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FACULDADE DE AMERICANA

PSICOLOGIA

Camilla Simenes – RA: 20210743

Lauren Fabile – RA: 20210539

Maria Eduarda De Oliveira Araujo - RA: 20210190

Sandy Karoline Rocha Reis – RA: 20211382

Projeto Integrador – IMPACTO PSICOLOGICO VIVENCIADO POR MULHERES


EM PRIVAÇÃO DE LIBERDADE NO BRASIL

6º Semestre

Americana – SP

2023
FACULDADE DE AMERICANA
FACULDADE DE AMERICANA

PSICOLOGIA

Camilla Simenes – RA: 20210743

Lauren Fabile – RA: 20210539

Maria Eduarda De Oliveira Araujo - RA: 20210190

Sandy Karoline Rocha Reis – RA: 20211382

Projeto Integrador – IMPACTO PSICOLOGICO VIVENCIADO POR MULHERES


EM PRIVAÇÃO DE LIBERDADE NO BRASIL

6º Semestre

Americana – SP

2023
FACULDADE DE AMERICANA
RESUMO – 250 - 300
INTRODUÇÃO
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será escrita por último

1. Panorama geral da mulher encarcerada


A mulher sofre opressões severas desde o começo dos tempos. Em meados
do século XI encontramos os primeiros registros do envolvimento de mulheres com
o que foi ‘denominado’ crime: as chamadas bruxas e prostitutas, papéis que não
seguiam a norma imposta naquela época, contrários ao que era ditado pela igreja,
que idealizava a figura feminina como mulher ideal, submissa, uma verdadeira
mulher-santa. Assim essas mulheres que fogem da norma são silenciadas,
apagadas da sociedade, se perdem no espaço-tempo.
O sistema prisional do Brasil teve início através da Carta Régia, em julho de
1796, onde foi determinada a construção da Casa de Correção da Corte, porém o
surgimento de prisões com celas individuais e arquitetura mais parecida com a que
conhecemos atualmente, começou apenas no século XIX, ainda não existindo um
código penal vigente, por se tratar de uma colônia portuguesa.
A palavra prisão carrega, por si só, uma história de exclusão e violência,
quando vinculada ao público feminino, a realidade é ainda mais sombria e violenta,
cheia de invisibilidade quanto ao tocante das políticas públicas.
O primeiro documento legal que se refere às mulheres encarceradas surgiu
no Código Penal e no Código de Processo Penal, ambos de 1940. Nele se
determina que mulheres devem cumprir suas penas em um estabelecimento
especial, a instituição deveria separar as internas por tipo de crime, idade e
condição jurídica. A promiscuidade foi a maior pauta para criação de
estabelecimentos próprios para mulheres. ( explicitar melhor essa afirmação)
O primeiro estabelecimento prisional criado voltado para o público feminino
no Brasil surgiu em 1937 e se chamava Reformatório Mulheres Criminosas, depois
intitulado Instituto Feminino de Readaptação Social, em Porto Alegre, RS. As
primeiras prisões eram localizadas, geralmente, em conventos, já que era
considerado que a mulher que cometia algum delito deveria recuperar seu pudor,
buscando perdão na religião e recebendo orientação de freiras.
As primeiras penitenciárias femininas surgiram em meados da década de
1940 por todo o país, com o passar dos anos prisões novas foram sendo destinadas
ao público feminino
Atualmente, segundo o Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN),
apenas 7% dos presídios em território nacional são destinados à detenção de
mulheres, a maioria dos estabelecimentos penais são mistos, onde alas e celas são
adaptadas, porém não existe qualquer tipo de tratamento que foque no acolhimento
e ressocialização das detentas como: creches ou berçários para seus filhos,
deixando cada vez mais clara a degradação sofrida por essas mulheres.
Apenas 14% das unidades femininas contam com berçários e/ou centro de
referência materno-infantil para bebês de até 2 anos de idade, e nas unidades
mistas esse número cai para 3%. Apenas 3% das unidades femininas declaram ter
espaço para receber crianças acima de 2 anos. Alguns presídios, para atender à
legislação, desativam celas e transformam em berçários improvisados, sem a
assistência necessária.
A taxa de ocupação do sistema prisional, em junho de 2016, era de 156,7%,
o que significa que existem mais mulheres encarceradas do que vagas para elas.
Porém, quando vemos os dados das unidades prisionais femininas, não há
superlotação, diferente de 48% das unidades mistas, onde abrigam de 1 a 2
