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ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
SALVADOR
2010
MÁRIO DOS SANTOS BULHÕES
SALVADOR
2010
TERMO DE APROVAÇÃO
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________
Faculdade ÁREA 1
__________________________________________________
____________________________________________________
A minha querida mãe Maura Bulhões, minha irmã e irmão Márcia e Marcos,
acredito que sem a ajuda deles não teria concretizado tal objetivo.
Ao Professor e Orientador temático Tomm Joe Elliott. Prof. Dr, pela sua orientação,
apoio e incentivo durante as disciplinas de Planejamento Estratégico e Monografia
I.
E “aos mestres com carinho”, agradeço a todos do Curso, que contribuíram muito
na realização de um grande sonho.
Aos meus verdadeiros amigos presentes sempre em minha vida, agradeço pelo
apoio e pelo incentivo nos momentos de dificuldades.
RESUMO
Levantar quais ações trará a minimização das disfunções presentes no
setor de pintura e acabamento, verificando os transtornos posturais, de forma a
possibilitar maior fluidez nos processos e a principal tarefa deste projeto. As
disfunções ergonômicas no ambiente de trabalho geram uma série de problemas
que acarretam o desempenho dos profissionais nos mais variados segmentos do
mercado de trabalho. É de se entender a que a apreciação ergonômica é utilizada
de forma sistemática visando a diminuição do desconforto e o aumento da
produtividade nos setores de trabalho, foi justamente através desta metodologia
que pode-se analisar, identificar e tratar dos problemas de natureza ergonômica
ocorridos no setor de pintura da fábrica em estudo, onde o reflexo desta ação é
expresso em inúmeros benefícios para a empresa, podendo se citado; a redução
do número de afastamentos por doenças ocupacionais, a diminuição do
absenteísmos e dos custos de retrabalho, bem como o aumento da eficiência e da
produtividade no processos de pintura e acabamento dos móveis garantindo a
qualidade dos produtos e serviços oferecidos da unidade produtiva.
What actions will raise the minimization of the dysfunctions present in the field of
painting and finishing, checking for postural disorders in order to allow more fluidity in
the processes and the main task of this project. The ergonomic disorders in the
workplace generate a series of problems that involve the performance of professionals
in various segments of the labor market. It is to understand that the ergonomic
assessment is used consistently in order to decrease the discomfort and increased
productivity in the sectors of work, it was precisely through this methodology that can
analyze, identify and deal with ergonomic problems were occurring in the industry paint
factory in a study where the effect of this action is expressed in numerous benefits for
the company and may be cited; reducing the number of removals for occupational
diseases, reduced absenteeism and costs of rework, as well as increased efficiency
and productivity in the processes of painting and finishing of furniture ensuring the
quality of products and services of the plant.
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 – Sistema de Alavanca 1º grau 26
NR – Normas Regulamentadoras
Standardization)
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 19
1. APRECIAÇÃO ERGONÔMICA NO PROCESSO DE PINTURA E ACABAMENTO EM
UMA FÁBRICA DE MÓVEIS 19
2. ERGONOMIA 21
5. BIOMECÂNICA OCUPACIONAL 31
7.1 POSTURA DE PÉ 50
8. POSTOS DE TRABALHO 52
9.ORGANISMO HUMANO 58
10.5.2 Aerodispersoídes 66
11.1JUSTIFICATIVA 69
11.2 OBJETIVOS 71
11.2.1 Geral 71
11.2.2 Específicos 71
11.3 METODOLOGIA 72
CONCLUSÃO 98
REFERÊNCIAS 99
18
INTRODUÇÃO
Metodologias como a que foi citada acima entre outras, são responsáveis
por tornarem as atividades humanas mais confortáveis e mais seguras,
repercutindo positivamente nos processos de manufatura.
2. ERGONOMIA
De acordo com Mariño (1989) dizem que "a ergonomia seja no enfoque
Francês, ou no Americano, lança mão de métodos e técnicas de pesquisa já
consagrados por outras ciências e disciplinas tecnológicas, seu objeto o
trabalhador no seu local de trabalho também é o foco da engenharia de produção
e do estudo de métodos. A ergonomia divide seu objetivo, quer seja, adaptar o
trabalho a maquinaria e equipamentos às características e capacidades humanas,
ou seja, melhorar as condições específicas do trabalho humano, como a higiene,
conforto e segurança do trabalho.
Moraes (2000, citado por PEQUINI, 2007), mostra uma sequência para
desenvolvimento de ações ergonômicas. Logo a diagnose permite um maior
aprofundamento dos itens que são observados em uma análise ergonômica,
sempre comparando com a demanda. A autora indica que o ambiente físico,
tecnológica e o ambiente organizacional da tarefa devem ser levados em
consideração nessas fases da análise ergonômica. A metodologia para essa etapa
pode utilizar-se de vídeos, fotos, entrevistas e questionários.
