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A política externa do governo de Luís Inácio Lula da Silva


A política externa do governo de Luís Inácio Lula da Silva

Breno de Siqueira MendesBreno de Siqueira Mendes|Valdelúcia de Sousa Fernandes Valdelúcia de


Sousa Fernandes

Publicado em 06/2015. Elaborado em 02/2015.

A política externa representada pelo governo Lula chamou a atenção de


observadores e estudiosos do mundo inteiro, em vista de vários aspectos
inovadores em sua formulação e execução. Quais as continuidades dessa
política?

1.INTRODUÇÃO

A presente obra tem como objetivo, dentre outros, tecer uma breve explanação histórica do balanço
mundial de poder no século XX desde o mundo multipolar que caracterizou a primeira metade do
século até o mundo unipolar, sob a hegemonia dos Estados Unidos, que marcou a sua última década;
passando pelo mundo bipolar o cenário externo foi adulterado com o fim da Guerra Fria entre
americanos e soviéticos que deu o tom das relações internacionais e possuindo como consequência, o
fim do esquema de poder baseado na bipolaridade. Esses pontos históricos são, também, reputados por
renomados estudiosos da área, como fundamentos da política internacional contemporânea. A guerra
de ideologias entre o socialismo e o capitalismo, agora abre suas portas para as discussões e entraves
econômicos, sem falar de temas como, o meio ambiente, os direitos humanos, o narcotráfico e a
competitividade internacional, que passam a ocupar, cada vez mais, lugares de destaque no palco
internacional. Apesar de representarem importantes modificações nas discussões das questões
internacionais, o caráter oligárquico, anárquico, hierárquico e seus conflitos de interesses nacionais, são
sustentados como características do contemporâneo sistema internacional. Estaríamos testemunhando
o início do fim da hegemonia americana e a formação de um mundo multipolar embora a hegemonia
militar americana continue firme. O Brasil do governo Lula, se inclui neste contexto de mudanças e
continuidades. Há uma grande concepção da internacionalização da economia brasileira e adesão às
regras e normas internacionais. Os oito anos do governo Lula marcaram a política externa brasileira na
economia global. O presente trabalho foi feito através de uma pesquisa eminentemente bibliográfica,
com estudo de teses de mestrado, livros e artigos publicados. Vale salientar ainda que esta obra tem
como objetivo celular a exposição dos aspectos históricos, sociais e econômicos em que se enquadrou a
política brasileira no governo de Luis Inácio Lula da Silva, bem como sua continuação no atual governo
de Dilma Rousseff.

2. A POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA: INCLUSÃO SOCIAL E DEMOCRATIZAÇÃO MUNDIAL

De acordo com Marco Aurélio Garcia[1]:

“A política externa está dominada por duas grandes referências. A primeira é a situação
nacional, a segunda delas é o contexto internacional dentro do qual o país se situa.”

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O governo de Luis Inácio Lula da Silva recuperou um aspecto político que há muito tempo havia sido
extinto no contexto governamental da América Latina: o desenvolvimento. Desenvolvimento este que
deve ser compreendido em sendo uma intensa conexão entre progresso financeiro, distribuição de
rendas e integração social.

Para VIGEVANI e CEPALUNI (2007):

A política externa de Luiz Inácio Lula da Silva reflete, ao menos em parte, posições
tradicionais do Partido dos Trabalhadores (PT), acumuladas desde sua formação, no
final dos anos 1970. Do ponto de vista simbólico, grande parte do discurso
governamental, enfatiza a necessidade de mudança com relação ao governo de
Fernando Henrique Cardoso (FHC).

Este modelo político de cunho desenvolvimentista, que realiza uma ótima junção entre a integração
social no contexto interno e da redemocratização das extremidades de poder mundiais no contexto
externo, procura efetivar as seguintes funções: Respeito Internacional; Ligações mais próximas com o
primeiro Mundo e o Multilateralismo.

Perante esse contexto político, seja mundial, seja regional, é que se consegue idealizar uma política de
cunho objetivo e concretista, que visa certificar ao Estado brasileiro que seus empenhos políticos para
que houvesse uma normatização internacional não fossem em vão e não deixassem presas às políticas
internas e públicas. Esse é o primeiro propósito. O segundo propósito é colaborar para a
descentralização de poder em seus vários graus, na área política, na área financeira, etc.

