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A PERCEPÇÃO AMBIENTAL NA AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO DA

ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL INTEGRADA (EMEII)


ANTONIO DAIBEM EM BAURU-SP
Maria Solange Gurgel de Castro Fontes
Arquiteta, Professora Dra. da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da UNESP,
e-mail: sgfontes@faac.unesp.br
Rosío Fernández Baca Salcedo,
Arquiteta, Professora Dra. da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da UNESP,
e-mail: rosiofbs@faac.unesp.br
Aline Toyama Gushiken,
discente Curso de Arquitetura e Urbanismo da UNESP,
e-mail: alinetg@ig.com.br
Geise Brizotti Pasquotto,
discente Curso de Arquitetura e Urbanismo da UNESP,
e-mail: geisebp@ig.com.br
Paula Cavalheiro Araújo,
discente Curso de Arquitetura e Urbanismo da UNESP,
e-mail: pinkpca@ig.com.br
Talita Catelani de Carvalho,
discente Curso de Arquitetura e Urbanismo da UNESP,
e-mail: talita_catelani@yahoo.com.br

Palavra-Chave: Percepção Ambiental, Avaliação Pós-Ocupação, EMEII.

Resumo
A EMEII Antônio Daibem abriga crianças entre dois e sete anos de idade para cuidar e educar. Os espaços construídos
e mobiliários existentes são insuficientes para o bom desempenho das atividades psicopedagógicas. Objetivos:
identificar os aspectos positivos e negativos do espaço construído e, propor diretrizes projetuais. Metodologia:
percepção ambiental e avaliação pós-ocupação, aplicação de questionários e desenhos. Resultados: identificação da
satisfação com alguns ambientes e a insatisfação com outros. Conclusões: proposta de diretrizes para intervenção
projetual.

1. Introdução

Estudos demonstram que um dos atributos para a qualidade no cuidar e educar as crianças na
educação infantil é o espaço construído. O arranjo do espaço deve considerar e possibilitar o bom
desempenho das atividades psicopedagógicas, a relação entre atividades complementarias, a
separação entre ambientes tranqüilos de ambientes com ruído, a orientação adequada dos cômodos
que evitem a forte insolação, característica do clima em Bauru, e permitam a ventilação cruzada, o
dimensionamento adequado dos cômodos que possibilitem a locação dos mobiliários e a realização
de atividades, entre outros. Além disto, baseia-se fundamentalmente na criação de espaços para a
percepção e cognição das crianças.

Neste projeto interessa conhecer como esse espaço é percebido pelos usuários: crianças e
funcionários. Para Oliveira (1996, p. 203) a “percepção sempre estará ligada a um campo sensorial
e ficará conseqüentemente subordinada a presença do objeto, que lhe oferece um conhecimento por

I Encontro de Percepção e Paisagem da Cidade


05 e 06 de maio de 2006
UNESP - Campus de Bauru - SP
conotação imediata”. Ainda, a percepção é conseqüência de um processo em que as características
das pessoas: idade, sexo, renda, ocupação, cultura, entre outros, influenciam a avaliação do objeto.

Em relação ao lugar, Tuan (1983, p.151) destaca que o espaço em contato com o homem assume
muitos significados e “transforma-se em lugar à medida que adquire definição e significado”.
Assim, as pessoas podem observar o mesmo objeto, porém a percepção e o significado que lhe
atribuem são diferenciados em função de suas características sociais, econômicas, culturais.

Para Moore (1984, p. 65-66), “os estudos de comportamento ambiental na arquitetura incluem o
exame sistemático das relações entre o ambiente e o comportamento humano e suas implicações nos
processos de projetos. As questões básicas a serem respondidas são: Como as pessoas se relacionam
com o meio ambiente construído? Quais são suas necessidades? Como aplicar tais respostas no
processo de projeto?”. Para tal, é importante conhecer a percepção sobre o espaço construído por
grupos de idade: as crianças e os adultos ou funcionários.