24
Nessa etapa Moraes (2000 citado por PEQUINI, 2007) solicita mais a
participação dos colaboradores envolvidos no processo. E é a resposta de
simulações e teste para as melhorias sugeridas nos postos de trabalho. A
finalidade é reproduzir o mais próximo possível de uma nova realidade que será
implementada no ambiente, seja ele organizacional, físico ou de processo. Sempre
em busca da aprovação e da validação das pessoas envolvidas no processo.
Para finalizar a sequência sugerida por Moraes (2000 citado por PEQUINI,
2007) a última etapa passa por um processo continuo de avaliação, assim, tem-se
a possibilidade de revisar as mudanças sugeridas conforme diz os autores:
Mas existe outra situação em que o sistema pode estar estático sem
sobrecarga muscular: é quando houver uma anulação dos efeitos da resistência
sobre a articulação. Neste caso, não haverá atuação muscular simplesmente
porque não haverá resistência a vencer. Este é o caso da posição de pé: quando
os antebraços e os braços estão na vertical, quando o tronco está na vertical,
quando as coxas e as pernas estão na vertical, e quando a cabeça está na vertical,
toda a tendência de giro nas grandes articulações fica anulada, e o indivíduo não
tem necessidade de qualquer ação muscular para equilibrar o organismo. A única
exceção existe ao nível da articulação dos tornozelos, na qual, devido ao
alinhamento do organismo um pouco mais para frente, faz com que o corpo tenha
uma tendência a cair para frente, o que é sustentado pela contração prolongada
dos músculos da panturrilha.
5. BIOMECÂNICA OCUPACIONAL
Muitos autores recomendam que a carga estática não deva superar aos 8%
da força máxima quando os esforços precisam ser realizados diariamente, durante
varias horas (Grandjean, 1998). Se essa carga estática chegar a 15 a 20% da força
máxima e for executada durante dias e semanas a fio, provoca dores e sinais de
fadiga.
muito leve ou leve quando estiver usando até 25% de sua capacidade
aeróbica
32
1 Todas as situações em que o trabalhador tenha que fazer força física mesmo
entre aqueles indivíduos dotados de maior capacidade de força muscular, contar
com a máquina humana fazendo força física é inadequado e anti-ergonômico; seus
resultados são:
6.POSTURAS DO CORPO
superposição das vértebras, por onde passa a medula espinhal, que se liga ao
encéfalo. A medula funciona como uma grande "avenida" por onde circulam todas
as informações sensitivas, que transitam da periferia para o cérebro e retomam,
trazendo as ordens para os movimentos motores. A ruptura da medula interrompe
esse fluxo, causando paralisia, afirma Iida (2005).
Trabalhos estáticos que envolvem uma postura parada por longos períodos;
Trabalhos que exigem muita força; e
Trabalhos que exigem posturas desfavoráveis, como o tronco inclinado e
torcido.
O levantar peso;
O sentar-se;
38
O transporte de cargas;
O agacha-se;
O estar em pé.
Para peças que possam ser pegas apenas com uma mão no interior de
caixas ou caçamba: apoiar um dos braços na borda da caçamba e levantar com a
outra; isto alivia a força de compressão nos discos intervertebrais.
em outro nível, usando as duas mãos. Foi desenvolvida por uma comissão de
cientistas que se baseou em critérios biomecânicos, fisiológicos e psicofísicos
(WALTERS et al., 1993).
Coeficiente de pega
Qualidade de pega
V < 75 V ≥ 75
Boa 1,00 1,00
Média 0,95 1,00
Ruim 0,90 0,90
v = Altura inicial do levantamento, cm.
Use cargas simétricas - Sempre que possível, deve ser mantida uma
simetria de cargas, com os dois braços carregando aproximadamente o mesmo
peso. No caso de cargas grandes, compridas ou desajeitadas, devem ser usados
dois carregadores para facilitar essa simetria. Se a carga for composta de diversas
unidades, ela pode ser dividida (colocadas em caixas) para que possam ser
transportadas com o uso das duas mãos.
tipo agarrar suporta 15,6 kg. Além disso, a superfície de contato entre a pega e as
mãos deve ser rugosa ou emborrachada, para aumentar o atrito.
FIGURA 07 – As pegas tipo “pinça” devem ser substituídas por manuseios de agarrar.
Figura 08 - A carga sobre a coluna vertebral deve incidir na direção do eixo vertical.
