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N-2301 REV. E 11 / 2016

Elaboração da Documentação
Técnica de Soldagem

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la (“não conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 26 CONTEC - Subcomissão Autora.

Soldagem As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S. A. - PETROBRAS, de aplicação interna na PETROBRAS e Subsidiárias,
devendo ser usada pelos seus fornecedores de bens e serviços,
conveniados ou similares conforme as condições estabelecidas em
Licitação, Contrato, Convênio ou similar.
A utilização desta Norma por outras empresas/entidades/órgãos
governamentais e pessoas físicas é de responsabilidade exclusiva dos
próprios usuários.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 18 páginas, Índice de Revisões e GT


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1 Escopo

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a elaboração da documentação técnica a ser
empregada no planejamento, execução, controle, registro e certificação de soldagem.

1.2 Esta Norma se aplica à soldagem de fabricação, construção, montagem e de manutenção de


equipamentos, tubulações, dutos e estruturas metálicas.

1.3 Esta Norma se aplica aos materiais metálicos e processos de soldagem previstos na
PETROBRAS N-133.

1.4 Esta Norma se aplica à elaboração de documentação técnica de soldagem, a partir da data de
sua edição.

1.5 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

PETROBRAS N-133 - Soldagem;

PETROBRAS N-381 - Execução de Desenhos e Outros Documentos Técnicos em Geral;

PETROBRAS N-1438 - Terminologia Soldagem;

PETROBRAS N-1738 - Descontinuidades em Juntas Soldadas, Fundidos, Forjados e


Laminados;

PETROBRAS N-2163 - Soldagem e Trepanação em Equipamentos, Tubulações Industriais


e Dutos em Operação;

ABNT NBR 14842 - Soldagem - Critérios para a Qualificação e Certificação de Inspetores


para o Setor de Petróleo e Gás, Petroquímico, Fertilizantes, Naval e Termogeração (Exceto
Nuclear);

FBTS N-007 - Critérios para a Qualificação e Certificação de Engenheiro Tecnólogo


Especialistas em Soldagem;

AWS A2.4 - Standard Symbols for Welding, Brazing and Nondestructive Examination;

AWS A3.0 - Standard Welding Terms and Definitions Including Terms for Adhesive Bonding,
Brazing, Soldering, Thermal Cutting, and Thermal Spraying;

BSI BS EN ISO/IEC 17024 - Conformity Assessment - General Requirements for Bodies


Operating Certification of Persons.

3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se os termos e definições da PETROBRAS N-1438, N-1738
e AWS A3.0.

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4 Condições Gerais

4.1 Esta Norma deve ser empregada em conjunto com as normas de projeto, de fabricação, de
montagem e manutenção de equipamentos, tubulações, dutos e estruturas metálicas, prevalecendo
às normas de projeto no caso de requisitos conflitantes.

4.2 Cada documento especificado nesta Norma deve ser elaborado quando requerido na
PETROBRAS N-133 ou nas normas de projeto, de fabricação, de montagem e manutenção de
equipamentos, tubulações, dutos e estruturas metálicas, ou ainda em outros documentos contratuais.

4.3 Recomenda-se que os documentos técnicos e desenhos sejam elaborados de acordo com a
PETROBRAS N-381. [Prática Recomendada]

4.4 As unidades metrológicas devem ser de acordo com Sistema Internacional de Unidades (SI).
Quando a natureza do assunto indicar a conveniência de outro sistema de unidades, este deve ser
grafado, entre parênteses, após a unidade prevista pelo SI.

4.5 Todos os documentos, citados na Seção 5, devem ser aprovados pelo inspetor de soldagem
certificado por Organismo Certificador de Pessoas (OPC) acreditado pelo INMETRO conforme a
ABNT NBR 14842, respeitadas as atribuições de cada nível de certificação, ou pelo engenheiro
especialista em soldagem ou tecnólogo em soldagem certificados conforme a FBTS N-007.

NOTA 1 Como alternativa, a Instrução de Execução e Inspeção de Soldagem (IEIS) pode ser
aprovada pelo responsável técnico pela soldagem da unidade operacional da PETROBRAS
no caso de execução de reparos detectados durante inspeção em serviço e soldas de
manutenção, onde conhecimentos sobre o estado de deterioração e a integridade do
equipamento em serviço são necessários.
NOTA 2 Todos os inspetores de soldagem nível 2, que atuam em contratos celebrados pela
PETROBRAS, devem ter formação de técnico, ou engenheiro, na área metalmecânica com
registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA).

