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Análise da Dinâmica do Desmatamento e da Adaptação ao Novo Código


Florestal por Agricultores Familiares da MRH de Imperatriz-MA.

Poster · November 2018

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Lidielze Oliveira Dourado Marcelo Carneiro


Universidade Federal do Maranhão Universidade Federal do Maranhão
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Ulisses Denache Vieira Souza


University of São Paulo
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Lidielze Oliveira Dourado (PIBIC-CNPQ) Profº Dr. Marcelo Sampaio Carneiro (PPGCS); Profº Ms.Ulisses Denache Vieira Souza

O peso crescente dos problemas ambientais relacionados com a destruição das florestas tropicais vem 1. As Políticas Públicas e o controle do desmatamento na Amazônia Legal
impulsionando a discussão sobre os principais fatores geradores do desmatamento na Amazônia. No Brasil,
PPCDAm PRODES DETER DETEX DEGRAD TerraClass
essa questão se relaciona diretamente com a questão do desmatamento na Amazônia Legal, que, no decorrer Fatores que
das últimas décadas, apesar de uma redução em sua intensidade, continua sendo um dos principais geradores de favoreceram o Políticas Públicas
desmatamento
impactos ambientais em escala local, regional e global. PAS PRA CAR

Confrontado com as críticas ambientais no plano global e nacional, o governo brasileiro teve de desenvolver
políticas públicas para enfrentar a questão do aumento do desmatamento e estimular a recomposição florestal, 2. Análise das estratégias dos agricultores familiares frente às novas exigências da legislação ambiental
desse modo, criou, em 2003, o Grupo Permanente de Trabalho Interministerial e, em 2004, lançou o Plano de na MRH de Imperatriz
Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm), com o objetivo de desenvolver 2.1 Assentamento São Jorge
ações efetivas de contenção do desmatamento, articulando atores nos níveis federal, estadual e municipal.
Por outro lado, a partir da iniciativa da chamada bancada ruralista no Congresso Nacional, foram provocadas
modificações no Código Florestal, o que levou a edição de um novo Código Florestal (Lei Federal
12.651/2012), que, dentre suas principais mudanças estabelece a necessidade de realização do Cadastro
Ambiental Rural (CAR), o qual direcionado aos assentamentos de Reforma Agrária, como um instrumento para
regularização fundiária, de planejamento da unidade produtiva e para tomada de crédito pelos agricultores
(ALENCAR, et Al. 2016 p.104).

Analisar a dinâmica do desmatamento no assentamento São Jorge (Cidelândia/MA) e verificar o processo de


adaptação dos agricultores familiares às novas exigências do Código Florestal brasileiro (Lei n⁰ 12.651, de
25/05/2012). A partir de três etapas específicas:
2.1 A análise e Mapeamento do Uso e Ocupação do Assentamento São Jorge
a) Analisar as políticas públicas desenvolvidas para o controle do desmatamento na Amazônia;
b) Estudar as iniciativas de controle do desmatamento focalizadas em assentamentos de reforma agrária; Classes/Ano
ha
1990
% ha
2000
% ha
2010
% ha
2017
%
c) Contribuir, por meio do mapeamento participativo e técnicas de geoprocessamento, com as estratégias dos Vegetação
Densa / 990,1 20.45 596,48 12.32 1118,4 23.10 1312,06 27.10
Floresta
agricultores familiares para planejamento do uso do espaço e enfrentamento as novas exigências da legislação Área agrícola 1875,14 38.73 684,11 14.13 2253,75 46.55 1704,23 35.20
Áreas de
ambiental. regeneração
Área agrícola /
1412,28 29.17 2335,57 48.24 1254,45 25.91 1647,58 34.03

543,22 11.22 1144,54 23.64 202,86 4.19 163,16 3.37


Solo Exposto
Corpo hídrico 20,82 0.43 80,85 1.67 12,1 0.25 14,52 0.30

Para realização da pesquisa adotou-se o levantamento dos seguintes procedimentos metodológicos:


