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Nova Iguaçu
2022
RAFAELE SOARES TOLEDO
Nova Iguaçu
2022
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 10
1 EVOLUÇÃO DACRIMINALIDADE FEMININA NO NO BRASIL 11
1.1 ANÁLISE HISTÓRICA 12
1.2 QUEM SÃO AS MULHERES POR TRÁS DAS GRADES? 14
2 SISTEMA CARCERARIO FEMININO BRASILEIRO 15
2.1 QUAIS OS DESAFIOS ENFRENTADOS PELA MULHER NA PRISÃO? 15
2.2 OS DIREITOS DA MULHER NO CÁRCERE 16
2.3 A OPRESSÃO SOCIAL SOFRIDA PELA MULHER ENCARCERADA 17
3 ANÁLISE DA EFETIVIDADE DAS TEORIAS ADOTADAS PARA GARANTIR A
DIGNIDADE DA PRESA 17
3.1 POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A GARANTIA DA DIGNIDADE DA MULHER
NO CÁRCERE 19
3.2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA
HUMANA 19
3.3 A RESSOCIALIZAÇÃO: ANÁLISE DA PRÁTICA VS TEORIA 20
CONCLUSÃO 20
REFERÊNCIAS 21
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ABSTRACT
This study aims to analyze the life of women in prison and demonstrate whether
effectively the rights of the prisoner are preserved, making a counterpoint between the
prison reality and what establishes the Penal Execution Law - LEP, as well as the
Principle of Dignity of the Person human. In this sense, the research will be based on
a bibliographic examination carried out through books, articles, as well as the related
legislation, where it can be concluded that the established sentence must be the one
necessary and sufficient for the prevention and rehabilitation of the prisoner, in addition
to from the field research carried out at **********, aiming to demonstrate the disparity
between theory and practice through the perception of the women who were now
prisoners who were interviewed. It also aims to discuss the history of female criminality
in Brazil, and to analyze the sociological foundations of female delinquency. Finally,
demonstrate whether the application of the theory provided by the laws and standards
applied, whether by the Penal Execution Law - LEP or the Principle of Human Dignity,
understand the reality of the imprisoned woman.
INTRODUÇÃO
Ao abordar o assunto sistema prisional, é possível perceber que
dominantemente destinam-se uma atenção maior ao cárcere masculino. No entanto,
ao longo do tempo a curva da criminalidade feminina tem crescido e
consequentemente o cárcere de mulheres e a necessidade de um debate nesse
sentido para apontar suas particularidades de um ponto de vista jurídico e social por
isso, a necessidade de aferir a preservação dos direitos básicos das mulheres neste
cenário.
Nota-se ao fazer uma breve comparação entre homens e mulheres no crime e
no cárcere, que a visão que a sociedade tem de ambos, incluindo familiares e pessoas
de seus meios sociais, denota uma certa complacência para com o homem nessas
condições e uma postura de intolerância relacionada a mulher condenada.
Dito isso, há que ser questionado os motivos para que as mulheres presas
enfrentem uma pena dupla ao adentrarem no mundo do crime, e como são afetadas
por este fenômeno. Além da pena estabelecida, a mulher enfrenta o esquecimento e
a solidão, a condenação social por transgredirem a criminalidade e abandonando os
estigmas que a sociedade tem para mulheres, pois as expectativas sociais são de que
a mulher esteja incumbida de cuidar gentilmente de seus lares, obedientes, submissas
e jamais delinquentes.
As mulheres inseridas no mundo do cárcere devem ser legitimadas enquanto
seres humanos e o Princípio constitucional da dignidade da pessoa não deve nesse
caso em especial ser revestindo apenas do caráter normativo. Tal Direito não cria a
dignidade da pessoa humana, apenas a protege e promovem, o princípio em questão
é núcleo de todos os direitos fundamentais.
Portanto, a cidadã-presa precisa ser reconhecida como ser dotada de
dignidade, e ter um tratamento pensado para ela e todas as particularidades
necessárias para que ela tenha na pratica o direito a dignidade consagrado pela
Constituição, entendendo-se a dignidade dessas mulheres como qualidade inerente à
sua essência do ser humano, sendo este um bem jurídico absoluto, portanto,
inalienável, irrenunciável e intangível.
É fato que ao proporcionar tratamento digno dentro dos presídios, bem como
uma infraestrutura e ambiente que possibilitem as mulheres no cárcere uma vivencia
que resguarde seus direitos, a finalidade da pena se torna mais possível, a exemplo
dos meios normativos que visam este resultado, temos a Lei Nº 7.210/84 – Lei de
Execução Penal, a reintegração das apenadas a sociedade.
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no mundo do crime, é possível chegar mais perto da solução, é essencial saber quem
são essas mulheres em situação de cárcere, os delitos cometidos por elas, uma vez
que esse tipo penal tem características especificas e próprias.
Portanto, a inserção da mulher no crime está intimamente ligada com questões
sociais, fato indiscutível é que, quanto menos integrada a sociedade, mais passível
de pessoas incluindo mulheres adentrando a criminalidade ela fica, afim de alcançar
seus objetivos por meios alternativos, já que muitas não encontram oportunidades,
levando em conta que, as camadas mais baixas da sociedade, tem pouco ou nenhum
acesso a meios básicos para se manterem, exercendo dessa forma grande pressão
sobre elas.
chama mais atenção, pois nesses casos, muitas mulheres que estão presas
cumprindo penas por tráfico de drogas ou associação para o tráfico, por estarem no
local em que a droga foi apreendida, em muitos desses casos a droga pertenciam
não a elas, mas aos seus companheiros e por residirem no local da busca e
apreensão, tendo ciência ou não da droga, são presas. E o número é alarmante,
demonstra que em muitos casos não há participação da mulher, e mesmo sendo uma
conduta exclusiva de seus companheiros, elas são enquadradas. (DEPEN, 2016).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Estado brasileiro no sistema penitenciário feminino é o grande responsável
por garantir a ressocialização da mulher presa condições dignas no do cárcere, para
evitar que o objetivo da ressocialização seja comprometido, a lei de execução penal
estabelece as assistências fundamentais a mulher neste cenário, como: saúde,
material, jurídica, educacional, religiosa e social. Todavia, na prática, o objetivo do
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REFERÊNCIAS
DZIMIDAS e ABRAMOVAY. Centro de Estudios de Derecho Penitenciario/USMP,
2010, P.1
BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das Penas, 2017, p. 7
DURKHEIM, Émile. As regras dos métodos sociologicos, Martins Fontes, São Paulo,
2017, p. 7
TJMG. Mulher presa não pode estar algemada durante o período do parto. Disponível
em: http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/84641-mulher-presa-nao-podeestar-algemada-
durante-o-periodo-do-parto. Acesso em setembro de 2022