagem Urbana Sustentável” será apresentado o conceito
geral sobre Cidades Sustentáveis, suas características e premissas.

Bons estudos!

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1. OBJETIVO

O módulo tem por objetivo proporcionar à comunidade técnica uma


introdução à problemática das águas pluviais em meio urbano, apresentando os
impactos da urbanização e as soluções de engenharia para o devido escoamento das
águas pluviais através do conhecimento de técnicas de drenagem urbana
convencionais e sustentáveis, sua aplicabilidade e abrangência.

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2. INTRODUÇÃO

A ocorrência do êxodo rural proporcionou o crescimento das cidades, algumas


vezes até de forma desordenada e não planejada, devido à velocidade com que as
cidades foram implantadas.

A construção das cidades provoca impermeabilização do solo, o que diminui a


infiltração das águas da chuva e aumenta o escoamento superficial, gerando grandes
volumes de água que devem ser rapidamente escoados para jusante. Para isso, um
componente da infraestrutura das cidades é o sistema de drenagem urbana.

No entanto, esse conceito de drenar rapidamente para jusante as águas


escoadas provenientes das chuvas causa vários impactos ambientais, com prejuízos
financeiros, emocionais e, por vezes, até de vidas humanas, pois podem ocorrer
alagamentos, enchentes e inundações a jusante.

Na década de 70, um novo paradigma foi concebido: o de Drenagem Urbana


Sustentável. Essa nova forma de pensar a Drenagem Urbana conduziu à proposição
de reter o escoamento na fonte onde é gerado, tornando a vazão de pico menor e
mais lenta, quando comparada com a vazão de pico no sistema convencional de
Drenagem Urbana. Novas formas de produzir engenharia e novos modelos de gestão
urbana foram desenvolvidos.

Salienta-se que não serão oferecidas ferramentas para projetar as medidas


estruturais de engenharia, mas a apresentação da gama de soluções atuais
disponíveis.

Bons estudos!

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3. AULA 1: URBANIZAÇÃO E DRENAGEM: CONCEITOS E DEFINIÇÕES

3.1 O QUE VEREMOS NA AULA 1?

Nesta aula veremos os impactos causados pela urbanização, a motivação


para sistemas de drenagem pluvial adequados e os aspectos gerais de concepção
destes sistemas. Serão abordados os problemas de impermeabilização do solo,
enchentes, erosão e assoreamento.

Desta forma, esperamos contribuir para seu aprendizado.

Boa aula!

3.2. DRENAGEM URBANA

O meio ambiente é constantemente modificado para suprir as


necessidades do ser humano. Mas muitas vezes, o que parece ser sinônimo de
desenvolvimento, pode provocar situações indesejáveis. Este é o caso da
impermeabilização do solo através do asfalto ou concreto. Retida na superfície, a água
é acumulada provocando enchentes, desabamentos e infiltrações que comprometem
o espaço urbano, que podem ocorrer devido ao planejamento inadequado,
inexistência de planejamento ou omissão do poder público.

A drenagem urbana é um dos componentes da infraestrutura presente no


meio urbanizado e está diretamente relacionada ao escoamento das águas pluviais.
Algumas cidades são mais sujeitas a inundações e enchentes porque nasceram muito
próximas de rios. A água é necessária para tudo; assim, nada mais natural que os
homens de antigamente construírem suas casas e vilas ao lado de rios. Com o passar
do tempo, estas vilas transformaram-se em grandes cidades.

Outras cidades, começaram a sofrer com as enchentes mesmo situando-


se longe dos rios. Algumas das causas das enchentes são devidas à própria
construção das cidades e tudo que elas contêm: casas, prédios e ruas.

Vamos aqui explicar um pouco disso de uma forma bem simplificada.

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AULA 1: URBANIZAÇÃO E DRENAGEM: CONCEITOS E DEFINIÇÕES

Quando construímos uma casa, um pátio, ou uma calçada, o que estamos


fazendo é revestir a terra, o chão. Antes da construção a água da chuva podia penetrar
no solo com mais facilidade. Mas depois, a água da chuva não consegue se infiltrar e
então ela escoa pelas superfícies. Isto se chama impermeabilização do solo. Em um
campo aberto com árvores, uma grande parte da água da chuva fica retida nas árvores
ou infiltra-se no solo. Mas o que ocorre em uma área ocupada com muitas
construções?

Quando a superfície por onde a água escoa é “lisa”, por exemplo, no caso
dos pátios de cimento ou das sarjetas ou ainda o asfalto das ruas, a velocidade da
água pode ser muito maior do que quando a água escoa por uma superfície mais
“áspera”, como um gramado. Isso significa que a água escoa mais depressa e pode
se acumular nos pontos mais baixos de uma área da cidade.