pessoas por vaga disponível, e onde 11% das unidades abrigam mais de 4 pessoas
por vaga.
Esses ambientes deveriam ser um instrumento para ressocialização do
infrator na sociedade, proporcionando condições mínimas de saúde e segurança ao
indivíduo, infelizmente sabemos que a realidade está bem distante da teoria,
principalmente no cárcere feminino.
O ensino fundamental, como destacado na Lei de Execução Penal, deve ser
oferecido no sistema prisional, obrigatoriamente. O bem-estar físico, mental e social
são garantias da proteção integral do ser humano, mas que não são efetivamente
cumpridas. Itens básicos de higiene pessoal (mulheres usam o dobro de papel
higiênico, mas a quantidade fornecida não é correspondente à necessidade,
absorventes são disponibilizados em quantidades menores, por falta de recursos) e
atendimento à saúde específico muitas vezes não são oferecidos, como
atendimento com ginecologista e acompanhamento pré-natal para as detentas
gestantes.
A mulher é completamente despida de seus direitos como ser humano. O
sistema prisional foi criado com bases patriarcais e atua de forma violenta e
estigmatizadora. O Estado é criminoso e criminalizante ao estruturar prisões
inadequadas para a população feminina, sem pensar em suas particularidades e
necessidades, as submetendo a tratamentos que não enxergam suas necessidades
e acentuam a desigualdade de gênero. A universalização desse sistema é algo a
ser levado em consideração, uma vez que este foi criado por homens e para
homens e tende a prejudicar minorias, em especial o grupo feminino, que apresenta
necessidades diferenciadas.
A representação da mulher nessa sociedade patriarcal associada à
criminalidade abre demandas sociais nunca pensadas antes. Essa desigualdade de
tratamento não é novidade para ninguém e é decorrente de inúmeras questões
culturais.
As sentenças recebidas pelas mulheres muitas vezes podem ser
consideradas duplas; ela é punida pelo ato criminoso que cometeu, também punida
por ser mulher; o estereótipo de mulher criado pela sociedade patriarcal,
praticamente incansável de como deve agir, pensar, de ser uma mãe exemplar,
esposa honesta e de como deveria se vestir é quebrado, e em seu lugar ela recebe
julgamentos e preconceitos, muitas vezes que vêm delas mesmas, se condenam
por essa quebra de expectativa. Ela é abandonada pela família e pelo Estado.
Existe o direito à realização de visita social na Lei de Execução Penal, em
seu artigo 41, onde a pessoa presa possui o direito de receber visitas de cônjuge,
companheiro(a), de parentes e amigos em dias determinados pela autoridade
responsável. Para que esse direito seja garantido, a unidade prisional deve contar
com um ambiente apropriado para a realização da visita, porém, 1 a cada 2 prisões
femininas não contam com esse espaço.
Atualmente o Brasil possui a quarta maior população prisional do mundo, com
42.694 mulheres (dados de outubro de 2022). Dados do Infopen Mulheres mostram
que entre 2000 e 2016, o crescimento de mulheres encarceradas foi de 656%, mais
do que o dobro do masculino, que foi de 293%. Analisando esses dados mais a
fundo, podemos ver que 62% dessas mulheres são negras, e 45% não concluíram o
ensino fundamental, o que mostra a vulnerabilidade social e a seletividade do
sistema de justiça em relação a esse grupo. O número de mulheres encarceradas
varia muito entre os estados, sendo três os com maior número: São Paulo, com
15.104; Minas Gerais, com 3.279 e Paraná, com 3.251. Dados do DEPEN de 2014
informam que 27% das mulheres presas possuem entre 18 e 24 anos e 57% são
solteiras, 62% foram condenadas por tráfico, 11% por roubo e 9% por furto, 41%
têm pena de 4 a 8 anos.
No geral, o Brasil não carece de leis para garantir a saúde plena de pessoas
que estão encarceradas, mas carece sim de interesse político em enxergar essa
minoria, cada vez mais segregada pela sociedade. Existe uma cultura punitiva, cada
vez mais focada em apagar esse público, em vez de focar para que a criminalização
diminua, para que mais oportunidades sejam apresentadas ao público menos
favorecido, cada vez menos recursos são disponibilizados. A marginalização só
aumenta, as relações de desigualdade são cada vez mais evidenciadas, quase
incentivadas de maneira informal.

