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Ardeu sala de informática da

UP Director interino: Joaquim Chibalo
Diário da Zambézia Ano XIII Edição n°2.747 Quarta-feira: 27/06/2018
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 Diário da Zambézia 27 de Junho de 2018 Edição n° 2.747

Sociedade EURO-ExportLda
Vinte anos empobrecendo Gilé

A
população do povoado de
Naipa, distrito de Gilé na
Zambézia exige clareza
nas acções de responsabilidade
social da empresa Euro-Export
Lda, que explora recursos
minerais da espécie de
Barilo, Quartzo e Turmalinas,
abundantes naquela região.
O governo local (Gilé) diz não
conhecer com detalhes esta
empresa, entretanto, a direcção
provincial dos Recursos Minerais
e Energia, conhece, mas dá
informações totalmente contrárias
ao que se passa no terreno.
A Euro-ExportLda foi concedida
uma licença com o número
437C, e explora área de 370,37
hectares, há mais de 20 anos.
A não canalização do valor
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referente à responsabilidade
social é tida como culpa
do governo que não está
preocupado com a comunidade
que vê suas terras serem
devastadas pela Euro-Export Lda.
Naipa, dista 15 quilómetros da
sede da localidade de Muiane,
outra região considerada rica
em recursos minerais, que
atrai muitos exploradores
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em benefício da população local.

