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3) Prisão temporária;
4) Prisão preventiva;
5) Peças Finais.

3) Prisão temporária – Lei 7960/89.

Art. 1° Caberá prisão temporária:

 I - quando imprescindível para as


investigações do inquérito policial;

 II - quando o indicado não tiver residência


fixa ou não fornecer elementos
necessários ao esclarecimento de sua
identidade;

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III - quando houver fundadas razões, de acordo


com qualquer prova admitida na legislação penal,
de autoria ou participação do indiciado nos
seguintes crimes:

Obs.: Tortura, Terrorismo e Estupro de


Vulnerável(lei 8.072/90)

Art. 283 do CPP. Ninguém poderá ser preso senão


em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada da autoridade judiciária competente,
em decorrência de sentença condenatória
transitada em julgado ou, no curso da investigação
ou do processo, em virtude de prisão temporária
ou prisão preventiva.

 Art. 285 do CPP - A autoridade que ordenar a


prisão fará expedir o respectivo mandado.

 Parágrafo único - O mandado de prisão:

 a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela


autoridade;

 b) designará a pessoa, que tiver de ser


presa, por seu nome, alcunha ou sinais
característicos;(deve constar do pedido)

 c) mencionará a infração penal que motivar


a prisão;(deve constar do pedido)

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 d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando


afiançável a infração;

 e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-


lhe execução.

Obs.: Do pedido devem constar portanto as alíneas


b) e c).

• Roteiro*
1°) Indicar a pessoa a ser presa com sua qualificação
ou sinais característicos:

Ex.: O DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL, por


intermédio do Delegado de Polícia Federal infra-
assinado, lotado e em exercício na
DELEPAT/DRCOR/SR/DPF//RJ; vem, no uso de suas
atribuições legais, representar pela prisão
temporária de Fulano de tal, devidamente
qualificado às folhas XXXX, pelos fatos e
fundamentos que a seguir passa a expor.

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2°) Apontar indícios de autoria ou participação no rol dos


delitos que admitem prisão temporária:

• Fazer menção às provas já colhidas, constantes dos


autos da investigação, no sentido de que a pessoa alvo
da medida é autora ou partícipe de crime, consoante
dedução em face do conjunto probatório:

• Art. 239 do CPP - Considera-se indício a circunstância


conhecida e provada, que, tendo relação com o fato,
autorize, por indução, concluir-se a existência de outra
ou outras circunstâncias.

3°) Demonstrar a necessidade da medida:

 Art. 1° Caberá prisão temporária:

 I - quando imprescindível para as


investigações do inquérito policial;

 II - quando o indicado não tiver residência fixa


ou não fornecer elementos necessários ao
esclarecimento de sua identidade;

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4) Prisão Preventiva:

Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como


garantia da ordem pública, da ordem econômica, por
conveniência da instrução criminal, ou para
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver
prova da existência do crime e indício suficiente de
autoria.

Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser


decretada em caso de descumprimento de qualquer das
obrigações impostas por força de outras medidas
cautelares (art. 282, § 4º)

 Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código,


será admitida a decretação da prisão
preventiva:

 I - nos crimes dolosos punidos com pena


privativa de liberdade máxima superior a 4
(quatro) anos; (Alterado pela L-012.403-2011)

 II - se tiver sido condenado por outro crime


doloso, em sentença transitada em julgado,
ressalvado o disposto no inciso I do caput do art.
64 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
1940 - Código Penal; (Alterado pela L-012.403-
2011)

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 III - se o crime envolver violência doméstica e


familiar contra a mulher, criança, adolescente,
idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para
garantir a execução das medidas protetivas de
urgência; (Alterado pela L-012.403-2011)

 Parágrafo único. Também será admitida a prisão


preventiva quando houver dúvida sobre a
identidade civil da pessoa ou quando esta não
fornecer elementos suficientes para esclarecê-la,
devendo o preso ser colocado imediatamente em
liberdade após a identificação, salvo se outra
hipótese recomendar a manutenção da medida.
(Acrescentado pela L-012.403-2011)

• Roteiro

1°) Indicar a pessoa a ser presa com sua qualificação


ou sinais característicos (Art. 285, b) e c) do CPP:

Ex.: O DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL, por


intermédio do Delegado de Polícia Federal infra-
assinado, lotado e em exercício na
DELEPAT/DRCOR/SR/DPF//RJ; vem, no uso de suas
atribuições legais, representar pela prisão
temporária de Fulano de tal, devidamente
qualificado às folhas XXXX, pelos fatos e
fundamentos que a seguir passa a expor.

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2°) Demonstrar a existência do Crime(parte final do Art.


312):

Indicar as provas existentes nos autos que demonstram


a materialidade do delito investigado (laudos periciais,
fotos, filmagens, interceptações ambientais ou
telefônicas, testemunhos etc..

Não deixar de fazer referência a tais provas, tendo em


vista a necessidade de preencher o pressuposto da
“prova de existência do crime” previsto na parte final do
Art. 312 do CPP.