4.6 Para os serviços de soldagem executados no exterior os documentos devem ser aprovados por
profissionais de soldagem certificados na norma principal aplicável, por entidades internacionais que
atendam aos requisitos da BSI BS EN ISO/IEC 17024, sendo neste caso, necessária a aprovação
prévia pela PETROBRAS.

4.7 Para soldagem e trepanação em equipamentos, tubulações e dutos em operação, além da


documentação técnica exigida por esta Norma, devem ser atendidos também os requisitos da
PETROBRAS N-2163.

5 Condições Específicas

5.1 Documentação para Planejamento de Soldagem

Os documentos citados na Seção 5 devem ser submetidos à aprovação da fiscalização da


PETROBRAS, antes da execução da soldagem.

5.1.1 O Plano de Soldagem deve conter, no mínimo:

a) folha de rosto citando:

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— título do documento;
— identificação do equipamento, tubulação ou demais componentes soldados;
— identificação da norma de fabricação ou de construção e montagem;
— ordem de compra da PETROBRAS (caso existente) e número da Requisição de
Material (RM);
b) índice dos documentos apresentados;
c) desenho com identificação das juntas com numeração sequencial de modo a permitir a
rastreabilidade de cada junta no mesmo equipamento ou sistema de tubulação ou
estrutura metálica;
d) Listas de Juntas a serem Soldadas (LJS), elaboradas conforme Anexo A desta Norma;
e) Especificação dos Procedimentos de Soldagem (EPS) aplicáveis, inclusive para
reparos, elaborados conforme Anexo B desta Norma;
f) Registros de Qualificação dos Procedimentos de Soldagem (RQPS) apresentados,
elaborados conforme Anexo C desta Norma.

5.1.2 O Plano de Execução de Testes de Produção deve conter, no mínimo:

a) folha de rosto citando:


— título do documento;
— identificação do equipamento ou tubulação;
— Identificação de código, normas e especificações aplicáveis;
— ordem de compra da PETROBRAS (caso existente) e número da RM;
b) índice dos documentos apresentados;
c) lista dos testes de produção a executar, em forma de tabela;
d) procedimento a ser adotado para o teste de produção, indicando:
— procedimentos de soldagem qualificados;
— comprimento de solda prevista para cada procedimento de soldagem;
— fase de fabricação, construção ou montagem do equipamento em que cada peça de
teste deve ser soldada;
e) lista de peças de teste a serem soldadas, de acordo com o código, norma ou
especificação de projeto aplicável, indicando:
— número de identificação da peça de teste;
— número da especificação do procedimento de soldagem;
— especificação do metal de base, diâmetro (se aplicável) e espessura de cada membro
da junta;
— tipo de junta;
— tipo de chanfro;
— posição de soldagem;
f) plano de ensaios não destrutivos, em forma de tabela, listando as peças de teste e os
ensaios não destrutivos aplicáveis antes e após a soldagem e antes e após o tratamento
térmico (quando requerido);
g) plano de ensaios mecânicos e macrográficos, indicando:
— desenhos das peças de teste contendo a direção de laminação, a localização dos
corpos de prova e as respectivas identificações;
— tabela listando os corpos-de-prova, os ensaios mecânicos a executar e as normas
aplicáveis para condução dos ensaios, preparação dos corpos de prova e critérios de
aceitação;
h) mapa (croquis) indicando a localização das juntas a serem simuladas no referido teste.

5.2 Documentação para Execução e Controle da Soldagem

Os documentos citados nos 5.2.1 a 5.2.5, quando requeridos conforme 4.2 desta Norma, devem ser
elaborados e aprovados para serem utilizados na execução e controle da soldagem e devem ficar
disponíveis aos soldadores, operadores, supervisores e inspetores de soldagem.

5.2.1 A IEIS deve ser elaborada conforme Anexo E desta Norma.

NOTA Na fabricação, a IEIS e o Plano de Soldagem podem constituir um único documento, desde
que os conteúdos mínimos destes sejam atendidos.

