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PRESÍDIOS BRASILEIROS1
BILIBIO, Gabrielli Dall Molin; BITENCOURT, Camila Barboza; BRUM, Eduarda Martins
de; CORREA, Julia Batista; FAVERO, Itauana Benachio; FLORES Karine de Rocha;
LOPES, Vitória de Fátima Barros2; OLIVEIRA, Aline Cristina de; ROESLER, Gabriele
Maidana; SILVA, Nicole Soares da3; SOUTO, Raquel Buzatti Souto4.
RESUMO
O presente artigo é resultante das pesquisas realizadas no grupo de estudos que teve
como tema central a realidade das mulheres nos presídios brasileiros. A pesquisa foi
qualitativa, eminentemente bibliográfica. Também foi utilizada a pesquisa quantitativa a partir
de investigações coletadas na análise de documentários da situação das mulheres nessa
condição de encarceramento. Foi possível estudar a realidade dos presídios brasileiros nas
especificidades femininas devido a situação de desigualdade de gênero de nossa sociedade,
entender quais são os principais motivos que levam a maioria das mulheres cometerem algum
delito e como que elas são tratadas pela custódia do Estado durante suas penas. Nesse sentido
pretende-se analisar alguns assuntos mais específicos no qual as detentas convivem
diariamente no sistema carcerário como a gravidez, a questão da guarda de seus filhos,
homossexualidade, a violência e as diferentes maneiras que estas mulheres são tratas pelo
Estado.
ABSTRACT
This article is the result of research conducted in the study group that had as its
central theme the reality of women in Brazilian prisons. The research was qualitative,
eminently literature. It was also used quantitative research from research collected in the
documentary analysis of the situation of women in this condition incarceration. It was possible
to study the reality of Brazilian prisons in female characteristics due to gender inequality
situation of our society, to understand what are the main reasons why most women commit a
crime and how they are handled by state custody during his feathers . In this sense we intend
to analyze some specific issues in which the inmates live daily in the prison system as
pregnancy, the issue of custody of their children, homosexuality, violence and the different
ways that these women are dealest state.
1
Artigo fruto da pesquisa realizada no Grupo de Estudos intitulado: “Mulheres encarceradas: a realidade das
mulheres presas nos presídios brasileiros”, sob a orientação da Professora Raquel Buzatti Souto.
2
Acadêmica monitora do Grupo de Estudos.
3
Acadêmicas do 2º Semestre do Curso de Direito da Universidade de Cruz Alta – UNICRUZ.
4
Professora Orientadora do presente Grupo de Estudos. Endereço Eletrônico: rsouto@unicruz.edu.br.
O presente artigo trata-se da pesquisa que foi objeto de estudo ao longo do semestre
2016/01 no grupo de estudos intitulado “Mulheres encarceradas: a realidade das mulheres
presas nos presídios brasileiros”.
A pesquisa teve como escopo principal analisar e conhecer a realidade das mulheres
nos presídios brasileiros, uma vez que as suas condições são precárias e insalubres devido a
problemática gerada pela condição de desigualdade de gênero de nossa sociedade.
Para se tentar alcançar resultados com a pesquisa realizada, a metodologia utilizada
foi a qualitativa, eminentemente bibliográfica, bem como se tentou realizar uma pesquisa
quantitativa a partir de investigações coletadas na análise de documentários acerca da real
situação dos presídio com relação as mulheres.
Nesse contexto a motivação para o presente estudo e tendo como objeto de
investigação a realidade das mulheres em situação de encarceramento, baseando-se na atual
situação em que vivem as mulheres que estão sob custódia do Estado, haja vista a realidade de
total desrespeito e desconsideração aos direitos humanos para com as detentas, assegurados
pela Constituição Federativa do Brasil de 1988.
A pesquisa pretende-se destacar a evolução do sistema penitenciário feminino no
Brasil, o perfil das mulheres encarceradas, a gravidez e a incerteza do cuidado com seus filhos
e a triste realidade atrás das grades.
Portanto, a maioria das mulheres que estão nos presídios enfrentam situações que
desrespeitam a sua dignidade humana e assim elas acabam se encontrando em situações que
ferem os Direitos Humanos, sendo desrespeitados os direitos fundamentais e as garantias
constitucionais deixando as mulheres em total condição de vulnerabilidade carcerária.
Antigamente a prisão era um lugar apenas utilizado para garantia de que não
houvesse fuga antes dos julgamentos, pois a sanção aplicada aos condenados era
extremamente cruel ou até de morte. Somente após a idade média, com o aumento da
criminalidade, é que começou a se pensar na prisão como um local de privação de liberdade
dos indivíduos. Foi no Código Penal de 1810, que a prisão passou a fazer parte do conjunto de
punições.
Com a edição da Lei nº 7.210 de 11 de julho de 1984, o Brasil passou a afirmar que o
preso é um sujeito de direitos, esteja ele cumprindo pena (preso definitivo), ou
aguardando julgamento (preso provisório). Essa tomada de postura pública e
garantista foi resultado de longo e sofrido caminho traçado ao longo da história do
homem.
5
E apenas se pensou numa penitenciária feminina porque seria alcançado um cenário mais pacífico nos presídios
masculinos, pois na concepção deles, era a presença das mulheres alvoroçava os homens.
6
Dados retirados com a leitura do livro “ Presos que menstruam” da Nana Queiroz
7
Fonte retirada no site <http://www.justica.gov.br/noticias/estudo-traca-perfil-da-populacao-penitenciaria-
feminina-no-brasil/relatorio-infopen-mulheres.pdf>
8
Fonte retirada no site <http://www.ajd.org.br/documentos_ver.php?idConteudo=4>
9
Ativista americana que trabalha há 13 anos, com a causa da mulher presa, no Brasil na Pastoral Carcerária.
10
Livro da escritora Nana Queiroz que fala sobre o cotidiano das prisões femininas no Brasil, onde dá voz às
presas (e às famílias delas), desde os episódios que as levaram à cadeia até o cotidiano no cárcere.
11
Lei nº 13.257 de 08 de Março de 2016 - Dispõe sobre as políticas públicas para a primeira infância e altera a
Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de
outubro de 1941 (Código de Processo Penal), a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, a Lei nº 11.770, de 9 de setembro de 2008, e a Lei nº 12.662, de 5
de junho de 2012.
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
AMARAL, Prado do Claúdio. Evolução histórica e perspectivas sobre o encarcerado no
Brasil como sujeito de direitos. Disponível em:
<http://www.gecap.direitorp.usp.br/index.php/2013-02-04-13-50-03/2013-02-04-13-48-
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brasil-como-sujeito-de-direitos> Acesso em: 22 mai.2016
LIMA, Márcia de. Da visita íntima à intimidade da visita: a mulher no sistema prisional.
Tese (Mestrado). Universidade de São Paulo. São Paulo, 2006. Disponível em:
<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-24032008-085201/pt-br.php> Acesso
jun. 2016
PADOVANI, Corazza Natália. Presas se sentem mais livres para serem gays na prisão.
Disponível em: <http://noticias.terra.com.br/brasil/policia/presas-se-sentem-mais-livres-para-
serem-gays-na-prisao,cf08df5e2a169410VgnVCM3000009af154d0RCRD.htm> Acesso em:
20 mai.2016
QUEIROZ, Nana. Presos que Menstruam. 1. ed. Rio de Janeiro: Record 2015
STJ aplica nova lei e concede prisão domiciliar a mãe de filho pequeno.Revista Consultor