Lembra ele, que a EURO-Export
construiu apenas uma escola
composta por 4 salas de aulas.
Mais adiante, o nosso locutor
explicou que naquela região,
há muita gente com vontade
de trabalhar na empresa, mas
segundo ele, para entrar “é
preciso ceder algo ao chefe,
pode ser em produto, ou mesmo
em dinheiro”- disse Cláudio
para depois acrescentar que “eu
queria muito entrar, mas não
consegui, porque não tenho
nada para cunhar” – lamentou.
A fonte fez saber que
esta situação preocupa à
toda comunidade, visto que
maior parte dos trabalhadores
daquela empresa são
nacionais e estrangeiros, empresas com a população provenientes de outras regiões.
incluindo garimpeiros ilegais. e este é mais um caso.
Raúl Justino um outro morador
Uma investigação levada a cabo Daniel Cláudio é morador do de Naipa, que alega ser um
pelo Diário da Zambézia, mostra povoado de Naipa e em exclusivo dos trabalhadores mais antigo
claramente que a EURO-EXPORT- ao Diário da Zambézia, explicou daquela empresa, mas que neste
Lda primeiro não canaliza impostos que a empresa começou a momento está fora da mesma,
na Área Fiscal onde actua, operar já lá vai muito tempo. alegadamente porque a chefia
neste caso, seria na Autoridade Mas durante este período todo, argumenta que não tem confiança.
Tributária de Mocuba. Várias sustentou Cláudio, nada é feito
consultas e até documentos,
mostram tudo contrário.
Em conversas separadas com
alguns populares, estes afirmaram
que a empresa em alusão, só está
criar desgraça a população. Isto
porque segundo argumentaram,
desde que iniciou com as
actividades de exploração, só faz
promessas em executar algumas
acções de responsabilidade
social, mas nunca as concretizou.
Segundo contaram a nossa
Reportagem, a referida empresa
havia prometido melhorias de
vida à população através de
reabilitação e construção de várias
infra-estruturas sociais, abertura
de vias de acesso, emprego para
os nativos, acções estas que até
aqui não foram materializadas.
O mal estar da população
O conflito que se arrasta há
vários anos parece não ter um
fim. A região de Muiane é o foco
dessas tensões entre várias
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 Diário da Zambézia 27 de Junho de 2018
Nesta investigação do DZ, Justino
explicou que na altura em que
era trabalhador da empresa em
2002, recebia 2.444 Meticais.
Aliás, o nosso entrevistado
considera que os naturais são
excluídos naquela empresa
porque os gestores preferem ter
gente de fora. “Isso prejudica
a nós, porque pensávamos
que a empresa está aqui
e haveria trabalho para os
naturais”- lamentou Raul Justino.
Estas e outras fontes não vêem
benefícios de nada que resulta
da exploração de recursos da
sua zona, e não só culpam
a empresa, mas também o
governo local que nada faz para
ajudar as comunidades a se
beneficiarem da responsabilidade
social que a lei prevê.
Autoridades do bairro “sem
palavras”
A Reportagem do Diário da
Zambézia, nesta investigação
sobre exploração de recursos
minerais, contactou também o
Secretário daquele povoado que
responde pelo nome de Gabriel
Sousa. Em conversa, o Secretário
Sousa fez saber que a situação
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Orelha
Edição n° 2.747
faz cair lágrimas e as vezes, também do governo distrital.
fica-se sem palavras quando
Empresa vagueia no que tange
é para abordar este assunto.
aos impostos
“É doloroso falar desta
A lei moçambicana obriga que
empresa”- disse o Secretário
cada actividade que é exercida, o
para quem, já se perdeu a conta
executor pague impostos na área
do tempo em que está levar “em
fiscal onde explora. Por vezes,
vão” os recursos daquela região.
e sabendo que maior parte das
No próximo mês de Agosto, empresas deste país pertencem
segundo a nossa fonte, a EURO- a pessoas que se sentem
Export-Lda faz 21 anos de acima das outras e até das leis,
exploração de recursos minerais algumas destas empresas, pode
naquela zona, mas a população ser o caso da EURO-Export-
continua pobre em quase tudo. Lda, manda passear estas leis
e vai fazendo o que lhe cabe.
Sousa disse, que a ser assim, a
população pode nos próximos Nesta investigação,
momentos cansar com conseguimos falar
a desonestidade da com um cidadão de
empresa, uma vez nome Joelson
que o governo Santos, que
também mostra- s e g u n d o
se incapaz explicou,
quanto a ocupa o
fi s c a l i z a ç ã o . cargo de
“Raras vezes administrador
que membros do da empresa.
governo se fazem
Questionado
passar aqui” – disse
sobre impostos,
para depois acrescentar
Santos vagueou bastante,
que este ano ninguém passou
alegando que neste país, o
por lá em nome do governo
pagamento de impostos é
distrital e nem mesmo provincial.
bastante complicado, mas não
Nesta entrevista, o Secretário disse, de onde vem a complicação.
lembrou o episódio que ocorreu
O administrador da EURO-
em 2015, em que a população
Export afirmou que a empresa
cansada de ser explorada decidiu
instalou-se em Agosto de
partir para a vandalização da mina
1997, que numa fase inicial
da empresa Tantalum Mineração.
funcionava com trabalhadores
“São essas desavenças que
sazonais. Mas, segundo o nosso
deixam população cansada e
entrevistado, actualmente conta
começam a resolver sozinho,
com 55 trabalhadores dentre eles,
já que o governo não reage” –
constam operadores de máquinas,
disse Gabriel Sousa, desapontado
pedreiros, guardas e entre outros.
com a desonestidade da
empresa EURO-ExportLda e Sobre o pagamento de impostos,
Tabela de Publicidade para 2018
Preços [Meticais]
12.432,42
6.956,23
3.478,75
3.042,00
2.960,10
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o administrador tentou esquivar-
se alegando que “é difícil gerir
isso, porque o Estado diz que
temos que pagar impostos
e isso vem no memorando,
depois tem a outra parte da
responsabilidade social” –
lamentou, para depois explicar
que noutros países essas verbas
não existem, ou seja, segundo
ele, para onde vão os impostos.
Questionado sobre este país onde
as coisas não assim, Joelson
Santos nem sequer soube dizer.
Aliás, como o assunto de
impostos mexe, o administrador
daquela empresa, reconheceu
que não tem cumprido na
integra o pagamento das suas
obrigações fiscais, conforme
emana a lei moçambicana.
No que tange a responsabilidade
social na região durante os 20
anos de exploração, a fonte
lembra-se apenas da construção
de uma escola composta
por 4 salas de aula e alguns
melhoramentos de vias de acesso
consideradas intransitáveis.
Quando solicitamos o memorando
assinado entre a empresa
e o governo em relação a
responsabilidade social para
as comunidades nas zonas de
exploração, o representante da
empresa Euro-ExportLda, não
quis apresentar, alegando que
tudo está nas mãos do governo.
AT de Quelimane desconhece a
empresa Euro-ExportLda
Um documento que o Diário da
Zambézia enviou a Autoridade
Tributária, Direcção da Área Fiscal
de Quelimane, solicitando esta
informação, já que a delegação
de Mocuba diz não ter nada em
relação a esta empresa, fomos
respondidos através da nota com
n° 61/DAFQ/2018, datada de
14 de Junho, a qual a ATM-Área
de Quelimane, explicou que a
empresa Euro-ExportLda está
inscrita sob NUIT 400027447,
mas é contribuinte da Direcção da
Área Fiscal de Nampula, sendo
que esta unidade de cobrança
não podia fornecer alguma
informação a respeito da empresa.
Porém, esta informação
fornecida pela ATM-Quelimane,
contradiz com a da Direcção
provincial dos Recursos Minerais
e Energia, que na voz do
respectivo director, Almeida
Manhiça, diz que empresa
contribuinte da Direcção da
Área Fiscal de Quelimane.
Conforme reza a legislação
atinente a esta matéria,
nomeadamente a Lei 11/2007 de 27
de Junho, “uma percentagem das
receitas geradas na extracção
mineira deve ser canalizada
para o desenvolvimento das
comunidades das áreas onde
se localizam os respectivos
projectos, devendo ser fixada
na Lei Orçamental uma
percentagem, em função das
receitas previstas e relactivas
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Edição n° 2.747
a actividade mineira”.
Segundo este dispositivo legal,
o Imposto de Produção Mineira
incide sobre o valor da quantidade
do produto mineiro extraído da
terra em resultado da exploração
mineira exercida em território
nacional ao abrigo ou não do título
mineiro, independentemente da
é
venda, exportação ou outra forma
de disposição do produto mineiro.
Portanto, a obrigação tributária
considera-se constituída no
momento em que o minério é
extraído da terra. Este princípio,
não está sendo respeitado no
distrito de Gilé, sendo que a vida
da população ainda continua
dura o que para eles apenas é
maneira de aguentar, mesmo
com tanta riqueza que existe.
Direcção dos Recursos
Minerais “mentirosa”
Entretanto, para aferirmos com
mais detalhes, o DZ entrevistou
o director provincial dos
Recursos Minerais e Energia na
Zambézia, Almeida Manhiça,
que confirmou a existência da
tal empresa, cuja mesma tem
validade de 15/03/2006 à
15/03/2031 e emprega segundo
Manhiça, 44 trabalhadores
dos quais 40 moçambicanos.
Esta informação de Manhiça,
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contrasta com a realidade que