Por isso, com o crescimento das cidades, temos maiores acúmulos de água
da chuva que não se infiltram no solo e, portanto, escoam mais rápido em direção aos
pontos críticos.

O ciclo hidrológico, de forma simplista, é um processo natural na qual a água


precipita sobre a superfície, sofre interceptação pela vegetação, infiltra ou é evaporada
de volta para a atmosfera, conforme Figura 1.

Figura 1: Ciclo Hidrológico

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AULA 1: URBANIZAÇÃO E DRENAGEM: CONCEITOS E DEFINIÇÕES

À medida que a urbanização avança há menos perdas anuais de


evapotranspiração e maiores parcelas do escoamento passam a circular na rede
pluvial e nos arroios diminuindo a recarga dos aquíferos, passando a haver menos
escoamento de base.
No estudo da drenagem urbana, os principais indicadores hidrológicos de
urbanização são a área impermeável e o tempo de concentração.

a) A área impermeável é a superfície que contribui diretamente ou através de condutos


para a rede de drenagem gerando escoamento superficial. Essa área é
desconhecida no planejamento urbano, mas é possível estabelecer relação entre
parâmetros urbanos, permitindo avaliar as alterações hidrológicas em face do
planejamento urbano. A partir de dados das cidades de São Paulo, Curitiba e Porto
Alegre, estudos concluíram que uma pessoa tende a impermeabilizar, em média,
50m².
b) O tempo de concentração é o tempo que leva o escoamento superficial se deslocar
do ponto mais extremo até a seção de saída da bacia hidrográfica, podendo ser
entendido como a velocidade do escoamento pela bacia hidrográfica. Este tempo é
reduzido quando há impermeabilização e principalmente após o uso de condutos e
canais, ou seja, tempo de concentração é inversamente proporcional a áreas
impermeáveis.

Assim, podemos associar a drenagem às características do território onde


ocorrerá a precipitação e a intensidade da precipitação. A seguir são apresentados os
principais fatores que irão afetar os projetos de drenagem.

3.2.1. Intensidade das chuvas

A intensidade das chuvas (i) é a medida da quantidade de chuva que cai numa
área num certo tempo. EXEMPLO: Uma chuva de 10mm/h, significa que em 1 hora “caiu”
por m², uma altura de água de 10mm = 1cm = 0,01m. Considerando que não há
evaporação nem infiltração conforme Figura 2.

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AULA 1: URBANIZAÇÃO E DRENAGEM: CONCEITOS E DEFINIÇÕES

Figura 2: Modelo de Precipitação

Portanto, o volume acumulado em 1 hora para uma chuva de 10mm, será:


V = área x h
V = 1m² x 0,01m
V = 0,01m³

A intensidade da chuva a ser considerada para os estudos do escoamento


superficial é o parâmetro básico para a elaboração do projeto das galerias. A intensidade
média (im) da precipitação sobre toda a área drenada é uma grandeza que mede a altura
de água precipitada na unidade de tempo (mm/hora ou l/s.ha).
Existem várias equações correspondentes às chuvas intensas que são em
função do tempo de duração da chuva (t) em minutos e do período de recorrência (T) em
anos. Veja algumas delas dadas em mm/h:

3.2.2. Tempo de retorno

Em função da ocupação da área é possível definir valores de período de retorno


adequados para as obras de drenagem urbana, conforme apresentados na Tabela
1.

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AULA 1: URBANIZAÇÃO E DRENAGEM: CONCEITOS E DEFINIÇÕES

Tabela 1: Tempo de recorrência para diferentes obras de drenagem

Tipo de Obra Tipo de Ocupação da Área T (anos)


Microdrenagem Residencial 2
Comercial 5
Áreas com edifícios de serviços ao público 5
Aeroportos 2-5
Áreas comerciais e vias de tráfego 5-10
Macrodrenagem Áreas residenciais e comerciais 50-100
Áreas de importância específica 500

A escolha e justificativa de um determinado período de retorno, para uma


determinada obra prende-se a uma análise da economia e da segurança da obra. A
sociedade através de seus representantes pode ajudar a decidir o risco aceitável pela
comunidade e quanto ela está disposta a pagar pela proteção desta obra. Quanto
maior for o período de retorno, maiores serão os valores das vazões de pico
encontrados e, consequentemente mais segura e cara será a obra.

Para adotar um T, considera-se a dificuldade em melhorar ou ampliar certa


obra e as consequências quando não fizer tal obra, como os transtornos para a
comunidade quando houver inundações, alagamentos com certa frequência e
acidentes com prejuízos calculáveis como, por exemplo, a destruição de aterros e
incalculáveis como morte de animais, pessoas, etc.

