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AFRICANA STUDIA ‘A MELANCOLIA DOS PERCURSO! APRICA NA LITERATURA PORTUGUESA POS - 25 DE ABRIL Margarida Calafate Ribeiro" ‘Resume: Este ortgo analisa a presenga da imagem de After na Literatura Portuguesa depos da revlugio dos ‘raves. 0.25 de Abr de 1974. A memdiia posteatonia € ‘thalsada seja nas obraslierdrias que se referem @ ‘memeria das guerra clones (1961 ~ 1974), onde os tex {os de Mantel Aiegre Anno Lobo Antunes. Caros Vale Ferraz Jodo de Meo Lidia Jorge sa objeto de reflex. sgjanas obras lterdrias que nes contain uma memdria da ida dos tempos colonia e das tempos de transis em ‘Afrea. Dedica'se wna atengao expect a Pares de Aca, de Heer Macedo. que pela abordagem intevamenie nave ‘Coral marea una nova etapa na Heratura poruguesa ho que se refore ao tratamento da inagem de Ae das Felagces entre Portugal eo seu passa ajreano recente e Fraimenie eure Portugal a Africa “B costume detarmos a alma em Aftea, alguns também a vida ‘mas quase todos debamos a memera dessa ida. de nos Alvaro ‘Guerra em Cafe 25 de Abril no momento em que “aos nossos pes 0 ‘mar depoe a espuma do Impéro. Bos destrocos (Guerra. 1887. p. 165) Todos Uvernos avo um Uo. um vino, wm parente gue andou pelas Aess. em campanhas, com funcionério, cmerclate tentando a sorte. na guerra. A literatura fol marcando o resto deste encore, tains verer drsencontro, na dor divideia ce povos ‘mestios gerados em een séeulos de patsées e de sonhos, de nosta ‘los © esperancas, mas tab de wm profundo e mstuo desconhe- "lina temétea dos ests relatives a Aftca. esritos pos» 25 eAbri em que base a minha andlise¢ dada peo papel da memoria fd que fs para os sujelto, naradores os persanagens. a experiencia fa terra atscana, Meménia de uma guesra que passa para os ossos © hho sat efarendo os verses de Assis Pacheco, aoealmente eset por quent la dag para Ia e quando vola decide dar testemunno da Experencla vvda; memerta de Infaneas nos tempos colonials em three mats ou menos esudossias e nostalgcas dos que, tendo Ii ‘seido ou vido grande parte das suas vidas, de la vieram por ferca Gs histérla ow da ida; alnda recente, na relaboraedo da meméria pessoal eda hstria que Helder Macedo lz ern Partes de Aca, mar- endo iniio de uma nova abordagem do Lema. portant J exen- Soe dlverso 0 numero de obras que nos falam a las. da vida e da fmorte que fomes deisando em Africa a0 longo dos percursos que ze ‘os, Tadas eas reveiam como panos comun a melancola ea marca Suteblografen, O que fica vista nestas obras @o eaquleto da ana ‘Gon seus protagonistastantas vezes com blegafias proxmas do autor ‘ou mesmo namatiramente identiieados com ele. Eo exqueeto das Stas slimes efoto das suas memerias que se enrazam na nossa ‘emer de Aca Aabsir Analisar a presenga de Afiea na Meat anterior 2.25 de Abel {de 1974 ¢ portant da eno metedpale. para al tentar encontrar I Inhas de condouidade ou de uptura em Felacao 8 Meratura que fi ‘dona Aiea no poe -25 de Abel € una tarefainquletante. Apesar de {lag references solts-a um espao aficano mals abtracto do que ‘al, mais negative que positvo.€ réatvamente fall constatar que lfnal'a Afi imperial derelerncia erucal do nosso obsesivo econ Tinuo discurgo sobre identidade nacional o longo deste seco. nto Se abr como espaco inspeador da nossa Meracura e di noses are com geval Na erat do séeulo XD 6 a pena de Bea de Quetrésenviow uum herd - Gangalo Ramives, de A Tustre Casa de Ramis para ums, ‘fica promisora,sinda que avscnte,e nfo a habtual tova brava tug inoapito de degredo ede fers. (Rds. 1997, . 2) No seeuloXX, Sposar de varios autores sonsagrados e até poilamente compro. Imetidos conta a dliadura de Salazar terem andado por terras de Altes, esoa experinela quase nao. passou pars as suas obras Ikerérias.A parte alguns contos de Alves Rca, como “Os Banecos de Nini (1952) oa “Alrica em Fogo" (1938) ea novela Kangondo (1996). ‘em que metaforeamente at apresentadas stungses de exploracso na Aires portuguesa, um 8 outro poema de Joaquim Namorado,algu- ras piginas dos darios de Toga e do lio singular de Jose-Augusto Franga, Noturesa Marta (1909), pouco mais se podera apontar. Por ‘ulro lado. e apesar dos estimulos do rege de Salazar para des ‘Volver uma literatura colonial, oF coneursos Ierdrios organizados pela Agincla Geral das Caldas foram sempre pouco concoridos Apesar dos atraentes premios. Na generaliade e sobreudo até me {sda déenda de 50, nestes concursos apenas apareciam nomes liga Sos & vida colonial em peso slgnifeatvo no mundo tteario metro poltane Anda que hoje em dao stud desta literatura revele feu as pstas de leur. reativamente a consrugio da imagem imperial ‘cs ambiguldades nelacontidas, a verdade & que-na sua epoca estas hparatvas e poemas nao teram © peso necessirio para inecreter Airen na ego da entao metropole- Aes Lari assim reservada aos “autores colonials" que o tempo e as ereunstanclas apts os aos 50 virian a transforma em “ulleamarinos:-"-o. que sem cavida, nos Tomece algumas Indleagées para a compreensao do modo como 0s Derafvnes mavens Wan © peta, de un pnt ie va ‘Se¢certa que para ascites, desde a Nonarquia a0 Estado Novo, Alsca er pare da nacao portuguesa. representando a fora com que Aftrmariont na Europa a sua cilerenca eresisiiam as tenativas de Fnegemonia ibérea por parte de Espanta, para portugues come ‘que viva na entso metropole, edend eats aillogia de er grande Slews. 0 inpéro aleano ers una idea nebulosa. uma velha he: Fanga. que the ofwseava tim dn-a-cia sem horzontes, xpecalmente hos ttmos e anaerenicos ance do Estado Novo. como nos esclarece Eduardo Lourengo em vislos dos seus ensaie, Para oimagindrio dos Portigueses o destino dos sonhos de fortuna Uaha sido 0 Brat no Inicio do seealo, camo mals tarde seria & Europa ou a América, Africa. para onde os governos envlavom os opositres regime ou palida mente of stn 4 emigrar ou fnalmente para onde lam com Daler, er uma realidade istane lgada a Meas vagas de imperial mo e aventurelrismo. que sO muito tarde se matzaram com cores de Promisstn, Dos pertigheses It nstnladossabla-se pouco.apesar de

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