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Estratégias sustentáveis em projeto de intervenção de um Condomínio

residencial em Vitória (ES)


Márcia Câmara Bandeira de Figueiredo (1), Karolyna Costa Aguiar (2) e Márcia Bissoli (3)
(1) Graduanda do Curso de Arquitetura e Urbanismo, UFES, Brasil. E-mail:
marcia_bandeira@uol.com.br
(2) Arquiteta Urbanista, Mestranda Programa Pós Graduação em Engenharia Ambiental da UFES
(PPGEA/UFES). E-mail: karolaguiar@gmail.com
(3) Arquiteta Urbanista, MSc.Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, UFES, Brasil.E-mail:
marciabissoli@gmail.com

Resumo: tendo em vista o fato de que a indústria da construção civil não possui como enfoque de
atuação o uso de técnicas e tecnologias sustentáveis, a pesquisa objetivou uma intervenção projetual
num Condomínio residencial da cidade de Vitória (ES), utilizando estratégias sustentáveis presentes na
escala urbana. Metodologia: realizou-se uma revisão bibliográfica sobre temas pertinentes ao estudo,
reunindo informações para o desenvolvimento das diretrizes e da intervenção projetual urbana.
Resultados: Foi proposta uma reformulação de desenho urbano, com a criação de um estacionamento
independente na entrada do Condomínio e a transformação das ruas em grandes calçadas, nas quais o
paisagismo funciona como elemento de controle do fluxo de carros e como área de vivência, além de
propiciar o desenvolvimento de uma fauna e flora local e contribuir com benefícios climáticos e
ambientais. A implantação da infra-estrutura verde e de blocos intertravados na reformulação da
pavimentação, contribuiu para um acréscimo na superfície permeável e reduziu o escoamento superficial
da água da chuva. Contribuições: a partir dos resultados projetuais verificou-se que é possível
desenvolver estratégias sustentáveis em áreas urbanas consolidadas, diminuindo o impacto ambiental e
aumentando a qualidade de vida dos moradores.
Palavras-chave: Áreas urbanas consolidadas; Sustentabilidade urbana; Infra-estrutura verde.

Abstract: having the fact that the building industry doesn’t have the actuation focus on sustainable
technologies and techniques, the research aimed to design an intervention in a residential condominium
in Vitória, ES, using sustainable strategies in the urban scale. Methodology: it was a bibliographic
review on topics relevant to the study, gathering information for guidelines development and projectual
proposals. Results: urban design improvement with the creation of an independent parking at the
entrance of the condominium and the transformation of the streets in large sidewalks, in which the
landscaping works as part of controlling the cars flow and as living area, and, in addition a local flora
and fauna development, contributing to climatic and environmental benefits. The implementation of green
infrastructure and the interlocking block on the paving recasting, contributed to increase permeable
surface and reduced the rainwater runoff. Contributions: from the projectual results found that it is
possible to develop sustainable strategies in consolidated urban areas, reducing the environmental
impact and increasing the resident’s quality of life.

Key-words: Consolidated urban areas; Urban sustainability; Green infrastructure.