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5.2.2 A Relação de Soldadores e Operadores de Soldagem qualificados deve ser elaborada


conforme Anexo F desta Norma.

5.2.3 O Controle do Desempenho dos Soldadores e Operadores de Soldagem deve ser elaborado
conforme Anexo G desta Norma.

5.2.4 O Registro da Qualificação dos Soldadores e Operadores de Soldagem deve ser elaborado
conforme Anexo D desta Norma.

5.2.5 O Controle de Índice de Reparo da Obra deve ser elaborado conforme Anexo J desta Norma.

5.3 Documentação para Registro da Soldagem

Os documentos citados em 5.3.1 a 5.3.3, quando requeridos conforme 4.2 desta Norma, devem ser
elaborados para serem utilizados como registro da execução da soldagem.

5.3.1 O Relatório de Registro de Soldagem deve ser elaborado conforme Anexo H desta Norma.

5.3.2 O Relatório de Registro de Tratamento Térmico deve ser elaborado conforme Anexo I desta
Norma e retratar as informações constantes no Procedimento de Tratamento Térmico.

NOTA O Procedimento de Tratamento Térmico deve ser elaborado por engenheiro especialista em
soldagem ou tecnólogo em soldagem certificados conforme a FBTS N-007 ou inspetor de
soldagem nível 2 conforme norma aplicável.

5.3.3 O Registro de Execução do Teste de Produção deve ser elaborado conforme Anexo C desta
Norma.

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Anexo A - Instruções para Elaboração da Lista de Juntas a Serem Soldadas (LJS)

A.1 Condições Gerais

A.1.1 Deve ser elaborada uma LJS que permita a identificação (rastreabilidade) de todas as juntas
aos desenhos de fabricação e/ou construção e montagem.

A.1.2 Em um mesmo desenho, as juntas que tenham as mesmas características definidas na Seção
A.2, devem ser listadas somente 1 vez.

A.2 Condições Específicas

A LJS deve conter, no mínimo, as seguintes informações:

a) identificação do desenho de referência;


b) juntas identificadas com numeração sequencial de modo a permitir a rastreabilidade de
cada junta no mesmo equipamento ou sistema de tubulação ou estrutura metálica;
c) especificação do metal de base, diâmetro (se aplicável) e espessura de cada membro da
junta;
d) tipo da junta;
e) tipo de chanfro;
f) posição de soldagem;
g) processo de soldagem;
h) possibilidade de acesso à raiz;
i) identificação da IEIS aplicável para cada junta.

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Anexo B - Instruções para Elaboração da Especificação do Procedimento de


Soldagem (EPS)

B.1 Condições Gerais

A EPS deve ser elaborada com base nos códigos, normas e especificações de projeto, fabricação,
montagem e manutenção, observando os requisitos da PETROBRAS N-133. Após a soldagem e
aprovação do RQPS, as faixas dos parâmetros de soldagem devem ser revisadas para compatibilizar
os valores efetivamente utilizados com as tolerâncias permitidas nas normas de qualificação
aplicáveis para a emissão da EPS de execução das soldas de produção.

B.2 Condições Específicas

A EPS deve conter, no mínimo, todas as informações previstas nas respectivas normas de
qualificação aplicáveis, além de:

a) identificação das normas utilizadas na qualificação e aplicáveis na produção;


b) croqui da junta e do chanfro;
c) croqui da sequência de passes;
d) especificação, classificação e marca comercial dos consumíveis;
e) número da EPS e do RQPS;
f) controle do aporte térmico quando aplicável;
g) requisitos especiais para o consumível utilizado (como por exemplo, utilização do
sufixo G);
h) faixa de preaquecimento para as espessuras qualificadas;
i) data da elaboração e aprovação;
j) nome completo, assinatura e número da certificação emitida pelo OPC de soldagem do
inspetor de soldagem nível 2 ou do engenheiro especialista em soldagem certificado ou
tecnólogo em soldagem certificado.

NOTA O status da EPS pode ser:

a) preliminar - destinada apenas para a qualificação do RQPS;


b) emitida para produção - emitida levando em consideração os parâmetros do RQPS
aprovado. É destinada á execução da soldagem.