3.2.3. Duração da chuva

É o tempo que decorre entre o “cair” da primeira gota até o cair da última
gota na área em estudo.

Escolhido o tempo de recorrência ainda há a necessidade de se


estabelecer o tempo de duração da chuva que deve estar associado à precipitação
que poderá causar a maior vazão de pico em uma secção considerada.

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AULA 1: URBANIZAÇÃO E DRENAGEM: CONCEITOS E DEFINIÇÕES

3.2.4. Coeficiente de Escoamento Superficial ( C )

O coeficiente de escoamento superficial (também conhecido como


coeficiente de deflúvio ou coeficiente de Runoff) representa a parcela de água de
chuva caída na área contribuinte que se torna escoamento superficial.

Esse coeficiente, inferior à unidade, depende principalmente:

do grau de permeabilidade da área contribuinte.


do tempo de duração da chuva.
do tipo e utilização do solo.
da declividade de bacia.

O coeficiente de deflúvio pode aumentar no futuro, pois se uma área hoje


é pavimentada com paralelepípedos sem rejuntamento no futuro pode receber um
capeamento asfáltico. O valor C normalmente aumenta também, com a duração da
chuva, pois a medida que a chuva se desenvolve as depressões nos terrenos vão
enchendo de água o terreno permeável vai se saturando e com isso aumentando o
escoamento superficial.

De forma geral, podemos avaliar eu quanto mais permeável é o terreno,


menor o valor de C, implicando em maior infiltração e menor escoamento. De forma
análoga, quanto mais impermeável for uma área, maior o valor de C e por
consequência, maior o escoamento, conforme Tabela 2.

Tabela 2: Coeficiente de Escoamento Superficial

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AULA 1: URBANIZAÇÃO E DRENAGEM: CONCEITOS E DEFINIÇÕES

3.3. ABORDAGENS DA DRENAGEM

É possível tratar a questão da drenagem urbana através de duas abordagens em


relação aos sistemas de intervenção hidráulica: o convencional (ou clássico) com base
higienista e o técnico alternativo com base em medidas compensatórias de drenagem e
controle na origem.
O sistema convencional preconiza que a drenagem de águas pluviais tenha rápida
evacuação das áreas urbanas, através da utilização de condutos preferencialmente
subterrâneos funcionando por gravidade. Foi amplamente difundido no Brasil através da
atuação do Engenheiro Saturnino de Brito (1864-1929), já com a separação das águas
pluviais e dos esgotos sanitários. O conceito higienista predominou até século XX no
mundo inteiro, mas o fim da sua história já foi decretado nos anos 60, nos países
desenvolvidos, quando a consciência ecológica expôs suas limitações para levar em
conta os conflitos ambientais entre as cidades e o ciclo hidrológico. O sistema
convencional será melhor abordado na Aula 2 deste módulo.
O sistema alternativo (sustentável) busca neutralizar os efeitos da urbanização
sobre os processos hidrológicos ao considerar o impacto da urbanização em geral,
controlando o excesso de água devido à impermeabilização e atrasando sua
transferência a jusante. Vários dispositivos têm sido aplicados no intuito de promover
a infiltração da água, retardando o tempo de escoamento superficial em busca de
minimizar as cheias e inundações. Estes serão melhores apresentados na Aula 3
deste módulo.
A história da drenagem urbana no Brasil está hoje numa transição entre a
abordagem higienista e a ambiental. Muitas cidades estão promovendo ações no
sentido de estabelecer planos diretores de drenagem urbana, seguindo os preceitos
do conceito ambiental que passa pela conscientização de que a drenagem urbana
deve se integrar ao planejamento ambiental das cidades, deixando de ser apenas um
mero problema de engenharia.
O que importa é uma correta gestão dos impactos do meio urbano sobre o
meio-ambiente hidrológico e isto transcende a um simples receituário de obras padrão
e remete a uma abordagem mais complexa incluindo aspectos técnicos de
engenharia, sanitários, ecológicos, legais e econômicos e que exige uma conexão

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AULA 1: URBANIZAÇÃO E DRENAGEM: CONCEITOS E DEFINIÇÕES

muito mais estreita com a concepção e gestão dos espaços urbanos. O ciclo
hidrológico é elemento chave na definição do saneamento urbano e da drenagem.