TABELA 03 Força máxima das pernas, braços e costas para diferentes percentis das
populações feminina e masculina (CHAFFIN IN GARG, 1980).
7. A POSTURA DE CÓCORAS
47
Figura 10 - A postura de cócoras representa a posição de escolha quando o indivíduo tem que tocar
o nível do chão com as mãos, permanecendo muito tempo no mesmo local.
7.1 POSTURA DE PÉ
8. POSTOS DE TRABALHO
Isto quer dizer, nenhuma articulação deve estar em postura de tendência de giro.
Em termos práticos,
O corpo deve estar na vertical (exceção feita apenas para quando a pessoa
estiver sentada);
Os braços devem estar na vertical;
Os antebraços devem estar na vertical (no máximo na posição horizontal);
Devem ser minimizados os torques sobre a coluna vertebral;
Devem-se evitar os braços acima do nível dos ombros e os ombros em
abdução;
Os cabos das ferramentas que atingem o chão devem ser alongados.
Quando o trabalho exigir força física, a bancada deve estar à altura do osso
púbis;
54
Quando o trabalho não exigir força física, a bancada deve estar à altura do
cotovelo do trabalhador; Quando o trabalho exigir empenho visual, a
bancada deve estar a 30 em dos olhos
Observação: Não se deve trabalhar com bancadas mais próximas que 30 cm dos
olhos, pois neste caso os músculos ciliares desenvolverão esforço muscular
estático, com fadiga visual. Quando houver necessidade de maior precisão visual,
recomenda-se a instalação de lupa.
Nesta altura, o esforço pode ser feito com mais facilidade, pois será
preservado o princípio do corpo na vertical e os músculos do dorso e dos próprios
braços serão pouco forçados.
9. ORGANISMO HUMANO
Gráfico 01 Relação entre o grau de contração muscular e o tempo suportável. (Kroemer, 1999).
10.AMBIENTE: ILUMINAÇÃO.
Iluminamento
Tipo recomendado Exemplos de aplicação
(lux)
Iluminação geral Iluminação externa de locais públicos, como ruas,
de ambientes 5 - 50 estradas e pátios.
externos
Iluminação mínima de corre-dores e almoxarifados,
Iluminação geral 20 - 50
zonas de estacionamento.
para locais de
Escadas, corredores, banheiros, zonas de circulação,
pouco uso. 100 - 150
depósitos e almoxarifados.
Iluminação mínima de serviço. Fábricas com maquina-
200 - 300 ria pesada. Iluminação geral de escritórios, hospitais,
restaurantes.
Trabalhos manuais pouco exigentes. Oficinas em geral.
Iluminação geral
400 - 600 Montagem de automóveis, indústria de confec-ções.
em locais de
Leitura ocasional e arquivo Sala de primeiros socorros.
trabalho Trabalhos manuais precisos. Montagem de Pequenas
peças, instrumentos de precisão e componentes
1 000* - 1 500*
eletrônicos. Trabalhos com revisão e desenhos
detalhados.
Trabalhos minuciosos e muito detalhados. Manipula-
Iluminação
1 500 - 2 000 ção de peças pequenas e complicadas. Trabalhos de
localizada
relojoaria.
61
10.5.2 Aerodispersoides
possível, pode-se fazer uma ventilação forçada, para diminuir a concentração deles
no ar, principalmente nas proximidades das vias respiratórias.
11.1 JUSTIFICATIVA
11.2 OBJETIVOS
11.2.1 Geral
11.2.2 Específicos
11.3 METODOLOGIA
70
Levantamento bibliográfico;
Registros fotográficos;
Análise das fotos para definição do recorte (posto de trabalho) para
apreciação ergonômica;
Aplicação de escala de avaliação com operários,
Tabulação e tratamento dos dados;
Análise e interpretação dos dados.
Analise do lay out atual.
71
.
74
Expediçã
o
2 Aplicar 1º mão Lixar novamente Aplicar 2º mão Secagem das
Acabamento
satisfatório?
verniz após receber 1º verniz
peças
mão
N Estuf
a
S
Expediçã
Aplicar 1º mão Lixar novamente Aplicar 2º mão
3 seladora após receber 1º selador Secagem da Acabamento
satisfatório?
o
peças
mão a
Estuf
N a
S
Expediçã
Aplicar1º mão de Lixar novamente Aplicar2º mão de Efetua polimento das
4 tinta. após receber 1º tinta. peças
Acabamento
satisfatório?
o
mão
Estuf Fim
N
a
INTERFACIAIS/POSTURAIS
Posturas prejudiciais resultantes de inadequações do campo de visão/tomada de
informações, do envoltório acional/alcances, do posicionamento de componentes
comunicacionais, com prejuízos para os sistemas muscular e esquelético.
