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TRABALHO DE FILOSOFIA

THOMAS HOBBES
FILÓSOFO E TEÓRICO POLÍTICO INGLÊS

Thomas Hobbes (1588-1679) foi um teórico político, filósofo e matemático


inglês. Sua obra mais evidente é "Leviatã", cuja ideia central era a defesa do
absolutismo e a elaboração da tese do contrato social. Hobbes viveu na mesma época
que outro teórico político, John Locke, que era defensor dos princípios do liberalismo,
ao passo que Hobbes pregava um governo centralizador.
Thomas Hobbes (1588-1679) nasceu na Inglaterra, no dia 5 de abril de 1588.
Foi uma época em que a Inglaterra era dominada pelos Tudors e sofria o perigo da
invasão da esquadra espanhola. Era filho de um vigário e teve sua tutela confiada a
um tio. Estudou em Malmesbury e Westport, entrando mais tarde em Oxford, cuja
educação era de teor aristotélico e tomista. Mas Hobbes não admirava a filosofia de
Aristóteles. Foi mais influenciado pelas ideias do mecanicismo do universo e pelo
cartesianismo, comum entre os intelectuais da época. Conheceu o astrônomo Galileu
Galilei, cuja ideia, ajudou na tentativa de desenvolver uma filosofia social.
No período em que viveu, a Inglaterra vivia a aurora de seu império, era época
da revolução gloriosa, no século XVI, e a marinha inglesa começava a se fortalecer
na conquista dos mares.
Thomas Hobbes era defensor da monarquia. Por isso, viajou à Paris na
eminência da guerra civil inglesa. Lá, tornou-se professor de matemática do futuro rei
inglês Carlos II. Voltou à Inglaterra depois da guerra e publicou o seu livro mais
famoso, "Leviatã", em 1651. Mas as ideias de Hobbes não foram bem aceitas na
época, principalmente por ser considerado ateu. Seus livros foram queimados em
Oxford e suas ideias ateístas foram mal vistas pela Royal Society.
No livro "Leviatã", Hobbes defendia a tese do homem que, por viver num estado
de natureza onde todos estariam preocupados com os seus próprios interesses, seria
necessária a existência de um governante forte para apaziguar os conflitos humanos.
A guerra de todos contra todos (bellum omnia omnes) só seria evitada através do
contrato social.
Hobbes defendia que a igreja cristã deveria ser administrada pelo monarca, que
também poderia fazer a livre interpretação da bíblia, embora não concordasse com os
preceitos da reforma protestante nesse sentido.
Thomas Hobbes morreu no dia 4 de dezembro de 1679, com 91 anos, depois
de ter escrito, já na velhice, a tradução da "Ilíada" e da "Odisseia" para a língua
inglesa.

JEAN-JACQUES ROUSSEAU
FILÓSOFO SUÍÇO

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) foi um filósofo social, teórico político e


escritor suíço. Foi o mais popular dos filósofos que participaram do Iluminismo,
movimento intelectual do século XVIII. Suas ideias influenciaram a Revolução
Francesa. Em sua obra mais importante "O Contrato Social" desenvolveu sua
concepção de que a soberania reside no povo.
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) nasceu em Genebra, Suíça, no dia 28 de
junho de 1712. Filho de um relojoeiro ficou órfão de mãe logo ao nascer. Foi educado
por um pastor protestante. Em 1722 ficou órfão de pai. Com 16 anos de idade foi para
Savóia, Itália e sem meios de se manter procura uma instituição católica e manifesta
o desejo de se converter. De volta a Genebra retorna ao protestantismo. Leva uma
vida errante, foi relojoeiro, pastor e gravador, sem sucesso. Demonstra grande
interesse pela leitura e pela música.
Em 1742, muda-se para Paris, onde mantém contatos com alguns filósofos,
entre eles, Diderot. Nesses contatos, amadureceu suas ideias que seriam publicadas
em seus livros. Publicou "Discurso Sobre as Ciências e as Artes" (1749), que foi
premiado com medalha de ouro pela Academia de Dijon. Em 1755 publica ”Discurso
Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade Entre os Homens” onde aponta
as bases sobre as quais se firma o processo gerador das desigualdades sociais e
morais entre os seres humanos.
Alguns livros trouxeram problemas para Rousseau: “Émílio, ou da Educação”,
obra pedagógica, e “O Contrato Social” lhe rendeu uma prisão por serem obras
consideradas subversivas. Foi perseguido pelos protestantes, mas a convite do
filósofo Inglês David Hume refugiou-se na Inglaterra. Em 1767, de volta à França casa-
se com Thérèse Lavasseur.
O pensamento de Rousseau influenciou as ideias da Revolução Francesa.
Pregava que a liberdade era o valor supremo do homem. Anti-racionalista, foi
favorável ao preceito de que os homens nasciam bons, a sociedade é que os
corrompiam. Criticava a civilização, acusando-a de dissimulada e hipócrita.
Jean-Jacques Rousseau faleceu em Ermenonville, França, no dia 2 de julho de
1778. Seus restos mortais foram transportados para o Panteão de Paris.