Advindo do Partido dos Trabalhadores (PT), partido de origem esquerda, e sendo um dos fundadores
desse mesmo partido, Luís Inácio Lula da Silva, o Lula, tinha como principais metas de governo uma
diminuição entre as diferenças sociais no nosso país, o que serviria como base para a estruturação do
Brasil no cenário internacional. E veremos que isso aconteceu em partes, transformando o Brasil em
uma das maiores potências do mundo.

3. MERCOSUL E OS EUA CONTRA A POLÍTICA EXTERNA DE LULA

A batalha contra a política externa brasileira, nada mais é, do que a consequência do fato de que o
Brasil, ao lado da Argentina e demais Estados do MERCOSUL, frustraram a proposta da ALCA (Área de
Livre Comércio das Américas). Lula impulsionou ainda mais o megabloco do MERCOSUL, através de
vários encontros e iniciativas políticas, impulsionando negociações entre os países integrantes, e
aumentando ainda mais a força política do Brasil na região sul-americana. Serviria como um escudo
para a força do mercado do império econômico estadunidense. As grandes multinacionais restaram
insatisfeitas, como também certas empresas brasileiras, que almejavam a intensa exportação, mas não o
interesse público nacional. Em contrapartida, o fato de que o Estado Brasileiro não se coligou aos
Estados Unidos da América para adversar Hugo Chávez (atualmente está na presidência da Venezuela
Nicolás Maduro) e Evo Morales é mais um motivo que se encontra por trás desta batalha político-
psicológica, causada, acima de tudo, pelos Estados Unidos, que tem como principal objetivo a
destruição do MERCOSUL. Não deve-se falar em uma tese conspirativa, mas sim, saber como o governo
dos Estados Unidos funciona concretamente, tanto em suas finalidades financeiras e comerciais quanto
políticos e estratégicos. Essa política trava certo embate entre os ideais brasileiros e os estadunidenses,
como afirma Rubens Barbosa[2]:

“Inclusive por se dar no entorno da potência, a competição com o Brasil possui imensa
importância geopolítica e tem potencial para, em médio prazo, constituir-se em ameaça
aos Estados Unidos. Isso é confirmado pela manutenção da administração Obama da
política de acordos bilaterais e de exibição de força bruta.”

A política externa de Lula não excluiu qualquer país em detrimento de outros. Pelo contrário, se tratou e
ainda se trata de uma política multipolar, com vários parceiros comerciais e políticos, aumentando
ainda mais a área de influência do Brasil. Todavia, a importância dada aos países em desenvolvimento

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(2º e 3º mundo) é natural e necessária, pois, são para esses Estados que o Estado brasileiro exporta
cada vez mais. O Brasil quer defender seus interesses, às vezes indo contra os interesses norte-
americanos, com uma visão mais crítica. Os Estados Unidos e a União Europeia estão sobrecarregados,
e querem áreas de livre comércio exatamente para dar escoamento à sua produção de manufaturados.

Essas disparidades entre Brasil e Estados Unidos não existem somente economicamente falando,
também politicamente. O Brasil se tornou totalmente contra o unilateralismo e a hegemonia norte-
americana, achando-a inadequada para os atuais padrões das políticas internacionais. Dificilmente os
ideais desses dois países se convergiam, o que tornou a relação entre os países manchada.

4. O REALISMO POLÍTICO E A ANÁLISE DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Estudos mostram que o realismo político é o modelo governista que mais se desenvolveu nos últimos 50
anos, aproximadamente, depois da Segunda Guerra Mundial (1945). No entanto, autor clássico como
Nicolau Maquiavel deu as primeiras bases do que foi e tem sido a perspectiva que predomina as
explicações da teoria das relações internacionais. Um dos elementos identificador e fundamental do
realismo é que seus executores consideram os homens, as relações sociais com que eles não gostariam
que fossem. O Estado-Nação é colocado como centro da discussão, agindo racionalmente e tem suas
ações conduzidas pela busca do poder e pelo uso de forças bélicas. O realismo político é conceituado
através de alguns princípios básicos. Primeiramente, vale ressaltar que a política como um todo é gerida
e administrada por normas formais, logo, a probabilidade de progressão do racionalismo político
contempla de maneira incompleta essas normas. Outro princípio que deve ser abordado é a concepção
de interesses compreendidos como poder. Esta concepção faz a fusão entre o racionalismo que almeja
compreender a política internacional e os fatos, pondo, desta forma, uma ordem racionalista na
problemática da política. Sendo assim, o 3º princípio expõe que a concepção de interesses seja estudada
como categoria concretista, com validade universal. Porém, as espécies de interesses dependem de qual
contexto político-cultural aquela nação se encaixa perante o sistema internacional. O 4º princípio
aborda a acepção moral das ações políticas contemporânea. Valores sociais universais ou a moral
comum, não podem ser executados aos atos das nações. Vale salientar ainda que os Estados são
entidades políticas que defendem, sobretudo, seus interesses. Sendo assim, o 5º princípio considera que
os valores morais de um Estado não podem ser considerados como ensinamentos absolutos. Já o último
princípio expõe a presença de uma soberania da esfera política. As relações entre estados e nações se
manifestam por uma busca ininterrupta do poder, essa busca pode ser para manter o poder, aumentá-lo
ou demonstrá-lo.

