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O Longa “Brilho eterno de uma mente sem lembranças” explora a relação entre arquitetura e
a construção da memória na jornada de Joel em tentar preservar Clementine em suas memórias.
Transportando os conceitos urbanísticos de Lynch, para esta análise do mapa mental psicológico
de Joel, vemos exemplificado nesta imagem sua definição de “clareza de imagem”. Uma imagem para ser
suficientemente clara para que se torne um marco na memória primeiramente deve possuir uma
identificação do objeto, uma distinção de outras coisas, no exemplo sua memória mais antiga. Em segundo
lugar, a imagem tem de incluir a relação estrutural ou espacial do objeto com o observador e outros objetos,
que é clara na distorção ocorrida na lembrança para se adaptar a percepção infantil do espaço. E finalmente,
o objeto tem de possuir significado prático ou emocional, no caso, a memória possui um significado
emocional para Joel ao lembrar de seu relacionamento com sua mãe.
“A Coerência da imagem pode surgir de vários modos. No
obejto real pode existir pouco a ordenar ou a observar e, no entanto, a
figura mental pode ter ganho identidade e organização através de
uma longa familiaridade.” - Kevin Lynch
Sua lembranças mais claras de sua infância são as que são infundidas de grande
familiaridade. Em sua representação da memória, a arquitetura (ponto marcante) aparece como
elemento estruturador, como pontos de referência guias em seu mapa mental, visto que ao se
transportar em suas lembranças, há sempre uma referência espacial, que possui grande significado
para o personagem.
Sua importância como elemento base fica evidente conforme as memórias são apagadas por
sua deterioração e distorção, dado que a perda da memória para Joel, é traduzida na perda de seus
referenciais, tornando a memória em si algo imemorável.
O uso da cor também é feito para dar “imaginabilidade” para a memória, tornando-a mais viva e
legível no mapa mental.