2. A subjetividade da mulher encarcerada

É possível traçar uma linha importante entre a subjetividade do indivíduo e o


encarceramento que é a privação da liberdade. A privação de liberdade vai muito
além de uma questão física, podemos até pontuar como uma tecnologia de
produção e controle de subjetividades.
Podemos definir subjetividade como um conjunto de características de um
indivíduo que interagem e são construídas internamente através do encontro do
sujeito com a cultura, sociedade e relações sociais. A subjetividade não pode ser
considerada apenas e unicamente singular e individual, pois é social e relacional.
Assim estar em uma condição de privação de liberdade produz determinadas
subjetividades e perda de identidade.
Uma das condições apresentadas que afetam a subjetividade das mulheres
encarceradas é a situação de solidão e abandono.
De todos os tormentos do cárcere, o abandono é o que mais aflige
as detentas. Cumprem suas penas esquecidas pelos familiares,
amigos, maridos, namorados e até pelos filhos. A sociedade é capaz
de encarar com alguma complacência a prisão de uma parente
homem, mas a da mulher envergonha a família inteira. (VARELLA,
2017, p.38).
Conseguimos entender como o estigma social dentro do contexto de
sociedade patriarcal, machista e capitalista, afeta profundamente a dinâmica de
vivência dessas mulheres e família, pois socialmente mulheres se responsabilizam
pelas vulnerabilidades de suas famílias. Devido a isso a maioria das mulheres são
visitadas apenas por outras mulheres. “Maridos e namorados são os primeiros a
ignorá-las. Não aparecem, não escrevem e nem atendem telefonema [...] não
hesitam em abandonar mesmo aquelas que foram presas por ajudá-los [...] (id.
p.41).
Não podemos deixar de citar que a estigmatização é difundida para as
pessoas ligadas a aquelas que cometeram algum tipo de delito, gerando um
compartilhamento do estigma, como senão houvesse nenhuma diferença entre
ambos. O que pode causar a quebra dos laços afetivos e sociais.
No estudo feito por Mariana Paganote Dornellas sobre os efeitos do
encarceramento feminino para a família da mulher presa, ela apresenta
Das 41 pessoas entrevistadas, apenas nove eram homens. Destes, três
visitavam a esposa; dois encontravam a filha; outros dois, a mãe; um, a
irmã; e um visitava a cunhada. Dentre as mulheres, 14 visitavam a filha; oito
encontram a mãe; quatro, a irmã; três, a sobrinha; duas, a companheira; e
uma visitava a tia. Podemos perceber que os homens visitam menos, tanto
em penitenciárias femininas quanto nas masculinas. Isso acontece porque
as mulheres são socializadas para exercer o cuidado, para se
responsabilizar por todas as pessoas vulneráveis da família, sejam
crianças, idosos ou doentes. Isso implica que, em caso de encarceramento,
as esposas, mães, filhas e irmãs das pessoas presas se comprometam
mais em manter o vínculo familiar e contribuir para suprir suas
necessidades do que seus correspondentes masculinos. Das 41 pessoas
entrevistadas, 17 indicaram serem as únicas visitantes da mulher presa
(DORNELLAS, 2019, p. 3).

Goffman (1961, p.11) define instituição total como “um local de residência e
trabalho onde um grande número de indivíduos com situação semelhante,
separados da sociedade mais ampla por considerável período de tempo, leva uma
vida fechada e formalmente administrada”.
Quando essa mulher chega até a instituição total (prisão), ela é destituída do
seu eu. Goffman defende que essa pessoa tem a mortificação do eu, abandonando
as concepções que foram criadas de si mesmo dentro da sociedade. Dessa maneira
ocorre a perda de identidade dentro da instituição, produzindo alteração na visão
sobre si mesmo e dos pares significativos.
Pensando no contexto intimidador, hostil e de solidão do encarceramento,
isolar por anos seguidos um indivíduo que já sofre com toda estigmatização da
sociedade pode causar transtornos psicológicos, distúrbios de comportamentos e
dificuldades na reinserção. Na ausência do intercâmbio social quotidiano com os
outros, o estigmatizado que se auto isola tende a se tornar desconfiado, deprimido,
hostil, ansioso e confuso (GOFFMAN, 1981, p. 14 apud DORNELLAS, 2019).
A relação de saúde (mental)-doença dentro do sistema carcerário é um
paradoxo que devemos nos atentar: “Como um local que existe aprisionamentos de
corpos, apagamento de identidades, violência, pode gerar condições de saúde/ e
possibilidades de reinserção?”