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Anexo C - Instruções para Elaboração do Registro da Qualificação do Procedimento


de Soldagem (RQPS) e do Registro de Execução do Teste de Produção
(RETP)

C.1 Condições Gerais

Os seguintes documentos, quando aplicáveis, devem ser anexados ao RQPS ou RETP:

a) relatório de registro de soldagem elaborado conforme Anexo H desta Norma, no caso do


RQPS;
b) relatório de registro de tratamento térmico elaborado conforme Anexo I desta Norma;
c) relatórios de registro de resultados dos ensaios não destrutivos elaborados conforme as
normas aplicáveis;
d) relatórios de registro de resultados de todos os ensaios requeridos por códigos, normas
e especificações de projeto aplicáveis conforme C.2.2 a C.2.8 deste Anexo;
e) certificado de qualidade dos consumíveis de soldagem e dos metais de base, no caso do
RQPS;
f) relatórios de ensaios mecânicos, análises micro e macroestruturais, medições de fase,
medições de dureza e microdureza e demais análises necessárias para a qualificação de
procedimentos de soldagem ou de teste de produção. Estes relatórios devem ser
emitidos e assinados por profissionais técnicos com atribuições reconhecidas pelo
sistema CREA ou Conselho Regional de Química (CRQ).

C.2 Condições Específicas

C.2.1 O RQPS e o RETP devem conter, no mínimo, além de todas as informações previstas nas
respectivas normas de qualificação aplicáveis, os seguintes dados:

a) identificação do procedimento de soldagem (EPS preliminar no caso de RQPS ou EPS


emitida para produção no caso de RETP);
b) identificação do soldador ou operador de soldagem;
c) identificação do teste de produção, no caso do RETP;
d) lista dos documentos que estão anexados e respectivas identificações;
e) identificação das normas de qualificação aplicáveis e das normas de projeto, fabricação
ou montagem do equipamento e identificação da edição;
f) temperatura de realização do RQPS ou do REPT;
g) data da emissão;
h) nome completo, assinatura e número da certificação do OPC do inspetor de soldagem
nível 2 ou do engenheiro especialista em soldagem certificado ou tecnólogo em
soldagem certificado.

C.2.2 O relatório de registro de resultados do ensaio de tração deve conter, no mínimo, as seguintes
informações:

a) entidade executante do ensaio;


b) identificação da norma de execução do ensaio;
c) identificação (número de série) da máquina de ensaio;
d) identificação, data de emissão e nome da entidade emitente do certificado de calibração
da máquina de ensaio;
e) identificação de norma de preparação dos corpos de prova;
f) identificação da peça de teste e dos corpos-de-prova;
g) tipos e dimensões dos corpos-de-prova com valores de espessura e largura da seção
transversal a ser tracionada;
h) identificação de norma para avaliação dos resultados e o critério de aceitação;
i) local da fratura;
j) limites de resistência especificado e real;

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k) alongamento, quando aplicável;


l) data da elaboração e aprovação.

C.2.3 O relatório de registro de resultados do ensaio de dobramento deve conter, no mínimo, as


seguintes informações:

a) entidade executante do ensaio;


b) identificação da norma de execução do ensaio;
c) tipo do ensaio;
d) diâmetro do cutelo e distância entre os roletes de apoio do dispositivo de ensaio;
e) identificação da norma de preparação dos corpos-de-prova;
f) identificação da peça do teste e dos corpos-de-prova;
g) tipo e dimensões dos corpos-de-prova;
h) identificação da norma para avaliação dos resultados;
i) ângulo de dobramento;
j) identificação e dimensões das descontinuidades detectadas;
k) data da emissão.

C.2.4 O relatório de registro de resultados do ensaio de impacto deve conter, no mínimo, as


seguintes informações:

a) entidade executante do ensaio;


b) identificação de norma da execução do ensaio;
c) identificação (número de série) da máquina de ensaio e do termômetro utilizado;
d) identificação do projetor de perfil utilizado;
e) identificação, data de emissão e nome da entidade emitente do certificado de calibração
da máquina de ensaio e do termômetro utilizado;
f) temperatura do ensaio;
g) tempo de permanência dos corpos de prova imersos em reservatório imediatamente
antes do ensaio;
h) identificação da norma de preparação dos corpos-de-prova;
i) identificação da peça de teste e dos corpos-de-prova;
j) tipo e dimensões dos corpos-de-prova;
k) orientação do corpo-de-prova em relação à direção de laminação, quando aplicável;
l) localização do entalhe;
m) identificação da norma para avaliação dos resultados. A especificação também deve ser
referenciada quando aplicável;
n) energia absorvida e/ou expansão lateral e/ou percentagem de fratura frágil (individuais e
médias obtidas), o que for aplicável, com os valores especificado e real;
o) data da emissão.