1. INTRODUÇÃO
A preocupação com as atuais condições ambientais, a busca pela melhoria da qualidade de vida e a
crescente conscientização dos seres humanos quanto ao seu papel no movimento de preservação e
recuperação ambiental, têm despertado na sociedade e na indústria da construção civil, a procura por
novos conceitos de desenho urbano e habitações. Tais pressupostos estão relacionados, fundamentalmente
aos aspectos da sustentabilidade.
A proposta de intervenção no Condomínio Residencial Aldeia Pedra da Cebola foi um exercício projetual
realizado na disciplina Projetos Especiais, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal
do Espírito Santo, no semestre 2008/02, que tem como ênfase a educação ambiental e a sustentabilidade.
Durante o desenvolvimento das atividades, o Condomínio encontrava-se em construção, mas já era
notória a ambiência fortemente marcada por um espaço urbano com baixa qualidade ambiental. Outra
questão percebida foi à valorização do automóvel em detrimento ao pedestre, assim como ocorre na
grande maioria dos centros urbanos. Esta prática equivocada ocasiona a pavimentação excessiva do solo,
o aumento da temperatura, da poluição do ar, além da poluição visual e sonora. Diante disto, percebeu-se
que a inserção dos conceitos da sustentabilidade e estratégias que valorizem o convívio comunitário
integrado poderiam ser viáveis.
Foram adotados então, os princípios da infra-estrutura verde. De acordo com Nathaniel Comier, esta é
representada nas cidades pelo sistema de espaços livres composto por parques, corredores verdes e áreas
de preservação ambiental. Tal infra-estrutura é formada pelos canteiros pluviais, biovaletas, jardins de
chuva, lagoas pluviais, tetos verdes, e podem ser usados separadamente ou associados, adequando-se às
necessidades de cada região. Estes elementos contribuem para o manejo ecológico de águas pluviais
(captação, armazenagem, drenagem e a melhoria da qualidade da água da chuva, extraindo dela seus
poluentes), e para a moderação do micro-clima, no seqüestro de carbono e na diminuição da velocidade
de escoamento superficial da água, evitando enchentes e garantindo que uma maior quantidade de água
seja absorvida pelo solo (CORMIER; PELLEGRINO, 2008). Além disto, pode-se evitar danos ao
ambiente, pois reduz-se a quantidade de poluentes e nutrientes carregados pelas águas pluviais evitando-
se o desequilíbrio dos ecossistemas (FERGUSON, 1998, apud PENTEADO; ALVAREZ, 2006).
De acordo com Penteado e Alvarez (2008, p. 8) “um sistema ideal de drenagem deve reduzir a velocidade
do movimento da água, espalhando-a pelo território, permitindo que infiltre no solo e com isso seja
filtrada”. De acordo com Marsh (1997, apud PENTEADO; ALVAREZ, 2008), as três principais
estratégias para o gerenciamento de águas pluviais são: 1). Procurar armazenar no sítio a água para que
seja escoada lentamente, que seja feita a detenção; 2). Facilitar o retorno da água para o solo, ou seja,
garantir a permeabilidade; e 3). Planejar os empreendimentos, para que o escoamento pluvial não seja
incrementado.

2. OBJETIVO
O objetivo da pesquisa foi propor uma intervenção projetual num Condomínio residencial da cidade de
Vitória (ES), utilizando estratégias sustentáveis presentes na escala urbana, como a infra-estrutura verde,
com o intuito de valorizar o convívio comunitário integrado e contribuir para o manejo ecológico das
águas pluviais. Para tanto, o ensaio projetual atua no desenvolvimento de um projeto de intervenção
urbanística do Condomínio Residencial Aldeia Pedra da Cebola, com o objetivo de valorizar e estimular
relações mais próximas entre moradores e o espaço que habitam.

3. METODOLOGIA
A pesquisa foi desenvolvida em diferentes etapas sendo que, inicialmente foram realizadas visitas de
campo ao Condomínio, com coletas de dados sobre o local, e uma revisão bibliográfica sobre temas
pertencentes à temática. Tais pressupostos foram fundamentais para que críticas pudessem ser feitas, com
o intuito de propor melhorias em diferentes aspectos. Contribuíram também para o desenvolvimento das
diretrizes projetuais e em seqüência, a elaboração da proposta de intervenção.

4. LOCALIZAÇÃO DO CONDOMÍNIO
A área de estudo compreende o Condomínio Residencial Aldeia Pedra da Cebola, situado na Rua Petrolino
Cezar de Morais, Bairro Morada de Camburi. O empreendimento localiza-se em uma região residencial,
próxima ao Parque Pedra da Cebola e à Avenida Fernando Ferrari, uma das principais avenidas de Vitória.
Na Figura 1 é possível constatar que o Condomínio está inserido em uma área urbana consolidada.
Figura 1 – Localização.
O clima de Vitória se caracteriza como quente-úmido, com temperaturas que variam de 14°C a 33°C ao
longo do ano, e com índices de umidades relativas superiores a 50%. O conforto térmico é presente em
17,8% das horas do ano e o desconforto em 82,1%, sendo 64% de calor e 18% de frio. Assim, a estratégia
mais importante para Vitória é o incremento da ventilação e sombreamento, pois contribuirá para a redução
dos problemas de desconforto em até 61 % das horas do ano (LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 1997).
A partir destes dados gerais dos aspectos climáticos da cidade foi possível definir as primeiras medidas
projetuais da reformulação urbana do Condomínio, que foram à promoção do sombreamento e o
incremento da ventilação. O Condomínio Aldeia Pedra da Cebola possui em suas áreas comuns, algumas
características que não contribuem para a chamada sustentabilidade urbana. As Figuras 2 a 4 retratam os
aspectos da configuração atual do Condomínio, onde se percebe o predomínio do asfalto, a carência por
arborização, por sombreamento e por permeabilidade.