5. A POLÍTICA EXTERNA ATIVISTA DO GOVERNO LULA.

Os últimos tempos têm sido dedicados, por intelectuais e militantes, a uma reflexão sobre os avanços
dos oito anos de governo petista. Esse exercício possibilita produzir sínteses de como o governo Lula se
inscreveu na história do nosso país e no que o governo, agora de Dilma, ainda precisa avançar, de modo
a compreender como um terceiro mandato do PT é preciso para aprofundar e consolidar as
transformações necessárias para um Brasil mais democrático, independente, soberano, próspero e
igualitário.

Logo no discurso de Posse em 2003, o Presidente Lula demonstrou como seu governo agiria no plano
internacional:

“Nossa política externa refletirá também os anseios de mudança que se expressaram


nas ruas. No meu Governo, a ação diplomática do Brasil estará orientada por uma
perspectiva humanista e será, antes de tudo, um instrumento do desenvolvimento
nacional.”

Diferente do governo FHC, a política externa do governo Lula definiu como central a busca por
autonomia no âmbito internacional. Se antes estávamos acostumados a uma intervenção direta das
instituições econômicas internacionais como FMI ou a relação de parceria, quase automática, com os

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Estados Unidos hoje o Brasil tem uma inserção diferente no plano internacional com criatividade
protagoniza novas coalizões (exemplo disso é o G20), busca construir laços políticos e sociais com seus
vizinhos e com os países do Sul e discute a reformulação e democratização de algumas instituições
internacionais, como o Conselho de Segurança, de modo a torná-las mais capazes de responder aos
novos desafios mundiais.

Aliás, o Brasil conseguiu o que ninguém imaginava: conseguiu acabar com uma dívida enorme com o
FMI, e melhor, passou de devedor a credor, um dos maiores passos para o desenvolvimento econômico
do país, se libertando das outras influências internacionais.

O ex-presidente também tinha a sua opinião formada sobre o terrorismo que assola o mundo
atualmente. De acordo com ele:

“Não será militarmente que vamos acabar com o terrorismo, nem tampouco com o
narcotráfico. Vamos enfrentar isso com muito mais densidade na hora em que a gente
atacar o problema crucial que é a pobreza no mundo.”

Isso demonstrava mais uma vez certa indireta ao modelo de política externa estadunidense, através do
qual tudo se resolve pela força bruta, sem nenhum engajamento em políticas sociais e na diminuição da
miséria.

Ao contrário do que os conservadores e a direita brasileira profetizam, essa política é exercida de modo
pragmático. Isso significa que o Brasil alcançou resultados concretos com essa condução não só em
termos econômicos como também em termos políticos. A política externa foi fundamental para, por
exemplo, atenuar os impactos da crise econômica do último período, para contribuir com a estabilidade
interna, para fortalecer a soberania nacional e também para iniciar a possibilidade de construção de
relações internacionais mais multipolares.

Diferente do seu antecessor, Lula tinha uma ambição muito maior, querendo transformar o Brasil não
só em potência regional, mas sim em uma potência mundial, utilizando-se de artifícios diplomáticos e
estratégicos para aí sim impulsionar a economia da nação, através de acordos comerciais com vários
países e aproximação com mercados menores, como vários países africanos, através de fatores como a
solidariedade a atual situação desse continente.