C.2.5 O relatório de registro de resultados do ensaio macrográfico deve conter, no mínimo, as


seguintes informações:

a) entidade executante do ensaio;


b) identificação da norma de preparação dos corpos-de-prova;
c) identificação da peça de teste e dos corpos-de-prova;
d) macrofotografia dos corpos-de-prova com indicação de ampliação utilizada;
e) reagente utilizado;
f) identificação da norma para avaliação dos resultados. A especificação também deve ser
referenciada quando aplicável;
g) dimensionamento do reforço, das pernas da solda e das gargantas efetiva e real;
h) aumento utilizado para inspeção visual;
i) identificação e dimensões das descontinuidades detectadas;
j) data da emissão.

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C.2.6 O relatório de registro de resultados do ensaio de dureza deve conter, no mínimo, as seguintes
informações:

a) entidade executante do ensaio;


b) identificação da norma de execução do ensaio e tipo de dureza;
c) identificação (número de série) da máquina de ensaio e da amostra-padrão utilizada para
aferição da máquina;
d) identificação, data de emissão e nome da entidade emitente do certificado de calibração
da máquina de ensaio e da amostra padrão utilizada;
e) identificação da peça de teste e dos corpos-de-prova;
f) croqui do corpo-de-prova com representação das diversas zonas da junta soldada e
localização dos pontos do perfil de dureza;
g) valores de dureza especificado e real;
h) identificação da norma para avaliação dos resultados. A especificação também deve ser
referenciada quando aplicável;
i) data da emissão.

C.2.7 O relatório de registro de resultados do ensaio de fratura (“nick-break test”) deve conter, no
mínimo, as seguintes informações:

a) entidade executante do ensaio;


b) identificação da norma de execução do ensaio;
c) identificação da norma de preparação dos corpos-de-prova;
d) identificação da peça de teste e dos corpos-de-prova;
e) dimensões dos corpos-de-prova;
f) identificação de norma para avaliação dos resultados;
g) identificação e dimensões das descontinuidades detectadas;
h) data da emissão.

C.2.8 O relatório de registro de resultados do ensaio de corrosão deve conter, no mínimo, as


seguintes informações:

a) entidade executante do ensaio;


b) identificação da norma de execução do ensaio;
c) identificação da norma de preparação dos corpos-de-prova;
d) identificação da peça de teste e dos corpos-de-prova;
e) identificação da solução utilizada e tempo de ensaio;
f) indicação da temperatura de ensaio, quando aplicável;
g) indicação da tensão utilizada quando aplicável;
h) aumento utilizado para inspeção visual ou macrografia, quando aplicável;
i) identificação da perda de massa, quando aplicável;
j) identificação da norma ou especificação para avaliação dos resultados;
k) data da emissão.

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Anexo D - Instruções para Elaboração do Registro de Qualificação de Soldadores e


Operadores de Soldagem (RQS)

D.1 Condições Gerais

Deve ser emitido o RQS para cada teste aprovado de cada soldador ou operador de soldagem.

D.2 Condições Específicas

O RQS deve conter, além de todas as informações previstas nas respectivas normas de qualificação
aplicáveis, no mínimo:

a) nome e Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do soldador ou operador de soldagem;

NOTA Para serviços feitos no exterior, o CPF deve ser substituído por código ou numeração do
documento que identifique inequivocamente os soldadores e operadores.