3.4. CONCEITOS – INUNDAÇÕES, EROSÃO E ASSOREAMENTO

Já foi apresentado que a água mal manejada acaba por gerar grandes
prejuízos à população através de seu acúmulo. Entretanto, o mal manejo também
acarreta em transtornos através da passagem da água ou mesmo pela energia de seu
deslocamento. Vejamos algumas definições.
Os rios transbordam sempre que as chuvas forem muitos intensas.
Normalmente um rio, ou mesmo um pequeno córrego, escoa por um canal natural que
é suficiente para transportar apenas uma pequena quantidade de água durante o
tempo todo.
Quando ocorrem as chuvas contínuas por longos períodos de tempo,
aquele canal que é alimentado por estas chuvas pode transbordar, passando a ocupar
uma faixa lateral ao canal. Esta faixa tem o nome de várzea ou zona de inundação
natural. Na Figura 3 podemos observar o processo esquemático de inundação da
calha de um rio.
Figura 3: Processo da Inundação

É evidente a ampliação da calha do rio devido ao acréscimo de vazões. Em


(a) o escoamento está restrito à calha principal do rio, muito provável em épocas de

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AULA 1: URBANIZAÇÃO E DRENAGEM: CONCEITOS E DEFINIÇÕES

estiagem. Em (b) dá-se início do extravasamento da calha e, quando possível, o


alcance de mais seções. Na sequência (c), (d) e (e) ocorre gradualmente o
extravasamento da calha de inundação da planície. Em (f), após passagem da cheia,
houve a redução da seção ocupada pelo rio, entretanto houve o acréscimo do volume
armazenado na planície em relação à situação inicial.
Vale também comentar que as enchentes naturais dos rios contribuem
fortemente para o transporte de nutrientes e consequentemente com o enriquecimento
do solo, como o caso da planície de inundação do Rio Nilo, o que garantiu a formação
dos povos egípcios.
Também é possível analisar os eventos de estiagem (A) e inundação (B)
na planície fluvial do alto rio Paraná, conforme Figura 4. A ampliação do rio é
significativa, afetando centenas de metros ao redor da calha principal do rio.

Figura 4: Inundação fluvial do alto rio Paraná

Como já foi apresentado, a urbanização, ao impermeabilizar o solo,


contribui com o aumento de vazão de escoamento após eventos chuvosos. Essa
vazão se concentra nos pontos mais baixos da bacia, aumentando os picos de cheias.
As enchentes urbanas constituem-se um dos principais impactos negativos sobre a
população urbana, tanto do ponto de vista da saúde pública quanta econômicos.
Vejam exemplos de inundações na Figura 5 e Figura 6.

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AULA 1: URBANIZAÇÃO E DRENAGEM: CONCEITOS E DEFINIÇÕES

Figura 5: Vila Velha -ES, 2013 Figura 6: São Paulo -SP, 2015

As enchentes atingem a população que ocupa os leitos de rios por falta de


planejamento do uso do solo, por ocupação indevida ou por acreditar estarem livres
de qualquer perigo. Além do grande volume precipitado e da diminuição do tempo de
concentração, provocadores de enchentes, há também o carregamento de resíduos
sólidos e químicos levados pelo escoamento superficial até os corpos d'água,
afetando a qualidade. Se os resíduos atingem o sistema de drenagem pluvial
existente, há ainda o agravamento das enchentes devido à falta de escoamento.
Alguns problemas das grandes cidades, em relação a drenagem estão
listados a seguir:

Erosão urbana – o aumento da superfície impermeável causa o aumento do


escoamento superficial e da concentração das linhas de fluxo das águas
superficiais (Figura), resultando em sulcos na superfície do terreno, podendo
ser agravada provocando as voçorocas.

Figura 7: Processo Erosivo do solo

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AULA 1: URBANIZAÇÃO E DRENAGEM: CONCEITOS E DEFINIÇÕES

Transporte e deposição de sedimentos (Assoreamento) – o aumento da


produção de sedimentos que são transportados para os leitos e a erosão
causada pelo escoamento dos leitos dos rios juntamente com deficiências no
sistema de drenagem causam efeitos hidráulicos, como por exemplo, o
remanso hidráulico, que causam mudanças nas características hidráulicas das
bacias hidrográficas além da redução da seção de escoamento dos rios,
ampliando a magnitude das cheias

Figura 8: Assoreamento

Problemas de saúde – o contato com a água contaminada das enchentes


coloca em perigo a saúde da população devido ao risco de contaminação e
proliferação de doenças contagiosas, como por exemplo, a cólera e a
leptospirose;

Falta de planejamento – Quando um sistema de drenagem não é considerado


desde o início da formação do planejamento urbano, é bastante provável que
esse sistema, ao ser projetado, revele-se, ao mesmo tempo, de alto custo e
deficiente. É conveniente, para a comunidade, que a área urbana seja
planejada de forma integrada. Se existirem planos regionais, estaduais ou
federais, é interessante a perfeita compatibilidade entre o plano de
desenvolvimento urbano e esses planos.