Muito se falava do início do governo Lula, com o seu excesso de viagens, compra de aviões, achando
tudo isso bastante desnecessário. Foram cerca de 100 viagens diplomáticas em menos de dois anos[3].
O que muitos críticos não sabem é o quanto que o Brasil ganhou com a realização dessas visitas. Muitos
acordos foram firmados, os interesses do Brasil foram demonstrados para os outros países, e o Brasil
começou a se transformar em uma das potências políticas e econômicas do mundo, calando a boca de
quem tanto fazia campanha contra esse novo tipo de governo, um governo que não se contentava (e não
se contenta, já que a política do Partido dos Trabalhadores provavelmente continuará com a presidente
Dilma) com pouco.

O âmbito internacional foi tratado, pelo governo Lula também como uma arena possível para alcance da
justiça e do desenvolvimento sociais. As várias iniciativas de combate à fome e pobreza, os inúmeros
programas de cooperação na área de agricultura familiar, transferência de renda, educação e saúde nos
países em desenvolvimento demonstram que o Brasil pode exercer relações baseadas na solidariedade
entre os povos.

Nesse exercício a análise da política externa brasileira torna-se bastante necessária. Isso se deve a
alguns fatores relacionados à própria prerrogativa dessa política como também às inovações e
reconstruções organizadas pelo governo. Desde o período de redemocratização do país, percebe-se o
aumento e diversificação dos atores sociais, que reivindicam a participação na construção da política
externa e que procuram dissolver o histórico isolamento do Itamaraty na produção dessa política. Além
disso, a política externa é dominada pelo executivo, o que a faz um espaço de inovação, bastante
aproveitado pelo governo Lula. É, hoje, uma área que tem jogado, cada vez mais, um papel significativo
nos programas de governo nas eleições e, por fim, é uma política em que, sem dúvida, o governo Lula
conduziu de forma bastante diferente de seu antecessor.

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6. PARTIDO DOS TRABALHADORES SOLIDÁRIO E INTERNACIONALISTA

É importante considerar que as iniciativas acertadas da agenda internacional do governo Lula são fruto,
também, de uma longa tradição petista do internacionalismo. Desde sua criação o Partido dos
Trabalhadores tem, em seus valores, a busca por uma nova ordem internacional, pela solidariedade e
autodeterminação dos povos.

Articulações como o Foro de São Paulo e o Fórum Social Mundial contribuíram para que o partido
estivesse em sintonia com os partidos e movimentos sociais do mundo todo, e principalmente dos países
da periferia. É através dessas e de outras articulações que o PT toma importantes posicionamentos,
como por exemplo, a condenação do Golpe de Honduras, o apoio aos movimentos de resistência ao
neoliberalismo, à reforma das instituições internacionais e a importância da integração regional.

Alguns desafios continuam presentes como, por exemplo, repensar o papel da intervenção do governo
brasileiro no Haiti e como a militarização gera efeitos perversos nas populações locais. É preciso pensar
quais são as formas de ajuda que o Brasil pode, de fato, fornecer a esse país, evitando que sua presença
gere impacto negativo na vida desses cidadãos.

Por fim pensar a política externa é pensar o Brasil como agente transformador. É descobrir que avançar
é possível e que tornar-se mais soberano é necessário. Romper limites e alcançar o inimaginável é
prerrogativa de um governo comprometido e progressista. Que entende seu tempo e que não se satisfaz
com as injustiças e desigualdades existentes.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esse sucinto exame crítico da política externa do Brasil no governo do antigo presidente Lula, que,
indubitavelmente faria jus a mais páginas, tendo em vista os seus complexidade e ineditismo, deve ser
detalhado, para que a Carta Magna brasileira do ano de 1988 tenha, de forma concreta, um êxito social.
A nossa Carta Magna não deve e não pode ser apenas um papel, e sim ser colocada em prática pela
própria sociedade, tanto no aspecto material quanto no aspecto social, e desta forma ganhar vida. Tendo
em vista esta breve explanação, não se pode sobrar dúvidas sobre quais são as forças de cunho social
que devem seguir governando nossa República Federativa.

