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ALCA (Área de Livre Comércio

das Américas)
A Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) é um projeto de bloco econômico
que reúne países da América, tanto do sul, central e do norte. É considerado um projeto
porque, ao longo das reuniões que foram feitas pelos países participantes, surgiram
discordâncias entre eles e no fim de 2005, as negociações pararam. A proposta foi feita
pelos Estados Unidos, no dia 09 de dezembro de 1994, em Miami.
A criação desse bloco não agradou a todos no continente, especialmente os latino-
americanos. Os Estados Unidos foram os idealizadores da ALCA que, se estivesse em
vigor, englobaria todos os países da América, com exceção de Cuba.

OBJETIVOS DA ALCA
Um dos principais objetivos da ALCA é a área de livre comércio no espaço americano,
cujas taxas alfandegárias seriam reduzidas. Isso possibilitaria a passagem de mercadorias
e a chance de um aumento significativo de comércio entre os países americanos.
Tinha como objetivo também:
 Integração das economias dos 34 países signatários nas Américas
 Redução de barreiras alfandegárias
 Incentivo à produção
 Definição de regras jurídicas únicas
Práticas comerciais competitivas

PAÍSES MEMBROS
Os países que integram a Alca são: Antígua e Barbuda, a Argentina, Bahamas,
Barbados, Belize, a Bolívia, o Brasil, o Canadá, o Chile, a Colômbia, Costa Rica,
Dominica, El Salvador, o Equador, os Estados Unidos, Granada, a Guatemala, a Guiana,
o Haiti, Honduras, a Jamaica, o México, a Nicarágua, o Panamá, o Paraguai, o Peru, a
República Dominicana, Santa Lúcia, São Cristóvão e Neves, São Vicente e Granadinas,
o Suriname, Trinidad e Tobago, o Uruguai e a Venezuela.
Mercosul

HISTÓRIA DA ALCA
A ALCA começou a ser proposta durante a Cúpula das Américas, realizada em Miami,
nos Estados Unidos, em 1994. Participaram dessa reunião, chefes de Estado e de Governo
de 34 países das Américas, exceto de Cuba. A partir da reunião surgiu a ideia de criar
uma Área de Livre Comércio das Américas (ALCA). Essas decisões foram consolidadas
na Declaração de Princípios e no Plano de Ação aprovados na época. O objetivo do
bloco era ser uma área de livre comércio de produtos, dinheiro e até mesmo serviços até
o final de 2005.
Após isso, várias reuniões aconteceram, tanto é que entre 1994 a 1998, esses países se
reuniram formando doze grupos que identificariam e examinariam medidas relativas ao
comércio e suas áreas. Nessa fase de preparação foram realizadas quatro reuniões
ministeriais:

 ⇒ Em junho de 1995, Denver (EUA);


 ⇒ Em março de 1996, em Cartagena (Colômbia);
 ⇒ Em maio de 1997, em Belo Horizonte (Brasil);
 ⇒ Em março de 1998 em São José (Costa Rica).

Na Declaração de São José, os ministros estruturaram as negociações com os princípios


e objetivos que recomendavam os chefes de Estado e o Governo sobre o inicio das
negociações sobre a ALCA. Essas negociações foram realizadas em abril de 1998, na
segunda Cúpula das Américas, em Santiago do Chile, e os líderes estabeleceram um
compromisso único, de que seriam transparentes, considerando os níveis de
desenvolvimento e a economia dos países das Américas. Além de garantir a elevação da
qualidade de vida, melhores condições de trabalho e proteção ao meio ambiente.
Depois disso, ocorreram várias outras reuniões até que no ano de 2005 a proposta foi
”esquecida”. As manifestações aconteceram, em sua maioria, nos países latinos que
consideravam a Alca como um “truque” dos Estados Unidos para controlar o mercado
das Américas.
Já para alguns norte-americanos, o bloco teria uma má influencia em seu países, já que
nesses casos, havia o receio de que as empresas pudessem sair de lá e buscar mão de obra
barata, e com isso, diminuir a quantidade de empregos dentro do pais e por consequência,
gerar o desemprego.

DIFICULDADES PARA IMPLEMENTAÇÃO


A maioria dos pontos que não permitiram que essa ideia fosse à frente foram normas no
contrato do bloco. Medidas essas que priorizavam o Estados Unidos e que foram
rejeitadas pelos outros países. Se a ALCA existisse, seria o bloco econômico com maior
espaço físico do mundo, além de englobar economias crescentes (como Brasil e
Argentina), além dos Estados Unidos e Canadá, que já são potencias mundiais.

Segundo especialistas, a ALCA beneficia poucos e prejudica muitos, consistindo em um


pacote de propostas que iam contra o povo latino-americano. É totalmente previsível a
quantidade de prejuízos que isso traria: dependência econômica, política, tecnológica,
além de invasão territorial e cultural.

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