Figura 2 - Cobertura protegendo as Figura 3 - Ausência de áreas Figura 4 - Predomínio do asfalto na


únicas áreas permeáveis. permeáveis e sombreadas. pavimentação.
As decisões projetuais adotadas parecem não ter levado em consideração as condições climáticas do local.
Tendo em vista o desconforto térmico presente na maior parte do ano em Vitória, o projeto deveria contar
com uma maior quantidade de áreas sombreadas, de áreas verdes, e a utilização de materiais que evitem
que o calor seja retido. Um exemplo da pavimentação atual é o uso do asfalto nas vias de circulação.
Além disso, foi constatado que existem poucas áreas permeáveis, o que é um grande equivoco projetual.
Vale destacar que o Condomínio se localiza em uma cota de nível inferior em relação ao restante do
bairro, logo é uma região que naturalmente tende a acumular grande quantidade de água. Em função desta
característica topográfica do terreno, a água que chega ao local acaba apresentando uma elevada
velocidade de escoamento superficial. As únicas superfícies permeáveis existentes são os canteiros na
entrada do condomínio, outros canteiros localizados na área de lazer e as áreas de concregrama
localizadas em frente às casas, que, entretanto, foram cobertas, tornando o solo exposto impermeável.
Para o ensaio projetual foi considerado o que já estava construído no Condomínio, como algumas casas e
a área de lazer. Não foi possível modificar o traçado do loteamento, algo almejado uma vez que o traçado
original não se adequava aos princípios de sustentabilidade. Assim, investiu-se em outras estratégias
possíveis para locais já consolidados. Conforme pode ser visualizado na Figura 06, o Condomínio de
aproximadamente 19.000 metros quadrados, possui atualmente apenas 1% de área permeável,
destacando-se que não foram consideradas as áreas semi-permeáveis dos lotes, conforme exposto
anteriormente. A proposta original corresponde a 46 lotes e as ruas asfaltadas não possuem sombreamento
adequado e nem vegetação (Figura 5).

Figura 5 – Proposta original de implantação do Condomínio.

5. PROPOSTA
O desenvolvimento do projeto procurou sistematizar soluções relacionadas à inserção de áreas
permeáveis e intervenções que valorizassem o convívio comunitário. Foram previstos espaços para
produção de hortaliças e tratamento dos resíduos orgânicos do Condomínio, de forma a promover a
socialização entre os condôminos. Através da introdução de jardins ao longo do percurso de pedestres foi
possível aumentar a área permeável, proporcionando, dessa forma, uma melhor qualidade de vida. A
proposta de intervenção pode ser visualizada na Figura 6.
Figura 6 – Nova proposta de implantação.
Outra estratégia foi a conversão das ruas, simples corredores de circulação de automóveis, em espaços
públicos de vivência, qualificados para acomodar e estimular as relações sociais dos moradores e
melhorar a qualidade ambiental do Condomínio. Nesta direção, o projeto enfocou especialmente a
melhoria do conforto térmico, por meio da inserção de pergolados, vegetação e o aumento das áreas
permeáveis, intervenções estas que contribuiram com a melhoria da socialização dos moradores e
desenvolvimento da fauna e flora local.
A infra-estrutura verde introduzida permitiu o aumento da superfície permeável do solo e a diminuição do
escoamento superficial da água da chuva. Neste sentido, o projeto ainda propôs a substituição do asfalto
existente por blocos intertravados, os quais permitem que a água da chuva seja parcialmente absorvida
pelo solo e reduza o escoamento superficial da mesma. Com a adoção destas medidas, atingiu-se 11%
de áreas permeáveis e 15% de áreas semi-permeáveis, um resultado considerável, se comparado com
a situação existente (apenas 1% de áreas permeáveis).
O sistema de drenagem proposto para o Condomínio utiliza as estratégias citadas por Marsh (1997, apud
PENTEADO; ALVAREZ, 2008). As águas pluviais escoadas são direcionadas por valetas (Figura 7) que
cortam a calçada e direcionam a água para os jardins de chuva1, que filtram a água e permitem que parte
penetre no solo. Dos jardins de chuva (Figura 8) as águas são direcionadas para as lagoas pluviais,
estrategicamente posicionadas na parte central e oeste do Condomínio, o qual possui cota de nível inferior.

