Eram ágeis, eficientes, e confortantes As benditas mãos que a todo instante Estavam estendidas para mim… Eram valorosas como duas guerreiras Eram duas inseparáveis companheiras Sempre lutando para o melhor servir E nas horas de amarguras, nas noites escuras Qual bússola mostravam o caminho a seguir Mãos, que só se levantavam para o bem Para ajudar, abençoar e acolher alguém Mãos, que muitas vezes vi calejadas Como as de Cristo que na cruz pregadas Pelo grande amor que sentiu por mim… Mãos, que hoje se movem lentamente Ficaram frágeis, trêmulas e dependentes O tempo passou, e agora desgastadas Como irmãs gêmeas, estão sempre entrelaçadas Parecem inúteis, mas têm inestimável valor Pois falam de uma vida, de renúncias e de amor As mãos de minha mãe…benditas entre tantas! Oh! Que mãos tão maravilhosas e santas! Mãos que afago entre as minhas com carinho Fazendo delas o meu mais seguro ninho Na difícil hora da minha aflição…