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Até 1841, portanto, a investigação criminal era feita por juízes: juízes ordinários, na
vigência das ordenações, e juiz de paz, de 1832 a 1841. Porém, a partir do referido ano é
que os chefes de polícia e seus delegados passaram a realizá-la. Note-se que é aí que
surge a expressão “delegado”, ou seja, o que recebe delegação do chefe de polícia (6).
Mesmo assim, só os desembargadores e os juízes de direito podiam ser chefes de
polícia, enquanto juízes e cidadãos podiam ser delegados e subdelegados (todos
amovíveis e obrigados a aceitar o encargo – Lei 261/1841, Art. 2º (7)), todavia, a Lei 261
ainda mantinha atribuições policiais aos juízes municipais (art. 17, parágrafo 2º).
Referências:
(1) Manual sobre a Atuação da Polícia Civil Frente a Grandes Eventos (JARBAS, Rogers
Elizandro. Senasp/MJ, 2011, p. 35 - 37)
(2) Texto integral disponível no sítio do Instituto de História e Teoria das Ideias da
Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra –
http://www1.ci.uc.pt/ihti/proj/afonsinas/
(4) “31 ... Porém para que os malefícios sejam sabidos e punidos, somente tirem e sejam
obrigados a tirar as devassas particulares sobre as mortes, forças de mulheres, que se
queixarem, que dormiram com ellas carnalmente per força, fogos postos, e sobre fugida
de presos, quebrantamento de cadea, moeda falsa, resistencia, Ofensa de Justiça,
cárcere privado, furto de valia de marco de prata e dahi para cima.” -
http://www1.ci.uc.pt/ihti/proj/filipinas/l1p139.htm
(6) Art. 1º da Lei 261/1841 “Haverá no Municipio da Côrte, e em cada Provincia um Chefe
de Policia, com os Delegados e Subdelegados necessarios, os quaes, sobre proposta,
serão nomeados pelo Imperador, ou pelos Presidentes. Todas as Autoridades Policiaes
são subordinadas ao Chefe da Policia.”
(7) Art. 2º da Lei 261/1841 “Os Chefes de Policia serão escolhidos d'entre os
Desembargadores, e Juizes de Direito: os Delegados e Subdelegados d'entre quaesquer
Juizes e Cidadãos: serão todos amoviveis, e obrigados a acceitar.”
(8) Greco, Rogério. Atividade Policial. Niterói: Impetus, 2010, 2ª Edição (pág. 58)