As situações adversas vivenciadas dentro da penitenciária, como as


superlotações, altas taxas de insalubridade, má alimentação, sedentarismo
e a falta de higiene, podem ser fatores desencadeadores ao surgimento de
doenças, de ordem psíquica ou física, entre as presas. Dadas as condições
de vivência no cárcere, em sua maior predominância, não conseguem criar
espaços de convivência e de autonomia das encarceradas para cuidar da
sua própria saúde, assim nem sempre é possível ter uma alimentação
saudável e boas condições de higiene dentro das prisões. (DIAS, B. A. et
al, 2022, p 146)

As situações de precariedade nas prisões produzem inquietação e por muitas


vezes reincidência, essas condições estão totalmente ligadas ao desenvolvimento
de transtornos sejam eles psicológicos ou psiquiátricos como ansiedade e
depressão. Estes quando não são tratados e são negligenciados se potencializam
com o tempo podendo levar ao falecimento, gerando uma situação que vai contra os
direitos humanos.
E são inúmeros direitos humanos que são violados dentro das penitenciarias,
falta de acesso a higiene pessoal, superlotação, atendimentos de saúde, violência
policial.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral.
BRASIL (Constituição da República Federativa do Brasil, 1988).

Ao pensar em sistema prisional brasileiro não podemos deixar de lado a


discussão sobre a seletividade do sistema e a conservação de políticas voltadas
para ações repressivas e não preventivas, essa seletividade aumenta a população
carceraria em níveis degradantes violando os direitos humanos.
De acordo com os dados da Secretaria Nacional De Políticas Públicas
(SENAPEN, 2023)1 65% da população carcerária feminina é composta por mulheres
pardas e negras. O perfil apresentado desde 2014 pelo INFOPEN são de mulheres
jovens, com baixa escolaridade, advindas de regiões periféricas/pobres, que sofrem
com a desigualdade social.
Em relação ao grau de escolaridade, este se apresenta baixo no geral da
população prisional. Enquanto na população brasileira total cerca de 32%
das pessoas completaram o ensino médio, apenas 8% da população
prisional total o concluiu. Se compararmos o grau de escolaridade de
homens e mulheres encarcerados, é possível notar uma condição
sensivelmente melhor no caso das mulheres, ainda que persistam baixos
índices gerais de escolaridade (50% das mulheres encarceradas não
concluíram o ensino fundamental – 53% dos homens). Apenas 4% das
mulheres encarceradas são analfabetas, contra 5% dos homens; 11% das
mulheres encarceradas concluíram o ensino médio, contra 7% dos homens
encarcerados. (BRASIL MINISTERIO DA JUSTIÇA/ DEPARTAMENTO
PENITENCIÁRIO NACIONAL, 2014 p. 26)

Podemos observar que essas mulheres são atravessadas por diversas


especificidades que são interligadas e se constroem de forma mutualmente, não
sendo excludentes, o que podemos chamar aqui como interseccionalidade dentro
do contexto prisional.
As mulheres que estão em condição de privação de liberdade agrupam
diversas vulnerabilidades como: ser mulher, negra, pobre, sem escolaridade o que
torna o contexto mais complexo.
O uso da interseccionalidade pode ser usado como ferramenta analítica da
condição das mulheres encarceradas, ao se traçar um perfil marcado por vários
indicadores de vulnerabilidade já aqui citados, que compõe a identidade dessa
mulher encarcerada. [...] “De fato, essas categorias se sobrepõem e funcionam de
maneira unificada. Além disso, apesar de geralmente invisíveis, essas relações
interseccionais de poder afetam todos os aspectos do convívio social” (p.17).
Considerando a interseccionalidade como ferramenta analítica aplicada a
condição de encarceramento das mulheres, podemos traçar algumas ideias sobre
como esses fatores influenciam na construção da subjetividade delas.