a) Estudo de literatura referente a políticas públicas de controle do desmatamento na Amazônia Brasileira e
sobre o uso de geotecnologias no estudo das formas de produção do espaço geográfico;
b) Aquisição, tratamento e processamento digital de imagens de satélite de diferentes resoluções, no intuito de
utilizá-las para comparação temporal com base ao monitoramento dos tipos de uso e cobertura do solo na área
do assentamento;
c) Obtenção de dados primários a partir das visitas de campo que correspondem à: coleta de pontos com
equipamento de navegação por GPS de média precisão, oficinas com atividades de Mapeamento Participativo e
Assentamento São Jorge
observação de ações desenvolvidas no Projeto de Assentamento São Jorge. 2.1 O Cadastro Ambiental Rural no Assentamento São Jorge Área: 4.841,5557 ha, possuindo 0,35 módulos fiscais, estando
localizado nas coordenadas 05º03’48,51”S de latitude e
47º49’14,73” O de Longitude.
Análise Ambiental Dados Primários (Campo) Cobertura do solo: Remanescentes de vegetação nativa de
1.942,1172 ha. Área total de uso consolidado: 1.861,5094.
• Aquisição de imagens de satélite e elaboração de Data: 27 s 29 de Novembro de 2015 Área de servidão administrativa não foram registradas.
Área de reserva legal do P. A. ainda não foi analisada, porém
banco de dados georreferenciados para inserção de Finalidade: contribuir para discussão sobre o novo foi exposto uma proposta vetorizada da reserva, a qual é
quantificada a área de 2.826,3263 ha, a partir de toda área com
dados de diferentes formatos (vetoriais e raster); Código Florestal e o processo de Implantação do vegetação no P.A ;
A área de Preservação Permanente (APP) tem o percentual
• Dos dados vetoriais utilizados, destacam-se a Cadastro Ambiental Rural por meio de um evento de 39,2608 ha a qual contém informações do curso de água com
até 10 metros, sendo identificadas as APP’s em área de
malha de divisão dos lotes e limites do projeto de organizado pela Associação de Moradores do Projeto vegetação nativa, as APP’s que precisam ser recompostas e as
assentamento fornecido pelo Instituto Nacional de de Assentamento São Jorge (ASPRAJORGE). nascentes ou olho d’água perenes. Já a área de uso restrito não
foi identificada (Plataforma do SINCAR, 2018).
Colonização e Reforma Agrária (INCRA).
• As etapas de pré-processamento e de Data: 21 e 22 de Maio de 2016
processamento digital das imagens estão as Finalidade: realizar uma oficina de sensibilização dos
composições RGB, no caso do satélite Landsat 5 as assentados do PA São Jorge, atividades de ✓ Politicas Públicas ✓ Iniciativas individuais e Coletivas ✓ Análise Ambiental
bandas escolhidas foram as 543, e no Landsat 8 Mapeamento Ambiental Participativo. Além disso,
foram as bandas 654 e em seguida foi realizado a foram realizados registros fotográficos e coleta de Conjunto de ações apresentadas resultou no envolvimento da comunidade na construção coletiva das
classificação das áreas a serem quantificadas; pontos. atividades, as quais pode-se impulsionar a percepção espacial, por meio dos assuntos expostos e debatidos, os
• Para analise ambiental do P.A. e da área do entorno Data: 16 e 17 de junho de 2018 quais, articulado com a análise ambiental trouxe a possibilidade de se entender a situação do assentamento e
foi construído um Mosaico com 15 imagens do Finalidade: identificar os tipos de usos e os tipos de problemática ambiental e os desafios a serem enfrentados, resultando em possíveis mudanças no cenário local.
Google Earth registradas no dia seis de setembro produção por lote no assentamento São Jorge e validar
de 2014 pelo sensor Pleiades, as quais foram as informações obtidas em laboratório.
georreferenciadas a partir da altitude do ponto de Materiais: como base cartográfica foi utilizado o
visão de 7.02 Km. Destas 15 imagens, nove mapa do assentamento. ALENCAR, Ane. et Al. Desmatamento nos Assentamentos da Amazônia: histórico, tendências e
cobriram o P. A. São Jorge. Desse modo, fez-se a Esse método permitiu a construção colaborativa das oportunidades. Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia- IPAM. Brasília. 2016.
identificação de quatro a oito pontos de controle no informações sobre cada lote. No primeiro momento CARNEIRO, Jonatha F. A inserção do campesinato n produção de leite na microrregião de Imperatriz:
Google Earth, os quais serviram para foi identificado os assentados de cada lote, totalizando exercício de autonomia ou subordinação à indústria de laticínios? Dissertação de Mestrado apresentada ao
georreferenciar as imagens no ArcGis, com a identificação de 88 assentados de um total de 96 PPGCS/UFMA. São Luis: PPGCS/UFMA, 2016.
margem de erro de 0,01; lotes. No Segundo momento foram identificados as POLISSARI, Vinícius Braga. et Al. Uso da Percepção Ambiental como instrumento de Gestão em
• Identificou-se por meio de dados fornecido pelo atividades desenvolvidas em cada lote, resultando na aplicações ligadas às áreas educacional, social e ambiental. Núcleo de Estudo em Percepção Ambiental-
CAR (Plataforma do SiCar) as áreas de APP, e as identificação das atividades desenvolvidas em 71 NEPA. Espírito Santo. 2004.
áreas uso e cobertura do solo. lotes. BRASI. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651.htm>. Acesso em: jun. 2018.

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