Em relação às crianças, nos primeiros anos de vida o espaço construído é fundamental para seu
desenvolvimento psicomotor. Segundo Azevedo e Bastos (1996, p. 216 CONFIRMAR NO
LIVRO):
a inteligência da criança pode então, ser dramaticamente afetada por essa
“troca” com o ambiente, especialmente nos primeiros anos da infância e
essa confrontação espacial deverá contribuir com seu processo de
aprendizagem, respondendo às suas necessidades de desenvolvimento –
físico-motor, sócio-emocional e intelectual. Para conhecer um objeto e
aprender suas propriedades, as crianças manipulam-no mediante a
experiência – tocando, vendo, ouvindo, sacudindo, enfim, agindo sobre o
mesmo; mas, para conhecer o espaço, é preciso que a criança movimente-se
dentro dele, apropriando-se e tomando consciência das relações que ali
estabelecem; essa experiência espacial é fundamental para a sua
sobrevivência e crescimento.

Porém, cabe saber quais são as necessidades, expectativas, satisfações e insatisfações das crianças
em relação ao espaço construído. Uma forma de conhecer a percepção das crianças sobre o espaço é
através da elaboração de desenhos lúdicos (Rio, 1996). Segundo Edwards (1984, p. 79-80) “por
volta dos três anos e meio, as imagens utilizadas na arte infantil tornam-se mais complexas,
refletindo a crescente percepção da criança em relação ao mundo que a rodeia”. Porém, nesta faixa
etária as crianças desenham rabiscos de pessoas, objetos sem detalhes.

Já, por volta dos quatro anos de idade, para Edwards (1984, p.80), “as crianças mostram-se
extremamente conscientes dos detalhes”. Assim elas exprimem através de desenhos, histórias, a sua
satisfação ou insatisfação com o espaço, apesar de darem preferência às representações de figuras
humanas e objetos. Edwards (1984, p.80) ressalta que
“por volta dos quatro ou cinco anos, as crianças utilizam os desenhos para contar histórias ou
resolver problemas, lançando mãos de pequenos ou grosseiros ajustes das formas básicas para
exprimirem o significado que lhes pretendem dar”.

As crianças por volta dos cinco ou seis anos já podem representar com maior simbologia no
desenho seus problemas, preferências em relação ao espaço construído. Segundo Edwards (1984, p.
81), “por volta dos cinco ou seis anos, as crianças adquirem ou desenvolvem um conjunto de
símbolos para criar uma paisagem. Através de um processo de tentativa de erro, elas geralmente
escolhem uma única versão de uma paisagem simbólica, a qual repetem infinitamente”.

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A percepção das funcionárias em relação ao espaço construído é diferenciada em função das
características sociais, econômicas, culturais. Tuan (1983, p.151) ressalta que as pessoas percebem
a mesma cor, forma, textura, volume, etc. de um objeto, mas o significado que lhe atribuem pode
ser diferente em função das características individuais. Uma das técnicas utilizadas para conhecer a
percepção dos usuários adultos sobre o espaço construído é a aplicação de questionários.

Neste contexto, a presente pesquisa realizada na Escola Municipal de Educação Infantil: Antônio
Daibem tem por objetivos identificar os aspectos positivos e negativos do espaço construído e,
propor diretrizes projetuais. Para tal, foi utilizada a metodologia da avaliação pós-ocupação, mais
especificamente a variável da percepção ambiental segundo Ornstein (1992) e Elali (2002).

2. Escola Municipal de Educação Infantil Integrado (EMEII) Antônio Daibem de Bauru-SP.

A Escola Municipal de Educação Infantil (EMEII) Antônio Daibem está localizada na Rua Carmo
Bartalotti, quadra 06, Jardim Vânia Maria; atende os bairros de Santa Edwirges, Jardim Vânia
Maria e Parque Roosevelt, em Bauru. Em novembro de 2005 contava com 16 professoras e
funcionárias: 1 diretora, 5 professoras, 6 auxiliares de creche, 2 estagiárias, 1 merendeira e 1
ajudante geral. Atende 111 crianças entre dois e sete anos, distribuídas em cinco grupos: Mini
maternal: 15 crianças, Maternal: 20 crianças, Jardim I: 25 crianças, Jardim II: 25 crianças e Pré: 26
crianças.