o Diário da Zambézia obteve
no terreno onde decorrem as
actividades de exploração mineira,
quanto ao inicio das actividades.
Ainda de acordo com aquele
dirigente, a empresa começou
a exportar em 2013, sendo de lá
para esta parte, exportou duas
vezes, tendo contribuído para
os cofres do Estado num valor
de 101.586,28Mt (Cento e um
mil, quinhentos e oitenta e seis
meticais e vinte e oito centavos)
em impostos sobre a produção.
No que se refere a Governo distrital sem irei dar resposta”– garantiu o SP.
responsabilidade social documentos
Uma semana depois, a nossa
conforme o director de Recursos
Na interacção com o governo Reportagem voltou a contactar
Minerais, a empresa construiu
do distrito de Gilé, na pessoa o Secretário Permanente do
uma escola composta por duas
do Secretário Permanente, governo distrital, para saber se
salas, contrariando desta forma
Luís Moiane, o qual disse ter tinha informação clara da tal
com a realidade, sendo que a
conhecimento da existência da empresa, sendo que a resposta
escola referida é composta por
empresa EURO- que tivemos, é esta que passamos
4 salas de aulas. Este
ExportLda, este a citar: “Ok. Vou encaminhar ao
é único apoio que a
distanciou-se SDAE e aguardo a resposta.
comunidade recebeu
dos possíveis Meus cpts” -fim da citação. Mais
da empresa desde
memorandos, uma semana e nunca mais tivemos
a sua implantação
t e n d o a resposta exacta, até a hora do
na região de Naipa.
assegurado fecho desta edição o governo de
Questionado para Moiane que Gilé mostrava-se indisponível
onde a empresa sabe ele da para fornecer dados concretos
canaliza os impostos, existência desta da empresa EURO-Export Lda.
Manhiça sem dar voltas empresa há
Este modus operandi desta
disse a mesma canaliza os bastante tempo.
empresa pode não ser única
impostos na Autoridade Tributária,
Sobre os impostos, Moiane, na província, mas infelizmente
Direcção da Área Fiscal de
mesmo sem provas, garantiu que o governo continua impávido e
Quelimane na Zambézia. Só que
a empresa canaliza. ”Aonde não só se lembra que há empresas
o director pode ter sido um grande
posso precisar neste momento, quando a população assume-
mentiroso, se calhar porque
mas para tal, deixa seu se na dianteira e procura exigir
está tentar encobrir ou não sabe
endereço electrónico e depois seus direitos. (Joaquim Chibalo)
nada em relação aos impostos.