1
Dados disponíveis e coletados a partir do SISDEPEN -
https://www.gov.br/senappen/pt-br/servicos/sisdepen#:~:text=SISDEPEN
%20%E2%80%94%20Secretaria%20Nacional%20de%20Pol%C3%ADticas%20Penais
3. O papel do psicólogo em instituições prisionais

A psicologia contém um leque de possibilidades dentro da sua área de


trabalho, atuando no âmbito educacional, jurídico, hospitalar, institucional, esportivo,
entre outros, com o objetivo principal de promover mudança, dignidade e
comunicação entre os homens. De acordo com o Conselho Federal de Psicologia
(CFP) redigido em 1992, o profissional contribui para a promoção de conhecimento
científico através da observação do comportamento, análise técnica e descrição dos
fatos identificados (CFP, 1992).
Ainda segundo o CFP o psicólogo promove saúde mental para a população,
na linha de frente da prevenção e tratamento dos transtornos psicossociais; aplica
testes psicólogos, utiliza técnica e conhecimento que apontam para o melhor
tratamento, ou encaminhamento específico de acordo com cada necessidade.
A atuação do profissional pode ser traçada individualmente com o espaço
clínico, de escuta e acolhimento em consultório, mas também dentro de equipes
multiprofissionais trabalhando com grupos, como: sistema carcerário, instituições
particulares, ambulatórios entre outros (CFP, 1992). Ou seja, o psicólogo atua onde
existe a psique, onde pode promover a mudança nos mais diversos espaços Inter e
intrapessoais, é um resgate de subjetividade do ser humano que ao ser introduzido
no processo de tratamento adequado produz consciência de si e do outro.
No âmbito Organizacional por exemplo, o psicólogo(a) tem como papel a
mediação da empresa com o empregador, ou seja, ele é o facilitador da instituição
que atua, levando em consideração saúde e a singularidade do indivíduo (Campos,
Duarte, Cezar e Pereira, 2011, p. 704).
A área organizacional da psicologia é valorizada por sua capacidade de
abranger diversos campos, como a psicologia jurídica, devido à sua aplicação em
contextos que envolvem conjunto de pessoas. Ela desempenha um papel crucial na
compreensão e melhoria do funcionamento das organizações e na interação
humana em diferentes ambientes. Isso demonstra a sua relevância e amplitude de
atuação.
No contexto da psicologia jurídica, o psicólogo(a) atua dentro de uma
organização, especialmente prestando assistência à população carcerária ou em
conflito com a lei, colaborando na execução de leis dos direitos humanos e a
prevenção de violência das apenadas. O trabalho do psicólogo(a) contribui para
promover a reabilitação social, mostrando-se o meio mais próximo de socialização e
interação humanizada entre as mulheres privadas de liberdade (Dallacqua e
Previero, 2021).
A Psicologia Jurídica teve início com o reconhecimento da profissão na
década de 1960. A partir desse marco, psicólogos começaram a desempenhar
papéis importantes em diversas esferas do sistema jurídico, como avaliações
psicológicas de réus, chamada primeiramente de psicologia do testemunho, que
visava por meio de investigações e utilização de técnicas que indicassem a
fidedignidade dos depoimentos prestados pelas testemunhas oculares, além de
contribuir para o desenvolvimento de políticas e práticas no campo da justiça.
Diante disso, atuou também no acompanhamento de pequenos infratores,
adolescentes em sua maioria, com intuito de reestruturar e orientar que o ato
cometido não resumia ou definia suas ações a partir do cumprimento da pena
(Magalhães, 2017).
O papel do psicólogo no sistema carcerário tem uma de suas funções avaliar,
acompanhar e apresentar dados ao juiz, sua presença também pode ajudar os
reclusos na ressocialização, fornecendo apoio emocional e psicológico, porém sua
interferência não garante o veredito final do juiz (Magalhães, 2017). (Explorar em 1
parágrafo a questão da avaliação psicológica)
As condições do ambiente prisional podem ser um obstáculo significativo
para alcançar uma verdadeira ressocialização, e muitas vezes estão além do
controle do profissional (Santos e Ferreira, 2020). É importante superar a resistência
dos apenados, construindo uma relação à base de confiança para que se sintam
mais à vontade com o psicólogo.
(Tópico ainda está em construção)