O espaço físico da EMEI foi projetado para ser uma creche, construído com estruturas de concreto
armado e paredes de alvenaria, estrutura de madeira na cobertura e telha de barro, piso cerâmico,
forro de PVC nos ambientes fechados, janelas metálicas, portas de madeira e seu perímetro é
cercado por um alambrado. Embora tenha sido ampliada, esta área ainda é insuficiente para atender
as necessidades psciopedagógicas.

No espaço livre foi construído o parquinho que compreende quatro brinquedos, sendo eles
gangorra, gira-gira, escorregador que desliza para um tanque de areia e o balanço com pneus. Esta
área é cercada por um alambrado. Próximo do parquinho está o quiosque de formato octogonal,
mobiliado com bancos de alvenaria adequados ao tamanho das crianças. As arestas do quiosque são
fechadas, duas delas por elementos vazados, e por uma alvenaria, contendo a lousa.

A entrada à creche se dá por um portão e desta através de uma rampa que conduz ao quiosque e a
um corredor central que articula com as 2 salas de atividade (sala I e Sala II), a sala de multimeios,
a sala da diretora, o banheiro, o refeitório e o almoxarifado. Pelos fundos do bloco se acessa a
cozinha, a despensa e a lavanderia.

No corredor estão os cabides e as mesas para as crianças apoiarem suas mochilas, nos cantos
existem vasos grandes de plantas que enfeitam o ambiente. Numa sala de atividades há mesas para
cada quatro cadeiras, estante para armazenar material didático, cortinas e ventilador. Na outra sala
de atividade, além de mesas pequenas para cada duas cadeiras, da estante, da cortina e dos
ventiladores; há colchões empilhados, que podem ser espalhados na hora do soninho.

A sala de multimeios está mobiliada com uma estante que contém o aparelho de TV, som e vídeo,
cortina, ventilador e colchonetes empilhados. A sala da diretora é pequena, abrigando apenas uma
escrivaninha e duas cadeiras para atender os pais.

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O refeitório possui mesas e bancos em dois tamanhos diferentes. A cozinha possui fogão industrial
com coifa de alumínio, duas geladeiras, uma bancada e a pia. Desta se acessa aos fundos e a
despensa. A despensa abriga um freezer horizontal e prateleiras de alvenaria sem porta, aonde são
guardados os alimentos.

Existe um sanitário de uso exclusivo para a diretora e outro para as funcionárias que contém um
chuveiro, um vaso e um lavatório. São dois banheiros infantis: masculino e feminino. Cada
banheiro contém três vasos sanitários, separados por pequenas divisórias de ardósia, sem portas, um
chuveiro a uma cota mais alta do piso, que se acessa por quatro degraus.

Os espaços físicos existentes apresentam problemas como insolação, ventilação, áreas insuficientes,
mobiliários inadequados, entre outros. Para tal, é necessário realizar a avaliação pós-ocupação, mais
especificamente conhecer a percepção dos usuários, para propor diretrizes que atendam as suas
necessidades em relação ao espaço construído.

Figura 01 – EMEII - Antônio Daibem de Bauru-SP

3. Materiais e Métodos

Para atingir os objetivos da pesquisa foram aplicados os questionários às professoras e funcionárias


e elaborados desenhos com as crianças. No universo de 16 professoras e funcionárias do EMEI,
onze responderam o questionário, 68,75 %. Os desenhos foram realizados nas salas de atividades
junto às crianças do Pré, entre seis e sete anos, em que através de desenhos expressaram sua
satisfação ou insatisfação com o espaço construído. Considerou-se que estas amostras seriam
suficientes para atingir os objetivos.

Segundo Ornstein (1992), os questionários “tem por objetivo verificar como as pessoas usuárias
(consumidores) de um determinado produto, no caso o ambiente construído, o percebem, o utilizam,
como a ele se referem, qual o ponto de vista em relação a ele”.

Estes questionários foram aplicados às funcionárias e professoras durante os horários vagos, no 1°


semestre de 2005, pelas discentes do Curso de Arquitetura e Urbanismo junto a disciplina de
Avaliação pós-ocupação. O preenchimento de cada questionário durou em média 30 mim.