01 na serra
manual, ausente de
Cortecircular
dispositivos automáticos e
proteção da serra, o Operador
1, necessita flexionar o
pescoço e rotacioná-lo para a
1 direita, tencionando a
musculatura dos ombros e
braços para manter a peça
firme a fim de que não ocorra
acidente no processo de corte
das peças, causando fadiga e
dores musculares.
Fonte: Propria.
Corte de peças na serra
Fonte: Propria.
79
Fonte: Propria.
Furação da peças no Desbastes das peças na maquina de
no desengrosso de ajuste
manual o Operado 1, necessita
4 contrair ombros e braços,
executando movimentos
circulares para ajuste da
maquina causando fadiga e
Fonte: Propria. dores musculares.
furador vertical
Fonte: Propria.
Trabalhos de marcenaria
Fonte: Propria.
80
Trabalhos de marcenaria
Sob a bancada de trabalho
Fonte: Propria.
DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS
Fonte: Propria.
81
Transporte Manual de
O Operador 1 necessita tencionar
chapas os ombros, contrair musculatura
do abdômen e flexionar os
10 braços, objetivando elevar as
chapas transportando-as para
posterior corte, causando fadiga e
dores musculares.
Fonte: Propria.
Transporte Manual de
Fonte: Propria.
Fonte: Propria.
82
Trabalhos de marcenaria
O marceneiro necessita disparar o
gatilho da pistola de forma
repetitiva e seqüenciada por longo
13
período, objetivando fixar as
peças, causando fadiga e dores
musculares
Fonte: Propria.
ESPACIAIS/ARQUITETURAIS/INTERIORES
Deficiência de fluxo, circulação, isolamento, má aeração, insolação, iluminação, isolamento
acústico, térmico, radioativo.
Pintura e acabamento de
Fonte: Propria.
Pintura e acabamento de
peças
Fonte: Propria.
83
Pintura e acabamento de
peças
Zonas 03 de circulação de ar, com
15 acesso ao setor de pintura e
acabamento.
Fonte: Propria.
Pintura e acabamento de
peças
Fonte: Propria.
Pintura e acabamento de
peças
Fonte: Propria.
84
INTERFACIAIS/POSTURAIS
Posturas prejudiciais resultantes de inadequações do campo de visão/tomada de
informações, do envoltório acional/alcances, do posicionamento de componentes
comunicacionais, com prejuízos para os sistemas muscular e esquelético
Pintura e acabamento de peças
Fonte: Propria.
Pintura e acabamento de
Fonte: Propria.
QUÍMICOS AMBINTAIS/INTERFACIAIS
Partículas, elementos tóxicos e aéreo-dispersóides em concentração no ar.
Pintura e acabamento de peças
Exposição excessiva a
particulados sólidos e vapores
22 químicos, decorrentes das
atividades de acabamento e
pintura.
Fonte: Propria.
a) ESPACIAIS/ARQUITETURAIS/INTERIORES
c) POSTURAIS
A análise que pode ser feita deste quadro é que deve ser dada uma
atenção especial aos problemas químicos e interfaciais conforme observado acima,
devendo-se priorizar as sugestões de melhorias relacionadas aos sistemas de
aeração do sistema alvo, visando diminuir a concentração dos gases e vapores
presentes no ambiente, em seguida observar as questões ligada aos problemas
posturais. É importante salientar que os demais problemas devem ser tratados
com a devida importância que lhes cabe, de forma a não comprometer a saúde dos
funcionários à longo prazo.
LEGENDA: Nível de
desconforto/dor. REGIÃO COR GRAU
MUITO FORTE 4-5
14, 15
FORTE 3-4 1 2-3
1-2
0,6,7,24,25 3-4
4,20,21,26,27 4-5
93
MODERADA 2-3
TÊNUE 1-2
Após analise dos dados gerados pela apreciação do sistema alvo com seus
respectivos problemas foi possível determinar uma serie de sugestões para a
melhoria do sistema em estudo. As zonas de circulação de ar (01,02,03,04,05),
podem ser localizadas no Lay-Out abaixo.
95
6,00
5,00
11,00
Zonas 04 circulação de
ar
8,00
Zonas 03 circulação de
ar
Adquirir uma maquina politriz angular com velocidade variável para polir os
móveis, de forma a substituir a atividade braçal que se desempenha nesta
atividade; reduzindo os constrangimentos biomecânicos sofridos pelo
polidor.
98
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
Blücher, 2004. 9
IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher, 2005