4. A educação como mecanismo de formação humana

Pensando sobre uma perspectiva crítica sobre o cenário atual nos presídios
femininos, percebemos padrões persistentes nas apenadas: são mulheres que em
sua grande maioria possuem baixa escolaridade, em contextos familiares já com
atravessamentos com o crime e em situação de vulnerabilidade social, com poucas
ou nenhuma oportunidade, como já citamos anteriormente. Diante disto, achamos
pertinente fazermos uma reflexão sobre a conexão dos fatores: escola-prisão.
A educação é uma prática social humanizadora e emancipatória, na qual se
faz agente de proteção, principalmente às mulheres nesses contextos, mas essa
dialética nos retorna novamente a pergunta “Como se empoderar em um contexto
que propicia riscos?”. Considerando o aumento do número de mulheres em cárcere,
podemos inferir que o estado falhou de antemão, na educação básica regular dessa
população.
De acordo com a Lei de Execução Penal (LEP) – Lei nº7.210/1984 é dever do
Estado orientar o retorno a convivência a sociedade, incluindo a educação como
assistência, com o intuito de corroborar o controle e sua reinserção social.
Mas no cárcere é visto novamente um déficit em relação a aprendizagem e
aos seus direitos, fazendo do cárcere apenas uma instituição que visa a disciplina e
“tornar dóceis” esses corpos, considerados deslocados da sociedade, como cita
Foucault em suas obras.
Revisitando os objetivos das unidades penais é importante que se possa
pensar em uma prática “para além dos muros da instituição prisional, estimulando a
descontinuidade dos círculos viciosos que promovem a exclusão” (Brasil, 2007,
p.12).
São poucas as apenadas que possuem a oportunidade de participarem das
oficinas de trabalho e de estudos; mais difícil ainda, que esses projetos foquem de
fato em novas oportunidades - para além da vida do crime, e que façam sentido
para a integrante. Considerando que a educação e consequentemente o trabalho:
É fazer parte das sociedades como agente integrador ativamente,
inclusive, transformando sua própria realidade. Não se acomodando
em razão da supressão de liberdade, mas tendo direito a voz,
pela práxis libertadora da educação (FREIRE, 1967).
Se faz necessário quebrar essa segregação e a sociedade verdadeiramente
acreditar na descontinuidade da vida ilícita das presas para que de fato, essa pecha
de criminosa, seja deixado para traz e algo novo seja cultivado.
O conhecimento, não apenas aquele adquirido na educação formal, mas
como um todo, proporciona ao sujeito um sentimento de reflexão sobre si e sobre o
mundo e suas contradições; uma compreensão do que se é, e o que ainda se pode
vir a ser; assimilação dos valores morais; corroborando sentimentos de
pertencimento e vivências grupais; e aquisição de novas habilidades.
Todo processo de aprendizagem, formal ou informal, em que pessoas
consideradas adultas pela sociedade desenvolvem suas capacidades,
enriquecem seu conhecimento e aperfeiçoam suas qualificações
técnicas e profissionais, ou as redirecionam, para atender suas
necessidades e as de sua sociedade. (UNESCO, 2010, p. 5)
Em um estudo de caso realizado no Centro de Reeducação Feminina de
João Pessoa (PB) em 2013, foi analisado informações com 133 detentas sobre as
atividades ofertadas na instituição, e foi visto que apenas 31% estavam ou já
exerceram algum tipo de trabalho na prisão e apenas 25% estavam estudando ou já
haviam estudado, caindo para 13% as que tiveram acesso a cursos
profissionalizantes.
Em alguns relatos das reclusas é visto a carência de professores, a falta de
organização e estrutura diante do estudo na prisão.
Eu estudava a quarta, a terceira, porque é tudo misturado. As
coisas que eu já estudei nas quintas séries eu estudei aqui. [...]
[é bom para] ocupar a mente! [...]. Eu estudei, mas... porque...
assim... a gente estuda, mas não estuda todos os dias, né? É
umas vezes perdida, tem tempo que elas [as professoras] não
vem. Aí eu não estudei mais, não. (Trecho do depoimento de
Araci, reincidente, 31 anos, sobre a escola/o estudo na prisão).
Sem a infraestrutura para as prisões manterem o acesso ao direito, a
educação acaba por desinteressar as reclusas em participarem, e ou participarem
sem a compreensão da relevância daquilo para elas - que é a promoção de sua
reinserção social no extramuros, se fazendo presente apenas a mérito de “ocupar a
mente” que se faz necessário, mas que não rompe com a reincidência.