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AULA 1: URBANIZAÇÃO E DRENAGEM: CONCEITOS E DEFINIÇÕES

Um adequado sistema de drenagem, quer de águas superficiais


proporcionará uma série de benefícios, tais como:

Desenvolvimento do sistema viário;


Redução de gastos com manutenção das vias públicas;
Valorização das propriedades existentes na área beneficiada;
Escoamento rápido das águas superficiais, facilitando o tráfego por ocasião das
precipitações;
Eliminação da presença de águas estagnadas e lamaçais;
Rebaixamento do lençol freático;
Recuperação de áreas alagadas ou alagáveis;
Segurança e conforto para a população habitante ou transeunte pela área de
projeto.

Em termos genéricos, o sistema de drenagem é necessário para criar


condições razoáveis de circulação de veículos e pedestres numa área urbana, por
ocasião de ocorrência de chuvas frequentes, sendo conveniente verificar-se o
comportamento do sistema para chuvas mais intensas, considerando-se os possíveis
danos às propriedades e os riscos de perdas humanas por ocasião de temporais mais
fortes.

Vamos à próxima aula?

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4. AULA 2: DRENAGEM URBANA CONVENCIONAL

4.1 O QUE VEREMOS NA AULA 2?

Nesta aula veremos os sistemas convencionais de drenagem urbana, as


principais características, classificação e acessórios utilizados.

Boa aula!

4.2. COMPOSIÇÃO DA DRENAGEM

A drenagem urbana convencional é um dos componentes da infraestrutura


presente no meio urbanizado e está diretamente relacionada ao escoamento das
águas pluviais, visto que é composta por um conjunto de elementos que tem por
finalidade drenar a água de chuva, retirando-a da cidade e direcionando-a ao corpo
hídrico receptor, ou seja, elementos de transporte e disposição final das águas pluviais
drenadas nas áreas urbanas.

Podemos dividir o sistema clássico de drenagem em dois níveis, de acordo


com suas dimensões e funções, são eles:

A. Microdrenagem
B. Macrodrenagem

Estes níveis serão discutidos a seguir.

4.3. MICRODRENAGEM

A microdrenagem é composta pelos elementos iniciais de coleta de águas


pluviais, comumente encontrados nas cidades, instalados junto à malha viária,
retirando a água da superfície e transportando-a por tubulações enterradas. Vejamos
seus componentes:

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AULA 2: DRENAGEM URBANA CONVENCIONAL

a) Guia (meio fio) – é a peça geralmente de concreto pré-moldado ou moldado in


loco destinada a separar a faixa de pavimentação da faixa do passeio, limitando
a sarjeta longitudinalmente, conforme Figura 9.

Figura 9: Corte esquemático Guia e Sarjeta

b) Sarjeta – é o canal triangular longitudinal destinado a coletar e conduzir as águas


superficiais da faixa pavimentada da via pública à boca de lobo (Figura 10) ou
sarjetão.

Figura 10: Sarjeta, calçada e faixa pavimentada

c) Sarjetão – é o canal triangular geralmente localizado em pontos baixos da via


pública ou nos seus cruzamentos, destinado a coletar e conduzir as águas
superficiais à boca de lobo, ou a outra sarjeta.

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AULA 2: DRENAGEM URBANA CONVENCIONAL

Figura 11: Instalação do Sarjetão

d) Boca de lobo – é uma estrutura hidráulica destinada a captar as águas superficiais,


consistindo de uma caixa de alvenaria ou pré-moldado de concreto localizada sob
o passeio ou sob a sarjeta. No primeiro caso, capta águas superficiais através da
abertura lateral na guia; no segundo caso, capta águas superficiais por meio
de uma grelha de ferro fundido.

Figura 12: Sistemas de abertura de boca-de-lobo

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AULA 2: DRENAGEM URBANA CONVENCIONAL

As bocas de lobo devem ser instaladas a não mais que 80m de distâncias
umas das outras e preferencialmente antes das faixas de pedestre nos cruzamentos,
para evitar transtornos cruzar a via.

e) Caixa de ligação (caixa morta ou caixa cega) – é uma caixa de alvenaria ou pré-
moldado de concreto, que recebe os condutos de conexão das bocas de lobo e
se liga, por conduto, à galeria, conforme Figura 13. Não é visitável.