O tipo de questionário adotado foi o “estruturado”, que possibilita a quantificação das respostas
através de uma escala de variáveis e valores: ótimo (7,5 – 9,0), bom (6,0 – 7,5), satisfatório (4,5 –
6,0), regular (3,0 – 4,5), precário (1,5 – 3,0) e péssimo (0,0 – 1,5). As questões abordadas foram:
dimensionamento das salas de aula, mobiliário, iluminação natural e artificial, temperatura no
verão, temperatura no inverno, ruído interno, ruído externo, ventilação, largura dos corredores,

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localização dos sanitários, quantidade dos sanitários, ventilação dos sanitários, segurança do
edifício contra terceiros, segurança contra incêndios, adaptação ao deficiente físico, aparência
externa, aparência interna e problemas na escola. Para expressar os resultados dessas variáveis
indicando os aspectos positivos e negativos do ambiente construído foi utilizado o Diagrama de
Paretto (ORNSTEIN, 1992, p. 96).

4. Desenhos: Percepção ambiental da criança

Através dos desenhos das crianças é possível identificar, além de suas opiniões, aspectos da EMEII
que são importantes, mas que geralmente não são percebidos com tanta facilidade pelo profissional.

NÃO GOSTAM
FICAR DE CASTIGO
Não gosta de ficar de castigo, pois
quando isso ocorre, elas ficam trancadas
no banheiro. Atualmente a pedagogia
condena essa metodologia.

FUNDO DA CRECHE
Não gosta de brincar no fundo da
creche, pois não há o que fazer no lugar.

GIRA-GIRA
As meninas não gostam do gira-gira
pois acham que esse brinquedo alcança
muita velocidade, sendo assim muito
perigoso.

ESCORREGADOR
A criança não gosta do escorregador por
ele ser muito alto.

GOSTAM

PARQUINHO
As crianças gostam do parquinho
porque é um lugar aberto, com
brinquedos, onde elas podem se
divertir.

CRECHE
As crianças gostam da creche.

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ÁREA LIVRE
As crianças gostam de área livre, com
sol, grama e flores.

QUIOSQUE
As crianças gostam do quiosque, pois
ele é dimensionado para elas e ocorre
brincadeiras no mesmo.

SALA DE TV
As crianças gostam porque tem 2 tvs e
vídeo, para assistirem desenhos.

5. Resultados e Discussões
O trabalho de campo realizado em 2005, junto às professoras, funcionárias e crianças do EMEI,
identifica os aspectos positivos e negativos do espaço construído que possibilita a elaboração de
diretrizes para melhorar a qualidade desse espaço.

Após a aplicação dos questionários às professoras e funcionárias, foi possível a elaboração do


Diagrama de Paretto, através do qual foram identificadas três questões que se encontram abaixo da
linha da escala dos 4,5, isto é, foram identificados três problemas que merecem atenção, são eles: a
acessibilidade para “portadores de necessidades especiais” (número 17), quantidade de sanitários
(número 13) e segurança do edifício contra terceiros (número 15) .(Vide figura 02)

Diagrama de Paretto

17
13
15
14
12
9
4
Questões

16
8
11
3
6
7
19
18
10
5
0 4,5 9
Escala de 0 a 10 (5 média mínima aceita)

Figura 02 – Resultados do Diagrama de Paretto

Através das respostas, 81,8%, indicam como precario a acessibilidade do local em relação aos
”portadores de necessidades especiais”. Pode ser ressalvada, a ausência de rampas, corrimãos e
mobiliário específico.

Em relação ao banheiro das crianças. Existe apenas um chuveiro por banheiro e os sanitários não
têm privacidade para seu uso. Há só dois banheiros, considerando que um para uso pessoal da
diretora e outro para um total de quinze professoras e funcionárias, com apenas um chuveiro,

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sanitário e pia por banheiro. Conforme os questionários, 63,6% das entrevistadas atribuíram a
quantidade de sanitários como precário e péssimo.

Outro problema é a segurança do edifício contra terceiros, também, 63,6% das respostas colocam
esta questão como precária e péssima. Isto pode ser atribuído ao cercado de alambrado que delimita
o terreno da creche, o que a torna insegura.