1
Os jardins de chuva são depressões topográficas que recebem água pluvial. O solo age como uma esponja que suga
a água, enquanto microrganismos e bactérias removem poluentes. Adicionando plantas, aumenta-se a
evapotranspiração e a remoção de poluentes. Apesar da capacidade limitada pelo espaço disponível, ainda assim, os
jardins de chuva são muito eficientes na melhoria da qualidade da água, pois é o início da chuva que carrega a
maioria dos poluentes (CORMIER; PELLEGRINO, 2008).
Figura 7 - Valetas que cortam a calçada e direcionam o Figura 8 - Jardins pluviais. Fonte: CORMIER;
fluxo da água. Fonte: CORMIER; PELLEGRINO (2008). PELLEGRINO (2008).

Na área de implantação, a maior fonte de poluentes encontra-se no estacionamento. De acordo com Penteado e
Alvarez (2008), tais poluentes são constituídos pelo pó de borracha e óleos dos veículos. Na proposta, as águas
drenadas do estacionamento que não infiltrarem no pavimento semipermeável, serão conduzidas por meio de
valetas vegetadas, que compõem a paisagem e que tem a função de reter estas partículas poluentes (Figura 9).

Figura 9 - Corte de valeta vegetada. Fonte: Adaptado de PENTEADO (2004).


Procurou-se privilegiar o pedestre em detrimento ao automóvel. Tal decisão surgiu a partir do estudo de
princípios de comunidades sustentáveis, a fim de promover um ambiente mais seguro para os pedestres,
inclusive para as crianças. Visou-se estimular a apropriação da rua pelos moradores (Figura 10). Para tanto, foi
proposto o estacionamento independente para os automóveis na entrada do Condomínio, e a transformação das
ruas em grandes calçadas, nas quais o paisagismo funciona como elemento de controle da velocidade do fluxo
de carros. Vale destacar que o acesso às residências foi restringido a casos esporádicos como descarga de
objetos pesados ou alguma emergência.

Figura 10 – Apropriação da rua (grande calçada) pelos moradores.


O estacionamento comunitário também faz referencias aos princípios aqui defendidos. Possui a cobertura
em pergolado com trepadeiras (folhas permanentes - maracujá) e acabamento superior em superfície
plástica removível (pet), que permite o acesso aos frutos e protege os pedestres e automóveis da chuva e
sol. A Figura 11 ilustra o detalhe do pergolado enquanto que a Figura 12 apresenta o conceito adotado
para o estacionamento comunitário.

Figura 11 – Detalhe do pergolado. Figura 12 – Conceito de pergolado utilizado no


estacionamento comunitário.
Nos Condomínios residenciais verticais, o estacionamento é comunitário, sendo o deslocamento do
condômino feito verticalmente, através de escadas ou elevadores. No caso do Condomínio horizontal em
questão, o estacionamento também é comunitário, tendo o morador que se deslocar horizontalmente. O
percurso mais longo é o que está destacado em azul na Figura 13, com aproximadamente 200 metros. Por
isso, foram propostos, ao longo dos percursos de pedestres, pergolados (mesmo conceito utilizado no
estacionamento), permitindo que o pedestre fique protegido do sol e da chuva ao longo de seu percurso,
do estacionamento à sua residência.

Figura 13 – Caminhos mais longos a serem percorridos pelos pedestres.


As estratégias sugeridas no ensaio projetual são apresentadas no Quadro 1.