Figura 13: Construção de caixa de ligação de drenagem pluvial

f) Poço de visita (poço de inspeção) – é uma caixa de alvenaria ou pré-moldado de


concreto que une dois trechos consecutivos de uma galeria e pode receber os
condutos de conexão das bocas de lobo. É visitável através da chaminé.

Chaminé – é o conduto vertical de seção circular, de alvenaria ou pré-moldado


de concreto, localizado sobre a laje superior do poço de visita e coberto pelo
tampão.

Tampão – é a peça de ferro fundido instalada ao nível da pavimentação de via


pública e sobre a chaminé, destinada a permitir o acesso ao poço de visita.

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AULA 2: DRENAGEM URBANA CONVENCIONAL

Figura 14: Poço de Visita e Tampão

g) Galeria – é o conduto destinado a transportar a água pluvial desde a captação até


o local de despejo. Pode ter seção circular, retangular, oval ou de outra forma,
conforme necessidade.

Figura 15: Obras de Implantação de Galerias Pluviais

O bom funcionamento do sistema de microdrenagem depende


essencialmente da execução cuidadosa das obras (pavimentos das ruas, guias e
sarjetas, e galerias de águas pluviais), além de manutenção permanente, com limpeza
e desobstrução das bocas de lobo e das galerias antes das épocas chuvosas.

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AULA 2: DRENAGEM URBANA CONVENCIONAL

4.4. MACRODRENAGEM

A macrodrenagem é um sistema de rede com a função de condução final


dos escoamentos de diferentes sistemas de microdrenagem. É responsável pelo
escoamento final das águas, por meio de um conjunto de obras com a função de
melhorar o escoamento atenuando problemas como erosão, assoreamento e
inundações.

Em suma, são obras de intervenção que vinculam as redes naturais de


drenagem da bacia (rios e córregos urbanos) à estruturas auxiliares em fundos de
vale, canais artificiais, reservatórios de amortecimento de cheias etc. Vamos conhecer
algumas obras usuais de macrodrenagem:

a) Retificação e ampliação das seções de canais naturais (Figura 16 e Figura 17);

Figura 16: Retificação Canal da Maternidade, Rio Branco (AC)

Figura 17: Obra de retificação, desassoreamento e canalização do rio Tamanduateí (SP)

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AULA 2: DRENAGEM URBANA CONVENCIONAL

b) Construção de canais artificiais, com diversos fins


Transporte hidroviário (Figura 18)

Figura 18: Canal do Panamá

Deslocamento de água para abastecimento e irrigação (Figura 19)

Figura 19: Transposição do Rio São Francisco

Prática de esportes (Figura 20)

Figura 20: Canal Itaipu, usado para canoagem

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AULA 2: DRENAGEM URBANA CONVENCIONAL

c) Galerias de grandes dimensões (Figura 21);

Figura 21: Transporte de águas pluviais através de grandes galerias

d) Reservatórios para controle de cheias:

Os reservatórios para controle de cheias - popularmente conhecidos como


"piscinões" (Figura 22) - são estruturas que funcionam para detenção ou retenção de
água e têm finalidade de reduzir o efeito das enchentes em áreas urbanas. Sua
atuação na bacia hidrológica de uma região, redistribuindo os escoamentos no tempo
e no espaço, permite recuperar, em parte, as características de armazenagem dessa
bacia.

Além de auxiliar no controle de cheias, os reservatórios urbanos, em alguns


casos, podem ser usados para tratar a poluição carregada pela água nas cidades. E,
ainda, podem adquirir funções paisagísticas para se integrar mais harmoniosamente
ao ambiente urbano. No Brasil, os reservatórios para contenção de enchentes
passaram a ser implantados na década de 1990.

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AULA 2: DRENAGEM URBANA CONVENCIONAL

Figura 22: Piscinão da Vila Pauliceia, em São Bernardo (SP), com capacidade para absorver
380 milhões de litros de água

e) Dissipação de energia

Dissipar energia significa retirar a força da água que provocaria erosões.


Dessa forma, um equipamento muito utilizado para a dissipação de energia são as
escadas hidráulicas (Figura 23), instaladas em taludes para direcionar o fluxo pluvial
e não permitindo o carregamento de sedimentos (processos erosivos). Podem ser
executadas em concreto, alvenaria ou em gabião.

Figura 23: Escada Hidráulica

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5. AULA 3: DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL

5.1 O QUE VEREMOS NA AULA 3?

Nesta aula veremos o que são os sistemas sustentáveis de drenagem


urbana, de onde surgiram e suas premissas. As soluções propriamente ditas de
Drenagem Sustentável serão apresentadas no Módulo II e Módulo III.

Boa aula!