b) código de identificação (sinete) do soldador ou operador de soldagem;


c) identificação da norma de qualificação aplicável e edição. A especificação também deve
ser referenciada quando aplicável;
d) identificação da especificação de procedimento de soldagem empregado;
e) identificação do(s) processo(s) de soldagem;
f) todas as variáveis essenciais com os valores efetivamente empregados na qualificação e
os limites qualificados;
g) tipo dos ensaios, exames e testes efetuados;
h) identificação e tipo dos corpos de prova utilizados;
i) resultados dos ensaios, exames e testes efetuados, para cada corpo-de-prova;
j) identificação, data de emissão e nome da instituição emitente dos relatórios de registro
dos ensaios, exames e testes efetuados;
k) data da elaboração e aprovação;
l) nome completo, assinatura e número da certificação emitida pelo OPC de soldagem do
inspetor de soldagem nível 2 ou do engenheiro especialista em soldagem certificado ou
tecnólogo em soldagem certificado.

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Anexo E - Instruções para Elaboração da Instrução de Execução e Inspeção de


Soldagem (IEIS)

E.1 Condições Gerais

E.1.1 Os parâmetros de soldagem na IEIS devem ter como base os valores especificados no
procedimento de soldagem qualificado e as tolerâncias permitidas na norma de qualificação aplicável.

E.1.2 A IEIS deve ser detalhada para cada junta a ser soldada de um determinado serviço. Quando a
quantidade de juntas a serem soldadas for elevada, permite-se, mediante a aprovação prévia da
PETROBRAS, o agrupamento das juntas idênticas. Em qualquer caso, a rastreabilidade entre a junta
individual e o procedimento de soldagem aplicável deve ser garantida.

E.2 Condições Específicas - Detalhamento da IEIS

A IEIS deve conter, no mínimo, o descrito em E.2.1 a E.2.3.

E.2.1 Número do desenho e identificação do equipamento, tubulação, duto ou estrutura metálica


com indicação da localização das juntas a serem soldadas.

E.2.2 Identificação individual da junta ou do grupo de juntas a serem soldadas conforme descrito
em E.1.2 deste Anexo.

E.2.3 Informações específicas para a execução e inspeção da soldagem da junta ou do grupo de


juntas, ou seja:

a) identificação do procedimento de soldagem (EPS / RQPS);


b) croqui de chanfro e simbologia de soldagem conforme AWS A2.4;
c) especificação do metal de base, diâmetro (se aplicável) e espessura de cada membro da
junta;
d) croqui de sequência de passes, o mesmo deve ser feito para soldas em ângulo onde for
requerido estanqueidade;
e) parâmetros de soldagem, citados em cada passe de solda, ou seja:
— processo de soldagem;
— classificação, marca comercial e diâmetro dos eletrodos, arames ou varetas;
— tipo e intensidade de corrente;
— velocidade, se aplicável, tensão e polaridade;
— classificação e marca comercial dos fluxos (se aplicável);
— tipo e vazão dos gases de purga e de proteção (se aplicáveis);
— técnica de deposição (se aplicável), retilínea ou oscilante e indicação do valor mínimo
ou máximo da largura do passe;
— posição e progressão de soldagem (se aplicável);
f) método de limpeza inicial e interpasses;
g) técnica de goivagem (se aplicável);
h) temperatura de preaquecimento e técnica de aplicação;
i) temperatura interpasses;
j) tempo e temperatura de pós-aquecimento e técnica de aplicação (se aplicável);
k) indicação de exigência de tratamento térmico e parâmetros de execução (se aplicável);
l) instrução de tempo de espera para início dos ensaios não destrutivos;
m) tipo e extensão dos ensaios não destrutivos e outros testes aplicáveis assim como a
definição dos pontos de retenção (antes ou após o passe de raiz, a cada camada, antes
ou após o tratamento térmico);

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n) normas de referência, incluindo a norma de fabricação e norma para critério de aceitação


com o item aplicável;
o) dados de processo como: tipo de fluido, classe de pressão e temperatura (se aplicável);
p) data da elaboração e aprovação;
q) nome completo, assinatura e número da certificação emitida pelo OPC de soldagem do
inspetor de soldagem nível 2 ou do engenheiro especialista em soldagem certificado ou
tecnólogo em soldagem certificado.

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Anexo F - Instruções para Elaboração da Relação de Soldadores e Operadores de


Soldagem Qualificados (RSQ)

F.1 Condições Gerais

F.1.1 Deve ser emitida uma RSQ para cada norma de qualificação aplicável.