A diplomacia da política implantada no governo de Luis Inácio Lula da Silva apresenta uma postura
mais assertiva, mais enfática em torno da chamada defesa da soberania nacional e dos interesses
nacionais, assim como de busca de alianças privilegiadas no Sul, com ênfase especial nos processos de
integração da América do sul do MERCOSUL, com reforço conseqüente deste último no plano político.
Tudo isso não deve surpreender os observadores mais argutos, pois que essas propostas figuram nos
documentos do PT há praticamente vinte anos, por vezes nos mesmos termos e estilo (até na
terminologia) que os proclamados, coincidindo, portanto, com a política externa praticada pelo governo
de Luis Inácio Lula da Silva. Desta forma, acredita-se que o Brasil atua hoje, muito mais próximo do
paradigma do Estado logístico do que os mandatos que precederam. É evidente que nem todas as
características do Estado logístico estão plenamente implantadas, há ainda resquícios do Estado
normal, levado a cabo no governo FHC. Por isso, entende-se que a política externa do governo de Luis
Inácio Lula da Silva, pode ser definida como um misto de continuidade e mudança da era FHC.

A reeleição da candidata Dilma Roussef figura, desta forma, tanto no aspecto interno, quanto no aspecto
externo, um passo em direção à concretização da democracia propriamente dita, bem como uma
colaboração da América do Sul à sociedade democrática que almejamos erguer no século XXI. Cabe
a Dilma continuar os avanços conseguidos pelo nosso país e expandi-los ainda mais, continuando a
política externa do presidente Luís Inácio Lula da Silva, que foi considerado a personalidade política
mais influente em todo o mundo, de acordo com a revista norte-americana Time, batendo várias
personalidades, incluindo o atual presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama. Essa
conquista é fruto de um estilo de governo que deve ser mantido, levando o nome do nosso país para
todos os lugares.

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REFERÊNCIAS

ANDERSON, Perry. Algumas notas históricas sobre hegemonia. Revista Margem Esquerda. nº
14.

GARCIA, Marco Aurélio. A Nova Política Externa: 2003-2010. O Brasil em Transformação.


São Paulo: Perseu Abramo, 2010.

ALMEIDA, Paulo Roberto. Uma política externa engajada: a diplomacia do governo Lula.
Revista Brasileira de Política Internacional.

BARBOSA, Rubens. A Política Externa do Governo Lula. Disponível em: <


http://www.politicaexterna.com/8820/a-poltica-externa-do-governo-lula-por-rubens-barbosa> Acesso
em: 02 de Junho de 2011.

VAZ, Alcides Costa. O Governo Lula: Uma Nova Política Exterior. Disponível em: <
http://www.gedes.org.br/downloads/dcdc40b8206c34db9241c61c76a47eee.pdf> Acesso em: 01 de
Junho de 2011.

Revista de Sociologia e Política. Disponível em: http://www.scielo.br/rsocp

ALMEIDA, Paulo Roberto. A Política Externa do novo Governo do Presidente Luís Inácio Lula da Silva:
retrospecto histórico e avaliação programática.

VIGEVANI, Tulio; CEPALUNI, Gabriel. A política externa de Lula da Silva: a estratégia da


autonomia pela diversificação. Disponível em: <http://www.scielo.br
/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-85292007000200002> Acesso em: 05 de junho de 2011.

NOTAS

[1] Marco Aurélio Garcia é um político filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), sendo um dos
fundadores do partido e braço direito do presidente Lula, continuando no governo de Dilma Rousseff.
Sofreu perseguições durante o período da ditadura militar, sendo anistiado posteriormente.

[2] Rubens Barbosa foi embaixador do Brasil em Londres e em Washington.

[3] De acordo com dados oficiais retirados de vários sítios da Internet, como o da Presidência, do
Senado, Agência Brasil da Radiobrás e Ministério das Relações Exteriores, do início do seu governo até
meados de 2004.

Autores
Breno de Siqueira Mendes

Acadêmico do 10º Semestre do Curso de Direito da Faculdade Luciano Feijão. Ex-


estagiário do Fórum Dr. Luis Martins Viana (Comarca de Forquilha-CE).

Valdelúcia de Sousa Fernandes

Acadêmica do 9º semestre do Curso de Direito da Faculdade Luciano Feijão

Informações sobre o texto


Como citar este texto (NBR 6023:2002 ABNT)

MENDES, Breno de Siqueira; FERNANDES, Valdelúcia de Sousa Fernandes . A política externa do

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governo de Luís Inácio Lula da Silva. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 20, n.
4380, 29 jun. 2015. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/40287>. Acesso em: 19 out. 2018.

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