5.2. HISTÓRICO DA DRENAGEM SUSTENTÁVEL

Como já foi visto na Aula 1, o sistema de drenagem urbano alternativo


(sustentável) busca neutralizar os efeitos da urbanização sobre os processos hidrológicos
ao considerar o impacto da urbanização em geral, controlando o excesso de água devido
à impermeabilização e atrasando sua transferência a jusante.

O sistema clássico de drenagem urbana passou a ser questionado por


alguns países a partir da década de 60, pelas suas obras que simplesmente retiram
rapidamente as águas acumuladas em certos pontos, mas que transferem para outras
áreas a jusante ou mesmo acumulam problemas para o futuro. Vários dispositivos
têm sido aplicados no intuito de promover a infiltração da água, retardando o tempo
de escoamento superficial em busca de minimizar as cheias e inundações.

Como já vimos, são graves as consequências geradas pelas inundações


no espaço urbano, mas existe uma série de medidas que pode ser tomada a fim de
moderar as vazões de pico e diminuir o volume escoado de águas pluviais, diminuindo
a probabilidade de ocorrer inundações. São as chamadas técnicas compensatórias.

Desenvolvido na Europa e América do Norte por volta de 1970, as técnicas


compensatórias possuem a finalidade de neutralizar os impactos causados pela
urbanização em relação aos processos hidrológicos, com melhor qualidade de vida e
preservação ambiental através de conceitos sustentáveis.

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AULA 3: DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL

Geralmente as medidas compensatórias são classificadas entre medidas


estruturais e não-estruturais, mas estas serão melhor abordadas nos Módulos II e III
respectivamente.

Ao redor do mundo, vem se desenvolvendo um novo conceito que busca


por medidas alternativas de cunho sustentável. As principais técnicas são conhecidas
pelas siglas

LID (Low Impact Development),


SUDS (Sustainable urban drainage systems),
GI (Green Infrastructure) entre outras.

Vamos falar um pouco sobre elas!

5.2.1 Low Impact Development – Medidas de baixo impacto ambiental (LID)

As técnicas de LID são aplicadas visando à detenção, o armazenamento


e/ou à infiltração das águas do escoamento superficial no meio urbano, reduzindo o
impacto proveniente da alteração do escoamento das águas pluviais devido ao
desenvolvimento das cidades. Em outras palavras, busca simular as condições de
infiltração e armazenamento anteriores ao processo de urbanização.

Diversas técnicas de LID têm sido desenvolvidas, tais como a adoção de


uso de telhados verdes, pavimentos permeáveis, jardins de inverno, sistemas de
biorretenção, campinas, entre outras. Em Pequim, na China, por exemplo, a Vila
Olímpica construída para abrigar os atletas na Olimpíada de 2008 foi, posteriormente,
transformada em um complexo residencial (Figura 24). Para controlar o escoamento
superficial, foram instalados pavimentos porosos, telhados verdes e cisternas
coletoras da água pluvial.

28
AULA 3: DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL

Figura 24: Vila Olímpica em Pequim, China

5.2.2 Sustainable Urban Drainage Systems - Sistema de drenagem urbana


sustentável (SUDS)

Tem como premissa melhorar o desenho urbano e a gestão de riscos


ambientais por meio de medidas não estruturais como o projeto de layouts alternativos
de estradas e prédios que minimizem a impermeabilização do solo e maximizem uso
do espaço.

Figura 25: Exemplo de bairro projetado com SUDS

29
AULA 3: DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL

5.4.3. Green Infrastructure – Infraestrutura verde (GI)

A Infraestrutura Verde é o conceito mais amplo, dentre os apresentados.


Ela propõe que a conservação da biodiversidade deva ser assegurada por um
respaldo político amplo, garantindo que a conservação da natureza seja alcançada
em harmonia com outros objetivos de uso do solo relacionados, por exemplo, com a
agricultura, a silvicultura, o lazer e recreio e a adaptação às alterações climáticas.

Essa prática deve ser aplicada em larga escala, de modo a proporcionar


maior infiltração da água e sua filtragem, maior evapotranspiração e evaporação, o
que reduz os efeitos de ilhas de calor e a probabilidade de enchentes e ainda
proporciona melhoria da qualidade do ar.

Figura 26: Detalhe requalificação orla central de Toronto, na região da Foz do Rio Don

30
6. CONCLUSÃO

Os problemas relacionados à Drenagem Urbana são inúmeros, mas as


soluções crescem em igual número. Das soluções convencionais às sustentáveis, há
toda uma gama de ações que engenheiros, arquitetos e urbanistas podem aplicar de
modo a amenizar os problemas de acúmulo de aguas pluviais.