F.1.2 Cada qualificação de um determinado soldador ou operador de soldagem deve ser transcrita
separadamente na RSQ.

F.2 Condições Especificas

A RSQ deve conter, no mínimo:

a) identificação da norma de qualificação. A especificação também deve ser referenciada


quando aplicável;
b) nome e código de identificação (sinete) do soldador ou operador de soldagem
qualificado;
c) número do certificado de qualificação de soldador ou operador de soldagem;
d) todas as variáveis essenciais de soldagem aplicáveis com as faixas qualificadas;
e) EPS utilizada para a qualificação do soldador;
f) data de emissão;
g) nome completo, assinatura e número da certificação emitida pelo OPC de soldagem do
inspetor de soldagem nível 2 ou do engenheiro especialista em soldagem certificado ou
tecnólogo em soldagem certificado.

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Anexo G - Instruções para Elaboração do Controle do Desempenho dos Soldadores


(CDS) e Operadores de Soldagem

G.1 Condições Gerais

G.1.1 O CDS deve ser emitido a intervalos de tempo segundo critério das normas de projeto e
demais documentos contratuais.

G.1.2 O controle do desempenho do soldador e operadores de soldagem deve ser realizado pelo
número de filmes reprovados ou pelo somatório do comprimento dos defeitos detectados pela técnica
ultrassônica.

G.2 Condições Específicas

O CDS deve conter, no mínimo:

a) código de identificação do soldador ou operador de soldagem;


b) total de radiografias tiradas ou comprimento total inspecionado por ultrassom no período
determinado, o que for aplicável;
c) total de radiografias reprovadas ou somatório dos comprimentos defeituosos por
ultrassom no período determinado, o que for aplicável;
d) percentagem de defeitos calculado pela divisão do valor citado na c) desta subseção
pelo valor citado na b) desta subseção e multiplicado por 100;
e) valores acumulados das b), c) e d) desta subseção até a data da emissão do CDS;
f) valor acumulado da d) desta subseção do CDS anterior;
g) data de emissão;
h) nome completo, assinatura e número da certificação emitida pelo OPC de soldagem do
inspetor de soldagem nível 1 ou nível 2 ou do engenheiro especialista em soldagem
certificado ou tecnólogo em soldagem certificado.

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Anexo H - Instruções para Elaboração do Relatório de Registro de Soldagem (RRS)

H.1 Condições Gerais

O RRS é aplicável à soldagem de peças de teste para qualificação de procedimentos e soldadores e


para a soldagem de testes de produção, conforme requerido em C.1 a) do Anexo C desta Norma.

H.2 Condições Específicas

O RRS deve conter, no mínimo, as seguintes informações:

a) identificação do equipamento, tubulações ou demais materiais metálicos;


b) identificação da junta soldada;
c) número de reparo da solda, quando aplicável;
d) identificação do procedimento de soldagem;
e) especificação do metal de base, corrida, diâmetro (se aplicável) e espessura de cada
membro da junta;
f) identificação da IEIS, se aplicável;
g) identificação (número de série) do amperímetro, voltímetro e pirômetro de contato;
h) identificação, data de emissão e nome da entidade emitente do certificado de calibração
do amperímetro, do voltímetro e do pirômetro de contato;
i) nome e sinete dos soldadores e/ou operadores executantes da soldagem;
j) todas as informações especificadas no procedimento de soldagem correspondente com
os valores efetivamente empregados durante a soldagem da junta, citados segundo a
sequência de passes;
k) data de emissão;
l) nome completo, assinatura e número da certificação emitida pelo OPC de soldagem do
inspetor de soldagem nível 1 ou nível 2 ou do engenheiro especialista em soldagem
certificado ou tecnólogo em soldagem certificado.

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Anexo I - Instruções para Elaboração do Relatório de Registro de Tratamento Térmico


(RRTT)

I.1 Condições Gerais

O RRTT é requerido quando for executado tratamento térmico. O RRTT deve estar em conformidade
com o Procedimento de Tratamento Térmico, norma de projeto e especificação técnica aplicável.