É importante destacar que além destas questões, foram possíveis destacar outras através de
perguntas às funcionárias. Assim observou-se que 25% das respostas indicam a falta de sala para o
soninho das crianças, outras 25%, sala de professoras, 20%, banheiros para funcionários, e 10%,
sala de aula, privacidades dos banheiros para as crianças, e quadra esportiva. Pode ser constatado
que estas respostas coincidem com as indicadas em relação à quantidade de banheiros, privacidade
dos banheiros para as crianças.

Ainda, é insatisfatório o número de salas existente: sala I, sala II e uma sala de multimeios, sendo
que há cinco grupos de crianças: mini-maternal, maternal, Jardim I, Jardim II e Pré. Assim, dois
grupos ficam descobertos.

As outras questões como dimensionamento das salas de aula, mobiliário, iluminação natural e
artificial, temperatura no verão, temperatura no inverno, ruído interno, ruído externo, ventilação,
largura dos corredores, localização dos sanitários, ventilação dos sanitários, adaptação ao deficiente
físico, aparência externa e aparência interna, foram considerados como ótimas, boas e satisfatórios.

6. Conclusões

A partir dos estudos de percepção, cognição e avaliação pós-ocupação, foi possível propor algumas
diretrizes projetuais para a EMEII. Tendo em vista a dificuldade de arrecadação de verba da
instituição, foi dividida as propostas em duas fases: a de curto prazo e a de longo prazo.

Nas propostas de curto prazo foi possível a elaboração de sete propostas:

 Considerando a acessibilidade, foram detectadas barreiras que dificultam o acesso a


cadeirantes em vários pontos da EMEII. Portanto, propõe-se a instalação de rampas, bem
como adesivos de orientação para os deficientes visuais e a instalação de sanitários
adaptados à deficiência física.
 Tendo em vista a segurança das crianças, constatou-se a necessidade da troca dos pisos dos
sanitários e ao redor do bebedouro, pois estes espaços, por se tratarem de áreas molhadas,
são mais propícios a acidentes. Se não for possível a substituição total do piso, pode-se se
optar pela instalação de pisos emborrachados autocolantes.
 Instalação de proteções (borrachas) ou arredondamento nas quinas dos banheiros.
 Colocação de uma parede para funcionar como anti-câmara, possibilitando assim a
privacidade das crianças nos banheiros. Necessidade observada pelos desenhos das crianças.
 Instalação de proteção (toldos) contra os raios solares diretos e o vento no quiosque.
 Instalação de bebedouros com filtro espalhados pela EMEII.
 Colocação de portas nos armários das salas de aula.

Nas propostas a longo prazo, que demandam mais recursos, foi possível elaborar 5 propostas de
intervenção:

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 Transferência do parquinho para o fundo, com o objetivo de criar uma área destinada ao
lazer das crianças (de todas as faixas etárias). Essa localização permite também o
distanciamento da área de lazer das salas de aula, não interferindo na atenção das crianças,
além de proporcionar uma melhor privacidade. Outro instrumento de lazer a ser inserido é a
quadra poli esportiva.
As caixas d’água serão transferidas para próximo da casa de gás, possibilitando uma melhor
fluência na passagem e um melhor aproveitamento do local. Elas também serão decoradas
ludicamente, para se integrarem melhor ao ambiente.
 Criação de uma nova sala de professores. Necessidade observada nos questionários
aplicados
 Criação de uma terceira sala de aula devido à necessidade em função do número de crianças
atendidas na EMEII.
 No local onde se situava o parquinho, propõe-se a criação de uma casinha de bonecas e de
um labirinto lúdico, proporcionando às crianças um “cantinho” para se esconder, brincar ou
até mesmo descansar.
 Na antiga área destinada ao sanitário de funcionários será implantada uma sala, cuja função
será o atendimento médico e odontológico das crianças da EMEII.

Referências Bibliográficas
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nas escolas: produção de uma arquitetura fundamentada na interação usuário-ambiente. In: Del
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Paulo, 1992.
RIO, Vicente del & OLIVEIRA, Lívia de. Percepção ambiental. São Paulo: Studio Nobel e
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Sustentável- claCS e 10° Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído-
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