JOHN LOCKE
FILÓSOFO INGLÊS

John Locke (1632-1704) foi um filósofo inglês, o principal representante do


empirismo, teoria que afirmava que o conhecimento era determinado pela experiência,
tanto de origem externa, nas sensações, quanto interna, a partir das reflexões. Sua
teoria política deixou grande contribuição ao desenvolvimento do liberalismo,
principalmente a noção de Estado de direito.
John Locke (1632-1704) nasceu na aldeia de Somerset, em Wrington,
Inglaterra, no dia 29 de agosto de 1632. Filho de um funcionário do tribunal e capitão
do exército parlamentar, ele foi educado na Westminster School. Em 1652, entrou
para a Christ Church College, em Oxford. Recebeu o bacharel em Artes, em 1656.
Estudou Medicina, e Ciências Naturais. Em 1668, foi admitido na academia científica
da Sociedade Real de Londres. Complementou sua educação com o estudo das obras
de Descartes, Thomas Hobbes e Francis Bacon e desenvolveu o interesse pela
Filosofia.
Fez amizade com o Lord Ashley Cooper, futuro chanceler da Inglaterra, que lhe
deu várias missões diplomáticas. Passou parte de sua vida viajando. Esteve
principalmente em Montpellier, na França. Em 1683, Lord Ashley foi acusado de
envolvimento na tentativa de assassinato do Rei Charles II, e John Locke obrigado a
se refugiar na Holanda, só retornando à Inglaterra quando Guilherme III é proclamado
rei.
Em 1689, durante o exilo na Holanda, John Locke escreveu “Cartas Sobre a
Tolerância”, na qual defende as ações dos cidadãos, principalmente no campo
religioso, que devem ser toleradas pelo Estado, desde que cumpram as funções de
defender a vida, a liberdade e a propriedade. Locke afirma que a reivindicação por
tolerância tem como pressuposto a separação entre Estado e Igreja, ideia
revolucionaria para o cenário político da época.
John Locke teve papel importante na discussão sobre a teoria do
Conhecimento. Sobre esse assunto escreveu “Ensaios sobre o Entendimento
Humano” (1690), que consistia em saber “qual a essência, qual a origem e qual o
alcance do conhecimento humano”. Destacou-se também na política com a obra “Dois
Tratados Sobre o Governo Civil” (1690), no qual contesta o absolutismo e a doutrina
do direito divino dos reis.
A maior parte de sua obra é caracterizada pela oposição ao autoritarismo, na
esfera individual, política e religiosa. Com relação à sociedade política e a sociedade
civil, um dos aspectos progressistas do pensamento liberal de Locke é a exigência da
origem democrática, parlamentar, do poder político. Locke estabelece uma distinção
entre o público e o privado, que devem ser regidos por leis diferentes. Assim, o poder
político não deve, em tese, ser determinado pelas condições de nascimento, bem
como o Estado não deve intervir, mas sim garantir o livre exercício da propriedade, da
palavra e da iniciativa econômica.
Através de seus trabalhos influenciados pelo racionalismo cartesiano, John
Locke se opõe à escolástica estudada em Oxford e se tornou o fundador do
“empirismo filosófico”. O empirismo define a alma como uma página em branco, uma
“tábula rasa”, onde não há inscrição, e que o conhecimento só começa após a
experiência sensível. Para Locke, se houvesse ideias inatas, as crianças já as teriam,
além disso, a ideia de Deus não se encontra em toda parte, pois há povos sem
nenhuma representação de um ser perfeito.
John Locke tornando-se o teórico da revolução liberal inglesa, cujas ideias
refletiram por todo o século XVIII, dando fundamento filosófico às revoluções ocorridas
não só na Europa como nas Américas.
John Locke faleceu em High Laver, Inglaterra, no dia 28 de outubro de 1704.
Seu corpo foi sepultado no cemitério da Igreja de Laver, onde residia desde 1691.

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