Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Primeiro Formulário de Operações Unitárias da Indústria Química I

1) Relações entre frações ponderais

yi + z i = 1
y i − xi +1 = y i +1
z i + xi +1 = z i +1

2) Modelos para distribuição de tamanho contínua

• Modelo log-Normal:

 d 
ln ? 
∴ u =  50 
D
y=
1
[1 + erf (u )]
2 2 ln(σ )

∫ exp(− t )dt
u
erf (u ) =
2 2

π 0

• Modelo Rosin-Rammler-Bennet (RRB):

  d 
n

y = 1 − exp −  ? 


  D 63, 2  
 

• Modelo de Gates, Gaudin e Schuhman (GGS):

m
 d 
y =  ? 
 D100 

3) Diâmetro médio de Sauter

• Para distribuição discreta:

1
D=
n  
x
∑  i

i =1  d ?,i



 • Modelo log-Normal:

 1 
D = D50 exp − ln 2 (σ )
 2 

• Modelo RRB:

D63, 2
D= com n > 1
 1
Γ1 − 
 n

• Modelo GGS:

(m − 1)D100
D=
m

4) Relações envolvendo frações e concentrações

ρ susp − ρ
Cv = ρ susp
ρs − ρ Cv = Cw
ρs

ρ s (ρ susp − ρ )
Cw = C w / v = ρ susp C w
ρ susp (ρ s − ρ )

C w / v = ρ s Cv
(ρ − ρ)
Cw / v = ρ s
susp

(ρ s − ρ )

5) Campos de força relevantes em “Operut I”

 
F = cb
 constante de 
Campo intensidade ( b ) proporcionalidade força ( F )
(c)

gravitacional g m peso
  
centrífugo − ω × (ω × r ) m centrífuga
  
eletromagnético E+v×B q Lorentz

 
g → intensidade do campo gravitacional w → velocidade angular da partícula
 
E → intensidade do campo elétrico B → indução magnética
q → carga elétrica m → massa
6) Balanço de forças para uma partícula em um fluído

• O balanço de forças:

( )
 Ap     ∂v
V p (ρ s − ρ )b + ρC D U ∞ − v U ∞ − v = m ,
2 ∂t

π π
com Ap e Vp geralmente dados por: Ap = d p2 e Vp = d 3p
4 6

• Escoamento de uma partícula aprisionada entre duas placas planas infinitas:

vx = U ∞ x

2V p (ρ s − ρ )b y
v y = vt =
A p ρC D

• Partícula suspensa em um fluido confinado em recipiente em rotação:

vθ = U ∞ θ

2V p (ρ s − ρ )ω 2 r
v r (r ) =
A p ρC D

7) Correlações de C D Re 2p e C D Re p para resolução de problemas em sistemas

particulados

• Equações geradas a partir do balanço de forças partícula – fluido

4 d p ρ (ρ s − ρ )b
3

C D Re = 2

µ2
p
3

CD 4 µ (ρ s − ρ )b
= 
Re p 3 ρ 2 U − v 3
∞

d p U∞ − v ρ
Re p =
µ
 • Para as partículas no regime de escoamento de Stokes (Rep < 0,4)

24
CD =
K 1 Re p

d p2 (ρ s − ρ )bK 1
vt =
18µ

K 1 = 0,843 log φ 
 0,065 



K1 = 1


 24
se φ = 1 ⇒ C D =
 Re p


 2
d Stk (ρ s − ρ )b
vt = vt , Stk =
 18µ

• Correlações de coelho e Massarani (1996) para partícula isométrica isolada

Validade das correlações: 0,67 < φ ≤ 1 e Re p < 5 ⋅ 10 4
Descrição n Valor médio e desvio padrão
(C D )exp
1
 24 
n
 n

C D =   + K2n  0,85 = 1,00 ± 0,13

 K 1 Re p 
  (C D )cor
 
(Re )
1
 n
 2  K2 
n  n
24
Re p =  
p exp
 +  = 1,00 ± 0,10
 K 1 (C D Re p ) 
 
 C Re
 D



1,3
(Re ) p cor
 
p

(Re )
−1
 K C Re 2 
−n 
 C D Re 2p 
−n
2
n

Re p =  
p exp
 +  = 1,00 ± 0,14
(Re )
1 D p
1,2
 24   K2  
     p cor

K 1 = 0,843 log φ  e K 2 = 5,31 − 4,88φ

 0,065 
8) Efeito da presença de fronteiras rígidas no sistema (efeito de parede). Almeida, 1995.
d pv t ∞ ρ v dp
Re p ∞ = kp = t ; β =
µ vt ∞ dt

k p = (1 − β )
4
< 0,1 (regime de Stokes) Francis, 1993 
 1 − 0,475β 
10
kp =
0,1 a 10³ (transição) Almeida, 1995 1 + A Re Bp ∞
A = 8,91 exp(2,79 β ) ; B = 1,17 ⋅ 10 −3 − 0,281β
3
> 10³ (Newton) Francis,1993 kp = 1− β 2

validade das correlações: 0.65 < φ < 1 e 0 < β ≤ 0,5

9) Influência da concentração de partículas (efeito de população)

d pv t ∞ ρ
= f (Re p ∞ , ε )∴U = U ∞ − v ,
U
Re p ∞ = , ε = 1 − Cv
vt ∞ µ

Correlação de Richardson e Zaki (1954)