I.2 Condições Específicas

O RRTT deve conter, no mínimo, as seguintes informações:

a) tipo de tratamento térmico executado;


b) identificação do Procedimento de Tratamento Térmico aplicável;
c) identificação da norma de execução aplicável;
d) parâmetros requeridos para execução, ou seja:
— temperaturas de início e término dos controles;
—- velocidades mínima e máxima de aquecimento;
—- temperaturas mínima e máxima de tratamento;
— tempos mínimo e máximo de tratamento;
— velocidades mínima e máxima de resfriamento;
— diferença máxima de temperatura entre termopares;
e) identificação do equipamento ou da peça de teste;
f) identificação (número de série) do registrador de temperaturas utilizado;
g) identificação, data de emissão e nome da entidade emitente dos certificados de
calibração do registrador de temperatura e dos termopares utilizados;
h) indicação do método de execução, ou seja:
— tratamento em forno;
— tratamento localizado;
i) indicação do meio de aquecimento utilizado;
j) croqui do forno (quando aplicável) indicando a localização do equipamento em seu
interior, dos bicos queimadores ou das resistências elétricas e a região de sobreposição
quando o equipamento não estiver totalmente dentro do forno;
k) croqui da junta soldada indicando a localização e distribuição das resistências elétricas e
a largura da zona aquecida, quando for efetuado tratamento térmico localizado;
l) tipo, quantidade e identificação (número e cor no gráfico) dos termopares utilizados;
m) método de fixação dos termopares à peça;
n) croqui do equipamento ou peça de teste indicando a identificação, localização e distância
relativa entre os termopares;
o) registro da temperatura da peça ao longo do tempo (gráfico tempo x temperatura) com
identificação dos termopares utilizados;
p) parecer final concluindo se o tratamento térmico foi executado segundo o procedimento
aprovado;
m) data de emissão;
q) nome completo, assinatura e número da certificação emitida pelo OPC de soldagem do
inspetor de soldagem nível 1 ou nível 2 ou do engenheiro especialista em soldagem
certificado ou tecnólogo em soldagem certificado.

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Anexo J - Instruções para Elaboração do Controle de Índice de Reparo da Obra (CIRO)

J.1 Condições Gerais

J.1.1 O índice de aceitável de reparo da obra deve ser acordado previamente entre o fabricante e a
PETROBRAS, definindo inclusive como deve ser calculado.

J.1.2 O CIRO deve ser emitido a intervalos de tempo segundo critério das normas de projeto, de
fabricação e de montagem do equipamento ou de documentos contratuais.

J.1.3 O controle do índice de reparos da obra deve ser realizado pelo número de filmes reprovados
ou pelo somatório do comprimento dos defeitos por ultrassom.

J.2 Condições Específicas

O CIRO deve conter no mínimo:

a) código de identificação do soldador ou operador de soldagem;


b) identificação do equipamento;
c) identificação da junta;
d) total de radiografias tiradas ou comprimento total inspecionado por ultrassom, no período
determinado, o que for aplicável;
e) total de radiografias reprovadas ou somatório dos comprimentos dos defeitos detectados
por ultrassom, no período determinado, o que for aplicável;
f) porcentagem de defeitos calculado pela divisão do valor citado na e) desta subseção
pelo valor citado na d) desta subseção e multiplicado por 100;
g) valores acumulados das d), e) e f) desta subseção até a data da emissão do CIRO;
h) valor acumulado da f) desta subseção do CIRO anterior;
i) intervalo de cálculo expresso em dias mencionando data de início e data de término;
j) data de emissão;
k) nome completo, assinatura e número da certificação emitida pelo OPC de soldagem do
inspetor de soldagem nível 1 ou nível 2 ou do engenheiro especialista em soldagem
certificado ou tecnólogo em soldagem certificado.

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A e B
Não existe índice de revisões.

REV. C
Partes Atingidas Descrição da Alteração

1.2 Revisado

4.1 a 4.3 Revisados

4.5 Revisado

5.1 a 5.3 Revisados

B.2 Revisado

C.1 Revisado

C.2.1 Revisado

C.2.4 Revisado

C.2.6 Revisado

D.2 Revisado

E.1.1 Revisado

E.2.1 Revisado

E.2.3 Revisado

F.2 Revisado

H.1 e H.2 Revisados

I.1 e I.2 Revisados

REV. D
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisadas

REV. E
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisadas

IR 1/1

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