ESTRATÉGIAS
JUSTIFICATIVAS
PROJETUAIS

Introdução de barreiras físicas (canteiros) nas ruas, objetivando a diminuição da


velocidade do fluxo dos automóveis, promovendo o uso seguro das ruas por pedestres e
SLOW STREETS ciclistas. Além disso, o conceito busca a melhoria do conforto ambiental pela diminuição
dos ruídos produzidos pelo tráfego intenso de veículos e pela introdução de elementos
paisagísticos (WAITAKERE..., 2009). Na proposta a rua tornou-se uma grande calçada
onde a circulação de veículos foi restringida.
Utilização de posteamento fotovoltáico, onde os sistemas de iluminação são compostos
ENERGIAS por um módulo fotovoltáico, uma bateria e uma luminária. Possuem um sensor que liga e
ALTERNATIVAS desliga a luminária automaticamente. A utilização desse sistema de iluminação, visa
especialmente à difusão de tecnologias energéticas adequadas.

INFRA-ESTRUTURA Utilização de jardins pluviais, lagoas pluviais, biovaletas vegetadas para o tratamento das
VERDE águas de escoamento pluvial de forma a diminuir a velocidade de escoamento e
proporcionar maior infiltração da água no solo.
Sombreamento dos percursos e áreas comuns do Condomínio através da introdução de
CONFORTO vegetação (árvore e arbustos) e pergolados. Uso intenso da vegetação para diferentes funções:
paisagismo comestível e estético, em todas as áreas comuns e individuais.
Introdução do paisagismo produtivo, que associa a atividade paisagística ao cultivo de
PAISAGISMO alimento como ervas, hortaliças, legumes e frutas. Entre os tipos de jardins e plantios
PRODUTIVO utilizados pode-se citar as hortas em formato de buraco de fechadura, as culturas de
trepadeiras aplicadas nos pergolados e as espirais de ervas.
Utilização da compostagem dos resíduos orgânicos do Condomínio de forma a estimular
o convívio comunitário integrado. Os próprios moradores cuidam do seu resíduo. É um
processo biológico no qual microrganismos transformam a matéria orgânica, como restos
COMPOSTAGEM de comida, em um composto rico em nutrientes, que pode ser utilizado como adubo. A
técnica da compostagem, além de dar uma finalidade ecologicamente adequada ao lixo
doméstico, melhora a qualidade do solo e ainda pode gerar renda a partir da
comercialização do adubo orgânico produzido.
Utilização de lixeiras para segregação dos resíduos secos úmidos, para facilitar a coleta
RESÍDUOS seletiva e promover a educação ambiental.
Quadro 1 - Síntese das principais estratégias utilizadas na intervenção.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O desenvolvimento do projeto procurou sistematizar soluções relacionadas à inserção de áreas
permeáveis e intervenções que valorizassem o convívio comunitário. Foram previstos espaços para a
produção de hortaliças e tratamento dos resíduos orgânicos do Condomínio, de forma a promover a
socialização entre os condôminos. Através da introdução de jardins ao longo do percurso de pedestre foi
possível aumentar a área permeável, proporcionando, dessa forma, uma melhor qualidade ao ambiente.
Com os resultados projetuais, verificou-se que é possível desenvolver estratégiais sustentáveis em áreas
urbanas consolidadas, diminuindo o impacto ambiental e aumentando a qualidade de vida dos moradores.
Acredita-se que dessa forma, as estratégias utilizadas na proposta podem contribuir como também servir
de exemplo para casos semelhantes.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CORMIER, N. S.; PELLEGRINO, P. R. M. Infra-estrutura verde: uma estratégia paisagística para a água
urbana. Paisagem e Ambiente, v. 25, p. 127-142, 2008.
LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F. O. R. Eficiência energética na arquitetura. São Paulo:
PW Editores, 1997.
PENTEADO, H. M. ALVAREZ, C. E. Centro de educação ambiental: uma proposta sustentável de
edificação no campus universitário da Ufes. 2006. Disponível em:
<http://www.car.ufes.br/labproj/html/artigos/ENTAC/2006/Penteado%20e%20Alvarez.pdf>. Acesso em:
5 maio 2009.
PENTEADO, H. M. The river in the urban landscape: landscape ecological principles for the design of
riverfronts. Guelph. 2004. 124 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura da Paisagem) School of
Environmental Design and Rural Development, University of Guelph, Guelph, 2004.
WAITAKERE CITY COUNCIL. Slow street guidelines. Disponível em: <
http://www.waitakere.govt.nz/cnlser/pdf/slow-street-guidelines.pdf>. Acesso em: 28 maio 2009.

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