4.1 Políticas públicas educacionais em contexto prisional

As políticas públicas de educação nas unidades penais são existentes desde


1984 com o artigo 10 Lei de Execuções Penal (LEP) – Lei nº 7.210 citada
anteriormente, na qual promete garantia de:
Art. 17. A assistência educacional compreenderá a instrução escolar e
a formação profissional do preso e do internado.
Art. 18. O ensino de primeiro grau será obrigatório, integrando-se no
sistema escolar da unidade federativa.
Art. 19. O ensino profissional será ministrado em nível de iniciação ou
de aperfeiçoamento técnico. Parágrafo único. A mulher condenada
terá ensino profissional adequado à sua condição.
Art. 20. As atividades educacionais podem ser objeto de convênio
com entidades públicas ou particulares, que instalem escolas ou
ofereçam cursos especializados.
Art. 21. Em atendimento às condições locais, dotar-se-á cada
estabelecimento de uma biblioteca, para uso de todas as categorias
de reclusos, provida de livros instrutivos, recreativos e didáticos.
(BRASIL, 2008. p.22)
Entretanto só se tornaram efetivas a educação como direito nas prisões a
partir de 2005.
Atualmente encontramos o seguinte cenário nos espaços de privação de
liberdade do país: superlotação, altos índices de reincidência e más condições de
habitação para os apenados, bem diferente daquilo que se é esperado dos objetivos
reais da penitenciaria. Contribuindo com que ao contrário do que se acredita essas
condições apenas reforcem o aprofundamento da vida criminosa nos indivíduos que
ali estão.
A população carcerária chega a 826.740 de acordo com o Anuário Brasileiro
de Segurança Pública, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública
(FBSP) durante o ano de 2022, desse número 45.259 (5,47%) são mulheres, porção
consideravelmente inferior que a dos homens em privação de liberdade, mas que se
faz necessário ter o mesmo empenho em atravessar pelos desafios intramuros.

TABELA I

TRABALHO EXTERNO TRABALHO INTERNO TOTAL


FEMININO FEMININO
BR 1.580 10.357 11.937
Quantidade total de mulheres privadas de liberdade em programas de laborterapia no Brasil nas Unidades da Federação –
2022. (com ed. a um recorte feminino).

As atividades de trabalho e educação nos presídios ainda estão longe de


alcançar a maior parte das mulheres, na tabela é possível analisar que apenas 26%
conseguiram acessar esses direitos e estão em algum programa de laborterapia.
A sigla APAC (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) é
uma instituição sem fins lucrativos que se refere um método de ressocialização, que
se baseia na humanização dos apenados fazendo com que se materialize seus
direitos, como a educação, o trabalho, a participação na comunidade, a assistência
jurídica e a saúde, entre outros.
O ministro do superior tribunal Sebastião Reis Júnior cita que, Apac é um
exemplo concreto do poder que a dignidade e a autoestima exercem no processo de
recuperação do preso. O resultado se traduz em números: O cometimento de
crimes após o cumprimento da pena nas Apacs femininas: é de apenas 2,84% das
mulheres retornam ao sistema prisional.
Após as informações apresentadas é visto a necessidade da pressão popular
e política em torno do tema para garantia de direitos básicos como estes que não
vem sendo comprido, fica claro quando vimos o descaso com essas mulheres uma
vez que a laborterapia e as políticas públicas não contemplam nem 50% das presas,
e que o método Apac que seria o modelo ideal a ser implementado em todas as
cadeias, é negligenciado, desconsiderando que as apenadas são pessoas dignas
de direitos mesmo em privação de liberdade, e que se faz primordial para seu
retorno a sociedade esse cuidado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Referências

ALVIM SANTOS, Ana Carolina; OLIVEIRA ASSIS, Giulia; VALLE SILVA, Laysa; GOMES
DE OLIVEIRA, Thalia. SISTEMA PRISIONAL FEMININO: as necessidades que as mulheres
apresentam. Jorna Eletrônico Faculdades Integradas Vianna Júnior , [S. l.], p. 1-21, 1 jan.
2022. Disponível em: https://www.google.com/url?
sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwjAw97CnrSBAxVDopUCHYdFA4
MQFnoECDAQAQ&url=https%3A%2F%2Fjefvj.emnuvens.com.br%2Fjefvj%2Farticle
%2Fdownload%2F866%2F806%2F1892&usg=AOvVaw1LC6-
1K0CiHzhuYXYyGgjU&opi=89978449. Acesso em: 11 out. 2023.

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