Economia Para apurar o compulso de fundos

Auditores vasculham Conta do CMQ
U
ma equipa sectorial da
Inspecção Geral de
Finanças, está desde esta
terça-feira (26) em Quelimane, a
fazer auditoria da Conta Gerência
referente ao ano de 2107 do
Concelho Municipal de Quelimane,
sob gestão de Manuel de Araújo
do Movimento Democrático
de Moçambique (MDM), cujo
objectivo é apurar o manuseio dos
fundos daquele órgão autárquico.
Segundo soube o Diario da
Zambézia, os auditores entraram
nas instalações do Concelho
Municipal por volta das 08h00 para
aferir minuciosamente a Conta
Gerência aprovada somente pelos
membros do MDM na Assembleia
Municipal em Maio do ano em
curso, uma vez que os membros da
bancada da Frelimo "gazetaram"
a essa Sessão, por não concordar
com vários pontos que apresenta
a referida Conta Gerência.
Para aferir de perto esta auditoria,
a Reportagem do Diário da
Zambézia esteve no local e
em conversa com o director
Financeiro do CMQ, soube de

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faz a auditoria de modo a saber

como vai à saúde das receitas e
despesas de cada órgão municipal.
Quando questionado em
quanto tempo vai decorrer esta
auditoria, Mário respondeu
que, "é um processo", pois o
dossier da Conta Gerência
anual possui vários pontos que
carecem de análises delicadas.
No entanto, o DZ tem na posse
a Conta Anual 2017 do CMQ,
e constam nesse documento
dívidas que o Município contraiu
de alguns fornecedores, como
por exemplo, refeições no
Zalala Beach Loadge, num
valor de 110,435.00 Meticais.

facto que os auditores estão o director Financeiro de nome Importa referir que, auditoria
reunidos com os chefes dos Mário, explicou que o processo da Conta Anual está sendo
departamentos para juntos de auditoria é uma actividade feita na ausência do Edil de
fazerem a triagem do dossier. normal, tendo avançado que só Quelimane, Manuel de Araújo,
acontece uma vez por ano, onde que supostamente está de viagem
Nesta mesma conversa com ao exterior. (Ernesta Missage)
a Inspecção Geral de Finanças,

Sociedade Explosão de quadro eléctrico na UPQ

Prejuízos podem estar acima de 400 mil Meticais

N
a manhã desta terça- instalações e criar mais danos. 400 mil Meticais, sabido que foram
feira, trabalhadores danificados computadores, UPS,
As informações primárias
e algumas pessoas o próprio quadro eléctrico e outros
que o DZ teve acesso,
que se encontravam na bens que estavam naquela sala.
indicam que os Bombeiros
sala de informática da
conseguiram chegar a tempo e A sala de informática da
Universidade Pedagógica,
dai, controlaram a situação. Universidade Pedagógica,
delegação de Quelimane,
delegação de Quelimane era
pegaram um susto, devido a Em relação aos danos, até agora,
usada por estudantes que
explosão do quadro eléctrico os valores podem estar acima dos
frequentam aquela Faculdade.
que alimenta as instalações.
Refira-se que a explosão de
Conforme avançou o Diário da
quadros eléctricos tem sido
Zambézia na sua página das
apanágio de muitas instalações
redes sociais, quando aconteceu
nesta cidade. Basta lembrar que
a explosão, os usuários
ainda no ano passado, a Sala de
assustaram-se cada um foi
Sessões do Governo Provincial,
procurando refúgio, porque viu-se
também viu o quadro eléctrico
um fumo imenso nas instalações.
explodir e a empresa Electricidade
Minutos depois, foi accionado Moçambique, Área de Serviço ao
o mecanismo de socorro, tendo Cliente de Quelimane, alegara
sido solicitado os Bombeiros que para aquele caso concreto,
para debelarem o fogo sob era um problema de má instalação
pena de alastrar-se para outras que tinha sido feita. (Redacção)
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