= ε n ∴ n = n(Re p ∞ )
U
vt ∞

Re p ∞ n
0,2 3,65
0,2 – 1 4,35 Re −p0∞, 03 − 1
1 – 500 4,45 Re −p0∞,1 − 1
> 500 1,39

10) Câmara de Poeira de dimensões (L x H x B)

H L
t queda = ; tr =
vt vx

Utilizando a média da velocidade do fluido em x U ∞ x , dada por:

Q
U∞ x =
HB
 H L
t queda = ; tr =
vt U∞ x

HQ
vt = , em que Vcp é o volume da câmara de poeira.
Vcp

1
vt BL
G= com ET = ∫ Gdy , em vt é uma função de Rep e ϕ.
Q 0

11) Equações gerais para eficiências de separação, eficiência reduzida e razão de fluido.

• Razão de fluido (Rf):

Q fu Qu (1 − C v u )
Rf = =
Qf Q(1 − C v )

Ciclone: Rf ≈ 0
Hidrociclone: Rf ≠ 0

• Eficiência total ou global de coleta (ET):

Ws u
ET =
Ws

• Eficiência granulométrica ou individual de coleta (G):

 dy 
G = ET  u 
 dy d

1
ET = ∫ Gdy com y = y (d )
0

• Eficiência total ou global reduzida de coleta (ET’):

ET − R f
ET′ =
1− Rf
 • Eficiência granulométrica ou individual reduzida de coleta (G’):

G − Rf
G′ =
1− Rf

1
ET′ = ∫ G ′dy com y = y (d )
0

12) Equações de projeto para ciclone e hidrociclone

• Diâmetro de corte na separação em campo centrífugo de um equipamento

ciclônico:

1
D∗  µDc  2
= K  f (R f )g (C v )
Dc  Q (ρ s − ρ ) 

lim f (R f ) = 1 e lim g (C v ) = 1
R f →0 Cv →0

C
D 
f (R f ) = 1 + AR f ∴ R f = B u 
 Dc 

g (C v ) =
1
[4,8(1 − C )v
2
− 3,8(1 − C v )] 0,5

• Queda de pressão e cálculo de potência do soprador/bomba para equipamentos

ciclônicos:

u c2 Q
∆P = βρ uc =
2
e
(
πDc2 4 )
Q∆P
Pot = , em que η, nesse caso, representa o rendimento do soprador ou
η
bomba.
 
Q = Q = ... = Q
 1 n



Para hidrociclones/ciclones idênticos em série ∆Psérie = ∆P1 + ∆P2 + ... + ∆Pn


 Q∆Psérie
 Pot = η



Q = Q + ... + Q
 par 1 n



Para hidrociclones/ciclones idênticos em paralelo ∆P = ∆P1 = ... = ∆Pn


 Q par ∆P
 Pot =
 η

Tabela de constantes para projeto e avaliação de ciclones do tipo Lapple e Stairmand; e

de hidrociclones do tipo Rietema e Bradley.
Configuração K A B C β u* ou Re*
Lapple 0,095 - - - 315 5<u*<20 m/s
Stairmand 0,041 - - - 400 10<u*<30 m/s
Rietema 0,039 1,73 145 4,75 1200 5∙10³<Re*<5∙104
Bradley 0,016 1,73 55,3 2,63 7500 3∙10³<Re*<2∙104

Q
u∗ =
[ Área da entrada do equipamento ]
Dc u c ρ Q
Re ∗ = uc =
µ
e
(
πDc2 4 )
• Eficiência individual de coleta ou granulométrica em ciclones Lapple e
Stairmand

 d 
G ∗  =
d D∗ ( )
2

com
1
ET = ∫ Gdy
 D  1 + d D∗ ( )
2
0
• Eficiência individual de coleta ou granulométrica reduzidas em hidrociclones
Rietema e Bradley

 d 
G ′ ∗  =
(
exp 5d D ∗ − 1 ) 1
ET′ = ∫ G ′dy
( ∗
 D  exp 5d D + 146) com
0

• Quando a distribuição do tamanho de partículas é dada pelo modelo RRB, têm-

se para eficiência global de coleta:

o Ciclones (ET = I)

1,11n
0,118 + n  D′ 
I=  
 D′   D ∗ 
1,81 − 0,322n +  ∗ 
D 

o Hidrociclones (E’T = I)

1,13n
0,138 + n  D′ 
I=  
 D′   D ∗ 
1,44 − 0,279n +  ∗ 
D 

em que D’ e n são os parâmetros do modelo RRB e D* o diâmetro de corte

nas condições operacionais do equipamento.