3°) Apontar indícios de autoria ou participação em crime


que admita prisão preventiva ou demais hipóteses do
Art. 313 do CPP:

Nesse momento é preenchido o segundo


pressuposto(Art. 312) e as condições de admissibilidade
da medida.

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4°) Descrever o requisito que aponta a


necessidade da medida:

• Garantia da Ordem Pública ou Econômica;

• Conveniência da Instrução Criminal;

• Garantia de Aplicação da Lei Penal.

Importante: apontar fundamentos nos


autos, fundamentos concretos, nunca
meras conjecturas ou especulações.

Lembrar que a gravidade do delito, em


abstrato, não é, por si só, requisito para a
prisão preventiva.

5) Demais Peças:

5.1) Sequestro:

Código de Processo Penal:

Art. 125 - Caberá o seqüestro dos bens imóveis,


adquiridos pelo indiciado com os proventos da
infração, ainda que já tenham sido transferidos a
terceiro.

Art. 132 - Proceder-se-á ao seqüestro dos bens


móveis se, verificadas as condições previstas no
Art. 126, não for cabível a medida regulada no
Capítulo XI do Título VII deste Livro.

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Art. 126 - Para a decretação do seqüestro, bastará


a existência de indícios veementes da
proveniência ilícita dos bens.

Lei 9.613/98 – Lavagem de Dinheiro

Art. 4º O juiz, de ofício, a requerimento do


Ministério Público, ou representação da
autoridade policial, ouvido o Ministério Público em
vinte e quatro horas, havendo indícios suficientes,
poderá decretar, no curso do inquérito ou da ação
penal, a apreensão ou o seqüestro de bens,
direitos ou valores do acusado, ou existentes em
seu nome, objeto dos crimes previstos nesta Lei,
procedendo-se na forma dos arts. 125 a 144 do
Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 -
Código de Processo Penal.

• Roteiro:

• 1°) Apontar a pessoa que deverá ter seus bens


sequestrados:

• O DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL, por


intermédio do Delegado de Polícia Federal infra-
assinado, lotado e em exercício na
DELEPAT/DRCOR/SR/DPF//RJ; vem, no uso de suas
atribuições legais, representar pelo sequestro dos
bens imóveis/móveis, abaixo descritos, em nome de
fulano de tal, tendo em vista que os mesmos foram
auferidos com o rendimento da prática de crime(s),
conforme a seguir se passa a expor.

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2°) Apontar indícios de autoria ou participação em


crime:

Mesmas observações já feitas anteriormente.

Obs.: Já é suficiente se o crime for da lei 9.613/98

3°) Apontar indícios veementes de que os bens


foram auferidos com o rendimento do crime:

• Buscar nas provas constantes dos autos os


elementos de convicção que permitam inferir
de modo inequívoco o nexo entre a
propriedade/posse/detenção do bem e o
rendimento proveniente do crime.

• Ex.: nunca ter o investigado trabalhado


regularmente, não possuir renda familiar etc..

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 Nessa etapa deve ser delimitado, com precisão, o


bem móvel ou imóvel objeto da medida, inclusive
com a sua localização.

5.2) Quebra de Sigilo Bancário LC 105/01:

 Art. 1° § 4° A quebra de sigilo poderá ser


decretada, quando necessária para apuração de
ocorrência de qualquer ilícito, em qualquer fase
do inquérito ou do processo judicial, e
especialmente nos seguintes crimes:

 I – de terrorismo;

 II – de tráfico ilícito de substâncias


entorpecentes ou drogas afins;

 III – de contrabando ou tráfico de armas,


munições ou material destinado a sua produção;

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 IV – de extorsão mediante seqüestro;

 V – contra o sistema financeiro nacional;

 VI – contra a Administração Pública;

 VII – contra a ordem tributária e a previdência


social;

VIII – lavagem de dinheiro ou ocultação de bens,


direitos e valores;

IX – praticado por organização criminosa.

• Roteiro:

1º) Indicar a pessoa ou conta bancária que deverá


ter o seu sigilo bancário violado:

O DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL, por


intermédio do Delegado de Polícia Federal infra-
assinado, lotado e em exercício na
DELEPAT/DRCOR/SR/DPF//RJ; vem, no uso de suas
atribuições legais, representar pela quebra de sigilo
bancário de fulano ou da conta corrente tal pelos
fatos e fundamentos que a a seguir se passa a
expor.

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2º) Apontar indícios de autoria em crime que


justifique a medida:

Lembrar que o objetivo é verificar a existência


de movimentações incompatíveis com os
rendimentos regularmente auferidos

3º) Justificar a necessidade da medida:

Apontar quais razões fazem crer que a medida será


eficiente do ponto de vista de formação da prova.

Obs.: se não souber a conta corrente utilizada,


basta fazer o pedido utilizando o CPF ou CNPJ e
pedir ao juiz a quebra de todas as contas
vinculadas à pessoa física ou jurídica após
informado pelo BACEN.

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