Nos próximos Módulos veremos mais a fundo as possibilidades que


atendam tanto aspectos técnicos e econômicos para o desenvolvimento urbano.

Os profissionais do sistema CONFEA/CREA devido a sua formação são


habilitados e capacitados para desenvolver soluções inovadoras e inteligentes que
possam contribuir ainda mais com a infraestrutura urbana.

Desafiamos você, estudante ou profissional, a juntar-se a nós nessa


missão!

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7. REFERÊNCIAS

1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND - ABCP. Projeto


Técnico: Reservatórios de Detenção. Disponível em
<http://www.solucoesparacidades.com.br/wp-content/uploads/2013/09/AF_Re
servatorios%20Deten_web.pdf>. Acesso em 09 de junho de 2017

2. BAPTISTA, M. NASCIMENTO, N. BARRAUD, S. Técnicas Compensatórias


em Drenagem Urbana. 2ª Edição Revisada. Porto Alegre: ABRH, 2005.

3. CAMPANA, N.; TUCCI, C.E.M. Estimativa de área impermeável de


macrobacias urbanas brasileiras. RBRH : Revista Brasileira de Recursos
Hidricos V3 N1, 1994.

4. COLLISCHONN, W. et al. Em busca do hidrograma ecológico. In: XVI


SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RECURSOS HÍDRICOS, v. 16; 2005, João
Pessoa. Anais... João Pessoa, 2005. p. 20-24. Disponível em:
<https://www.researchgate.net/publication/242686702_Em_busca_do_Hidrogr
ama_Ecologico> . Acesso em: 09 de junho de 2017.

5. CORSINI, R. Piscinões para controle de cheias : Dimensionamento,


projeto, custos e manutenção de reservatórios de contenção de
enchentes em espaços públicos. Revista Técnica PINI – Infraestrutura
Urbana – Saneamento. Edição 4, junho/2011. Disponível em <
http://infraestruturaurbana.pini.com.br/ solucoes-tecnicas/4/artigo220142-
1.aspx> Acesso em 09 de junho de 2017

6. FREITAS, E. de. Ciclo da Água (2008) Disponível em <


http://www.brasilescola.com/geografia/ciclo-agua.htm> Acessado em 15 de
junho de 2013.

7. PAZ, A. R. ; COLLISCHONN, W. ; TUCCI, C. E. M. Simulação Hidrológica de


Rios com Grandes Planícies de Inundação. Revista Brasileira de Recursos
Hídricos, v. 15, p. 31-43, 2010.

8. POMPÊO, Cesar Augusto. Drenagem urbana sustentável. Departamento de


Engenharia Sanitária e Ambiental, Universidade Federal de Santa Catarina
Revista Brasileira de Recursos Hídricos / Associação Brasileira de Recursos
Hídricos, volume 5, no. 1, pag. 15-23, Porto Alegre, RS, 2000.

9. ROCHA, P. C. Indicadores de alteração hidrológica no Alto Rio Paraná:


intervenções humanas e implicações na dinâmica do ambiente fluvial. Revista
Sociedade & Natureza, volume 22, numero 1. Uberlância, MG, April 210.
Disponivel em < http://dx.doi.org/10.1590/S1982-45132010000100014>
Acessado em: 09 de junho de 2017.

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7. REFERÊNCIAS

10. TUCCI, C.E.M. Balanço Hídrico. In: Blog do Tucci. Disponível em


<http://rhama.net/wordpress/?p=116> (2009). Acessado em 10 de junho de
2017

11. TUCCI, C.E. M. Inundações Urbanas. Porto Alegre: ABRH/RHAMA. 2007.

12. TUCCI, C.E.M.; PORTO,R,L.; BARROS, M.T. Controle do Impacto da


urbanização. In: Drenagem Urbana. ABRH . Editora da Universidade. UFRGS.
Porto Alegre, 1994.

13. TUCCI, Carlos E. M. Água no meio urbano. In: TUCCI, Carlos E. M. Água
Doce. Capítulo 14. Instituto de Pesquisas Hidráulicas Universidade Federal do
Rio Grande do Sul. Dezembro de 1997

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CURRÍCULO RESUMIDO DA AUTORA

JULIANE VIER VIEIRA

Graduada em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de


Maringá (2014), Especialista em Gerenciamento de Projetos
pela mesma universidade (2017) e Mestranda em Engenharia
Urbana pela Universidade Estadual de Maringá e em
Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Londrina. Tem
experiência em Projetos de Saneamento, atuando
principalmente em Abastecimento de Água, Coleta e
Tratamento de Efluentes e Drenagem Urbana Convencional.
Atualmente é professora da Faculdade de Engenharia e
Inovação Técnico Profissional.

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